Histórias Reais e Cada Vez Mais Comuns

Depois de ouvir esta manhã na TSF a crónica de Fernando Alves resolvi comprar o jornal para ler a notícia na integra. São casos destes que estão a aumentar de ano para ano e que fazem com que em 2012 possam abandonar do país mais de 100 mil portuguêses para trabalhar no estrangeiro, sendo na sua maioria profissionais altamente qualificados e na casa dos 30 a 40 anos de idade.

Com esta vaga de emigração qualificada nesta faixa etária não haverá segurança social que resista em pouco mais de meia dúzia de anos, pois não imagino que alguém queira regressar depois de daqui sair.

Também descobri agora ao final da tarde que o Rui trabalha bem perto de mim.

 

Ao folhear esta manhã o “Jornal de Notícias” lembrei-me destas palavras de um homem sensato. A manchete anuncia que “já há falta de comida nas cantinas sociais”. Nas páginas interiores há uma reportagem de Helena Norte sobre professores que fazem centenas de quilómetros para dar aulas.

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18 comentários

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    • Elisabete (Liza) on 22 de Outubro de 2012 at 17:43
    • Responder

    Acabo de chegar do lanche e li esse artigo no jornal… O meu marido diz-me contantemente: “Muda de profissão, porfavor”. Vivemos em locais diferentes (+/- 300km de distância) já lá vão 4 anos e temos um filhos de 2 anos e meio que só vê o pai aos fins de semana. Isto porque não consigo colocação mais perto dele. Tu lembras do meu concurso Arlindo… Fundão e arredores em 1º lugar… mas mais um ano longe… Vamos tendo algum trabalho sim, mas um dia passo a dona de casa a tempo inteiro. Ou então… bye bye Portugal, hasta la vista porque isto não é vida!

      • JC Narciso on 23 de Outubro de 2012 at 11:08
      • Responder

      O seu marido, com o devido respeito, deve achar que, ao dizer «muda de profissão, por favor», se arranjam empregos aovirar da rua…

    • Maria Vieira on 22 de Outubro de 2012 at 17:54
    • Responder

    Eu como desempregada que estou, estou numa de “dona de casa”. .Quinzenalmente vou à apresentação periódica na J. de Freguesia.Trago no papel que me dão apra a próxima apresentação,propostas de empregos (dois) para concorrer. Sou de filosofia, mas invariavelmente colocam lá : professores/as de Informática/Inglês/Alemão/ Relações Públicas.
    Chego a casa e concorro…que fazer?
    já indaguei à funcionária:
    Mas se sou de filosofia, porque pôem aqui professora de alemão? professora de inglês?de alemão? Não estou qualificada para lecionar isso!
    Ela: O PC gera isso automaticamente…é professora…olhe concorra!
    E assim vou concorrendo a mando da máquina!

    • Luis on 22 de Outubro de 2012 at 18:09
    • Responder

    Que pena! Não concorram ninguem obriga a concorrer para tão longe, eu estive a 500km de casa com criança e mulher. Alguém me obrigou? Não! A ganância dá nisso, há que refletir sobre todo este método de atropelo e de vida. Ficam colocados (as) em escolas, colocam logo atestados de 12 dias de gravidez de risco e os miúdos???? São esses os moralistas que procuram constantemente conflitos e que quando ficam colocados fazem estas ações. Desculpem mas não posso compatuar, com tal ação. Não dá não concorram.

      • Rui Vicente Cardoso on 22 de Outubro de 2012 at 18:29
      • Responder

      De facto, dá para “ler” que não entendeu o objetivo das entrevistas…

      • Miguel Castro on 22 de Outubro de 2012 at 19:05
      • Responder

      Poupa-nos a esse parlapliê furado, ok?

      • joca fernandes on 22 de Outubro de 2012 at 21:27
      • Responder

      Comentário anormal… Não sabes o que dizes.

        • Luis on 22 de Outubro de 2012 at 22:05
        • Responder

        Anormal??? Sr. Joca, o Sr não sabe da minha vida nem das minhas colocações, pois fique sabendo que ainda hoje não sei o que é acompanhar o crescimento da minha criança. Desde o Algarve a Lisboa já lecionei em várias escolas. Eu digo-lhe a si algo que já comentei várias vezes, QUEM NÃO QUER IR PARA LONGE NÃO CONCORRA, SE O COLEGA ESTÁ LONGE FOI POR OPÇÃO SE ORDENADO É CURTO É VERDADE, AGORA O SR (JOCA) É BASTANTE HIPÓCRITA .

