Abril 2020 archive

Cartoon do Dia – Vamos abrir as creches…

 

 

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As escolas e a comunidade não estão preparadas para o regresso em setembro

 

Espera-nos um regresso que nada poderá ter a ver com o passado. Quando voltarmos às escolas não seremos os mesmos que de lá saíram a 13 de março, as crianças também não o serão, com certeza.

Acreditemos ou não, esta crise sanitária vai-se prolongar por um ano ou um ano e meio. Entre se conseguir produzir uma vacina e atingir uma imunidade de grupo aceitável para que o receio se desvaneça, o tempo vai passar. Entretanto, são necessárias soluções a médio longo prazo, não vamos esperar pelo dia 31 de agosto para pensar nisso.

As regras terão que ser bem diferentes daquilo que eram. O medo vai estar presente em todos aqueles que já têm discernimento para entender a totalidade da grave situação que se vive, mas não podemos esperar o mesmo dos mais novos, dos alunos do pré-escolar e do 1.º ciclo. Que soluções? O que esperar? O que fazer? Como atuar?

O pré-escolar apresenta-se como a situação mais delicada. As crianças entre os 3 e os 5/6 anos não têm a noção do perigo. Na escola estão habituados a um contacto próximo da parte dos colegas, das(os) docentes e das assistentes operacionais, até no refeitório o contacto é permanente. Como preparar os adultos (não podemos exigir às crianças que mudem os seus comportamentos do dia para a noite) para continuar o contacto exigido por esta faixa etária sem os por em risco desnecessário?

A solução não é de fácil articulação em virtude dos espaços que temos não estarem preparados minimamente para uma situação destas, mas é por isso que se tem que pensar com tempo. Será viável termos os adultos equipados com equipamento protetor dentro da sala de aula? Sim, é. (as crianças estranharão no início, mas habituar-se-ão)

As escolas vão ter que adequar os espaços para que tal seja possível. Vai ser necessário equipamento disponível, espaço para se equiparem, um espaço de “sujos” e o mais importante, formação adequada e atempada. Para esta ou outra solução, é necessário começar já.

No caso do 1.º ciclo a solução é um pouco mais simples, mas não menos complexa. Os professores e os alunos vão ter que se adaptar ao espaço que temos nas nossas escolas. As nossas salas não permitem, de forma alguma, o distanciamento social aceitável, vamos ter que adaptar os métodos e os tempos de aula. É impensável ter uma centena de crianças dentro de uma escola, ao mesmo tempo, num dia de chuva durante um intervalo. Nem num dia de Sol com espaço exterior se conseguiria controlar tão elevado número de crianças.

O desdobramento das turmas e o tempo na escola vão ser a chave de segurança que as crianças necessitam, que os professores e os pais querem. Dentro da sala de aula o professor só poderá introduzir as matérias, conteúdos, a exercitação dos mesmos terá de continuar a ser realizada à distância. Numa turma de 24 alunos, poderão existir dois períodos distintos, da parte da manhã, onde 12, de cada vez, assistirão presencialmente à aula, ficando a parte da tarde para E@D durante o qual serão acompanhados no seu estudo pelo professor.

Sendo estas ou outras soluções, uma coisa é certa, as medidas de segurança têm que ser seguidas à risca. A higienização dos espaços não chega para sossegar os espíritos. Todos nós necessitamos de formação para que a escola possa reabrir e as crianças de testes serológicos no primeiro dia de aulas.

A forma como estávamos, e estamos habituados a interagir não poderá ser a mesma.

 

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Diretores ainda sem saber como vai ser o regresso às aulas

Este governo, primeiro anuncia e depois  regula. Foi assim no apoio às empresas e às famílias, todos os dias com novidades. Vai ser assim nas medidas de desconfinamento e regresso às aulas presenciais que têm e devem ser feitos, mas com regras claras.

Diretores de escolas secundárias ainda sem saber como vai ser o regresso às aulas

Os diretores das escolas secundárias da região de Viseu ainda não sabem como vai decorrer o regresso às aulas presenciais. O Governo equaciona a possibilidade de as escolas poderem reabrir as salas de aula a partir de 18 de maio, depois da pausa provocada pela pandemia do novo coronavírus.

Em declarações ao Jornal do Centro, o diretor da Escola Secundária Alves Martins (Viseu), Adelino Azevedo Pinto, admite estar preocupado com esta situação.

“Ainda não temos informação. Saiu na imprensa, mas, a nível oficial, não chegou nada. Terá de haver aqui uma adaptação muito grande e queremos saber como. Terá de haver alguém responsável a nível dos ministérios da Educação e da Saúde”, afirma.

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Milhares de professores em condições de recusar regresso às escolas em tempo de pandemia

 

Milhares de professores em condições de recusar regresso às escolas em tempo de pandemia

Directores precisam de respostas do Ministério da Educação para saberem exactamente o que fazer se as aulas presenciais recomeçarem em Maio.

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Aulas serão para os alunos que têm exames nacionais DANIEL ROCHA

Milhares de professores poderão estar afastados à partida da possibilidade de assegurarem aulas presenciais do 11.º e 12.º ano, caso estas sejam retomadas ainda este ano lectivo, conforme o Governo está a prever que aconteça a partir de 18 de Maio.

Este afastamento pode ser motivado tanto devido à idade, como a situações de doença, e é um dos cenários que está a afligir os directores escolares numa altura em que, devido às regras de saúde por causa da pandemia, poderão até precisar de mais professores do que aqueles que estão ao serviço.

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SOBRE A REALIZAÇÃO DE EXAMES NACIONAIS NO ANO LETIVO 2019/2020

 

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Decisão sobre a reabertura das escolas não é unânime

Emergência. As novas medidas que não são unânimes

O Governo está a preparar o calendário da reabertura de algumas atividades, mas médicos de saúde pública pedem cautela no alívio das restrições. Nas escolas, o facto de haver mais turmas pode exigir a contratação de professores.

As medidas para o começo do regresso à normalidade são anunciadas esta quinta-feira, mas as novidades já vão surgindo a conta-gotas – com aplausos de uns e reticências de outros. Em cima da mesa está a passagem do estado de emergência para o estado de calamidade, que traz consigo algum alívio das medidas restritivas. E, ontem, António Costa adiantou que a intenção do Governo nos próximos dias será a de “fixar o calendário para o que pode abrir a 4 e a 18 de maio e a 1 de junho”. O primeiro-ministro avança, no entanto, com cautela e garantiu que “se as coisas correrem mal” é preciso “dar um passo atrás”. “Todas as semanas iremos avaliando para ver se o passo que demos não foi maior que a perna e se podemos continuar a avançar com confiança e segurança neste processo”, acrescentou António Costa. O primeiro setor a abrir deverá ser o pequeno comércio.

No entanto, os médicos de saúde pública pedem cautela. Ricardo Mexia, presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, explicou que é preciso ter em conta que o número de novos casos de infeção nos últimos dias, apesar de não se ter registado um aumento exponencial, não diminui de forma clara. “A situação epidemiológica, apesar de estável, não sofreu uma evolução muito grande desde que foi feita a avaliação que levou ao prolongamento do estado de emergência”, esclareceu ao i Ricardo Mexia.

O médico especialista em saúde pública considera que dificilmente “a situação será descrita de forma substantivamente diferente daquela que tínhamos até à data da avaliação anterior” e que, por isso, “do ponto de vista da saúde pública não é possível reduzir já todas as medidas que foram colocadas”. “Não é tempo de prescindir de medidas e, a haver levantamento do estado de emergência, é importante que seja claro para todos quais são as medidas a ser implementadas em contrapartida porque, para essas maiores atividades passarem a funcionar, vamos ter de encontrar algo que equilibre esse maior funcionamento também”, acrescentou.

Contratação de professores pode ser necessária Marques Mendes, durante o seu habitual comentário na SIC, começou a levantar o pano e avançou algumas das propostas que estão em cima da mesa. Marques Mendes, aliás, parte do princípio de que é necessário “tratar da economia sem descurar a pandemia”.

