Fevereiro 2024 archive

Amanhã há manifestação de Professores

Estão todos convidados…

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145 Contratados na RR22

Foram colocados 145 contratados na Reserva de Recrutamento 22, distribuídos de acordo com a tabela seguinte:

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Reserva de recrutamento 2023/2024 n.º 22

 

Publicitação das listas definitivas de Colocação, Não Colocação, Retirados e Listas de Colocação Administrativa – 22.ª Reserva de Recrutamento 2023/2024.

Aplicação da aceitação disponível das 0:00 horas de segunda-feira dia 19 de fevereiro, até às 23:59 horas de terça-feira dia 20 de fevereiro de 2024 (hora de Portugal continental).

Consulte a nota informativa.

SIGRHE – Aceitação da colocação pelo candidato

Nota informativa – Reserva de recrutamento n.º 22

Listas – Reserva de recrutamento n.º 22

 

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Que Vagas Vão Ser Disponibilizadas no Concurso Externo?

Face a algumas dúvidas que tenho vindo a receber, resolvi fazer este artigo para esclarecer que vagas serão disponibilizadas no concurso externo. Para isso basta ler o artigo 23.º do Decreto-Lei 32-A/2023, de 8 de maio.

Artigo 23.º

Vagas a concurso externo

Para efeitos do concurso externo são consideradas as vagas previstas na portaria a que se refere o n.º 1 do artigo 19.º que não estejam ocupadas à data da abertura do concurso, as quais incluem as vagas correspondentes à aplicação do n.º 12 do artigo 42.º e do n.º 1 do artigo 43.º

 

Ou seja:

  • As vagas sobrantes do concurso interno:

Artigo 19.º

Dotação dos quadros

1 — Por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da Administração Pública, das finanças e da educação é fixada a dotação das vagas dos quadros dos AE/EnA e dos QZP, de acordo com as projeções de evolução do número de alunos e da oferta educativa e formativa.

 

  • As vagas abertas pela norma travão:

Artigo 42.º

2 — A sucessão de contratos de trabalho em funções públicas a termo resolutivo celebrados com o Ministério da Educação na sequência de colocação obtida em horário anual e completo, no mesmo grupo de recrutamento ou em grupos de recrutamento diferentes, não pode exceder o limite de três anos ou duas renovações.

12 — A verificação do limite indicado no n.º 2 determina a abertura de vaga de quadro no grupo de recrutamento em que o docente se encontra a lecionar.

 

  • As vagas abertas pela Vinculação Dinâmica:

Artigo 43.º

Vinculação dinâmica

1 — Sem prejuízo do disposto no n.º 12 do artigo anterior, há lugar à abertura de vaga, no grupo de recrutamento em que o docente possui qualificação profissional e no QZP em que se situa o AE/EnA onde aquele se encontra a lecionar a 31 de dezembro do ano anterior ao da abertura do concurso, desde que preencha cumulativamente as seguintes condições:

a) Possua, pelo menos, 1095 dias de tempo de serviço para efeitos de concurso;

b) Tenha celebrado contratos de trabalho em funções públicas a termo resolutivo com o Ministério da Educação nos dois anos escolares anteriores, com qualificação profissional, dos quais resulte uma das seguintes situações:

i) Tenha prestado, pelo menos, 180 dias de tempo de serviço em cada um desses anos;

ii) Tenha prestado, pelo menos, 365 dias de tempo de serviço no cômputo desses dois anos e em cada um deles tenha prestado, pelo menos, 120 dias de tempo de serviço.

 

E como ser ordenam os candidatos ao concurso externo?

Artigo 10.º

Prioridades na ordenação dos candidatos

3 — Os candidatos ao concurso externo são ordenados, na sequência da última prioridade referente ao concurso interno, de acordo com as seguintes prioridades:

a) 1.ª prioridade — docentes que preencham os requisitos previstos no n.º 2 do artigo 42.º e no n.º 1 do artigo 43.º;

b) 2.ª prioridade — indivíduos qualificados profissionalmente para o grupo de recrutamento a que se candidatam e que tenham prestado funções docentes em pelo menos 365 dias nos últimos seis anos escolares nos estabelecimentos referidos no número seguinte;

c) 3.ª prioridade — indivíduos qualificados profissionalmente para o grupo de recrutamento a que se candidatam.

4 — O disposto na alínea b) do número anterior é aplicado aos docentes que tenham exercido ou exerçam funções em:

a) Estabelecimentos integrados na rede pública do Ministério da Educação;

b) Estabelecimentos integrados na rede pública das Regiões Autónomas;

c) Estabelecimentos do ensino superior público;

d) Estabelecimentos ou instituições de ensino dependentes ou sob a tutela de outros ministérios que tenham protocolo com o Ministério da Educação;

e) Estabelecimentos do ensino português no estrangeiro, incluindo ainda o exercício de funções docentes como agentes da cooperação portuguesa nos termos do correspondente estatuto jurídico.

___________________________________________________________________________________

Os docentes da Norma Travão e da Vinculação Dinâmica concorrem ao concurso externo de 2024/2025 na 1.ª prioridade às vagas do concurso externo, não havendo qualquer obrigação futura de concorrerem a nível nacional como aconteceu este ano com os docentes que vincularam pela vinculação dinâmica.

Pode eventualmente acontecer que um docente em 1.ª prioridade com 1095 dias de serviço consiga um lugar no quadro e um docente com 10 ou mais anos de serviço por não estar colocado em 31/12/2023 não conseguir colocação em lugar de quadro, por concorrer em 2.ª prioridade.

E vai voltar a acontecer que muitos docentes atualmente do quadro vão perder mais uma vez a oportunidade de concorrer a lugares apenas disponíveis no concurso externo.

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Vagas 2024/2025 – Açores

 

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Terminou Hoje o Apuramento de Vagas 2024/2025

Terminou hoje, pelas 18 horas o apuramento de vagas para o concurso Interno e Externo de 2024/2025.

No meu caso consegui apurar tantas vagas positivas como negativas (8). Se esta fosse a media dos 809 agrupamentos, então as vagas positivas seriam na ordem das 6.500, tantas quanto as negativas. Daí até às 20 mil ainda falta perto de três vezes mais vagas.

Das duas uma, ou pelas zonas mais carenciadas a média dispara e essencialmente as vagas serão na zona de Lisboa e Algarve, ou o ME artificialmente terá de abrir um número de vagas superior nas zonas com menos carência de vagas.

No caso da norma travão ainda não foi este ano que me consegui estrear a abrir uma vaga para a norma travão.

Já quanto à vinculação dinâmica, consegui apurar 9 lugares, resta saber se algum deles terá interesse em tornar-se dinâmico, pelo que me fui apercebendo não parece que estejam com muita vontade disso.

Seria interessante ter o feedback de outras escolas de várias zonas do país para conhecer como anda este apuramento.

 

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‘STOR X – PROFESSOR UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO

Deixo aqui o link de uma música criada por um grupo de Hip-hop que nasceu no Agrupamento de Escolas de Samora Correia, para apoiar a luta dos professores. 

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Nova Sondagem do Blog, Depois de Conhecidos os Programas Eleitorais

Agora que são conhecidos os programas eleitorais (com exceção do PAN) deixo mais uma auscultação aos leitores do Blog sobre as suas intenções de voto no dia 10 de março.

Os programas eleitorais são os seguintes:

Aliança Democrática

Bloco de Esquerda

CHEGA

Iniciativa Liberal

LIVRE

PAN (ainda não tem programa)

Partido Socialista

PCP

TS Poll - Loading poll ...

 

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A mediocridade do programa eleitoral do PS para a Educação – Santana Castilho

 

O que me tem sido oferecido, em sede de pré-campanha eleitoral, configura desprezo pelo debate social sério, que permitiria apurar aquilo que serve ou não o sistema educativo. Quanto mais olho para o que propõem os partidos políticos com mais probabilidades de virem a ser Governo, mais me sinto em sentido contrário: eles fixados em reforçar as dominâncias que nos trouxeram à mediocridade presente; eu preocupado com modos diferentes de ver o mundo, para que cada um o entenda e não seja escravo dessas dominâncias.
Porque considero todos os programas eleitorais já conhecidos pobres e incapazes de operar as mudanças de que carecemos, aguardava com expectativa o que o PS tinha para nos dizer. A desilusão afundou em gelo essa expectativa.
Presente a carência de espaço para fazer uma análise sistemática e exaustiva, transcrevo em itálico nacos de prosa que considero mais representativos de toda uma narrativa mole, palavrosa, própria para adormecer boi, e junto-lhes brevíssimas considerações críticas.
1. “… o sistema educativo português …, praticamente erradicou o analfabetismo …” (Pág. 66).
Infelizmente, o analfabetismo não está erradicado. São analfabetos 3.1% dos portugueses (INE e Pordata, 6/4/23).
2. “… As políticas dos governos do Partido Socialista introduziram sempre marcos de referência … O alargamento da escolaridade obrigatória até aos 18 anos … a qualificação da população adulta …” (Pág. 66).
Eu sei que o prolongamento da escolaridade obrigatória até aos 12 anos ganhou estatuto de vaca sagrada, que a maioria assume como intocável. Mas numa Europa onde são vários os países que conseguem desempenhos superiores aos nossos com apenas nove anos de escolaridade obrigatória e quando o INE nos acaba de dizer que a percentagem de portugueses entre os 18 e os 24 anos que deixou de estudar sem concluir o 12º ano (abandono escolar precoce) aumentou, fixando-se agora nos 8%, seria descabido voltar a discutir se é possível ensinar, seja o que for, a quem não quer aprender?
Fiquei agora a saber que o actual PS se orgulha do maior logro que o PS de Sócrates promoveu: as “Novas Oportunidades”, de hedionda memória. Ainda não foi desta que o PS aceitou, para que possamos voltar a acreditar nele, demarcar-se do PS de outrora.
3. “ … Rever e simplificar as regras do concurso de colocação do pessoal docente … “ (Pág. 67).
Eis um exemplo do habitual modo de apresentar intenções por compromissos. De um programa sério não se espera que as propostas assumam logo a forma de diplomas de execução. Mas exige-se que seja dito o mínimo concreto, com referências circunstanciais precisas (como e quando, pelo menos), para mostrar que quem propõe saberá como executar.
4. “… A Escola é uma comunidade que prepara cidadãos que podem escolher além do seu contexto … “ (Pág. 67).
Que pobreza de construção frásica! O que é que isto quer dizer? Podem traduzir?
5. “ … As políticas públicas na Educação implicam uma permanente capacidade de diagnosticar, avaliar, corrigir e avançar, sem desprezar o património herdado, mas sobretudo sem discursos vazios em torno de conceções passadistas e elitistas, mas sim através de medidas que tenham em conta os desafios nacionais e globais que os sistemas educativos hoje enfrentam … “ (Pág. 67).
Tudo o que o PS, nos últimos oito anos de governação, não fez. Pelos vistos, teremos mais do mesmo.
6. “… Revisitar o modelo de gestão das escolas, no sentido de aprofundar as dinâmicas participativas e colaborativas, incluindo o reforço da participação dos alunos na vida da escola, sem prejuízo do processo de descentralização … “ (Pág. 67).
Revisitar significa visitar novamente. Teremos na “visita” inauguração do busto de Maria de Lurdes Rodrigues, mãe do monstro que vem corroendo a escola pública e que o PS não tem coragem de enterrar?
7. “… Estudar as práticas de formação das turmas, fomentando a necessária heterogeneidade do ponto de vista da integração dos alunos de diferentes estratos socioeconómicos …” (Págs. 67 e 68).
Não se cansem com o estudo. Essa tal heterogeneidade é irrecuperável. Oito anos de governos PS criaram duas escolas, definitivamente homogéneas: a pública, pobre, para os pobres; a privada, rica, para os ricos.
In “Público” de 14.2.24

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A Candidata Virtual, Maria Esperança

 

Candidatura de Maria Esperança Portugal apresentada

 

A Federação Nacional da Educação (FNE) lançou hoje a candidatura virtual de “Maria Esperança Portugal”, uma candidata fictícia às eleições legislativas antecipadas que pretende pôr os partidos a discutir o setor.

“Além do nosso trabalho para a construção de um roteiro para a legislatura, queremos utilizá-la como sendo quase uma porta-voz para a promoção do debate”, explicou à Lusa o secretário-geral da FNE, Pedro Barreiros.

A candidatura fictícia de Maria Esperança Portugal é lançada hoje, com o lançamento de uma página na Internet em que são detalhadas as várias propostas, desde a educação para a infância ao ensino superior e investigação.

“É Maria porque 80% do corpo docente e não docente são mulheres e o apelido que escolhemos foi Esperança porque é preciso ter esperança no quadro das nossas reivindicações relacionadas com o rejuvenescimento da profissão e, também por isso, criamos um rosto jovem”, explicou Pedro Barreiros.

“Maria Esperança Portugal”, uma candidata criada através de inteligência artificial, tinha sido pensada para as eleições europeias, que se realizam em junho, mas a demissão do Governo e marcação de eleições antecipadas para 10 de março levou a FNE a avançar já com a iniciativa.

A cerca de um mês da ida às urnas, o objetivo é colocar no centro do debate os temas da educação, algo que não tem acontecido, lamenta o dirigente sindical.

“É estranho, passados todos estes debates, ainda não se ter ouvido nada sobre Educação. Se não falam, temos de fazer qualquer coisa para que se fale e eu acho que a Maria pode vir a ter esse contributo”, antecipou.

Quanto às suas propostas, coincidem com muitas das reivindicações que a FNE tem vindo a fazer: a revisão do regime de mobilidade por doença, a eliminação da burocracia ou a valorização do setor social.

A FNE está ainda a preparar o roteiro para a legislatura e reúne, no dia 16, com representantes de todos os partidos com representação parlamentar.

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Porque subiu o abandono escolar?

Ordem do Dia – 12 fevereiro 2024

Tema: Porque subiu o abandono escolar?

 

Pedro Carvalho da Silva conduz o debate sobre a situação atual do abandono escolar, em Portugal. Nesta reflexão, foram discutidos os motivos que levam ao abandono escolar. Este debate teve a participação de Filinto Lima, Presidente da Associação Nacional de Agrupamentos de Escolas Públicas e Ana Catarina Mesquita, Professora e Investigadora na área da Educação.

 

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As propostas dos partidos para a educação

 

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Quantas Vezes É Feita a Referência à Palavra Professor nos Programas Eleitorais

Por curiosidade fui contabilizar o número de vezes que aparece nos programas eleitorais a Palavra do Ano de 2023. Para quem não ainda sabe, é a palavra “PROFESSOR“.

O Bloco de Esquerda lidera este ranking com 34 ocorrências, seguindo-se a AD com 25. O PS apenas refere a palavra professor por 7 vezes, mais uma que o PCP. A Iniciativa Liberal é o partido com menos referências à palavra Professor, apenas com 4.

Para acederem aos 7 programas eleitorais devem abrir a imagem porque no PDF tem o link para os referidos programas.

 

 

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Propostas dos partidos para a educação são “jogo de oportunismo político”

Propostas dos partidos para a educação são “jogo de oportunismo político”

 

 

O DN ouviu os professores Santana Castilho e Paulo Guinote sobre o que gostariam de ver implementado para o setor. Os partidos esperam por relatórios da UTAO para traçar um horizonte para a recuperação do tempo de serviço e propõem cheques-creche ou reintrodução de professores reformados no sistema.

No momento em que quase todos os partidos já divulgaram os seus programas eleitorais – à exceção do PS, que divulga durante esta tarde, e o PAN, que deverá dar a conhecer as suas propostas nos próximos dias – é possível traçar um mapa das intenções políticas para cada setor. No que diz respeito à educação, o DN ouviu professores que, para além de interessados nas suas causas, conhecem os sistemas por dentro. “Quer o Rui Tavares, quer a Inês de Sousa Real, na esperança de serem agradáveis ao PS, esperam pela posição do PS, e este não quer romper, abertamente, desde já, com o que foi feito até agora”, afirma o professor de história do segundo ciclo Paulo Guinote, sobre os líderes do Livre e do PAN, respetivamente, e a sua perspetiva quanto ao calendário para a reposição do tempo de serviço dos professores, que, dizem, dependerá do relatório que será produzido pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO).

A origem desta questão remonta ao debate da passada sexta-feira, na RTP, que opôs o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, ao fundador do Livre, Rui Tavares. Ambos concordaram que só poderiam definir um período para a reposição do tempo integral de serviços dos professores depois de conhecerem o relatório da UTAO.

