“UMA MERECIDA palavra de respeito:

 

Ora bem, tenho de começar por dizer que se Fernando Alexandre foi escolhido para Ministro da Educação, Ciência e Inovação (MECI), o meu voto nas eleições de 10 de março de 2024 em nada contribuiu para isso.

Porém, o Sr Ministro transmitiu-me desde logo, e de forma quase instintiva, algo semelhante a confiança e competência… Partilhei isso com alguns amigos próximos logo no dia da primeira “foto de família” do agora “caído” governo. Eu não o conhecia, nem conhecia o seu trabalho.

Se eu concordei sempre com as suas opções?
Não! Obviamente que não! Mas isso para mim não é problema… Aliás, até é natural. Estranho seria se fosse diferente.

Afinal, era a ele quem competia governar o setor da Educação e não a mim.

Porém, conquistou o meu respeito pessoal. E fê-lo de uma forma natural. Simplesmente porque apresentou um plano de ação. Estabeleceu aquelas, que no seu entendimento, eram as prioridades para executar o plano apresentado.

E imagino a dificuldade de tal “empreitada”… Porque o setor da Educação, principalmente o sub setor da Educação Pública, estava inundado de problemas e questões de difícil resolução após décadas de quase total abandono, originando uma constante sequência de reivindicações a cumprir e vindas dos mais diversos lados.

Teve a coragem de assumir desde logo que não seria possível resolver tudo de uma vez.

Teve uma atitude de diálogo com todos… Ouvindo… Escutando… Decidindo!

Teve a coragem de admitir o erro quando errou! (E isso é coisa rara na política… Ou até fora dela). Fê-lo de uma forma exemplar, mesmo quando o erro provinha de má informação proveniente dos serviços do ministério, mas que pelos quais era política e administrativamente responsável.

Esta atitude… Esta postura… Garantiu-lhe a conquista do meu respeito e consideração pessoal, concordando ou não com as decisões e prioridades escolhidas.

Lamento a queda do governo que conduz inevitavelmente à interrupção do trabalho que se estava a fazer… Não só pela condição de governo de gestão… Mas também porque após esta queda de governo entramos num ciclo frenético de quase um ano inteiro de campanha eleitoral continua (legislativas em maio, autárquicas em setembro/outubro e presidenciais em janeiro).

Apesar de dificilmente o meu voto vir a contribuir para uma possível e futura recondução no cargo… Tenho a dizer, sem qualquer hesitação, que gostaria de o ver novamente a liderar o MECI.

Fez por merecer estas minhas palavras!
Fez por merecer o meu respeito e admiração pessoal, independentemente das concordâncias e das discordâncias…. Simplesmente porque, no meu simples entendimento, respeito não implica concordância absoluta, não implica seguidismo, não implica abdicar do espírito crítico.

Dito isto,

Obrigada, Professor Doutor Fernando Alexandre.

 

Texto da professora Joana Santos Leite da Appmpd Mobilidade Por Doença

 

Tenho dito.”

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44 comentários

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    • Ex-Lenine on 13 de Março de 2025 at 7:54
    • Responder

    Bom texto!
    Infelizmente os professores portugueses continuam a votar, maioritariamente, em quem tem deliberadamente destruído a carreira docente: PS e geringonça!
    Será uma espécie de masoquismo de classe?

      • ECCT on 13 de Março de 2025 at 8:14
      • Responder

      Concordo colega, o pensamento de muitos é “tu até me respeitas, dialogas e melhoras-te as minhas condições de trabalho” mas vou votar naqueles ali que ” me definem como desprezível , me acham mentecapta, e me vão lixar a vida”

        • Bogas on 13 de Março de 2025 at 10:05
        • Responder

        ess@ é só mais um d@s labreg@s anti primário, falam mal da esquerda mas não abdicam das conquistas da esquerda

          • Tenho memória… on 14 de Março de 2025 at 10:48

          Que conquistas ?
          O modelo ditatorial de gestão?
          O congelamento de carreiras?
          As perseguições?
          O ódio aos professores?
          As mentiras constantes, para denegrir a classe?
          Foi isso que a esquerda deu aos professores nas últimas duas décadas.
          Quer que faça um desenho?

