Junho 2022 archive

Reserva de recrutamento 37

Reserva de recrutamento n.º 37

Publicitação das listas definitivas de Colocação, Não Colocação, Retirados, Listas de Colocação Administrativa e Listas de colocação adicional de carácter excecional – 37.ª Reserva de Recrutamento 2021/2022.

Aplicação da aceitação disponível das 0:00 horas de segunda-feira dia 6 de junho, até às 23:59 horas de terça-feira dia 7 de junho de 2022 (hora de Portugal continental).

Consulte a nota informativa.

SIGRHE – aceitação da colocação pelo candidato

Nota informativa – Reserva de recrutamento n.º 37

Listas – Reserva de recrutamento n.º 37

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Professoras e funcionária agredidas em escola

 

Duas professoras e uma funcionária da Escola Básica 2+3 de Lamações, em Braga, foram agredidas e ameçadas por duas mulheres, adiantou esta sexta-feira uma fonte da Polícia de Segurança Pública (PSP) à agência Lusa.

A mesma fonte informou ainda que a ocorrência foi registada pelas 20h00 de quinta-feira, naquele estabelecimento escolar.

Em comunicado, a autoridade revela que, “no local, a PSP constatou que as suspeitas, com 27 e 30 anos de idade, tinham agredido e ameaçado duas docentes e uma funcionária”.

As agressoras foram detidas e notificadas para comparecerem no Tribunal Judicial da Comarca de Braga.

Professoras e funcionária agredidas em escola

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MAIA, a abelha distópica que está a matar a escola

MAIA, a abelha distópica que está a matar a escola  

 

Domingos Fernandes e a sua rede de «cientistas» e tecnocratas – sincronizados com o ex-secretário de Estado da Educação, entretanto promovido a ministro da Educação – fez um diagnóstico inexorável (e bizarro) da educação portuguesa: as pedagogias e processos de avaliação usados pelos nossos professores remontam ao século XIX e lesam a educação inclusiva.

Perante tal diagnose, o Ministério da Educação (ME)iniciou uma cruzada que visa revolucionar as metodologias de ensino, aprendizagem e avaliação das escolas nacionais. Refiro-me, neste texto, ao projeto MAIA, Monitorização, Acompanhamento e Investigação em Avaliação Pedagógica, iniciado em 2019. Começou por ser um «projeto de âmbito nacional e de adesão voluntário» (Domingos Fernandes, Para uma AvaliaçãoPedagógica: Dinâmicas e Processos de Formação no Projeto MAIA, 2020, p. 10), para, entretanto, adquirir uma dimensão, tacitamente, obrigatória e totalitária.  

Multiplicaram-se as formações, os colóquios, os encontros, as comunicações presenciais ou digitais sobre o projeto. Os Centros de Formação de Associação de Escolas (CFAE) concentraram as suas preocupações prioritárias nos temas da avaliação/classificação (assim como nas tecnologias da informação e da comunicação) e passaram a desprezar ainda mais as ações de formação de professores dedicadas às áreas científicas específicas (História, Português, Matemática, Ciências Naturais, etc.)

Nestes «seminários» de formação de professores, o evangelho dos novos gurus da educação é propagado adnauseam. Recordemos o seu conteúdo: os professores afundaram-se há muitas décadas em práticas pedagógicas e avaliativas equívocas e perniciosas que têm desmotivado e lesado os alunos. Chegou, todavia, o momento de esses docentes reconheceram os seus atos falhados, saírem da caverna, enxergarem a luz da «verdade», edificarem a escola feliz e proporcionarem o sucesso educativo universal. Para isso, têm de optar exclusivamente por pedagogias ativas (discursar aos alunos sobre ciência tornou-se um pecado mortal), fundir conhecimentos com competências, avaliar de forma holística, distinguir avaliar de classificar, diferenciar práticas de avaliação formativa e sumativa (fazer testes escritos sumativos é outro pecadoimperdoável), definir objetivos, critérios, rubricas e indicadores de aprendizagem a partir das aprendizagens essenciais.

Este é o novo paradigma educativo, o alfa e o ómega da escola, onde os professores devem concentrar toda a sua energia. Aqueles que preferirem canalizar a sua energia para a preparação pedagógica e científica estruturada das suas aulas não têm lugar na «escola moderna», onde ensinar ciência atualizada tornou-se um detalhe de menor importância.

Esta teologia e pregação inovadoras concebidas de cima para baixo pelo ministro da Educação e a sua máquina de mentores, tecnocratas e burocratas — estão já a «revolucionar» a escola pública. Porém, tal evangelho desperta reflexões e problemas que quase todos preferem ignorar, olimpicamente.  