“A UTAO não fez o estudo até agora porque não quis, porque não quis envolver-se no debate político e não quis fornecer dados que o Ministério [da Educação] tem em seu poder, seja no IGEP [Inspeção-Geral do Ensino Particular], seja na DGAE [Direção-Geral da Administração Escolar], porque todos os meses são processados salários e o Ministério tem na sua posse os elementos mais do que suficientes para fazer um estudo num par de semanas”, continua Paulo Guinote, acrescentando que “o estudo da UTAO não foi feito por questões de oportunismo político”.

“Em segundo lugar, quer o PS, quer o PAN, quer o LIVRE, que me parece uma espécie de geringonça, uma neo-geringonça, optaram pela mesma posição, que é esperar pelo estudo da UTAO para definir uma posição”, defende Paulo Guinote, lembrando que “Pedro Nuno Santos, antes disso, já disse tudo e mais alguma coisa acerca desta questão. Ou seja, ele já garantiu que o tempo seria recuperado, depois começou a hesitar, depois voltou a dizer que sim e agora voltou a hesitar. Digamos que a posição do LIVRE e do PAN a mim não me influi muito, eles apenas estão à espera da posição do PS”, remata.

Quando se fala de reposição do tempo de serviço dos professores, fala-se de um questão de “justiça elementar que tem sido responsável por perdas de milhares de milhões de euros, porque as pessoas sabem fazer as contas quando vão à padaria e ao supermercado”, destacou ao DN o professor Manuel Santana Castilho, quando questionado sobre o tema levantado no debate. “E o [primeiro-ministro] António Costa sabe fazer as contas relativamente àquilo que lhe interessa. Mas não sabem fazer as contas aos prejuízos que não são imediatamente traduzíveis em euros”, continua o académico, que não poupa em críticas ao atual Governo no que diz respeito à educação.

Ao encontro das pretensões dos professores, algumas forças políticas já assumiram que pretendem, num prazo de quatro anos, a reposição integral do tempo de serviço, seja ou não realista e sem esperarem pela UTAO. Porém, esta é apenas uma das medidas que está em cima da mesa.

Para além do próprio sistema educativo e das condições em que a profissão de professor é exercida, a atratividade para esta via também tem sido abordada pelos partidos. No entanto, para introduzir o tema, há uma proposta, avançada pela Iniciativa Liberal no seu programa eleitoral que pode dar o mote para o seu próprio contraponto: o cheque-creche, que, de acordo com o partido iria permitir aos pais das crianças escolher o jardim de infância, seja no setor público ou no privado.  “O cheque-creche já falhou numa série de países, não diminuindo as desigualdades e apenas servindo para suprir alguma parte do orçamento familiar de quem quer ter os filhos num ensino privado”, explicou Paulo Guinote,  classificando esta proposta como “um mito, porque as creches e as escolas privadas selecionam e têm essa capacidade e legalmente não podem ser impedidas de fazer uma pré-seleção dos alunos e das crianças que querem admitir nas suas instituições”. “Portanto, o cheque-ensino e o cheque-creche, especialmente para os alunos mais carenciados, nas zonas mais complicadas, com menos meios económicos, é apenas a promessa de uma ilusão de que eles vão ter acesso a algo onde depois não são aceites”, continua o professor de história, que alerta para outro problema: “A falta de professores.”

“Se há falta de professores, como é que o ensino privado, que paga em regra pior, vai conseguir ter professores ou educadores para essas crianças que afluiriam teoricamente às suas instituições, a menos que passassem a recrutar um bocado de forma ad-hoc”, questiona Paulo Guinote, de forma retórica. “A menos que, de repente, eles começassem a pagar melhor e a dar melhores condições de trabalho a essas pessoas. Caso contrário, apenas o que existe é, volto a dizer, uma promessa ilusória que deslocará verbas, eventualmente do Ministério da Educação, para algumas famílias, mas que em muitos casos, e provavelmente nos casos de maior necessidade, terão que voltar ao ensino público”, defende.

