A Preparar os 4 Mil Milhões

Ministro admite mais saídas de professores

 

“A redução da natalidade está-se a reflectir em todos os níveis de ensino e está progressivamente a chegar do básico ao secundário. É natural que haja uma série de professores que se reformem e não sejam substituídos”

 

Já neste post de Junho tinha referido que o número de alunos a entrar no 1º ano de escolaridade tem vindo sempre a baixar desde 2006/07 e a tendência tem-se acentuado nos últimos dois anos em que o número de nascimentos baixou os 100 mil por ano. Fica aqui de novo reproduzido o quadro com o número de alunos que entraram no 1º ano de escolaridade.

Relativamente ao número de aposentações em 2012 saíram 3036 docentes do ensino básico e secundário da rede do MEC.
 

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17 comentários

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    • pika on 16 de Novembro de 2012 at 19:24
    • Responder

    A verdade é esta: mesmo não esbanjando dinheiro, a riqueza que criamos não é suficiente para pagar todos os serviços públicos tal como funcionam actualmente. Assim sendo, há duas opções: ou produzimos muito mais ou gastamos muito menos. Ora, tendo em conta as previsões do crescimento económico para os próximos anos, não se vislumbra um aumento da produção per capita, portanto, resta-nos gastar muito menos. E urgentemente. A questão é: onde e quanto cortar.
    É claro que o sector da educação não foge aos cortes necessários, como já se viu com o congelamento da progressão nas carreiras, no aumento de alunos por turma, etc. Mas parece que os cortes já efectuados não são suficientes. Este decréscimo do número de alunos que ingressam no primeiro ciclo – o qual se prende com a diminuição da taxa de natalidade que se verifica já há uns anos e que veio para ficar – é mais um argumento que os governantes usarão para diminuir o orçamento com a educação.
    A diminuição do número de alunos nos diversos graus de ensino implica que o número de professores necessários ao funcionamento do sistema também venha a diminuir. Ora, a diminuição do número de professores pode realizar-se desta forma: saem os que se reformam naturalmente ou antecipadamente e não entram outros. Porém, tal pode não ser suficiente e, portanto, os governantes já terão equacionado outras soluções, entre as quais estará a mobilidade especial (que pode conduzir ao despedimento …) e mesmo o despedimento colectivo puro e duro, como já acontece na Grécia.
    Tendo em conta tudo isto, é óbvio que a famigerada vinculação extraordinária vai ser para inglês ver, mais precisamente, para fugir à alçada dos tribunais. Mas se alguém precisar de um desenho …

      • P on 16 de Novembro de 2012 at 19:49
      • Responder

      Obrigado!!!! Que a vinculação extraordinária foi para as urtigas já nós sabemos faz mais de uma semana……E que grande apoio e solidariedade estamos nós a ter dos colegas do quadro……
      Agora pergunto, se muitos de nós com mais de uma década de ensino, a leccionar no mesmo estabelecimento anos a fio fomos para o desemprego num total desrespeito pelo código do trabalho e sem que o MEC tema os Tribunais, quanto tempo acham que vai demorar para pôr a bulir os que agora estão caladinhos com 6 horitas sabe-se lá a fazer o quê????!!!!!!! Devem pensar que vão ficar assim para sempre!!!!!!!
      Próximo ano vai ser a doer para muitos do quadro e contratados saberão retribuir com solidariedade e apoio na proporção adequada à que, neste momento, estão a sentir da parte desses seus “colegas”.

        • pika on 16 de Novembro de 2012 at 20:03
        • Responder

        Off the post

        • pika on 16 de Novembro de 2012 at 20:06
        • Responder

        E tenha cuidado com as crises biliares …

          • P on 16 de Novembro de 2012 at 20:40

          hehehe! Colega, hoje sou eu que estou com crises biliares, daqui a um ano ou dois serão outros.
          E por este andar nem para compensações indeminizatórias de jeito haverá, já se mexem os cordelinhos, já para não falar de prestações sociais. Pelo menos os que saem agora vão recebendo um bom montante, este já cá canta, enquanto isso vamos organizando alternativas. Vamos ver sobrará para os outros. Quanto a essa da natalidade nem respondi, pois Crato já foi desmentido nesse argumento, mas há sempre um ou outro parvo que vai na cantiga;)

          • pika on 16 de Novembro de 2012 at 21:13

          “Pelo menos os que saem agora vão recebendo um bom montante, este já cá canta”
          Definiu-se numa palavra só: xu***.

