O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, sugeriu esta terça-feira no Parlamento que devem ser as empresas e não o Estado a pagar os estágios que os jovens realizam no âmbito do ensino profissional.
Depois de um concurso que abre amanhã na tentativa de transferir docentes dos quadros do MEC para uma bolsa do IEFP, depois de se falar na refundação das funções do estado e de se incentivar os docentes dos escalões superiores a aposentarem-se antecipadamente e quando se fala no aumento do horário de trabalho e na eliminação da redução da componente lectiva eis que voltam as notícias sobre a vinculação de professores.
E ao que julgo saber Nuno Crato hoje no parlamento voltou a referir-se ao assunto.
Só estranho que o MEC não tenha a capacidade em divulgar o número de vagas a abrir se calhar por isso a necessidade em abrir este concurso para a DGAE para ter alguém que consiga lidar com a máquina de concursos. Só é pena o índice remuneratório ser tão baixo, senão ainda ficava tentado ao concurso. 😀
No site do IEFP e com prazo de candidaturas entre 19 e 21 de Dezembro.
O IEFP, I.P. está a promover o lançamento, a nível nacional, de um concurso para admissão de docentes e formadores para o desenvolvimento de formação nas componentes de formação de base, sociocultural e científica nas diferentes modalidades de formação, no quadro da respetiva rede de Centros de Emprego e Formação Profissional.
Este concurso é desenvolvido através do Sistema Interativo de Gestão de Recursos Humanos da Educação – SIGRHE do Ministério da Educação e Ciência: https://sigrhe.dgae.mec.pt
O prazo de candidaturas decorre no período de 19 a 21 de dezembro de 2012.
Todas as dúvidas sobre este processo devem ser enviadas para o seguinte endereço eletrónico: concursoiefp2012@iefp.pt.
Tendo em conta que o concurso está aberto para docentes dos quadros do MEC e pelo facto de não haver qualquer referência a este concurso no site da DGAE faz-me pensar que o concurso será apenas para algum nicho de interesses dentro do IEFP.
… que fará de 2013 um dos piores anos de experimentalismos na área da educação.
Governo estuda transferir todo o ensino para as câmaras
O Governo está a equacionar a transferência de muitas das suas competências na área da Educação para as autarquias, incluindo no secundário. O modelo será testado no concelho de Cascais em 2013 e implica atribuir à câmara a gestão de todas as escolas do ensino obrigatório – até ao 12.º ano – mas também do pessoal docente e não docente. Se funcionar, o Governo poderá propor este modelo para todo o país.
FNE contra a gestão de professores por municípios
O secretário-geral da Federação Nacional da Educação (FNE) defendeu hoje que a gestão de pessoal docente e não docente não deve ser atribuída aos municípios e disse desconhecer o projeto-piloto com a Câmara de Cascais para transferência de competências.
Segundo avança hoje o Diário de Notícias, Cascais será município-piloto a testar um modelo que transfere para o nível autárquico as competências da gestão das escolas até ao 12.º ano, incluindo pessoal docente e não docente.
Contactado pela agência Lusa, o secretário-geral da FNE, João Dias da Silva, disse desconhecer a existência de um projeto a este nível, “muito menos incluindo a gestão de professores“, considerando desadequada a “descentralização do pessoal docente“.
“Continuamos a defender que a gestão de pessoal docente e não docente não seja atribuída aos municípios”, sublinhou.
Para a FNE, “a transferência de competências para os municípios não está em causa em determinados aspetos, como sendo os transportes, a ação social, a construção e manutenção de edifícios”.
“Sabemos que existe a intenção de [criar] uma lei-quadro de descentralização de competências na administração central para a administração local mas esse é um debate ainda muito incipiente e que deverá ser feito pela sociedade”, enfatizou.