Alunos sem professor. ​Ministério da Educação pede esclarecimentos adicionais

 

A primeira parte do relatório já chegou ao gabinete de Fernando Alexandre, mas suscitou dúvidas que o ministro quer ver esclarecidas antes da divulgação das conclusões.

Alunos sem professor. ​Ministério da Educação pede esclarecimentos adicionais

Em resposta à Renascença, o gabinete do ministro da Educação disse que “após uma primeira análise foram pedidos esclarecimentos adicionais à auditora”, a KPMG, acrescentando que “só após estes esclarecimentos serão divulgadas as conclusões”.

Já esta terça-feira, o ministro Fernando Alexandre admitiu que não sabe se será possível ter um número exato de alunos sem aulas, porque o sistema de informação tem muitas falhas.

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2025/05/alunos-sem-professor-ministerio-da-educacao-pede-esclarecimentos-adicionais/

12 comentários

Passar directamente para o formulário dos comentários,

    • Patolas on 13 de Maio de 2025 at 19:39
    • Responder

    Os números que chegaram não agradaram?
    Vai martelar?

    • Indignado on 13 de Maio de 2025 at 20:19
    • Responder

    Que, ao fazerem as contas, se lembrem de verificar quantos “professores” há por aí sem sequer terem uma licenciatura, que entraram como técnicos especializados e/ou mediadores e que, devido ao desespero e à conivência das direcções, lhes foram atribuídas turmas dos 2.º e 3.º ciclos, estando, por conseguinte, a induzir em erro as contas do MECI.
    Quer dizer, dos poucos professores que se profissionalizam (apesar de admitir que esta é uma generalização com base nas turmas e cursos que conheço), cerca de metade abandona a profissão após o primeiro ano, pelas mais variadas razões já aqui enumeradas ao longo dos anos. E depois cobrimos os buracos da estrada com areia.

    Estamos, sem dúvida, no caminho certo. Posso garantir que, caso tudo continue na mesma, não será em 2035 que vamos resolver a falta de professores. Com algum azar, por essa altura, já nem sistema de ensino público teremos.

    Os velhos ficam e reformam-se nos próximos anos.
    Os novos que deram-se ao trabalho de tirar a profissionalização entendem que isto é só chão que já deu uvas e que conseguem melhor e com menos stress e horas de trabalho num call-centre ou lá pela Europa fora noutras profissões.
    E os poucos que vão entrando por falta de alternativas, nem as condições reúnem para entrarem com habilitação própria. E com alguma sorte talvez fiquem, mas que remédio…

      • Bugaça on 14 de Maio de 2025 at 0:40
      • Responder

      falso camarada, tenho hb suficientes,candidatei-me a mais de 300 horários em Lisboa e não fiquei em nenhum…não há falta de professores

        • Indignado on 14 de Maio de 2025 at 1:23
        • Responder

        De acordo com a PORDATA e a DGEEC, a idade média dos professores no continente ronda os 53 anos, sendo os dois maiores grupos demográficos os dos 55 aos 60 anos e dos 60 para cima. Estatisticamente, isto indica que a escassez será significativa, tendo em conta que, em média, por cada quatro professores que se reformam, apenas um se profissionaliza.

        Além disso, apesar de não existirem estudos realizados em Portugal, se observarmos a tendência de países vizinhos onde esses estudos foram feitos (e onde, curiosamente, a profissão docente apresenta problemas semelhantes), verifica-se que muitos dos que concluem a formação também não permanecem na profissão.

        É claro que isto é apenas uma suposição, pois não o conheço, mas partilho do seu desânimo. As razões para não ter conseguido um horário podem ser várias: há grupos de recrutamento com mais carência do que outros. Por exemplo, a procura por professores de Educação Física ou de Geografia não é a mesma que a de Matemática ou de Física e Química. Os poucos colegas da minha área, mesmo sem dias de serviço antes e após a profissionalização este ano conseguiram todos sem exceção ficar numa escola dentro dos distritos de Lisboa e de Setúbal.

        Seja como for, estou confiante de que a oferta para professores irá inevitavelmente crescer devido a estas questões demográficas. No entanto, não tenho a mesma confiança na melhoria das condições de trabalho para quem agora entra na carreira, porque — especialmente no contexto deste país — as leis da oferta e da procura não se aplicam ao Ensino. A falta de professores não resulta necessariamente na valorização da carreira. O Ensino, assim como a Saúde, contrariamente ao que geralmente se acredita, são encargos financeiros para o Estado e não geram riqueza a curto prazo. Daí a falta de investimento, pois nenhum governo tem capacidade (ou vontade) de olhar para além dos seus quatro anos de mandato. Hipoteticamente, o governo seguinte colheria os louros da decisão impopular.

