Reorganização curricular: a verdade “escondida” e as oportunidades perdidas
Comentário: O Ricardo Silva considera as alterações curriculares feitas por Nuno Crato como um “quase desastre” que não altera seriamente o curriculo dos alunos do ensino básico.
Não tenho essa ideia sobre estas leves alterações que poderão ser maiores para 2012/2013.
O Decreto-Lei 18/2011 previa era uma redução drástica da carga curricular dos alunos com a eliminação de Área Projecto e com a universalidade da área curricular não disciplinar de Estudo Acompanhado sem acréscimo algum do tempo perdido nas ACND para outras disciplinas, previa também a eliminação do par-pedagógico em EVT sem qualquer fundamentação de cariz pedagógico.
Apesar da sua área disciplinar não ser beneficiada com tempos lectivos, o Ricardo é de História, acho que não terá muitas razões para se queixar. Os grandes perdedores nestas alterações acabam por ser os professores de EVT, de Música, de Educação Física (estes mais pela redução de horas no desporto escolar) e principalmente os professores de Informática que ficam reduzidos no 3º ciclo a um bloco de 90 minutos por semana.
O Ricardo também foca a necessidade de ser revisto o currículo do 1º ciclo que não sofreu qualquer mudança para 2011/2012. Concordo com isso, mas não é pensar em retirar apenas a área de projecto, é pensar em mudanças que possam até terminar com a leccionação em monodocência.
Mas para isto exige-se tempo, coisa que faltou a Nuno Crato.