4 de Novembro de 2025 archive

O Milagre da Física e da Química

Ministério garante professores de Física e Química apesar das queixas das escolas

 

O Governo garante que há professores de Física e Química prontos para as escolas com mais carências. A FNE discorda.

O Ministério da Educação assegura que existem professores de Física e Química disponíveis para as escolas com maiores dificuldades de colocação, contrariando as críticas da Federação Nacional da Educação (FNE), que lamenta a ausência de vagas para esta disciplina no novo concurso extraordinário de docentes.

Segundo o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI), não foram detetadas necessidades significativas nos Quadros de Zona Pedagógica (QZP) das regiões mais afetadas pela falta de professores — entre elas, Lisboa, Península de Setúbal, Alentejo e Algarve.

A tutela esclarece que, na última reserva de recrutamento, apenas foram solicitados três horários para docentes de Física e Química, existindo 12 professores ainda por colocar em bolsa de recrutamento. Segundo o ministério, estes números demonstram não haver carência estrutural nesta área científica, ao contrário do que acontece em disciplinas como Português, Matemática ou o 1.º ciclo do ensino básico.

concurso extraordinário de professores, aberto esta semana, disponibiliza 1.800 vagas, com destaque para 310 de Português192 de Matemática e 170 para o 1.º ciclo. O processo decorre entre 28 de outubro e 14 de novembro.

Apesar da garantia da tutela, o ministro Fernando Alexandre reconheceu na discussão do Orçamento do Estado para 2026 que “em quase metade dos agrupamentos ainda faltam docentes”. A 24 de outubro, existiam 1.240 horários por preencher, abrangendo 480 agrupamentos, dos quais 12 tinham mais de dez horários em aberto.

Grande parte destas vagas está concentrada na Grande Lisboa, Península de Setúbal e Alentejo, regiões que continuam a enfrentar maiores dificuldades em fixar professores. O Governo prevê investir mais 118 milhões de euros no próximo ano para combater o problema e implementar medidas de apoio à deslocação e atração de docentes para zonas com falta crónica de profissionais.

O ministro sublinhou ainda que, num universo superior a 128 mil professores, é natural existirem horários temporariamente vagos, defendendo que o essencial é garantir respostas rápidas e eficazes na substituição e colocação de docentes.

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Do Ridículo

“Há professores que vão telefonar para a casa de banho”: queixa contra proibição de telemóveis a docentes

 

Grupo de docentes admite avançar para os tribunais e vai recorrer à Inspeção de Educação, Provedoria de Justiça, ministro e parlamento.

 

Um grupo de professores prepara-se para apresentar queixas junto de várias entidades contra a proibição de uso de telemóveis por parte de docentes e não docentes, que já foi aplicada em dois agrupamentos. “Vamos fazer uma exposição junto do ministro da Educação, da Inspeção Geral de Educação e Ciência (IGEC), da comissão parlamentar de Educação e da Provedoria de Justiça. Avançaremos assim que reunirmos informação que demonstre que os regulamentos a proibir o uso foram feitos de forma irregular e sem consulta pública”, afirmou ao CM Luís Braga, professor na Escola Básica da Abelheira, em Viana do Castelo, que admite ainda avançar para tribunal com uma “intimação para proteção de direitos fundamentais”.

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Da Recente Notícia dos Docentes da Educação Especial

A denúncia foi apenas assinada em 2022, quando desde 2008 já se falava nisso e a DGAE sempre protegeu estes docentes, quando eram alvo de denúncias.

 

Concursos de colocação de professores sob suspeita: inspeção deteta fraudes na Educação Especial

 

Inspeção-Geral da Educação e Ciência obtém concordância do ministro para chamar o Ministério Público ao processo

 

O ministro da Educação, Fernando Alexandre, homologou em 13 de fevereiro a proposta da inspetora-geral da Educação e Ciência, Ariana Cosme, no sentido da “remessa ao Ministério Público” de uma investigação à Escola Superior de Educação de Fafe, que detetou diversos casos de inscrição irregular em cursos de formação especial, com impacto direto no acesso à carreira docente e na graduação dos professores nos concursos.

A denúncia foi assinada, em 19 de dezembro de 2022, por Rui Fernandes, presidente do Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua, autoridade reguladora com poderes de Estado na acreditação das entidades formadoras e das ações de formação contínua de professores. Em causa, está a inscrição em cursos especializados de Educação Especial por parte de candidatos sem cinco anos de docência, completados previamente, o que viola o estipulado no decreto-lei 95/97, ainda em vigor.

Vários docentes que se sentem ultrapassados na carreira por colegas sem habilitação legal estão também a apresentar queixas ao Ministério Público. A CNN Portugal sabe que há outras instituições licenciadas como formadoras sob suspeita e investigação. Pelo menos desde 2012, muitos docentes dos grupos de Educação Especial denunciam casos de fraude à Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE), sempre sem resultado.