          • Bugaça on 14 de Maio de 2025 at 11:17

          «Por exemplo, a procura por professores de Educação Física ou de Geografia não é a mesma que a de Matemática ou de Física e Química.» ou seja, não existe falta de professores, apenas falta de professores em determinadas áreas, o que leva a um ciclo vicioso de eterna carência, pois as necessidades oscilantes, ora professores a mais em português, oura noutra, levam à sujeição da formação às leis da procura. Capitalismo aplicado ao ensino, travestido de gestão de recursos. A questão mantém-se, há falta de professores ou não. Pela minha experiência não há. O que vejo é a educação instrumentalizada para fins ideológicos, e a conivência dos docentes nas condições abjectas de formação de novos professores, a saber, 2400 euros de propinas (máxima) fora o ano de estágio, e o inicio no escalão de miséria, digamos.

          • Indignação pura on 14 de Maio de 2025 at 19:32

          Apesar de ser profissionslizada num determinado grupo de docência onde hámuitafalta de docentes, então resolvi enveredar por dar aulas nesse grupo no qual tenho habilitação suficiente em Ofertas de Escola, e sabem que mais? Fui penalizada retiram-me todo o meu tempo de serviço e com menos graduação resultou que ainda me encontro no desemprego e os alunos sem professor há meses…Escrevi ao Ministro e nem uma resposta obtive..Eles querem lá saber …Os docentes contratados são muito desconsiderados e depois vimos candidatos sem ter profissionalização a dar aulas (e bem ) com habilitação suficiente e nada lhes acontece..Dois pesos duas medidas..

        • Mainada on 14 de Maio de 2025 at 13:16
        • Responder

        Somos todos idiotas, incluindo todos os especialistas e responsáveis, quando concluímos que há falta de professores e que o problema se vai agravar, não é?

          • Cui Bono on 14 de Maio de 2025 at 15:25

          não,idiota só tu.

  1. Com tantos dados lançados diariamente ainda precisam de mais informação? Por amor da santa! Estão à espera que passe o dia 18, só pode!😡😡

  2. Escola X:
    – Falta X professores às disciplinas X, Y e Z, ficando as turmas A, B e C sem aulas de X, Y e Z, num total de X alunos.

    Cada uma das Direcções dos 887 agrupamentos/escolas não agrupadas entrega os dados ao ministério.

    No Ministério, colocam um estagiário a somar o número de alunos e, sem pressas, com tempo para se esticar de vez em quando (faz mal estar parado horas seguidas frente a um computador), até ao fim do dia sabe-se o número de alunos sem professor.

    Ou será que as pessoas têm que se fiar na IA, que dá o número de 30 000 alunos sem, pelo menos, um professor?

  3. É de louvar a criatividade do autor do blog a postar esta notícia. Na realidade, quem viu e ouvi sobre este assunto sabe que a notícia foi “Ministro da Educação admite que “talvez” nunca se saiba o número de alunos sem turma” e neste blog, como não se pode objetivamente criticar este governo de nada a notícia é um pouco mais rebuscada, tem que se ler as letras pequenas. Nem imagino a parangona fosse esta uma notícia de um ministro de outra qualquer cor. Como é que não sabe? Não sabe porque não quer e não lhe dá jeito, e o chefe não dá ordem para saber. O que é para mim surpreendente é como é que alguém como Fernando Alexandre, independente e que já bateu a porta noutro cargo, não se distanciou publicamente da falta de ética, transparência e rigor do primeiro ministro e vem fazer estas figuras. Mancha total de reputação por decisão própria, como é que pode pedir rigor, transparência e ética no ministério e aos professores? Nem um mísero powerpoint com umas contas consegue fazer.

    • demodogrosso on 15 de Maio de 2025 at 10:52
    • Responder

    O Ministro é da ACADEMIA …
    e quando diz que vai dar os números do n.º de alunos sem professor é porque vai mesmo fazê-lo.
    Este é mesmo um ministro a sério ….
    Eu vou dar umas tacadas com o Violas do Monteverde …

Deixe um comentário

Your email address will not be published.

WP2Social Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
Seguir

Recebe os novos artigos no teu email

Junta-te a outros seguidores: