CONCLUSÕES DA REUNIÃO COM PROFESSORES CONTRATADOS
Síntese reunião professores contratados
No dia 2 de Outubro pelas 18:30h, realizou-se uma reunião na sede do sindicato SPZN, dirigida pela professora Laura Martins, com a presença dos dirigentes Eugénia Casais, Anabela Ferreira, e Paulo Pereira.
Foi feito um breve balanço e resumo histórico, acerca da evolução do corpo docente nos últimos anos, bem como, do papel determinante que o SPZN/FNE teve na vinculação dos professores num passado recente.
SPZN/FNE sempre defendeu que, deverão ser apuradas as reais necessidades do sistema de ensino, para posterior abertura de lugares de quadros, uma vez que, saíram milhares de professores do ensino, sem que estas vagas tenham sido recuperadas.
No debate, foram ouvidas as opiniões, dúvidas, receios dos professores em geral, e dos professores contratados em particular.
Uma preocupação de todos os presentes foi que, a renovação de contratos, não deverá ser um fator determinante para a VED (vinculação extraordinária de professores), uma vez que, está repleta de injustiças, com as sucessivas alterações de regras que foram acontecendo, sobretudo neste dois últimos anos e não respeita de forma alguma a graduação profissional e o tempo de serviço.
Uma das dúvidas apresentadas, prende-se com o facto de, para o próximo ano, estar já previsto o concurso para os quadros, daí que, exista alguma incompreensão e desconfiança em relação à VED.
No último concurso nacional, constatou-se que a mobilidade se centrou quase exclusivamente na dos professores dos quadros, das ilhas para o continente e de QZP para QA, sendo a vinculação de professores contratados quase residual.
Uma das sugestões para a vinculação de professores foi no sentido de igualar as exigências do sector público e privado (empresarial), onde ao fim de três anos de contrato (de acordo com a lei geral do trabalho), as empresas (entidades patronais) têm de passar os trabalhadores aos quadros. Porque não exigir o mesmo ao estado português? Respeitando a graduação profissional e antiguidade para o efeito.
Houve consenso que, no concurso nacional, as vagas que ficam livres pela mobilidade do concurso interno, devam automaticamente ser tidas em conta nesse mesmo concurso.
Foi referido também que o levantamento de vagas para a vinculação extraordinária deva incluir os TEIP e as escolas com contrato de autonomia.
A criação de uma bolsa de professores vinculados extraordinariamente afetos a uma zona geográfica poderia eventualmente ser benéfico para o sistema, evitando, ou atenuando desta forma, que todos os anos tenham de ir a concurso de contratação um número tão significativo de docentes.
O fim da contratação de escola foi muito reivindicado dado que tem gerado situações injustas para os candidatos (pelas decisões apressadas que têm de tomar), para as escolas (pela morosidade do processo de seleção) e para os alunos que acabam por ter professores colocados tardiamente.
15 comentários
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“SPZN/FNE sempre defendeu que, deverão ser apuradas as reais necessidades do sistema de ensino” é por isto que eu nunca me vou sindicalizar…. onde ficam os professores de ET, que estiveram durante anos a dar aulas mas agora já não são necessidades do sistema??? Não têm disciplina no curriculo nacional ….foram postos fora e os sindicatos não se preocuparam nada…… é só publicidade…. como do nosso ministro..
É urgente que o MEC ponha fim às contratações de escola e pense, seriamente, na criação de uma bolsa de professores vinculados, afetos a uma zona geográfica. Só assim, a escola pública poderá voltar a ter pernas para andar…
Read more: http://www.arlindovsky.net/2012/10/sintese-de-reuniao-contratados/#ixzz28k43dkPv
Concordo com a afectacao a uma zona geográfica na vep.
Há argumentos mais poderosos do que os indicados. Há vagas abertas por decorrência da lei. Pode melhorar-se muito este argumentario. E as vírgulas, já agora. 😉
Também concordo com a vinculação a uma zona geográfica para pessoas que tenham lecionado no ensino público!
