25 de Junho de 2017 archive

Sobre o Exame de Físico-Química

Mensagem de um grupo de professores da disciplina que me chegou para divulgação.

 

 

 

Será mais fácil procurar o que o aluno sabe ou não de FQ, como se devia, ou procurar oportunidades de o aluno se enganar?!

Temos dúvidas… aliás, no exame também as temos , apesar de termos colocado tudo o que seria de esperar nos critérios… mas não ficamos nem felizes nem descansados … porque se fossemos alunos, e percebêssemos um pouco de Física, teríamos tido muitas dúvidas nalgumas situações.

Lembramo-nos de outros tempos, da Física e da Química de 12º ano, onde era natural olhar para uma prova e esperar bons resultados… lembramo-nos que o foco era saber a Física ou a Química, ainda que tivéssemos maior dificuldade de cálculo, mas de forma honesta e espetável… e agora?!

Talvez devamos dar os parabéns, pela nota “artística” ao exame, pela maior complexidade de situações, por terem conseguido inovar nas questões… se bem que ninguém nos avisou, nem aos alunos, que inovação e nota “artística” estavam nas metas, como prioridade.

Vamos aguardar os resultados desta fase, “adequados” ao exame “adequado” segundo a SPF e SPQ.

Entretanto, também acharíamos “adequado” que os todos nós que ensinamos FQ e aqueles que decidem a avaliação de FQ se colocassem mais no lugar dos alunos e tentassem perceber que se tudo foi assim tão “adequado” o porquê de tanta tristeza à saída do exame, mesmo nalgumas das escolas com resultados historicamente elevados na nossa disciplina?!

Vamos aguardar, ainda que tristes por trabalhar tantas horas com tantos alunos que efetivamente se esforçam e que foram apanhados pela nota “artística” e inovação”… já para não falar na formulação de itens que ardilosamente tão bem induz os alunos em erro… penso que Saramago estará feliz porque o ensino de LP está a ser bem defendido, mesmo num exame de FQ, como aliás é essencial… ou seria a Física e a Química?! Talvez escolhamos hoje ler o Cesário para buscar algum conforto.

Ass: Os professores

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Incapaz Continua a CGA

Esta notícia recorda-me os tempos da governação de Sócrates onde alguns docentes com doenças graves e terminais foram obrigados a regressar à sala de aula, tendo num ou noutro caso falecido em funções na escola.

E foi a partir dessa altura que foram constituídas as juntas médicas de recurso.

Com o avançar da idade média dos docentes em funções nas escolas mais casos destes podem surgir no futuro.

A sociedade tem de compreender o enorme desgaste da profissão docente e encontrar uma solução para que a partir dos 60 anos os docentes tenham um tratamento especial. Seja com um regime especial de aposentações, ou com um regime misto de trabalho a tempo parcial com uma aposentação parcial.

Actualmente já existem bastantes escolas do pré-escolar e 1º ciclo onde não existem educadores/professores com menos de 60 anos de idade. E cada vez mais grupos disciplinares com uma média de idades superior aos 60 anos de idade no ensino básico e secundário. E a cada ano que passa esta situação agrava-se mais.

Só tem mesmo vontade de trabalhar depois dos 60 anos quem não passa diariamente por uma sala de aula.

 

Junta médica considera professora com doença de Alzheimer apta para dar aulas

 

 

Caixa Geral de Aposentações entendeu que a docente não está “absoluta e permanentemente incapaz” para trabalhar. Não consegue fazer as grelhas de avaliação, trocou manuais escolares e a matérias a leccionar. Último relatório médico fala em “demência”. Caso está em tribunal.

 

 

Soube que tinha a doença de Alzheimer em 2014, mas no ano seguinte a junta médica nomeada pela Caixa Geral de Aposentações (CGA) não a considerou “absoluta e permanentemente incapaz para o exercício das suas funções”. O pedido de aposentação da professora do ensino secundário foi indeferido a 26 de Outubro de 2015.

A decisão dos três médicos que constituíam a junta médica, com as especialidades em medicina geral e familiar, ortopedia e medicina legal, teria como consequência o regresso da docente ao trabalho ou a perda do vencimento caso tal não acontecesse. A professora não aceitou a decisão e o seu caso está desde então a aguardar decisão entre os corredores da justiça.

 

 

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