Foram rejeitados os projetos de resolução para a criação de um regime de aposentação para os professores. Nenhum dos 3 projetos foi aprovado. Se verificarmos as votações vamos concluir que o PS votou contra em todas as votações, por isso não quererão ceder a esta exigência, mais do que justa, dos docentes. As palavras do PM nunca foram tão ocas como hoje, a sua afirmação de 8 de junho do ano passado, num debate quinzenal, foi para entreter meninos.
Estamos no final do segundo período. Começa o trabalho administrativo de preparar avaliações e reuniões.
Os professores agarram-se aos seus computadores e escrevem relatórios preenchem grelhas e grelhinhas em Excel e plataformas de trabalho, discutem avaliações, progressões e regressões, elaboram atas de reuniões infindáveis e “decidem” o tamanho dos ovos da Páscoa a receber por cada aluno…
Terça-feira vai ser um dia complicado, a Professora Maria (vamos chamar-lhe assim) está de atestado, adoeceu e está acamada. A reunião de avaliação é terça-feira e a Maria está impossibilitada de apresentar a avaliação dos alunos à sua disciplina. O Diretor ligou-lhe, o marido atendeu e deu-lhe a conhecer o estado de saúde em que a Maria se encontra, não vai conseguir elaborar a avaliação. Os alunos não vão ter avaliação à disciplina da Maria em tempo útil.
Esta situação acontece. Não é a primeira vez nem será a ultima, os professores também adoecem em época de avaliação. A legislação menciona que um professor só poderá faltar a uma reunião de avaliação com um atestado médico como justificação dessa falta, mas, muitas vezes, os professores não deixam os alunos sem a sua avaliação. É uma situação que contradiz o próprio atestado médico, se está incapacitado para o exercício de funções, está incapacitado para o exercício de todas as funções, elaboração de documentos de avaliação incluídos.
Como estão a resolver uma situação destas nos vossos agrupamentos? O professor envia por e-mail a avaliação, ou os alunos são avaliados à posteriori?