        • Mortadela on 13 de Março de 2025 at 15:24
        • Responder

        Melhoraste.. . Olha que se és professor… my God!

    1. O ministro começou bem, depois fez muito bem em acabar com as provas de aferição e repor os exames…Mas de resto não fez mais nada…O facilitismo continua, o faz de conta e a indisciplina dos alunos…Os colégios privados continuam lutados e com enorme fila de espera. A avaliação de professores que é sinistra continua a produzir mal estar e conflitualidade nas escolas… Os diretores com poucas exceções continuam a não irem à sala de professores, continuam a promover clientelas e subserviências e a castigar os rebeldes, na avaliação, nos horários e na atribuição de turmas… Demasiados professores cominuam a queixar-se de assédio moral… Ou seja, não sejamos lambe botas…Foi muito melhor que o João sem terra do PS, mas foi também muito aquém das expectativas que criou…

        • Nuno on 13 de Março de 2025 at 12:29
        • Responder

        AA
        Seu comuna!

        • Marlu on 13 de Março de 2025 at 15:59
        • Responder

        E num ano de governação, queria que resolvesse todos os problemas da educação? Os outros estiveram lá mais tempo e nada fizeram, pelo contrário…

          • RR on 14 de Março de 2025 at 11:14

          A primeira, primeiríssima, medida tinha de ser a eliminação do atual modelo, fascista, de gestão. Num ambiente, totalmente tóxico, onde proliferam e prosperam “kapos” e “bufos”, quais são as condições de trabalho?
          Quem quererá ir trabalhar para a Coreia do Norte?
          Pelos vistos o MECI ainda não percebeu a importância da DEMOCRACIA!

          Evidências:
          https://capasjornais.pt/Capa-Jornal-Publico-dia-12-Agosto-2018-9909.html

    2. As propostas de resolução da situação da carreira dos professores apresentadas no parlamento pelo BE, CDU e PAN, em 2019, foram chumbadas pelo bloco central PS-PSD-CDS. Basta ler as medidas propostas para a educação, apresentadas nos respetivos programas, para perceber que tanto o PS como o PSD nada tencionavam fazer para reverter a calamidade a que chegou a carreira docente e a escola pública. O PS tinha prometido o descongelamento e a restituição do tempo de serviço e, quando o BE e a CDU tentaram que fosse cumprida, o António Costa ameaçou com a demissão. Se houve erro da geringonça, foi acreditarem que o António Costa cumpriria promessas sem acordo escrito. Lembro, que o PS governou com maioria absoluta na última legislatura (nesse período só negociou com o Livre e o PAN)
      LinK: https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/programa-do-chega-defende-privatizacao-de-hospitais-escolas-vias-de-comunicacao-e-meios-de-transporte
      https://observador.pt/2019/05/10/professores-parlamento-debate-normas-da-direita-com-exigencias-para-recuperacao-do-tempo-total/
      https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/pcp-e-be-nao-apoiaram-manifestacoes-dos-professores-durante-o-periodo-da-geringonca

    3. E o Crato?!

    • João on 13 de Março de 2025 at 8:06
    • Responder

    E diz muito bem. Também não votei PSD, nem votarei, mas este ministro foi uma agradável surpresa. Qualquer pessoa com um mínimo de honestidade intelectual reconhece isso.

      • Tuktuk on 13 de Março de 2025 at 10:03
      • Responder

      mas tem de ser o minimo dos minimos mesmo

    1. Não nos podemos esquecer que o Governo esteve desde o início por um fio. Nessas circunstâncias tem de tentar ser popular. As medidas duras vêm depois de se conseguir uma maioria, que, a meu ver, o Sr. Ministro bem se esforçou, pois não lhe bastou passar duas moções de censura ainda teve de pedir uma de confiança, que sabia de antemão que o PS não podia aceitar, porque já o tinha dito. Isto da mesma forma que o Ministro cumpriu a sua palavra quando disse que não se coligava com o Chega. Esta jogada, mais do que tudo o resto, irritou-me. Quanto ao Chega nem me pronuncio, tal é a quantidade de disparates.

    • sapinhoVerde on 13 de Março de 2025 at 8:08
    • Responder

    Pela primeira vez, em muitos anos um Ministro da Educação digno de tal nome.
    Faço questão de estar de acordo com o autor do texto. Espero ver novamente o Professor Doutor Alexandre a líder o MECI, recomendo a sua postura e dignidade para onde foi designado.

  2. Também concordo com estas palavras. Aliás, este governos só tinha um ponto frágil: a saúde. A ministra nunca assumia a responsabilidade de nada e atirava sempre a culpa para os outros.
    O problema foi o PM, que foi um completo amador e “infantil” na forma como geriu a situação profissional/empresarial / familiar. Este governo só tem um culpado do que lhe aconteceu: o Sr. PM.

    • TRES on 13 de Março de 2025 at 9:07
    • Responder

    Se querem que continue a fazer o bom trabalho realizado e reconhecido por todos.
    Sabem bem o que devem fazer colegas…

    O nosso ministro foi escolhido por quem?
    Parece-me óbvio para onde deverá ir o nosso sentido de voto utíl…

      • Bogas on 13 de Março de 2025 at 10:07
      • Responder

      depois queixam-se da desunião dos docentes…politizam-na

    • Carlos on 13 de Março de 2025 at 9:15
    • Responder

    Concordo totalmente com a/o colega TRES.
    Temos que pensar é mesmo no voto utíl…
    Juntos seremos mais fortes.

    • Mainada on 13 de Março de 2025 at 9:22
    • Responder

    “Tenho dito”? Lol. Pronto, é uma forma engraçada de terminar.

    • PdaSilva on 13 de Março de 2025 at 9:27
    • Responder

    Desculpem, mas este é um pensamento verdadeiramente “Tuga” (diminutivo que, particularmente, não gosto, mas encaixa “que nem uma luva” na opinião expressa).
    -A autora reconhece competência ao ministro e gostaria mesmo de continuar a vê-lo a liderar o MECI, mas “dificilmente” irá votar no partido ou coligação (PSD/AD) que possa contribuir para a sua “recondução”. A sério! Vai votar noutro partido qualquer menos naquele onde está a pessoa a quem reconhece competência e seriedade! E, ainda, tem a “lata” de falar contra o “seguidismo” quando expressa um pensamento seguidista?!! Por amor da santa! Os professores/educadores andam a comer gelados com a testa?
    Esta opinião é um hino ao verdadeiro espírito crítico da filosofia tuguista que, infelizmente, reina no país, particularmente, na educação!
    (…há quem tenha saudades dos Costas, eu não!)

      • Adestrado Desmiolado on 13 de Março de 2025 at 12:04
      • Responder

      Um ministro como os outros. Apenas espalhou dinheiro para alguns.
      De resto nada de novo.
      Eu não votei, nem voto, num chico-esperto avençado da solverde, do gasolineiro e outros…

      E falam em ética e moral!

        • Mortadela on 13 de Março de 2025 at 15:26
        • Responder

        👍

      1. Exatamente colega, espalhou dinheiro, porque tinha uma posição frágil, a qualquer momento poderia cair. Então há que dar dinheiro. Assim sendo, quando cair tem votos. Conforme se pode ver é verdade. O duro é que se conseguir a maioria o dinheiro acaba. Além disso tudo continuou muito centrado na carreira docente, pouco se viu para além disso e só alguns beneficiaram.

    • Sugo on 13 de Março de 2025 at 10:11
    • Responder

    eu percebi o carácter de seguidismo social democrata neste blogue no dia em que enviei um email a criticar o ministro em certas medidas, não foi publicado e meia dúzia de dias depois saiu um dl que dava resposta ao criticado… o ministro tentou? sim tentou. Se foi suficiente? não foi.Para quem tem falta de professores andou com remendos.A miserabilidade da classe docente nota-se com a acalmia face aos trocos recebidos com a RTS

      • ECCT on 13 de Março de 2025 at 15:48
      • Responder

      É melhor receber uns trocos que sempre dão para o pão do que ser roubada à grande peli PS, ou o colega está com saudades da Lurdinhas?