Ministério dividido

A Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGAE), no relatório homologado pelo ministro, propõe a cassação dos diplomas especializados dos candidatos inscritos sem o requisito de cinco anos previsto na lei, assim como a nulidade das suas colocações nos concursos de acesso às escolas. No limite, esta medida poderá pôr sob escrutínio os concursos de professores da última década e milhares de professores no ativo.

A DGAE, num parecer datado de 29 de maio, defende a não aplicação das propostas da IGAE homologadas por Fernando Alexandre. “Não se compreenderia, em nome do interesse público, que se colocasse em causa os recursos humanos necessários” ao Ensino Especial, área com carência de professores nalgumas geografias.

O mesmo parecer, assinado por um jurista designado internamente, invoca Marcelo Caetano para distinguir entre a declaração de “atos nulos” e a conformidade do Estado com “alguns dos seus efeitos”. Por um lado, para proteção da segurança jurídica de professores contratados nos últimos anos. Por outro, pelos riscos do eventualmente ressarcimento, em favor do erário público, de valores indevidos de progressão na carreira, entretanto recebidos pelos professores inscritos irregularmente. Por “decisão judicial”, sempre poderiam, mais tarde, levar “à indemnização e à reintegração na carreira” dos visados.

O ministro da Educação e a inspetora-geral, solicitados pela CNN Portugal, não quiseram comentar o assunto.

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A Nossa Saúde (SNS) e as Aulas de Cidadania

O primeiro-ministro diz ao que vem, não são cortes são otimizações dos recursos. Jogo de palavras que não convencem.

O SNS tem quase tudo para ficar ainda mais dispendioso.

Obviamente que pode ficar mais barato tirando direitos e dignidade a quem precisa de cuidados médicos. Em tese tem quase tudo para ficar dispendioso, a curto, médio e a longo prazo. Curto prazo essencialmente porque os idosos aumentam e os médicos parecem diminuir. Médio e longo prazo por inabilidade e incompetência de quem governa. Para mudar o paradigma do problema da saúde deve-se mudar o paradigma do ensino.

É na escola, além da família, que se transmitem valores e condutas sobre a qualidade de vida. A qualidade de vida em vários aspetos:

A nível alimentar, a nível da importância da atividade física, no combate ao sedentarismo, no combate às dependências das redes sociais e ao excesso do uso das novas tecnologias, no combate à ansiedade, ao stress dos novos tempos.

A escola remete de uma forma geral estes temas para a disciplina de Cidadania. Seria uma boa opção de ela fosse encarada com rigor e exigência. Não é, é uma disciplina facultativa. Só vai quem quer. Que irresponsabilidade. É assim que se preparam as futuras gerações para valores fundamentais para uma vida saudável? Com esta cultura o que esperar da procura dos serviços de SNS no futuro? Mais do mesmo. Doenças e problemas de saúde associadas a um estilo de vida pouco saudável.

Para uma questão tão importante, saúde pública, os governos tomam grande parte das medidas pedagógicas, preventivas como uma questão facultativa.

A Cidadania é uma questão nuclear e não periférica, mas para os responsáveis é opcional. Sobra para o SNS. E vai continuar a sobrar se nada se alterar. Se o governo nada fizer que façam as escolas e os municípios. Não façam de conta que não se passa nada.

É preciso mudar a educação para mudar a saúde em Portugal.

 

Sérgio Cunha

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Assim Como É Possível Arranjar Substituto?

Não sei se há canal e vontade para expôr este tipo  de situação junto dos meios de comunicação social, mas o agrupamento de escolas XXXXXXX em vila nova de gaia, tem a concurso de contratação um horário de 10 horas anual da disciplina de matemática que já foi recusado 2 vezes nas reservas de recrutamento, com a seguinte mancha horária:
Como é óbvio, para a opinião pública, para os pais dos alunos das 4 turma de 7º e 8ºanos o que fica é a ideia que os professores de matemática até existem nas listas, mas não querem trabalhar…
A falta de professores existe, as carências das escolas são reais, o ministério continua a tentar inventar soluções para que apareçam professores, mas as direções das escolas têm a obrigação de fazerem a sua parte, quererem ser solução.
Um horário como este é vergonhoso e impossibilita qualquer tipo de complementaridade de outro horário noutra escola.
Lamentável.

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Mais de 1oo mil alunos sem professor a meio do 1.º período

 

 

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Fernando Alexandre eleito presidente da Assembleia Municipal de Braga

“É uma das maiores honras da minha vida”, disse Fernando Alexandre, garantindo que, apesar das “funções muito exigentes” que ocupa no Governo, estará presente em todas as assembleias municipais.

Autárquicas. Fernando Alexandre eleito presidente da Assembleia Municipal de Braga

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Horas extraordinárias e apoio à deslocação por pagar a professores

Diretores das escolas ainda não receberam autorização para pedirem processamento das horas extraordinárias e do subsídio de apoio à deslocação, medidas anunciadas como estratégicas pelo Governo para reduzir o número de alunos sem aulas.

Horas extraordinárias e apoio à deslocação por pagar a professores

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