Um dos setores que têm gerado mais discussão é precisamente o do ensino. Nesta área, segundo foi avançado, “haverá aqui uma preocupação do Ministério da Educação de fazer uma alteração dos horários escolares por forma a desfasá-los dos horários de ponta dos transportes públicos. Por exemplo, começar as aulas não logo de manhã, mas a meio da manhã”.

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Com cautela e sem pressas se regressa à escola na Noruega

 

Regresso à escola na Noruega faz-se com “cautela e sem pressa”

De forma consistente, a Noruega é um dos “melhores lugares para se viver”, segundo o índice de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas, que mede a riqueza, o acesso à educação, ao serviço nacional de saúde e às oportunidades de trabalho. Indicadores que se revelaram essenciais na hora de combater a pandemia do novo coronavírus. E que permitiram ao país reabrir, esta segunda-feira, as escolas aos mais de 250 mil alunos do 1º ciclo (6-10 anos), depois de cinco semanas de aulas online. Isto depois de as autoridades de saúde norueguesas terem permitido que as creches e os jardins de infância abrissem as portas na passada semana.

Foi um regresso à “normalidade”, mas com apertadas regras de higiene, como a lavagem das mãos, e promovendo o distanciamento social. Uma escola em Asker, a oeste de Oslo, limitou as aulas a apenas 15 crianças por professor. “Espaço não nos falta, temos o edifício todo disponível para estes alunos”, explicou o diretor da escola à emissora estatal NRK, uma vez que os estudantes do 2º e 3º ciclos, assim como os professores, ainda se mantém em casa com ensino à distância.

O ministro da Saúde, Bent Høie, apoiado nos dados divulgados pelo Instituto de Saúde Pública, assegurou ao país que deixar as crianças voltar à escola não terá efeito sobre a propagação do vírus, mas não hesitará em “encerrar rapidamente” todos os estabelecimentos de ensino caso a curva epidemiológica se altere. “Se não conseguirmos conter o vírus, vamos apertar as medidas novamente”, disse Høie. “Precisamos de fazer esse trabalho juntos, porque já vimos que é muito fácil perder o controlo da infeção”.

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1° webinário da coalização de parlamentares

No dia 28 de abril, data em que se comemora o Dia Mundial da Educação, será realizado o 1° webinário da coalização de parlamentares que coordenam a COMEX/MEC (Comissão Externa de Acompanhamento dos Trabalhos do MEC). Apesar da suspensão dos trabalhos da Comissão, os parlamentares que coordenam a COMEX têm atuado de forma articulada para acompanhar as políticas públicas de educação no período de pandemia.

Para este webinar, o diálogo entre os especialistas convidados terá foco em casos práticos do sistema educacional brasileiro e internacional durante a covid-19, com análise de como a tecnologia vem sendo utilizada para minorar o impacto de suspensão das aulas e exemplificação de soluções inovadoras e de larga escala, a fim de dar conta dos desafios impostos pela crise atual.

Às 10 horas

O webinário será transmitido na página do facebook criada para o evento. Link a seguir: https://www.facebook.com/webinardaeducacao

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Carta aos professores, por Luís Osório

 

POSTAL DO DIA

Carta aos professores

  1. E os professores?

Acordei a pensar nisto.

E os professores, o que se pede a quem é professor, o que se exige de capacidade de adaptação, de capacidade para sem tempo e num clima de emergência fazer diferente do que sempre fez?

2. Não é fácil imaginar ou colocar-me na pele de muitas professoras e professores. Maltratados nos últimos anos, esquecidos bastas vezes, a ter de lidar com as aceleradas mudanças sociais em que perderam a respeitabilidade que lhes era devida, menosprezados nos seus papéis, atacados por pais e alunos e sem poder para impor uma disciplina mínima na sala de aula.

3. Nas últimas semanas falei de médicos, enfermeiros, auxiliares.

Mas ainda não escrevera sobre professores, uma das mais belas profissões a que se pode ambicionar. Muitas das suas reivindicações são justas – se são praticáveis ou não é um outro departamento, um outro texto que um dia escreverei. Os professores existem, são feitos de carne e de osso, têm sentimentos e todos os dias estão na primeira linha entre os que constroem o nosso futuro. Sem eles não há futuro.