Também concordo com a afetacao a uma zona geográfica e que se tenha em conta o nº de anos lecionados no ensino público.
De boas intenções está meio mundo cheio…
Só me ocorre que “mim ser Tarzam…! onde está a Jane?”
Vinculações? Deve ser algo que não está nos planos de nenhum governante a curto prazo…
E os professores de Educação Tecnológica do 3º ciclo (grupo 530), o que diz a FNE sobre eles e sobre o seu direito também à vinculação, pois, apesar de esta disciplina ter deixado de ser obrigatória no 3º ciclo, graças a esta última revisão da estrutura curricular, muitos têm 5, 10, 15 e mais anos de serviço? Espero que a FNE, na negociação das condições de vinculação, não se esqueçam destes professores…
Boa tarde: apesar de muitas vezes ter ficado incomodada por ouvir tantos colegas a falar não tão bem de outros colegas que lecionam ou lecionaram em TEIP, estou aqui hoje para dizer que concordo com a vinculação a uma zona geográfica mas para quem sempre lecionou no ensino público!
Ainda não estou colocada apesar de dar aulas desde 1994 e nas O. E. tenho sido ultrapassada por muitos colegas com graduações altíssimas (muito tempo de serviço) mas que se encontram na prioridade 2, ou seja, do privado. Não tenho nada contra eles mas acho que o MEC e os sindicatos deverão ter em conta quem sempre deu o seu melhor pelos alunos do ensino público!
Pois os outros alunos e os outros professores não merecem consideração do MEC ou dos sindicatos…?! Se estão no desemprego como tantos outros professores, nao interessa! Vê-se cada coisa aqui…
…pois claro, mas há quem tenha feito opções e muitos sacrifícios ao longo de muitos anos pelo ensino público, e por muito que custe estes devem estar sempre “à frente”!
“Uma das sugestões para a vinculação de professores foi no sentido de igualar as exigências do sector público e privado (empresarial), onde ao fim de três anos de contrato (de acordo com a lei geral do trabalho), as empresas (entidades patronais) têm de passar os trabalhadores aos quadros. ”
Há uma particularidade, no privado, a lei obriga a efectivação no local onde o trabalhador prestou funções durante 3 anos. Como contrapartida o trabalhar aí ficará, até à reforma, ao despedimento, etc… No ensino não é assim…
E no nosso caso, está longe de ser a regra, a maioria de nós não fica 3 anos na mesma escola. E mesmo os que ficam não raras vezes estão a ocupar o lugar de algum QE destacado ou em funções de gestão. Facilmente se argumenta não tratar-se de uma necessidade permanente.
E se for 3 anos na mesma zona geográfica?
Tenho visto imensos professores do privado a concorrer às Contratações de Escola, mesmo fazendo acumulação com o privado onde se encontram.
Claro que todos já perceberam: isto está a acontece por assim estes docentes passam logo para a 1ª prioridade no próximo concurso nacional. As contratações de escolas vieram em grande medida favorecer os professores do privado que concorrem em pé de igualdade com os restantes professores, mas com a vantagem de os ultrapassarem devido ao seu tempo de serviço…
As contratações de Escola estão a ajudar a sepultar quem dedicou a vida inteira à escola pública..
O que se passa na educação deste país é uma vergonha.
Concordo plenamente com o fim da Oferta de Escola e a utilização de outros critérios que não a graduação.Não esquecer que as ofertas de escola foram alvo de novo diploma 132/2012 negociado neste mesmo ano e contestado por alguns sindicatos e assinado pela maioria deles.
Na vinculação que vier a ocorrer dever-se-à ter em conta os professores que sempre “andaram” no público. Com a possibilidade de os professores das escolas com contratos de associação poderem ocupar a 1ª prioridade corremos sérios riscos de muitos professores contratados com muitos anos de serviço serem ultrapassados que há muito estão privados.