Centrando o tema da educação em torno dos professores, um dos problemas identificados é precisamente os baixos salários no setor. “A questão salarial da carreira depende da carga fiscal, ou seja, formalmente os professores até podem ter salários brutos muito atrativos, aparentemente atrativos, mas depois a carga fiscal é brutal”, sublinha Paulo Guinote, propondo, por exemplo, que haja deduções em sede de IRS no que diz respeito a alojamento, no caso dos professores deslocados, e combustível.

Sem acompanhar a proposta de Paulo Guinote, Santana Castilho prefere destacar a importância de aumentar salários. Para professores e não só. “Os professores ganham mal, é óbvio, mas não são só os professores que ganham mal. Ganham mal os médicos. Os portugueses ganham genericamente mal e temos um fenómeno que futuramente vai ser dramático, que é a aproximação do salário médio em Portugal do salário mínimo”, defende Santana Castilho. “Portanto, nós estamos tendencialmente a caminhar para empobrecer em vez de enriquecer e de nos aproximarmos da Europa”, considera. Mas o problema é mais vasto, continua o professor. “A exigência de formação inicial dos professores tem-se degradado ao longo dos anos de uma maneira absolutamente insustentável. Era preciso uma intervenção profunda aí. A independência científica, intelectual e profissional dos professores foi completamente arrasada”, defende, acrescentando que este problema é agravado ainda por uma “decantada carga burocrática”. Porém, a cereja no topo do bolo dos problemas, destaca Santana Castilho, é “um problema gravíssimo de indisciplina, que obriga os professores a passarem a maior parte do seu tempo a tentar que a aula funcione. Nada disto é reconhecido pelo Ministério.”

No que diz respeito ao setor da educação, Santana Castilho propõe também que se eleve “a educação a prioridade política”. “A revisão da lei de bases do sistema educativo é imperiosa. Está ultrapassada, está datada e precisávamos de a rever. É preciso universalizar todo o pré-escolar até a entrada no básico. É inadiável que qualquer governo que se queira distinguir dos anteriores proceda a uma reformulação integral do plano de estudo do ensino obrigatório e naturalmente de todos os conteúdos”, recomenda. Por fim, lembra que “o acompanhamento das crianças enquanto os pais trabalham é um problema social atual. Infelizmente, quando os discursos anteriores eram no sentido de que queríamos ganhar mais e trabalhar menos. Aquilo que vemos é que ganhamos menos e cada vez precisamos de trabalhar mais. Mas as desgraçadas das crianças chegam a passar 10 horas por dia na escola. Isto é um crime, é preciso pôr cobro a isto”, conclui.

vitor.cordeiro@dn.pt

 

 

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Assinatura digital do Manifesto em defesa da Escola Pública

Este é o Manifesto pela Escola Pública que foi formalmente apresentado no Largo do Carmo, no dia 10/02/2024, na iniciativa promovida por Missão Escola Pública “Antecipar Abril”. Por forma a permitir que todos tenham a possibilidade de o subscrever, surge este formulário, cujas assinaturas  serão posteriormente anexadas ao  Manifesto.
A recolha de emails é meramente para uso informativo de Missão Escola Pública e os mesmos não serão usados para nenhuma outra finalidade.
Para aceder ao formulário de assinatura, clicar AQUI.

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Concurso de Transição de Docentes dos Quadros de Zona Pedagógica – 2023 – Reclamação da candidatura

Aplicação eletrónica disponível entre o dia 12 e as 18:00 horas do dia 19 de fevereiro de 2024 (hora de Portugal continental), para efetuar a Reclamação da candidatura ao Concurso de Transição de Docentes dos Quadros de Zona Pedagógica – 2023.

Consulte o Manual de utilizador.

SIGRHE – Reclamação da candidatura

Manual de utilizador –  Relamação da candidatura

 

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5281 docentes aposentar-se-ão em 2024

 

Segundo contas realizadas pela CGA, a estimativa de docentes a aposentar-se durante o ano de 2024 será de 5281. O número mais alto do século.

 

 

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Aplicação com Análise de Colocação em QZP

Elaboramos este ficheiro em Excel de apoio à transição de QZP.

Para tal, devem colocar o vosso número de utilizador para terem acesso ao FUTURÓMETRO com os dados da vossa posição na lista e a previsão da vossa colocação.

Se não estiverem colocados no âmbito do QZP a que concorrem o ponteiro do FUTURÓMETRO não funciona.

