Escola de Portimão pôs crianças do 1.º ciclo a vigiar os intervalos
Na escola do 1.º ciclo do Pontal, em Portimão, os tempos de recreio passaram a ser acompanhados por uma “patrulha de segurança“, constituída por professores e alunos, com o objectivo de “prevenir agressões” e “promover atitudes e comportamentos socialmente mais adequados“.
O projecto dá pelo nome de PSP (Patrulha de Segurança do Pontal). Estas iniciais estão inscritas nas t-shirts brancas que devem ser utilizadas pelas crianças que integram a patrulha.
A constituição da patrulha está prevista no plano anual de actividades para o 1.º ciclo do agrupamento vertical de escolas D. Martinho de Castelo Branco, onde está inserida aquela escola. Segundo a descrição feita por alunos, a patrulha deve efectuar “rondas no recinto escolar nos horários críticos da escola, valorizando sempre o diálogo“.
Por considerarem que o projecto é “antipedagógico” e propiciador de “situações de bullying“, os pais dos alunos de uma turma do 4.º ano solicitaram, em Março, a extinção deste projecto. Primeiro numa carta dirigida a responsáveis do agrupamento e depois, face à ausência de respostas destes, à Direcção Regional de Educação do Algarve e à Inspecção-Geral de Educação e Ciência (IGEC).
Nestas cartas os pais dizem ter sido informados da existência da patrulha no início de Março, durante uma reunião com a professora da turma. Foi-lhes dito que a patrulha era integrada “por duas crianças de cada turma” e que a sua missão era a de “tomar nota do nome dos colegas da escola que apresentam comportamentos inadequados“. “Estes nomes serão colocados em local público para que toda a comunidade escolar tenha conhecimento dos mesmos“, acrescentam.
2 comentários
Incutir traços pidescos ou autoregulação?
Esses pais que apresentem alternativas, sff.