4. E tem sido muito bom ver a forma como os professores disseram presente. Tem sido muito bom ver o modo como se têm tentado adaptar a um ensino à distância, tecnológico e que obriga a usar ferramentas que uma larga maioria certamente jamais experimentara desta forma. Provaram estar vivos. Provaram com enormíssima coragem o seu brio profissional, a sua capacidade de adaptação e a sua resiliência.

5. Não me esqueço também do que tenho visto na telescola. Sem tempo para serem preparados cerca de 100 professores avançaram e estão a fazer genericamente bem. Melhor do que muitos profissionais que não são capazes de ser tão empáticos ou genuínos.

6. E toda esta mudança foi feita num clima de instabilidade psicológica e profissional. A média de idade dos professores no ensino secundário está bem acima dos 50 anos. Muitos estão numa idade já crítica se forem contagiados. O assunto ainda não se colocou, mas estará certamente na cabeça de muitos quando voltarem a dar aulas na presença física de alunos. Como na cabeça de muitos estará também o que está em cada uma das nossas – receio, insegurança, incredulidade. Foi neste cenário que disseram presente e será pelo seu esforço e capacidade que passará uma parte importante do sucesso do regresso à vida.

Era só isto, pouco para o que desejava dizer. Se os médicos e enfermeiros ajudam a salvar vidas, professores ajudam vidas a encontrar-se com o futuro.

LO

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Manual de Apoio à Aprendizagem Flexível durante a Interrupção do Ensino Regular

Partilha do documento “Manual de Apoio à Aprendizagem Flexível durante a Interrupção do Ensino Regular“, publicado pela UNESCO. 

 

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Escolas vão cumprir regras de saúde no regresso das aulas

 

Escolas vão cumprir regras de saúde no regresso das aulas

O Governo já está a preparar o regresso às aulas dos alunos dos 11º e 12º anos. Este reabertura das escolas poderá ter lugar a 18 de maio, como avançou hoje o Público, com a diretora-geral da Saúde a garantir que várias regras de saúde vão ter de ser cumpridas por alunos e docentes.

“Está a ser preparado o regresso. Todas essas medidas são ponderadas entre o ministério da Saúde e o da Educação. Há um conjunto de regras que todos conhecemos e que vao ser aplicadas também às escolas e a estas turmas”, disse hoje a líder da Direção-Geral da Saúde (DGS).

“Vão ser estudadas situações especificas, como o caso dos docentes, e discentes, que possam ser mais vulneráveis”, afirmou Graça Freitas.

Conforme aponta, no caso dos docentes serão “analisadas em conjunto com as autoridade de saúde os “critérios de idade” e “patologia de doença de base que justifique alguma situação específica”.

No caso do alunos, serão tidos em conta os casos dos “imunosuprimidos ou doença base grave” que poderá gerar “medidas de exceção”.

“As medidas estão a ser trabalhadas em conjunto pelos dois ministerios, seguindo regras basicas e depois especificando regras muito concretas para o ambiente escolar e o grupo etario”, afirmou Graça Freitas.

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Centro Nacional de Cibersegurança – Divulgação de boas práticas

 

Senhores(as) Diretores(as) / Presidentes de CAP

O Centro Nacional de Cibersegurança disponibiliza aqui – https://www.cncs.gov.pt/recursos/boas-praticas/ – um conjunto de boas práticas a utilizar no âmbito do trabalho a partir de casa, desde o contexto de aulas não presenciais até reuniões, passando por cuidados a ter no download de apps e outros comportamentos defensivos que devem ser adotados especialmente neste período.

Com os melhores cumprimentos,

Maria Manuela Pastor Faria

Diretora-Geral dos Estabelecimentos Escolares

 

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Quando a aula online termina para pais, professores e alunos, por Sofia Ramires

