Nas 5 páginas de gráficos sobre a educação em Portugal e relacionando o nosso país com o resto da Europa, os critérios verificados são um pouco estranhos…
Abandono escolar entre os 18 anos e os 24 anos, assume-se que antes dos 18 anos ninguém abandona a escola (há por aí uma sentença que diz o contrário)
População residente com o ensino superior entre os 30 e 34 anos. Antes dos 30 anos ninguém termina uma licenciatura e o pessoal com mais de 34 não conseguiu terminar…
Dá também a entender que a população ativa só começa nos 25 anos, ninguém, antes dessa idade trabalha ou trabalhou…
Podem, até, dizer que foi sempre assim, que estes é que são os critérios em avaliação e avaliados pelos outros países europeus, mas a realidade não se transforma só porque se faz um estudo…
O titular da pasta da Educação reiterou que os Açores vão adotar a solução nacional de contagem de tempo de serviço dos professores, algo que os partidos da oposição discordam, defendendo uma solução autonómica.
Avelino Meneses, que foi ouvido em sede da Comissão dos Assuntos Sociais sobre uma proposta de decreto legislativo regional, da autoria do PSD/Açores, que defende a abertura de negociações diretas com os docentes, declarou que a procissão “não está no adro, mas ainda está muito longe de recolher”.
“Foi aprovado pelo Governo da República dois anos, nove meses e 18 dias de recuperação de tempo de serviço, indo agora o diploma para a Presidência da República, podendo ou não ser promulgado, tendo a Assembleia da República, no caso de ser viabilizado, a possibilidade de pedir a sua apreciação parlamentar, sendo que o PS, que suporta o Governo, um partido minoritário”, declarou o secretário regional da Educação.
O que nos interessa é o capítulo referente ao retrato da educação em Portugal. É um facto, há muito caminho a percorrer, mas não tem havido vontade de o fazer.
O Retrato reúne um conjunto de 89 indicadores sobre diversas áreas da sociedade, que compararam Portugal com os outros Estados membros da União Europeia.
O Retrato de Portugal na Europa em versão ebookou para download.
Portugal tem de investir na educação, área em que permanece estatisticamente na cauda da União Europeia (UE), considera a diretora da Pordata, Maria João Valente Rosa, a propósito do “Retrato de Portugal”, apresentado esta terça-feira, em Bruxelas.
Pela negativa, Portugal destaca-se dos outros Estados-membros nas áreas da educação e conhecimento, mostrando as estatísticas que, por exemplo, mais de metade dos empregadores (54,6%) não frequentou o ensino secundário ou superior (UE 16,6%).
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