1 de Março de 2025 archive

Grupo invade escola em Gaia com arma de fogo para agredir alunos

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Suspeitos, que serão ex-alunos da escola, arrombaram a porta em vidro para, alegadamente, se vingarem dos estudantes.

Grupo invade escola em Gaia com arma de fogo para agredir alunos

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Aviso de abertura – Açores

 

Concurso interno e externo de Provimento 2025/2026

Aviso de abertura

Regulamento

Regulamento do Concurso

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A pergunta do jornalista que…

Um jornalista perguntou ao Presidente, porque não usava fatos.

A resposta do presidente nada disse sobre ele, mas a pergunta do jornalista, tudo disse sobre o trabalho do mesmo…

O jornalismo num país muito nos diz sobre a forma de pensar dos seus habitantes.

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Afinal, só 10% das escolas do 1.º Ciclo têm menos de 20 alunos

David Justino refez as contas do estudo publicado pelo Edulog e os valores são inferiores.

 O estudo do antigo ministro da Educação David Justino para o Edulog, divulgado na última terça-feira, concluía que 40% das escolas do 1.º Ciclo tinham menos de 15 alunos. No entanto, refez os cálculos que apontam para valores mais baixos: só cerca de 10% das escolas do 1.º Ciclo têm menos de 20 alunos, esclareceu ontem ao JN, pedindo desculpa, mas que “não tinha qualquer intuito alarmista”.

Afinal, só 10% das escolas do 1.º Ciclo têm menos de 20 alunos

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A falta de apoio psicológico no país do come-e-cala – João André Costa

 

O Luís não existe e o Luís não é professor, o Luís é uma personagem fictícia e esta é mais uma história verdadeira acabada de inventar.
E porque o Luís não existe, a escola do Luís também não, caso contrário o seu chefe de departamento não teria explodido às gargalhadas quando o Luís lhe disse sofrer do transtorno obsessivo-compulsivo até porque e de imediato o Luís não existe e como não existe não pode igualmente sofrer de qualquer transtorno para além do transtorno acabado de dar ao próprio chefe.
E portanto toca a continuar a lavar as mãos uma e outra vez depois de tocar na parede, na mesa, na porta, na caneta, no quadro, no computador, o teclado do computador limpo todos os dias porque usado mil vezes por mil pessoas, a pele das mãos sempre seca a pontos de gretar pelas costuras tal como os enfermeiros nos hospitais mas isto não é um hospital, é uma escola, mas às vezes mais parece um hospital.
E suar a noite toda à Segunda, à Terça, à Quarta e todos os dias da semana antes de ir para a escola mais a ansiedade de quem não sabe quanto vai acontecer e ninguém com quem falar, comer e calar, a semana chega sempre ao fim mas o Luís talvez não acordado desde a uma da manhã ou então desde as duas e o Luís já atrasado a correr para a escola a meio da noite enquanto o mundo, ou metade dele, dorme.
Porque às 8 da manhã todas as aulas planeadas, todos os passos ensaiados, todas as perguntas repetidas, nenhum dedo apontado, experimentem dar aulas noutra língua e vão ver.
E por conseguinte sair de casa uma, duas, três vezes, trancar a porta uma, duas três vezes e já na rua voltar a casa já esquecido se trancou a porta como deve ser uma, duas, três vezes e o caminho todo de três em três minutos a revistar os bolsos e a pasta a contar o material todo uma, duas, três vezes para repetir o processo todo quando o dia chega ao fim e a caminho de casa sempre na certeza de ter deixado algo para trás e prontamente os dedos acusadores.
Dormir pouco, três a quatro horas, seis no máximo dos máximos fins-de-semana incluídos e como de costume sonhar com a escola e por consequência o Luís nunca desliga e porque nunca desliga precisa de ajuda mas a ajuda não existe e talvez bastasse ter com quem falar, tarefa de todo impossível quando se está a dois mil quilómetros de casa e entre o sotaque e os comportamentos excêntricos do hispânico não há quem lhe dê nem tempo nem apoio e na ausência de outros hispânicos igualmente distantes o Luís está por sua conta.
Até ao dia.
O Luís sofre de trauma, do trauma de partir, do trauma de chegar, o trauma de não ter com quem falar e nos gestos repetidos a certeza, a segurança, a vã tentativa e a vã esperança do corpo assente na terra até porque os pés estão sempre no ar e ainda hoje a voar para uma terra distante, incerta e ignara.
E não fosse ignara e, estou certo, já alguém teria dado pelo Luís e talvez seja o frio e estou certo e convencido ser o frio, a distância, a impossibilidade legal de um abraço, quando muito um aperto de mão, os nórdicos são iguais e o álcool como a única e elementar bóia de salvação e graças a Deus ao Luís basta a cerveja, de resto apenas à Sexta e ao Sábado, senão para quê viver.
Um dia encontram o Luís estendido no chão algures na escola depois de um fanico ou um colapso ou então os dois e os juízos peremptórios do “eu bem lhe disse” e “eu fartei-me de o avisar” mais o “mas ele nunca queria falar com ninguém” ou “para ele estava sempre tudo bem” e estava sempre tudo bem porque a cultura assim determina quando a pergunta é sempre a mesma e “Está tudo bem” seguido de um ponto de interrogação não é de todo um “Gostava de falar contigo porque estou preocupado” e a vida é sempre a abrir e a mil à hora sem tempo para conversas, os dedos em riste são por demais céleres e uma pessoa sozinha nesta terra e sem emprego não é ninguém e não é nada.
E como o Luís continua estendido é preciso chamar o pessoal das limpezas para varrer o Luís do chão para dentro de um saco para dentro do lixo e adeus ao Luís até nunca mais ver.
De resto o Luís pouco importa, não era dos nossos e tinha um falar esquisito, e enquanto se deita fora o Luís no contentor à espera da Quarta-feira (a recolha do lixo é sempre à Quarta e como está frio o Luís não vai cheirar) basta de caminho abrir o portão para mandar entrar o Luís seguinte numa longa fila de Luíses à porta da escola e até ao virar da esquina e todos à espera da sua vez, todos à espera para ocupar o teu lugar.

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