À medida que se vão conhecendo mais informações sobre os “casos” envolvendo Governantes e ex-Governantes como Pedro Nuno Santos, Gomes Cravinho, Carla Alves, Alexandra Réis ou Eduardo Cabrita (sim, não é possível esquecer este último) vai-se evidenciando a negligência grosseira, o laxismo, a irresponsabilidade, a falta de Ética e/ou a incompetência como práticas habituais nos Governos chefiados por António Costa…
E a negligência grosseira, o laxismo, a irresponsabilidade, a falta de Ética e/ou a incompetência resultaram, entre outros, na morte irreparável de um cidadão e no dispêndio de milhões de euros malgastos e injustificáveis, que tem contribuído de forma determinante para a dilapidação do erário público, com consequências óbvias e nefastas para os contribuintes…
Vamos supor que um profissional de Educação agisse, no seu contexto de trabalho, de forma semelhante à que se tem observado em alguns Governantes e ex-Governantes:
– O que sucederia a um profissional de Educação que pautasse a sua prática profissional pela negligência grosseira, pelo laxismo, pela irresponsabilidade, pela falta de Ética e/ou pela incompetência?
– Que “parangonas” apareceriam na Comunicação Social a esse respeito?
– O que diria a “opinião pública” acerca disso?
– O que diria acerca dos profissionais de Educação aquela “opinião pública” que costuma olhar para esses “casos” de Governantes e ex-Governantes com uma certa atitude displicente, de desculpabilização e de condescendência, mas que noutras situações, porventura, muito menos graves, habitualmente julga como um “carrasco”?
Se os profissionais de Educação, no exercício das suas funções, cometessem metade das “tropelias” que se têm observado na prática de Governantes e ex-Governantes seriam, com certeza, julgados por potenciais “Tribunais do Santo Ofício” e condenados ao degredo ou à “crucificação nos mastros de bandeira” existentes nas escolas…
A Ética Republicana parece ser uma coisa engraçada nos Governos chefiados por António Costa: costuma ser muito “selectiva”, na medida em que só é aplicável a determinadas pessoas e sob determinadas circunstâncias…
A actual Democracia está decadente e inquinada pela falta de Ética e de Moral…
Espera-se que o Presidente da República, como lhe compete, mostre a coragem e a integridade necessárias para pôr “ordem nesta casa”, cada vez mais disfuncional e gerida como se fosse um “clube de amigos”, sem transparência e sem escrutínio…
O mais curioso é que até existe uma Lei, publicada em 2019, que aprovou o regime do exercício de funções por titulares de cargos políticos e altos cargos públicos (Lei nº 52/2019, de 31 de Julho)…
E os titulares de cargos políticos, onde se incluem os membros do Governo, estão sujeitos ao escrutínio do exercício das suas funções, a obrigações declarativas e a códigos de conduta, estabelecidos pela Lei anterior…
Alguém que faça cumprir essa Lei integralmente, em vez de se inventarem Questionários patéticos, que nada resolverão…
Quando se trata da aplicação das Leis aos profissionais de Educação, que regulam os mais variados domínios do exercício das suas funções, costuma observar-se e exigir-se sempre um zelo extremo no cumprimento do que as mesmas estipulam…
E ai de quem assim não faça…
No contexto de trabalho dos profissionais de Educação também não costuma ser aceitável alegar “amnésia” como justificação para qualquer incumprimento…
A aplicação “devota” da Lei só é válida para alguns?
O ar começa a estar verdadeiramente irrespirável, fede, e a abjecção, sob a forma de baixeza ética e moral, comanda…
Os Poderes e os “poderzinhos” instalados um pouco (ou muito) por todo o lado minam qualquer aspiração de transparência, de justiça ou de confiança nesta Democracia…
E esse também é um dos motivos que não pode deixar de justificar a continuação da actual luta dos profissionais de Educação…
(Paula Dias)
3 comentários
Parabéns pelo texto. Continue. 👏
Toda a podridão política permitida que paira nesta sociedade, demonstra bem que o desprezo visceral do governo é, so mesmo, sobre os professores, claro!
Votem neles, outra vez…