O erro do homem…

É uma chatice ter “telhados de vidro”…Um homem que falou tanto em transparência, ética…..

Por mais verdade que seja tudo aquilo que se diz e que já tanta tinta fez correr nas notícias, em termos de proporcionalidade e quando comparado com esta crise política artificial consumidora de tempo útil às verdadeiras decisões necessárias neste país, nada justifica novas eleições, novas despesas ao erário público, novas distrações, novas perdas de tempo, etc.

Como dizia o outro…: “Vão mas é trabalhar, que é para isso que vos pagamos, e não para “fofocar do vizinho”!”

Que perseguição!
O homem já nem pode dormir onde lhe apetece.

Vamos lá ver… Ir a eleições e melhorar a posição é apetecível, ao passo que arranjar um primeiro ministro substituto é o princípio do fim. Dito isto, o chiqueiro é sobretudo responsabilidade das oposições gananciosas e clientelistas e, mais ainda, dessa raça que para aí anda: os comentadores. Para os professores, tudo isto é (mais) um retrocesso.

Isto para corrupção é ridículo.
O homem comprou 2 apartamentos no valor global de 700 e tal mil euros, em Lisboa, o que aliás nos tempos que correm não é nada.
Com 700 mil euros se uma pessoa comprar um T1 já não é mau.
Pelo que percebi, simplesmente não declarou certas situações porque a isso não era legalmente obrigado.
A haver corrupção tem de ser na ordem de pelo menos dezenas de milhões de euros, como já aconteceu em governos anteriores, só assim vale a pena.
Havendo eleições votarei na AD, nas anteriores votei noutro partido mas nestas votarei na AD.

O erro do homem… é não ter o qualquer sentido de ética e responsabilidade pelo cargo que ocupa. Mesmo quem nunca votará adês e que tais não quer eleições, ninguém quer. Agora qualquer pessoa que pense, percebe que vamos para eleições porque este primeiro-ministro não foi capaz ou de reconhecer que sim, recebe dinheiro por portas e travessas de quem tem interesse em receber um favorzinho e, no mínimo, pedir desculpa e acabar com aquilo (espanta-me a ginástica mental de pessoas que até são professores para justificarem o injustificável, ou acham que há almoços grátis?) para preferir obrigar o país a ir a eleições. Mas acham que vamos a eleições porquê? Demitisse-se e desse o lugar a outro no próprio partido se o interesse é o país mas não, o interesse é empurrar com a barriga e ver se com sorte ainda há uns tantos inocentes que o achem um coitadinho e lhe ofereçam a maioria absoluta. Aí sim, vão adorar o ensino público…

O problema dos professores é que sempre fomos tão mal tratados que basta alguém acenar com uma migalha que já nos sentimos dignificados. Mas não é por nos acenarem com migalhas que perdemos o sentido crítico e a capacidade de ver as coisas para além de partidos e dos interesses que muitos dos que lá andam representam.
Mas alguém duvida que fosse qual fosse o partido a ganhar, o resultado com os professores ia ser o mesmo? Era inevitável, estava nos programas dos partidos (todos), havia novas lideranças e não era tanto porque se andou a protestar mas porque pura e simplesmente não há professores a curto e a médio prazo e tem que se devolver dignidade (salário) à profissão no imediato, e isto é o mínimo porque verdadeira dignidade é outra coisa.
Por exemplo, todos sabemos que quando lhe cheirou a eleições o Montenegro mudou de repente de opinião, porque nunca tinha sido a favor de se devolver nada aos professores, lembro-me bem dele no tempo do Passos que ainda foi mais troika que a troika… É preciso ter memória, porque também não me esqueço que a execrável M. Lurdes (até me custa dizer o nome sem mais dois ou três palavrões à mistura) foi sem dúvida a pior ministra da nossa carreira para quem já cá anda há uns bons anos, os último dois ministros as mesmas nódoas, mas também os inenarráveis Justino e Crato não foram melhores. O Crato por acaso reverteu alguma das políticas da execrável? Não, esfregou as mãos porque o trabalho já estava feitinho e até mandou uns quantos à vidinha porque havia professores a mais. E o que dizer do Justino que agora aparece com um estudo encomendado para fechar escolas no interior, não só provou uma enorme desonestidade intelectual com dados falsos, mas alguém acredita que isto não era encomenda deste governo para começar a cortar nos mais fracos do interior e até, pasme-se, no ensino profissional onde estamos muito abaixo das metas europeias…
Este ministro surpreendeu todos pela positiva é verdade, até se começar a perceber que muitas coisas não batem certo, sejam os números, seja alguns sindicatos andarem a assinar acordos que pressupõem o retomar de uma coisa que a Lurdes queria fazer e não conseguiu, que é extinguir a carreira de professor e integrá-la na carreira única da função pública, com tudo o que isso acarreta (então acham que o secretário de estado vindo do Observador, neoliberal dos costados, quer o quê ??)
Abram a pestana para além das migalhas e dos partidos porque maiorias absolutas destes tipos é não apenas legitimar negociatas pessoais de quem nos deveria representar ao mais alto nível com ética e respeito, mas o início do fim da escola pública. Só quem em consciência quer ter uma escola de primeira de outras de segunda e terceira, o que é legítimo, o voto é livre, pode afirmar que vota na AD neste momento, os outros ou estão distraídos ou iludidos.