 

Se escolherem um dos QZP no âmbito do vosso QZP podem ver a vossa graduação em cada um deles.

NOTA: Este documento, como os anteriores, são apenas ferramentas que podem estar muito próximas da realidade, mas não dispensam terem de aguardar pelas listas definitivas para confirmarem a vossa colocação no Mini QZP.

 

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O Programa do PS

O Programa do PS refere o seguinte na página 67 e apenas por 9 vezes se refere aos “professores”. E depois de mais de suas horas de apresentação do Programa ainda não se ouviu falar na Educação.

Está vista a importância da Educação para Pedro Nuno Santos.

 

⟩ Iniciar negociações com os representantes dos professores com vista à recuperação do tempo de serviço de forma faseada;

 

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O Estudo do QZP3

Dos 1158 candidatos do QZP 3 existem 398 docentes que não têm como escola de colocação por concurso uma escola no âmbito do QZP 3.

Os novos QZP (20 ao 25) do QZP 3 são os seguintes:

Fica se seguida o Estudo do QZP 3 que coloca  1115 docentes com vaga na sua escola de colocação em 2023/2024.

Já sabem que o estudo tem como base que o docente escolhe em primeira preferência o QZP da sua escola de colocação em 2023/2024, que pode não ser exatamente esta a preferência de muitos docentes.

 

ESTUDO DO QZP 3 

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O Programa do Chega

O Programa do Chega tem como proposta 139, na página 44 o seguinte:

 

139. Recuperar integralmente o tempo de serviço congelado a educadores e professores do ensino básico e secundário, num prazo máximo de quatro anos, com possibilidade de antecipação do prazo em função das negociações com os sindicatos do sector.

 

 

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Estudo de Transição no Antigo QZP2

O antigo QZP 2 dividiu-se em 8 Mini QZP (12 ao 19).

QZP 02
12
Boticas (1702)
Chaves (1703)
Montalegre (1706)
13
Alijó (1701)
Mirandela (0407)
Murça (1707)
Valpaços (1712)
14
Bragança (0402)
Macedo de Cavaleiros (0405)
Vinhais (0412)
15
Mondim de Basto (1705)
Ribeira de Pena (1709)
Sabrosa (1710)
Vila Pouca de Aguiar (1713)
Vila Real (1714)
16
Alfândega da Fé (0401)
Carrazeda de Ansiães (0403)
Freixo de Espada à Cinta (0404)
Torre de Moncorvo (0409)
Vila Flor (0410)
Vila Nova de Foz Côa (0914)
17
Miranda do Douro (0406)
Mogadouro (0408)
Vimioso (0411)
18
Cinfães (1804)
Lamego (1805)
Mesão Frio (1704)
Peso da Régua (1708)
Resende (1813)
Santa Marta de Penaguião (1711)
Tarouca (1820)
19
Armamar (1801)
Moimenta da Beira (1807)
Penedono (1812)
São João da Pesqueira (1815)
Sernancelhe (1818)
Tabuaço (1819)

Neste QZP existem 1244 docentes vinculados de acordo com a seguinte distribuição.

Dos 1244 docentes vinculados neste QZP, 552 leccionam em 2023/2024 fora do âmbito do QZP2, pelo que torna-se mais difícil tentar elaborar uma lista fidedigna de possível colocados por mini qzp neste QZP.

Dentro dos possíveis apresento o estudo para o QZP 2 sabendo disso. Agradeço que quem lê este estudo também o perceba.

 

ESTUDO DE VINCULAÇÃO NOS MINI QZP do ANTIGO QZP2

 

 

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Contratação de Escola – EPCV-CELP

Torna-se pública a abertura do procedimento concursal para contratação de pessoal docente.

Para aceder ao aviso de abertura, clique no link do Grupo de Recrutamento a que pretende candidatar-se.

