O primeiro-ministro diz ao que vem, não são cortes são otimizações dos recursos. Jogo de palavras que não convencem.
O SNS tem quase tudo para ficar ainda mais dispendioso.
Obviamente que pode ficar mais barato tirando direitos e dignidade a quem precisa de cuidados médicos. Em tese tem quase tudo para ficar dispendioso, a curto, médio e a longo prazo. Curto prazo essencialmente porque os idosos aumentam e os médicos parecem diminuir. Médio e longo prazo por inabilidade e incompetência de quem governa. Para mudar o paradigma do problema da saúde deve-se mudar o paradigma do ensino.
É na escola, além da família, que se transmitem valores e condutas sobre a qualidade de vida. A qualidade de vida em vários aspetos:
A nível alimentar, a nível da importância da atividade física, no combate ao sedentarismo, no combate às dependências das redes sociais e ao excesso do uso das novas tecnologias, no combate à ansiedade, ao stress dos novos tempos.
A escola remete de uma forma geral estes temas para a disciplina de Cidadania. Seria uma boa opção de ela fosse encarada com rigor e exigência. Não é, é uma disciplina facultativa. Só vai quem quer. Que irresponsabilidade. É assim que se preparam as futuras gerações para valores fundamentais para uma vida saudável? Com esta cultura o que esperar da procura dos serviços de SNS no futuro? Mais do mesmo. Doenças e problemas de saúde associadas a um estilo de vida pouco saudável.
Para uma questão tão importante, saúde pública, os governos tomam grande parte das medidas pedagógicas, preventivas como uma questão facultativa.
A Cidadania é uma questão nuclear e não periférica, mas para os responsáveis é opcional. Sobra para o SNS. E vai continuar a sobrar se nada se alterar. Se o governo nada fizer que façam as escolas e os municípios. Não façam de conta que não se passa nada.
É preciso mudar a educação para mudar a saúde em Portugal.
Sérgio Cunha

8 comentários
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“os idosos aumentam e os médicos parecem diminuir. ” O principal responsável pelo aumento de problemas recentes tem um nome: imigração descontrolada com acesso a todo o tipo de serviços públicos, 1 milhão e meio contabilizados em que apenas 500 mil começaram a contribuir, os não contabilizados poderão ser mesma proporção ou muito mais . Os portugueses é que pagam a factura deste desvario até ao colapso final. Podem enterrar o pescoço na areia ou dizer basta deste desvario ou emigrar para a Polónia.
Eh,pá!
Olhe que hoje em dia, assinalar o óbvio, é fassssssismo!!!!
Até podiam começar a ensinar nas aulas de cidadania que as drogas, o álcool e o tabaco fazem mal, que a cultura de gangue é péssima, que se deve evitar o crime e a violência, que o estupro é inaceitável e hediondo, que se deve ser um bom cidadão, proteger os mais fracos, os animais e a Natureza… e assim seria GARANTIDO que os miúdos seguiam imediatamente esses ensinamentos! Se há coisa que podemos ter todos a certeza é que as crianças e os adolescentes fazem exactamente o que lhes ensinam na escola, mesmo que em casa não lhes ensinem nada de bom!
Na próxima semana, vamos ensinar aqui como acabar com a fome, a guerra e as doenças. Fique connosco!
Peço desculpa pela minha ignorância. Onde está a legislação que diz que a discuse Cidadania é facultativa?
Peço desculpa pela minha ignorância. Onde está a legislação que diz que a disciplina de Cidadania é facultativa?
Também quero saber onde está essa legislação.
Oportuno artigo a descobrir a pólvora seca na “disciplina” de Cidadania e Desenvolvimento, na qual todos e cada um dos 10 milhões de portugueses exige que sejam ensinadas coisas muito importantes, desde os dialectos regionais à doçaria tradicional, desde os socorros a náufragos às técnicas de sobrevivência no deserto.