          • Rui Vicente Cardoso on 22 de Outubro de 2012 at 22:23

          E eu agora digo-lhe, tirando o anormal, porque cada um tem direito a dizer o que lhe vai na alma, os deputados também concorreram, recebem subsidio de deslocação, subsidio de presença, subsidio de residência, subsidio disto e daquilo, mas ninguém os obrigou a concorrer oa cargo. Não seria mais do que justo qualquer outro funcionário publico receber essa panoplia de subsidios? Ou não?O meu salário dava para uma vida de deslocado há 3 ou 4 anos atrás, hoje não dá, posso-me queixar disso? Porque não vejo aqueles que nos governam a queixar-se que recebem subsidios a mais…

          • Miguel Castro on 23 de Outubro de 2012 at 0:36

          Percebeste (o que disse o Rui), ó Luisinho??
          Agora poupa-nos.

    • Alex on 22 de Outubro de 2012 at 19:50
    • Responder

    Com os cortes salariais por via do aumento dos impostos que se avizinha suspeito que muitos dos que se encontram nesta situação deixarão de ter condições para continuar a trabalhar nestas condições…

    • sandra s. on 22 de Outubro de 2012 at 22:06
    • Responder

    NÃO HÁ PACIÊNCIA.
    Uns, dizem que ninguém é obrigado a concorrer para longe….blá… blá… que são opções…e tal… se estão a centenas de km, foi porque quiseram… não sei quê, não sei que mais…
    Outros, criticam a vinculação extraordinária dos contratados por considerarem que estes só o são por que nunca saíram da sua zona de conforto, logo devem continuar contratados até à reforma.

    Não há, de facto, paciência para tanto egoísmo e tantas contradições.

      • ML on 22 de Outubro de 2012 at 22:41
      • Responder

      É o que eu sempre digo…nunca se viu tal profissão como a nossa, uma classe tão desunida!!

    • Manuel do Burro on 23 de Outubro de 2012 at 3:53
    • Responder

    Sei bem o que é a distância em todos os sentidos da palavra: distancia da familia, dos filhos, da casa, dos amigos,… chegar a um local completamente distante, com gente distante do nosso problema, indiferentes tanto na escola como no meio que me rodeia. “cada um por si, em solidão, sem dinheiro e nalguns momentos com fome(poupar para os miúdos)”.

    • miuzella arriba on 23 de Outubro de 2012 at 10:57
    • Responder

    Professores contratados, Boicotem o blogue Professores Lusos.

    • JC Narciso on 23 de Outubro de 2012 at 11:06
    • Responder

    Até me apetece rir… até chorar… !
    Basta um iluminado, como o tal jornalista, com uma voz bem timbrada e séria, levantar o véu sobre um assunto que tem BARBAS, para as pessoas term contacto com este problema. Todos os professores têm a sua história, umas mais dignificantes do que outras, mas as primeiras em maior número. Épreciso é que a vinculação extraordinária se faça JÁ, vinculando os professores às escolas onde estão neste momento, com horário anual e completo e que preencham os requisitos exigidos pelo MEC. Os que não quiserem, pelos mais variados motivos, que se f * * * *, sujeitando-se ao concurso nacional.
    Obrigado.

    1. Começo a achar que o JC Narciso está em burn out. Ou então é mesmo falta de visão, acrescida de carácter desformado.
      ” vinculando os professores às escolas onde estão neste momento, com horário anual e completo e que preencham os requisitos exigidos pelo MEC.”
      Há quem preencha duas vezes os requisitos e não esteja colocado, sabia?
      Você deve ser um puto irritante, mimado e.. desconfio que seja tb um bully.

    • Sebastião Coelho on 23 de Outubro de 2012 at 17:07
    • Responder

    Um modo de diminuir o numero de professores deslocados, é pelo concurso.

    O concurso de professores, que na minha opinião não é perfeito, poderia contemplar a preferência regional como critério de seriação, à semelhança como acontece com os Açores e a Madeira.

    Poderiam ser regiões como distritos, ou por região educativa ( onde as Direcções Regionais actuam).

    Como estão actualmente o estado das colocações, os dramas familiares vão aumentar consideravelmente, a distancia e porque o salário não chega para todo tipo de despesas, pagar 2 casas, combustível, vestuário ,alimentação, e como professores somos obrigados a ter internet.

    Nunca é tarde para olhar para o lado e quem puder que se reconverta para outro tipo de vocação. Porque para ser professor e gastar mais de 50% do salário só para estar presente para trabalhar, pode ser preferível ganhar menos, mas estar em casa.

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