AVISO N.º 7/2023 – Grupo de Recrutamento 110 (horários n.° 10 e 11) – ESCOLA SEDE – PRAIA

AVISO N.º 10/2023 – Grupo de Recrutamento 110 (horário n.° 10) – POLO MINDELO

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Access Arrangements: apoio aos alunos durante os exames nacionais

 

Todos os alunos têm direito a realizar os exames nacionais do fim do ensino secundário em pé de igualdade, independentemente das suas necessidades e tendo em conta as suas necessidades.
Para tal, cabe ao coordenador de necessidades educativas de cada escola, por esta altura do ano e em preparação para os exames a efectuar durante o Verão, fornecer às entidades competentes a lista de alunos cujas necessidades carecem de apoio específico durante as provas cujos resultados determinarão o seu futuro.
No Reino Unido, este apoio tem um nome: “Access Arrangements”, vulgo, e em tradução literal, os “arranjos” necessários para “aceder” aos exames.
Comecemos desde logo pelos alunos com deficiência visual e a necessidade de exames escritos em Braille ou então com o tamanho da letra aumentado.
Para alunos com hiperactividade e défice de atenção, a escola pode requerer a autorização para o aluno poder fazer um mais intervalos durante o exame. Sendo os exames limitados em termos de tempo, o relógio é parado e o aluno tem direito a uma pausa, dentro ou fora da sala de aula, sendo o aluno supervisionado caso saia da sala. Não existindo tempo limite para cada intervalo, cabe à escola em coordenação com o aluno determinar antecipadamente quantos intervalos serão necessários e por quanto tempo.
O mesmo aluno com hiperactividade pode necessitar de tempo adicional durante o exame, mais precisamente 25% de tempo extra. No caso de desporto e se a prova avalia a rapidez de execução do aluno, este tempo extra não é considerado e o mesmo acontece durante a realização de exames práticos tal como acontece nas ciências.
No caso de alunos com um diagnóstico de dislexia, a escola pode requerer a presença de um “reader”, ou seja alguém para ler as perguntas ao aluno. Esse “alguém” pode também ser um programa de computador. Cabe à pessoa responsável por ler para o aluno enunciar fórmulas, símbolos e unidades nos casos das provas de matemática, química ou física e igualmente soletrar palavras para o aluno caso seja necessário.
Obviamente, a realização do exame terá de ocorrer numa sala à parte e a logística é da exclusiva responsabilidade da escola.
O mesmo aluno com dislexia pode necessitar de um escriba, ou seja, alguém para escrever pelo aluno, cabendo ao aluno ditar as respostas para cada pergunta. No caso de uma prova de matemática, a execução de diagramas ou gráficos é feita de acordo com as instruções do aluno. E se a prova avaliar a capacidade do aluno para o desenho ou pintura, o escriba só pode auxiliar na componente escrita da prova.
Ao aluno é igualmente permitido, e em função das suas necessidades, o uso de um processador de texto, ergo um computador, para responder às questões do exame, tendo o mesmo computador o corrector automático desligado.
Outros tipos de apoio incluem o uso de bolas de stress ou brinquedos sensoriais para auxiliar a concentração do aluno, o uso de protectores auriculares para alunos com um diagnóstico de autismo ou a realização do exame em separado com música a tocar e tudo em função de cada aluno e das suas necessidades.
No fim, a imaginação é o limite conquanto se permita ao aluno a oportunidade de concluir o ensino secundário, a oportunidade da educação e a oportunidade de um futuro.
Isto por não poder esquecer quem connosco cresceu numa época sem diagnósticos e onde as dificuldades de aprendizagem pouco mais recebiam para além da admoestação e respectivo chumbo, sendo a repetição do ano, para alguns alunos ad aeternum até atingirem a maioridade, a única resposta do sistema educativo.
E por não querermos nem desejarmos a repetição da história, de bom grado damos aos nossos filhos e alunos todo o apoio e toda a ajuda, principalmente agora com mais uma época de exames a bater à porta.

 

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Aluno de 12 anos agride professora com bofetada e pontapé na Pampilhosa da Serra

Estudante terá também atacado a docente de Matemática após ter sido alertado para o seu comportamento na sala de aula.

Aluno de 12 anos agride professora com bofetada e pontapé na Pampilhosa da Serra

Uma professora do Agrupamento de Escolas de Pampilhosa da Serra foi agredida à bofetada e a pontapé por um aluno de 12 anos. A situação ocorreu em plena sala de aula, na presença dos restantes estudantes, e depois de a docente alertar o menor para o seu comportamento.

Segundo fonte próxima da escola, é frequente o aluno em causa fazer “ameaças aos professores, sobretudo do sexo feminino”.

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