Há muito tempo que a maioria dos professores incorporaram várias das práticas atrás descritas no seu trabalho, pois enveredaram por aulas dialogadas, optaram por experimentar metodologias ativas (e afetivas) e abandonaram os antigos hábitos de avaliar os alunos exclusivamente através de testes escritos. Contudo, é justo reconhecer que a avaliação formativa e sumativa sistemática e o recurso contínuo a pedagogias ativas acarreta dificuldades, a saber: É possível elaborar e operacionalizar critérios de avaliação holísticos onde os domínios comportamentais se fundem com os domínios do conhecimento? Como conciliar o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória com a lecionação dos conteúdos vertidos nos programas das diversas disciplinas? Devemos avaliar as escolas, os seus alunos e professores segundo os critérios utilizados nas empresas e aplicados aos seus «colaboradores»? Estão os projetos pedagógicos «inovadores» inspirados no projetoMAIA, testados nas escolas públicas nacionais e tão aplaudidos pelo ME a ser avaliados através de critérios isentos e objetivos? Os professores do primeiro ciclo do ensino básico, que ensinam em regime de monodocência,têm turmas com cerca de 20 alunos, trabalham com os seus alunos todos os dias e acompanham-nos muitas vezes do início ao fim do ciclo, lá vão conseguindo, porventura, aplicar mais regularmente as intrincadas metodologias pedagógicas e avaliativas agora exigidas. Mas os professores dos ciclos subsequentes, que lecionam em regime de pluridocência, têm, na maioria dos casos, mais de 5 turmas (muitas vezes, 8, 9 ou mais turmas), mais de 100 alunos com quem estão apenas uma, duas ou três aulas semanais de 50 minutos. Como podem estes professores ensinar e avaliar com objetividade e transparência cada um dos seus alunos recorrendo, demodo sistemático, aos modelos pedagógicos e avaliativoscomplexos hoje impostos, os quais pressupõem, por exemplo, um feedback (como agora se diz em bom português) instantâneo e contínuo? Como conseguem fazê-lo sem cair na armadilha de reduzirem a educação e avaliação a um processo bur(r)ocrático kafkiano?(Recordo-me de uma professora a quem os alunos chamavam «Caixa Registadora», porque passava as suas aulas a registar em grelhas digitais e em papel as alegadas evidências demonstradas pelos alunos). Como logramestes professores ensinar ciência, através de praticas estruturadas, e cumprir os programas das suas disciplinasrecorrendo obsessivamente às pedagogias ativas? Programas longos que em várias disciplinas (onde, em certos casos, a carga horária tornou-se ainda maisreduzida) estão sujeitos a provas de aferição, provas finais de ciclo e exames nacionais que visam medir, com supostaassertividade e seriedade, o conhecimento científico e literário dos alunos.

Decerto que podemos já tirar uma ilação da alegada aplicação das «novas» pedagogias no domínio da avaliação: o sucesso educativo inflacionou e as percentagens de retenções diminuíram drasticamente. E tais cifras fazem a felicidade das direções das escolas, do ME, do seu ministro e inspetores, bem como de muitosalunos, pais e professores. Paradoxalmente, a maioria dos alunos chegam hoje ao ensino secundário e ao final do liceu pior preparados nos planos científico, literário e cívico. Trabalham menos, leem, interpretam e escrevempior, revelam conhecimentos menos consistentes e – problema que não é de somenos importância – exibemcomportamentos mais indisciplinados nas salas de aula. Isto é uma evidência que só escapa aos educadores românticos e aos tecnocratas da educação, que não pisam diariamente o chão das salas de aula, porquanto se escapuliram delas por falta de vocação e abnegação.

Está o ME disponível para debater estas questões? Não está. Neste momento, a ordem é arregimentar novos crentes, silenciar e marginalizar os descrentes e caminhar gloriosamente para o abismo. «Quem vier atrás que feche a porta!» E no futuro, a médio ou a longo prazo, quando se concluir que estas «políticas» pedagógicas não produziram melhores cidadãos, mas sim súbditos mais iletrados, amorfos e hedonistas, quem assumirá as responsabilidades? Obviamente, ninguém. Porque os portugueses já inscreveram no seu espírito a máxima de que em Portugal «a culpa [vive e] morre solteira»!

Luís Filipe Torgal

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João Costa Desmontado – Parte 7

Um Enorme Processo De Mistificação Em Curso – O Meu Quintal

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Declarações do Ministro da Educação sobre a MPD

Conferência de Imprensa do SR. Ministro da Educação sobre a aprovação do decreto-lei que estabelece o regime de mobilidade de docentes por motivo de doença, garantindo, assim, a proteção e apoio na doença dos próprios e dos familiares que se encontrem a seu cargo.