        • Sugo on 13 de Março de 2025 at 16:00
        • Responder

        ó labrego leste algum encómio a alguma força política?a polarização partidária é o que desune a classe

      1. Vamos ver o quanto esses trocos nos vão custar. O que eles sabem todos fazer muito bem é alterar provas de aferiação, ModA ou lá o que é. Ranking, ranking e mais ranking. Os miúdos hoje sabem mais ou simplesmente ficam menos vezes retidos? O que interessa é satisfazer os pais. Os votos aí são muitos.

    • Agapito on 13 de Março de 2025 at 12:25
    • Responder

    Muito bem. Eu se muito bem de onde surgiram os termos esquerda e direita e o que significava cada um desses termos, só que agora parecem termos indiferenciados. Por isso, doravante, vou usar como critério eleitoral o critério utilitarista…. O princípio da maior felicidade.
    Os professores também precisam de felicidade e daquilo que hes é útil.

    1. Gostei muito colega. Já estou nessa. Cansei-me do altruismo.

    • Maria on 13 de Março de 2025 at 12:28
    • Responder

    Senhor Ministro Fernando Alexandre quero agradecer lhe todo o trabalho feito em tão pucos meses. Com 35 de serviço no Ensino Público vi o reconhecimento da profissão que continuo a exercer com a mesma paixão desde o primeiro dia. Desejo que possa continuar o trabalho de excelência que o Senhor Ministro e a sua equipa tem feito. Nunca votei PSD/AD , mas desta vez terão o meu voto. Precisamos no governo de pessoas integras, honestas e que cumprem, com todas as dificuldades que sabemos, o que prometem para o bem da Educação do nosso país .

    1. Integras, honestas que cumpram. Estou de acordo, mas onde está esse partido? Não me parece que tenha ouvido nada disso nos últimos dias. Apenas um discurso de vitimização que pretende transmitir essa ideia.

    • Maria on 13 de Março de 2025 at 12:29
    • Responder

    Senhor Ministro Fernando Alexandre quero agradecer lhe todo o trabalho feito em tão pucos meses. Com 35 de serviço no Ensino Público vi o reconhecimento da profissão que continuo a exercer com a mesma paixão desde o primeiro dia. Desejo que possa continuar o trabalho de excelência que o Senhor Ministro e a sua equipa tem feito. Nunca votei PSD/AD , mas desta vez terão o meu voto. Precisamos no governo de pessoas integras, honestas e que cumprem, com todas as dificuldades que sabemos, o que prometem para o bem da Educação do nosso país .

    • Filomena Solano on 13 de Março de 2025 at 12:51
    • Responder

    Não tenho dívida .

    • Carlos on 13 de Março de 2025 at 15:15
    • Responder

    Eu votarei AD sem a menor dúvida!!!!

      • Bogas on 13 de Março de 2025 at 15:58
      • Responder

      a Anónimos Deficientes em força portanto…

    • Lucília Andrade on 13 de Março de 2025 at 19:17
    • Responder

    Sou assistente técnica numa escola e a mudança da plataforma da progressão atrasou tudo e baralhou o que já estava bem feito. Mas é o que é! Agora há-de vir outro e baralhar ainda mais.