A vida dos professores por estes dias…

Quando a aula online termina para pais, professores e alunos

A aula online acaba. O professor tem agendada, dentro de 30 segundos, uma reunião com o conselho pedagógico para definir estratégias de futuro. Sai e recebe um e-mail com o novo ID e senha para a reunião de “como preparar as aulas da semana seguinte”. As aulas terão de ser lúdicas, interactivas, cheias de criatividade, interessantes, divertidas, alegres, espectaculares, espantosas e encantadas, sem esquecer o conteúdo, o programa, as metas, as linhas orientadoras do currículo nacional, o peso dos alunos com os trabalhos de outras disciplinas, aqueles que não têm internet ou computador em casa. Tem ainda de responder aos pais que pedem mais trabalhos e se queixam da falta de preparação das escolas, aos que reclamam da quantidade exorbitante de tarefas a serem dadas aos filhotes e, ainda, aos que não dão sinal de vida. Serão 23h e, de rabo espalmado, olhos inchados, cheio de fome, com três chamadas não atendidas de um familiar e sem ter tido tempo de ir à casa de banho, decide dormir porque tem aula às 8h30 do dia seguinte. Isto foi o caso do professor solteiro. Imagine-se aquele que tem três filhos com aulas online.

Os pais, que assistiram à aula no canto da secretária para não serem apanhados pela câmara, monitorizaram a criança que não sabe (pensam eles) mexer no Zoom, no Microsoft Teams, no Classroom, na escola virtual, no e-mail e nos documentos e nas pastas, uma para cada disciplina, cada ano, cada filho, cada idade, cada professor e triplamente organizadas em “Por fazer”, “Feito, pronto a enviar”, “Recebido, a corrigir”. Agora já sabem que não só os filhos sabem mexer com tudo isto, como já sabem cortar os áudios e vídeos dos colegas e professor durante as aulas online e partilhar as suas telas por 20 minutos, desculpando-se com o súbito “acidente” provocado. No final da aula, os pais recebem um telefonema do trabalho com o alertas de prazos finais, outro do cônjuge a pedir ajuda com o almoço porque também ele esteve num outro computador, numa outra aula online. Tem de ser, claro, uma decisão rápida porque são 13h30 e as aulas da parte da tarde começam às 14h.

aula online terminou e os alunos organizam pastas de trabalhos a fazer, trabalhos já corrigidos com necessidade de revisão rápida e cadernos das aulas que vêm a seguir. Limpam ao mesmo tempo a parte do quarto à qual a câmara dá acesso, colocando a pilha de roupa que estava do lado esquerdo no direito e os pacotes de bolachas que estavam atrás do ecrã do computador passam de novo para a frente, já que agora podem comer sem serem vistos. Agarram no telemóvel e partilham printscreens uns com os outros pelo WhatsApp e Messenger de momentos em que a imagem parou e o João estava de olhos fechados, a Maria inclinava-se para a frente de tal forma que só a testa era visível e a professora estava de boca aberta porque relembrava o Canto X dos Lusíadas. Como só têm a tarefa ter aulas online e não fazer nada, são transformados, de forma injusta, em autênticas fadas do lar, aprendendo a separar roupa preta, branca e vermelha para as várias rondas que a máquina de lavar roupa faz, a passar a ferro camisas que devem ficar bem vincadas na parte dos ombros para que os pais se apresentem elegantes aquando de reuniões pela câmara com os chefes, a aspirar, cozinhar e outras tantas actividades que deixem todos felizes, menos carregados e mais ou menos cansados.

No geral, reina o estranho sentimento de pensar que se pode finalmente ver um filme ou outro com três reuniões agendadas, tarefas por entregar, e-mails a enviar, propostas a definir, chamadas a atender, outras tantas por fazer e filas de espera em frente à porta do supermercado a aguentar. Isto tudo, claro, sem esquecer o treino do Paulo e Helena no Insta às 19h30. A mensagem é clara: Fiquem em casa, abram os vossos habituais cinco separadores: e-mail, YouTube, Classroom, Microsoft Teams, Facebook/Instagram. Preparem o cabelo, o espaço que a câmara do vosso PC apanha para a vossa próxima reunião Zoom e entrem com o ID: pais, alunos e professores; Senha: covid-19.

In Megafone

 

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Condições relativas à candidatura dos titulares dos cursos de dupla certificação de nível secundário e cursos artísticos especializados aos ciclos de estudo de licenciatura e de mestrado integrado

 

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Acesso à renovação da MPD enquanto o site está em manutenção

O site da DGAE encontra-se em manutenção desde sábado.