          • P on 16 de Novembro de 2012 at 21:29

          É nosso caro/a amigo/a, ganhamos e descontámos para tal, não estivemos a xu***
          o estado com pagamento de bom ordenado para 6 horitas semanais no “faz de conta q faz”. Se ainda há, só tem ºe que ser pago! Eles são aos magotes, que caladinhos que eles estão, já lhes passou o rompante de finais de Julho…
          ui era lutar pela “escola pública”, só slogans que em Setembro caíram em saco roto!!!
          Viu-se a luta! hehehe..

          • pika on 16 de Novembro de 2012 at 21:51

          O estertor dos moribundos é mesmo assim …

          • P on 16 de Novembro de 2012 at 21:57

          fala o roto para o nú

          • pika on 16 de Novembro de 2012 at 22:08

          Amen

    • Chateado on 16 de Novembro de 2012 at 19:36
    • Responder

    O MEC personificado no Crato perdeu a decência por completo.

    A velocidade a que se reduzem docentes não está meramente ligada ao recuo da taxa de natalidade. Todos sabem disso. Inclusive o próprio.
    Além de que, pouco se ouve referir da obrigatoriedade dos 12 anos de ensino, que não existia até à bem pouco tempo.Parece-me que, independentemente do sitio para onde sejam atirados, serão precisos garantidamente professores.

    E por isso o argumento da natalidade já não colhe.

    É necessário que os professores mostrem que trabalhar com 30 alunos numa sala não é exequível.
    É necessário que os professores lutem por programas educativos progressivamente exigentes.
    É necessário que os professores exijam ser tratados com dignidade e não usados como meros técnicos de ATL.
    É necessário que os professores deixem de olhar para o próprio umbigo e tomem consciência de que o que está em causa é o futuro da educação pública de acesso universal.

    Não faltam motivos para todos nos unirmos em torno de uma causa maior que é a exigência de qualidade do ensino público. Mas vejo muito pouca vontade para isso acontecer.

    Enquanto isso, gastam-se fichas em assuntos menores como vinculações fantasiosas e ADD que não passa de uma fantochada inútil.


    1. O Ministério da Educação e Ciência não só professores a lecionar. Existem imensas tarefas que se executam em acumulação “indevidamente”. Também não são usados os recursos devidamente, originando desperdício de todo o tamanho, por ex. telecomunicações.
      Existe muita gordura para cortar. Falem com as pessoas no terreno que nós denunciamos!

      Assistente Tecnico


  1. Enquanto tivemos professores com 8 e 10 horas lectivas por semana poucos se queixaram.
    Enquanto tivemos professores com 2 ou 3 turmas poucos se queixaram.
    Enquanto tivemos professores a reformar-se aos cinquenta e quatro anos de idade (muitos do 1º ciclo) poucos se queixaram.
    Enquanto tivemos professores (centenas deles) deslocados nos sindicatos poucos se queixaram.
    Enquanto tivemos professores a fazer de conta que eram (auto)avaliados poucos se queixaram.
    Enquanto tivemos professores a efectivarem em vagas que não existiam (sobretudo QZP) poucos se queixaram.
    Agora, temos o reverso da medalha…

    • MP on 16 de Novembro de 2012 at 21:42
    • Responder

    Se o argumento é a baixa natalidade, então pk não fazem o contrário, colocam o maior número de professores a dar aulas, esses professores vão ter um vencimento, podendo assim pensar em ter filhos, aumentando assim a natalidade, ia aumentar tb o consumo das famílias… Partimos do princípio que já houve um gasto enorme do estado para a formação dos professores… Mas em Portugal pensa-se sp ao contrário… Como querem combater assim o decréscimo da natalidade? Despeden-s enfermeiros, professores, etc, tudo pessoas em idade fértil…

      • pika on 16 de Novembro de 2012 at 21:59
      • Responder

      O verdadeiro problema é o tamanho da manta …

        • Alt on 17 de Novembro de 2012 at 10:28
        • Responder

        Um país não se governa como uma manta! Qualquer que seja o corte será PIBocontraccionario!
        Os cortes devem ser em despesas de capital e nas despesas com serviços inúteis que alimentam clientelas

          • P on 17 de Novembro de 2012 at 10:59

          Esta gente lá sabe governar, lá quer saber do país e nem jeitinho político têm!!! Pelo menos uma proeza vão conseguir com as suas medidas: aniquilar o psd por várias e várias décadas, Lol!!!
          Daqui a 2/3 anos vamos ver as ratazanas abandonar o barco, fogem todas para Bruxelas onde andaram a cozinhar o tacho.

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