A Federação Nacional de Professores (Fenprof) anunciou nesta segunda-feira à noite que vai manter a greve de docentes nesta quarta-feira, dia de exames nacionais. A informação foi prestada pelo secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, depois de uma nova reunião com o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.
Segundo Mário Nogueira, a Fenprof vai ainda fazer chegar mais propostas ao ministério, mas a greve manter-se-á se não houver um compromisso em torno do descongelamento das carreiras, horários dos professores e criação de um regime especial de aposentação. “Até às 23h59 de terça-feira ainda pode ser desconvocada”, reiterou.
Na sequência do pedido de reunião solicitado pela FNE, o Ministro da Educação convocou a FNE para uma reunião hoje, dia 19, às 20h00.
O Ministério da Educação deu assim resposta ao solicitado pela FNE para que até à véspera da greve fosse encontrado um espaço negocial, que permita responder às justas exigências dos professores.
No final da reunião com o Ministro da Educação, o Secretário Geral da FNE prestará declarações sobre o posicionamento da FNE em relação a todas as questões que levaram à marcação desta greve.
O Ministério da Educação respondeu hoje ao repto lançado pela FENPROF para que até à véspera da greve se disponibilizasse para negociar, respondendo às exigências dos professores. À hora de almoço, o gabinete do ministro contactou a FENPROF e agendou uma reunião para as 19h00 de hoje.
No final da reunião com o ME, o Secretariado Nacional da FENPROF tomará posição pública sobre o posicionamento do ME em relação às questões que levaram à convocação desta greve.
Muitos dos professores continentais a dar aulas na Madeira podem regressar ao continente, caso concorram às 1200 vagas disponibilizadas a nível nacional. Na Região, o governo quer ter os docentes todos colocados até ao final do mês de julho.
Tiago Brandão Rodrigues garante que não é anti-exames. Diz que estes são um “instrumento que permite a cada estudante mostrar a si mesmo e aos seus professores” o que aprendeu.
O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, aconselha aos alunos que tenham “tranquilidade” nos exames dos próximos dias e diz que está de acordo com esta forma de avaliação no final do ensino básico e do secundário. Em respostas por email ao PÚBLICO, confessa que não se lembra da sua média de acesso ao superior, mas acrescenta que tudo lhe correu de feição.