Quem pretender aceder à sua área pessoal no SIGRHE deverá faze-lo diretamente.

Cliquem na imagem

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Prorrogação da suspensão das atividades letivas e não letivas e formativas presenciais

 

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Professores da EPE receiam contágio no regresso às aulas

 

Professores de português no estrangeiro receiam contágio no regresso às aulas

Com o anúncio da reabertura em maio das escolas em alguns países europeus, vários professores do Ensino do Português no Estrangeiro receiam ficar infetados com a Covid-19 e consideram-se esquecidos.

“No país onde trabalho [a pandemia de Covid-19] está muito, mas muito pior do que em Portugal e querem abrir as escolas para lecionar presencialmente”, contou à agência Lusa um professor do Ensino do Português no Estrangeiro (EPE) num país europeu, que solicitou anonimato.

Para este docente, abrir as portas das escolas é um risco, pois “a maioria das turmas é grande, algumas com alunos do primeiro ao 12.º ano, confinados em salas pequenas e sem qualquer hipótese de manter a distância”. “O nosso maior receio é ficarmos infetados [pela Covid-19], os professores e os alunos”, pois “algumas salas são demasiadamente pequenas. Saem uns alunos e entram logo outros, sem que seja feita qualquer higienização, pois o horário também não permite”, disse.

 

 

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Guia sobre saúde mental em regime de teletrabalho

 

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Em Itália as escolas só reabrirão em setembro

 

O plano italiano: Visitas à família e parques reabertos em maio. Escolas só em setembro

Já as escolas só voltam a reabrir em setembro. Conte diz que este será um momento perigoso, dado que grande parte dos professores estão no grupo etário de maior risco, e que os especialistas apontam para um grande número de contagens se o ano letivo recomeçar nesta fase.

 

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Aulas presenciais dos 11.º e 12.º anos a 18 de maio e creches a 1 de junho

O jornal Público avança com as possíveis datas de abertura à possível “normalidade”…

 

Aulas presenciais dos 11.º e 12.º anos voltam a 18 de Maio e creches abrem a 1 de Junho

As aulas presenciais dos alunos dos 11.º e 12.º anos deverão ser retomadas a 18 de Maio e as creches e comércio em geral reabrirão a 1 de Junho, soube o PÚBLICO. Já a 4 de Maio abrirá o pequeno comércio de bairro. Estas são as datas previstas pelo Governo na estratégia que está a delinear para a retoma gradual, progressiva e monitorizada da economia e da sociedade, quando for decretado o fim do estado de emergência.

A estratégia do Governo será posta em marcha se tal for permitido pelos dados e análises dos especialistas da Direcção-Geral de Saúde (DGS), que serão apresentados na reunião de terça-feira, dia 28, no Infarmed. Mas o plano está traçado e, do ponto de vista legal, deverá desenvolver-se sob a medida de excepção do estado de calamidade.

A estratégia do Governo contempla que haja medidas e orientações de contenção para pessoas mais velhas e grupos de risco – doenças cardíacas, vasculares, oncológicas e crónicas, como diabetes e asma -, nesta fase de abertura gradual e monitorizada, em que a circulação de pessoas e as interacções sociais irão aumentar, em consequência da reabertura da economia e a sociedade.

Ainda que a partir de dia 4 de Maio, com a abertura do pequeno comércio local, vá aumentar a circulação de pessoas, o momento decisivo do processo de abertura gradual é, para o Governo, o do recomeço das aulas presenciais do 11.º e 12.º anos, a 18 de Maio, pois é aquele em que aumentarão de forma significativa as interacções sociais, explicou ao PÚBLICO um responsável governativo.

Por isso, ainda que as aulas presenciais sejam retomadas apenas para as 22 disciplinas dos dois últimos anos do secundário cujo exame conta para a média de entrada na universidade e no politécnico, está previsto um plano de contingência para as escolas, que assenta no distanciamento social e no uso de materiais de protecção.

