Não sei se há canal e vontade para expôr este tipo de situação junto dos meios de comunicação social, mas o agrupamento de escolas XXXXXXX em vila nova de gaia, tem a concurso de contratação um horário de 10 horas anual da disciplina de matemática que já foi recusado 2 vezes nas reservas de recrutamento, com a seguinte mancha horária:

Como é óbvio, para a opinião pública, para os pais dos alunos das 4 turma de 7º e 8ºanos o que fica é a ideia que os professores de matemática até existem nas listas, mas não querem trabalhar…
A falta de professores existe, as carências das escolas são reais, o ministério continua a tentar inventar soluções para que apareçam professores, mas as direções das escolas têm a obrigação de fazerem a sua parte, quererem ser solução.
Um horário como este é vergonhoso e impossibilita qualquer tipo de complementaridade de outro horário noutra escola.
Lamentável.

7 comentários
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Esta situação, infelizmente, não é nova nem pontual. Quem anda no terreno sabe que este tipo de horários “partidos”, aparentemente inviáveis, surge com demasiada frequência em determinados contextos — tanto em zonas mais carenciadas como, curiosamente, em zonas do Porto ali pelas teip que conheci bem, infelizmente. Matemática, tic, educação física, ED especial …. Um fartote
O padrão é conhecido: lança-se um horário pouco apelativo, muitas vezes no início do ano, com moldes que praticamente inviabilizam que seja aceite. As candidaturas aparecem, claro. Mas depois, quando o candidato se apresenta, o horário real é fragmentado, reduzido ou distribuído de forma impraticável. Resultado? Recusa natural. E o lugar avança até chegar ao CANDIDATO que, por coincidência, já era “o pretendido”. Só então surgem horas adicionais, nomeadamente em cursos profissionais, ou reorganizações que tornam o horário viável.
Não é um segredo. E não é um acaso. O Ministério conhece estas práticas, bem como quem acompanha o sistema por dentro. A narrativa do “professor que não quer trabalhar” serve apenas para alimentar perceções erradas na opinião pública, quando o problema é estrutural e conhecido há anos.
Isto não é normal, não é justo e descredibiliza a escola pública. Precisamos de transparência e critérios claros para que a colocação de docentes seja realmente um processo que serve os alunos — e não uma gestão interna de conveniências.
Mudem a forma como é eleito os diretores das escolas e vejam se isto e outras mais, ou tão graves situações se repetem.
Por acaso, numa TEIP em Braga, há quem tenha tido um horário de m* destes e que ia de propósito de Guimarães. Às quintas entrava às 8h com apenas um tempo e depois tinha um tempo ao fim da tarde, que era para adoçar o bico e conhecer com gosto todos os cantos da casa. Isto de se ter um horário de 11h, anual, assim é só mesmo para quem tem mesmo muito azar. Escola que risquei para todo o sempre dos concursos. A cereja no topo do bolo ainda foi o descaramento de me avaliarem com aquela nota de treta. A única coisa boa um grupo de colegas que ficou para guardar, o resto pode ir tudo para o lixo.
Este horário até é bom: permite ir à escola e à junta de freguesia!
E também permite ser deputado em Gaia e ministro em Lisboa!
Tudo legal embora imoral, mas dada a situação de carência de professores e políticos em certas regiões é até bastante salutar!
Queres ver que esse horário não é da responsabilidade de um ditador, digo, diretor…
Por momentos parecia um horário de EMRC….