    • Joana Leite (autora do texto) on 14 de Março de 2025 at 12:13
    • Responder

    Bom dia!
    Pessoalmente, raramente faço intervenções relativamente a textos de opinião pessoal que escrevo e só a mim vinculam.
    Porém, enquanto AUTORA do texto que aqui foi partilhado, sinto necessidade… (e não a obrigação, entenda-se de forma clara…) de clarificar algumas coisas, tendo em conta os comentários que aqui li… E li-os todos…
    Começo por dizer que aceito, sem qualquer tipo de problema, todas as opiniões discordantes da minha desde que devidamente fundamentadas, e relativas ao conteúdo do texto.
    Porém, não gosto de mal-entendidos, sejam eles de que natureza forem.
    Dito isto,
    Impressionaram-me, de facto, algumas inferências erradamente retiradas do texto. Ainda assim, vou fazer este comentário de forma genérica, opção que é, logo à partida, injusta para muitos. A esses peço antecipadamente desculpa, pois, as generalizações são perigosas e inevitavelmente injustas. A saber e a considerar:
    1 – Impressionou-me a facilidade com que se confundiu a admiração e respeito pessoal com apoio político-partidário. Tal apoio não é feito em parte alguma do texto. O texto apenas pretende valorizar a postura pessoal de um cidadão que aceitou ser ministro, e fi-lo de forma muito consciente, baseando-me no simples facto de se tratar de uma pessoa que tratou os profissionais de educação (não apenas os professores) e a própria Educação com uma atitude que nunca senti antes enquanto professora.
    2 – Impressionou-me a facilidade com que se concluiu, através das minhas menções relativas às minhas intenções de voto (passadas e futuras) que o meu apoio político-partidário se dirigia ao PS. É uma conclusão precipitada! Eu não sou filiada em partido nenhum! E ainda que o fosse, o MEU voto é apenas PROPRIEDADE MINHA (e não de qualquer organização), sendo por isso pessoal e intransmissível. O meu voto, é sempre feito num momento, que considero único e de liberdade absoluta. Naquela cabine de voto estou apenas eu e a minha consciência. Para além do que, as minhas opções políticas só a mim dizem respeito, sendo-me até facultado o direito de votar em branco, caso não me reveja em nenhuma das opções.
    3 – Impressionou-me a facilidade com que se concluiu, a partir do texto que escrevi, que eu considerava que todos os problemas da Educação estavam resolvidos. Caros colegas, eu sei que não estão… sinto-o na escola, tal como vocês, todos os dias. E são problemas de facto graves, como a aplicação prática da RITS; as “ultrapassagens” (da qual sou vítima também); da violência escolar; da impreparação das equipas de gestão para aplicarem, dentro dos limites da Lei, os poderes (próprios ou delegados) que têm de exercer (obviamente que não todas); das questões ligadas à monodocência (que não exerço, já que sou docente do ensino secundário); das questões ligadas à Educação Especial e à Inclusão de alunos com Necessidades Educativas Especiais; das questões ligadas à ADD; das questões ligadas à sobrecarga de funções, hoje em dia, atribuídas às escolas (nomeadamente as públicas) e que sobrecarregam de forma quase insustentável o desempenho de professores e outros profissionais de educação que trabalham nas escolas; das questões ligadas à MpD … Necessito continuar?
    Nada disto está resolvido! Mas esta enumeração não era o objetivo do texto! E continua a não ser!
    Mas no texto que escrevi, somente se destacou o facto de este ministro ter um plano estabelecido e um considerável número de opções feitas. Não foi por mim escrito, nem poderia ser, que concordava em absoluto com esse plano e com essas opções. No texto que escrevi apenas procurei valorizar a postura de quem demonstrou reconhecer a existência de tantas questões a tratar e não fugiu a essa necessidade, reconhecendo apenas que não seria possível resolver tudo ao mesmo tempo, predispondo-se a, pelo menos tentar.
    Já agora, sim… li o programa eleitoral do partido que esteve no governo (como li de todos os outros)… e… li também… o programa do próprio governo submetido à AR, aquando do início efetivo de funções do mesmo!
    Se me suscitou preocupações? Claro! Todos eles suscitaram… Preocupações diferentes e em graus diferentes. Mas a fiscalização da atuação do governo cabe à AR, a partir da atuação desta… E isso… ó ó daria outro texto!
    4 – (…) tudo aquilo que foi aqui comentado e que não se inclui nos pontos anteriores.
    Tendo tudo isto em conta, sintam-se livres para criticar… (mais faltava tal não acontecer!!!)… Mas façam-no de forma intelectualmente honesta, não alegando coisas que não foram, de facto, escritas e, principalmente, não inferindo conclusões à cerca da minha pessoa e que correm sérios riscos de serem erradas.
    Finalmente, em relação, ao “meu desejo” de continuar a ver Fernando Alexandre enquanto ministro, admitindo desde já que o meu voto a 18 de maio dificilmente contribuirá para isso… É simplesmente uma forma (mais uma…) de reconhecer a postura que este teve ao logo dos meses, apesar dos erros que cometeu, mas que assumiu! É um recurso/figura de estilo retórico e, simultaneamente utópico (dada a impossibilidade quase certa de se poder verificar)… Mas às vezes gosto de usar recursos assim… com adaptações próprias e muito sui generis de coisas…tipo “o gato de Schrödinger” ou o “princípio da incerteza de Heisenberg”… (defeito de quem é professora de FQ)…
    Sabem… caros colegas… por norma… os elogios e o reconhecimento… são deixados para a situação de “post mortem”… e nessa altura, na minha modesta opinião, servem de pouco ao destinatário dos mesmos!
    Tenho dito! (Fórmula com que se dá por concluído um discurso ou uma intervenção – apenas em jeito de esclarecimento 😉 )