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Mensagem Encriptada, por Carlos Santos

 

A fumaça à distância chama a atenção. Se fosse possível simplesmente ignorar…
Acontece que, onde há fumo, costuma haver fogo – pais a reclamarem que os alunos ficaram prejudicados sem aulas, porque os professores estiveram a gozar 4 semanas de férias na Páscoa. Seguindo o rasto a esta fumosidade não foi difícil encontrar o paciente-zero de uma antiga pandemia incurável que volta a alastrar-se. Bastou-me atentar para a alteração do calendário escolar para descortinar a mensagem encriptada que escondia.

Se é compreensível o prolongamento das aulas por mais 2 semanas para os anos que vão a exame, para proporcionar que esses alunos recuperem aprendizagens não adquiridas no E@D, já o mesmo não tem qualquer base de fundamentação para os restantes níveis de ensino.

Deste prolongamento letivo depreende-se que os professores terão de ser castigados com mais 2 semanas de aulas no 3º período, porque não trabalharam nas 2 últimas semanas do 2º período.
Observando todo o trabalho suplementar que os professores têm tido (desde que foram para casa no final do 2º período) para que o Ensino à distância funcione, este acréscimo de trabalho letivo não poderia ser mais injusto, pois aos olhos da sociedade deixa subjacente a ideia de que estivéramos sem trabalhar quando fomos mandados para isolamento em casa.
Uma atitude que em nada favorece os decentes.

Toda uma mensagem que parece encriptar uma vontade de demonstrar que os professores em casa não estão a trabalhar, abrindo a porta aos monstros que, sob renovadas máscaras, começam a sair novamente detrás das pedras sugerindo que devemos abdicar de um terço do salário e perder os subsídios de férias e de natal. Gente que quer dar como terminado o ano letivo desvalorizando o colossal trabalho que os professores estão a desenvolver em suas casas para chegar a todos os alunos, não deixando ninguém para trás evitando, assim, o afastamento das crianças ao direito à educação e a um futuro condigno.
Mas o que me dá pena é ver professores que – imbuídos de uma certa ingenuidade – também querem ver terminado o ano letivo, não se apercebendo que o astucioso objetivo-último de toda essa gente não é para com a aprendizagem dos alunos, mas em nos cortarem no vencimento a qualquer custo.

Como costumo avaliar a intenção das pessoas pelos atos e não pelas palavras belas que debitam diante da comunicação social (pois, de boas intenções está o inferno cheio e a classe docente bastante queimada), não me agradou nada a dilatação do ano letivo por mais 2 semanas e as vozes que vão apelando aos sacrifícios e aos cortes cegos nas despesas do Estado.
Sentimentos de hostilidade que fazem ressuscitar fantasmas de um passado recente que colocou o setor privado contra o público e novos contra velhos. Um prolongamento letivo que se afigura como um castigo que desprestigia o incomensurável trabalho que os professores têm estado a realizar desde que foram afastados das escolas.
Mais do que aqueles que são vistos na rua a furar o isolamento, preocupam-me os pensamentos que povoam as mentes de algumas pessoas – um vírus social destruidor que começa a ganhar forma para corroer a nossa comunidade.

No dia de abandonarmos o mundo dos vivos, a terra irá receber-nos a todos de igual modo… e isso não me assusta. Assusta-me aquilo que fazemos uns aos outros enquanto caminhamos sobre ela. Tenho a indescritível sensação de que estarei debaixo da terra e, lamentavelmente, debaixo do céu o pior da natureza humana permanecerá imutável.
Destes tempos difíceis, irei lembrar-me de tudo, mas não desejava ter de ser testemunha de algo ainda mais pavoroso do que o COVID19 que não queria ver acontecer; não gostaria de um dia ter memorizado que, quando as pessoas experimentaram o medo, foram capazes de tudo, até de se comerem umas às outras.

Carlos Santos

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Site da DGAE em Manutenção desde ontem

 

O site da DGAE está em manutenção desde ontem. Isto impossibilita a entrada dos docentes que queiram proceder à renovação da MPD. Esperemos que esta situação não interfira, mais do que o necessário, na vida dos docentes e que não seja necessário estender o prazo para além do dia 30 de abril.

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A indisciplina ganhou novos atores com o E@D

 

A indisciplina em sala de aula era um fenómeno a que todos estávamos habituados e tínhamos as estratégias para a controlar bem presentes e exercitadas. Com o E@D este fenómeno não desapareceu, apenas se modificou, arriscando mesmo dizer que evoluiu.

A indisciplina surge de novas formas e com novos intervenientes. Não é de forma generalizada, mas se não se tomam medidas vai ter tendência a tornar-se vulgar. Além dos alunos, agora, alguns encarregados de educação tornaram-se, também, parte do problema. (Só dando razão ao velho ditado; “Quem sai aos seus não degenera”)

Ainda nos estamos a adaptar a esta modalidade de ensino, logo necessitamos de um pouco mais de tempo para compreendermos os novos fenómenos que vão surgir nestas salas de aula virtual para melhor lidarmos com eles.

 

Indisciplina de pais e alunos desespera professores

«Os alunos, usando as suas competências digitais boicotaram algumas sessões, com comportamentos que me escuso de qualificar», diz, acrescentando ainda que «alguns pais entraram nas sessões, deram opiniões sobre o que entenderam e classificaram o desempenho do docente».

«Não posso aceitar estas situações», desabafa a diretora, lembrando que «os alunos têm de ter um comportamento cívico e de participação correto e respeitador».

«Enquanto diretora, mas também enquanto mãe, não revejo nas atitudes que presenciámos aquilo a que estou habituada na relação encarregados de educação/escola».

«Não posso nem quero aceitar a interferência de alguns pais nas sessões», acrescenta ainda.

Concluindo que em causa não estão comportamentos generalizados, mas sim algumas exceções, a direção do agrupamento, termina o email pedindo a colaboração de todos para que não se repitam as interferências nas aulas à distância.

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Sugestão de Leitura – A Avaliação dos Alunos do Ensino Básico, por Hélia Velez Grilo

 

A Avaliação dos Alunos do Ensino Básico

O modelo avaliativo dos alunos do ensino básico está identificado como sendo o instrumento fundamental de concretização dos objetivos das reformas educativas contemporâneas. Nos países com políticas de mercado mais acentuadas, a avaliação dos alunos é fortemente selectiva e nos países que adoptam políticas educativas com discursos mais democratizantes rejeita-se a selectividade escolar e a exclusão de alunos socioculturalmente desfavorecidos. Contudo, nestes últimos, os modelos avaliativos tendem a eliminar a retenção dos alunos, mas mantêm dois…

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Como Poderá ser o Ano Letivo 2020/2021?

Já vários avisos foram dados que só voltaremos à normalidade social quando for descoberta uma vacina contra o Covid-19 e não se prevê que em menos de um ano essa vacina exista.

O ano letivo 2020/2021 irá começar em menos de meio ano e neste caso será quase impossível que o ano letivo tenha início da mesma forma que tem sido feito até aqui.

O Governo já anunciou que em Setembro todos os alunos irão ter condições técnicas (PC e NET) para evitar uma situação idêntica à deste terceiro período.

Por isso, o mais provável é que o regresso às aulas no ano letivo 2020/2021 seja feito com horários ajustados para o trabalho presencial e não presencial. As sessões síncronas deverão ser substituídas por aulas presenciais e o restante horário dos alunos em trabalho assíncrono usando as plataformas eletrónicas.

É possível que a presença dos alunos na escola não ultrapasse um aluno por mesa (limitando-se assim o tamanho das turmas presenciais a 15 alunos ou à divisão da turma em dois grupos) e os intervalos possam não existir, ou existindo serão desfasados entre turmas.

As condições de higiene devem ser asseguradas com o uso da máscara obrigatória e é possível que existam períodos alternados para a presença dos alunos na escola.

Talvez se crie as condições para a realização das provas de aferição on-line, mantendo-se as provas finais e os exames em regime presencial.

As refeições nas escolas poderão ser servidas embaladas.

O trabalho entre docentes (reuniões, avaliações, formação, etc…) deverá ser feito de forma não presencial.

Já não falta muito para o início do novo ano letivo, mas nesta altura já precisa de se começar a pensar em que moldes o mesmo irá funcionar, porque a preparação do próximo ano começa sempre a ser feito durante o mês de junho.

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