    1. Tendo a quase concordar consigo. No entanto, não posso deixar de registar o seguinte:
      1- O cuidado, espero que não medo, quando se refere a algo que não pode deixar de estar na BASE de qualquer forma de política, por maioria de razão, óbvia, a educativa: a democracia;
      2. O olvidar da urgência, prioridade primeira, da eliminação, pura e simples, do atual modelo de gestão e a necessidade do regresso da democracia às escolas;
      3. A utilização da “impreparação das equipas de gestão para aplicarem, dentro dos limites da Lei…” como, conveniente, eufemismo para mascarar a realidade, as perseguições e o assédio que, sabe, ocorrem nas escolas;
      4. Também o uso do “…que não todas…”, referindo-se às equipas de gestão (em bom rigor apenas existem diretor@s) configura uma oportuna cláusula de salvaguarda, no mesmo âmbito…
      Devo concluir, assim, pela existência de uma inequívoca lacuna no conteúdo do seu texto.
      Não posso, no entanto, deixar de lhe agradecer a reflexão e disponibilidade para a “discutir” na caixa de comentários.

      1. Muito bem colega. Contudo, devo dizer, que há Direções que funcionam muito bem, infelizmente nem todas.

          • 😳 on 14 de Março de 2025 at 14:34

          Direções a funcionar bem, só a sua….
          Diga onde é, concorro para aí.

    • Luciano Vitorino on 15 de Março de 2025 at 0:43
    • Responder

    Somos um povo condenado ao fracasso, não restam dúvidas!
    Já o dizia Eça de Queiroz, há quase 150 anos. Já muito antes o dissera o general Galba a Júlio César.
    Somos um povo ingrato, somos um povo de memória curta.
    Ainda bem que, por enquanto, vivemos num país livre em que alguns, usando e abusando da liberdade de expressão, dizem/escrevem enormidades, autênticos impropérios inaudíveis.
    Também não escolhi este MECI, mas curvo-me perante ele, foi o melhor ministro do governo, que agora cessa.
    Acho mesmo que vamos ter saudades dele!
    Se fez tudo bem? Claro que não, longe disso! Mas alguém está em condições de atirar a 1.ª pedra?
    Como alguém disse acima, foi humilde: indagou, escutou, decidiu e, quando errou, soube admiti-lo publicamente.
    Depois de tomar posse, apressou-se a tomar medidas concretas que valorizassem a função docente, reconhecia a importância do papel dos professores, esforçou-se por nos dignificar.
    Já não nos lembramos, mas tudo isto sucedeu há menos de 11 meses e seguiu-se a longos meses de luta à escala nacional.
    À hora que escrevo, fala no Expresso da Meia Noite o antecessor, esse Sr. de muito má memória que, em articulação com o seu Primeiro, deitou o nome de uma corporação inteira na lama, que muito contribuiu para os problemas que hoje grassam na Escola Pública! Que impôs, no sistema educativo português, uma arrepiante política facilitista, absolutamente criminosa para crianças e jovens. Devia esconder-se, a ver se nos esquecíamos das alarvidades que promoveu, mas não tem discernimento para isso.
    Ao Sr. MECI, líder de um mega ministério, que vai da pré ao superior, alguns vêm exigir que resolvesse, em escassos
    meses, os problemas que outros aventureiros andaram anos a fio a criar. Impossível!
    Infelizmente, tolda-nos a perceção o facto de termos, hoje, uma comunicação social tomada de assalto pela esquerda.
    É muito difícil encontrar, hoje em dia, fontes de informação credíveis e isentas.
    Tenhamos cuidado!

    • paula Francisca dias leite cabral de andrade costa gomes on 15 de Março de 2025 at 22:31
    • Responder

    Ouviu todos???? Mas está tudo doido????? Nem tenho palavras para tamanha demagogia!!

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