 

https://youtu.be/K_XfIs6ikhY

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Abonos por cessação de contrato

Nota informativa 5

 

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Aprovado regime de mobilidade de docentes por motivo de doença

 

Foi aprovado o decreto-lei que estabelece o regime de mobilidade de docentes por motivo de doença, garantindo, assim, a proteção e apoio na doença dos próprios e dos familiares que se encontrem a seu cargo.
O regime visa promover o equilíbrio entre a necessidade de prestação de cuidados médicos aos docentes ou aos seus familiares e uma gestão mais eficiente e racional do pessoal docente, no sentido de garantir à escola pública os professores necessários à prossecução da sua missão.

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Quando Será Publicada a Lista Definitiva do Concurso Externo?

Este meu quadro apresenta as datas dos concursos dos últimos  anos com os tempos de espera entre a abertura do concurso e a publicação da lista provisória e depois da lista definitiva.

Tendo em conta as diferenças dos últimos 7 anos aponto que as listas sejam publicadas na semana de 13  a 17 de junnho, quando se passarão entre 54 e 58 dias após a abertura do concurso.

 

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AVISO | Abertura de Concursos de Contratação de Escola

Informa-se que estão abertos procedimentos concursais destinados à seleção de docentes com qualificação para lecionação nos horários disponíveis nos grupos de recrutamento 110 (1.º Ciclo), 230 (Matemática e Ciências Naturais), 300 (Português), 420 (Geografia), 430 (Economia), 520 (Biologia e Geologia) e 610 (Educação Musical).

Nota Informativa n.º 1/2022

Aviso de Abertura n.º 1 – Grupo 110 – 1.º Ciclo – H1
Aviso de Abertura n.º 2 – Grupo 230 – Matemática e Ciências Naturais – H1
Aviso de Abertura n.º 3 – Grupo 300 – Português – H1
Aviso de Abertura n.º 4 – Grupo 420 – Geografia – H1
Aviso de Abertura n.º 5 – Grupo 420 – Geografia – H2
Aviso de Abertura n.º 6 – Grupo 420 – Geografia – H3
Aviso de Abertura n.º 7 – Grupo 430 – Economia – H1
Aviso de Abertura n.º 8 – Grupo 520 – Biologia e Geologia – H1
Aviso de Abertura n.º 9 – Grupo 520 – Biologia e Geologia – H2
Aviso de Abertura n.º 10 – Grupo 610 – Educação Musical – H1

 

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Professores: a profissão mais importante, esquecida, fundamental e desvalorizada do mundo?

A excessiva (e desnecessária) sobrecarga de alunos e professores, com um número elevado de horas de aulas, disciplinas, momentos de avaliação (e muitas vezes momentos de reunião), bem acima do recomendado, tem fragilizado o bem-estar e a saúde mental de todos, e tem também exposto novas fragilidades do nosso sistema educativo.

Professores: a profissão mais importante, esquecida, fundamental e desvalorizada do mundo?

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Parecer do Conselho de Escolas

… sobre a Mobilidade por Doença.

clicar na imagem para ler o parecer completo.

 

 

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Para que servem as provas de aferição?

As provas de aferição têm também como objetivo dar uma visão de conjunto de como os alunos estão a aprender em cada escola e a nível nacional.

Para que servem as provas de aferição?

As provas de aferição têm como objetivo dar informação aos professores, alunos e encarregados de educação sobre a assimilação das matérias. O que desde logo é curioso, porque sempre pensei que esse fosse precisamente parte do trabalho dos professores e que estes – que acompanham os seus alunos diariamente ao longo dos anos – soubessem, melhor do que ninguém, qual o seu nível de aprendizagem.

Mas as provas de aferição têm também como objetivo dar uma visão de conjunto de como os alunos estão a aprender em cada escola e a nível nacional. Certamente aprenderão de forma muito diferente em escolas com as mais díspares características e de facto seria excelente que essas diferenças fossem estudadas e colmatadas da melhor forma. Tal como que, a nível nacional, o programa curricular fosse revisto e adaptado com base nas necessidades e dificuldades encontradas nos nossos alunos. Resta saber se isso tem sido feito.

Este é um ano particular que levou até à recomendação da suspensão deste tipo de provas pelo Conselho de Escolas porque, devido à pandemia, é para recuperar aprendizagens. Talvez fosse mais frutífero para os professores e alunos usarem este tempo precioso em aulas e atividades do que na realização de provas e em tudo o que elas implicam. É que além dos dias dispensados à avaliação, com todas as regras e preceitos, tem de haver uma reestruturação do plano de aulas para que os alunos estejam preparados para todos os conteúdos que possam surgir, sendo que as provas decorrem semanas antes de o ano acabar e até ao lavar dos cestos é vindima. Não sei até que ponto a sobreposição da avaliação à aprendizagem pode dar bons frutos. Há até professores e alunos que se veem forçados a adiantar matéria de forma rápida para não ficar nada de fora.

As avaliações parecem ter um caráter pedagógico, mas, além de nenhum professor querer que um aluno chegue a uma prova e se confronte com matérias de que nunca ouviu falar, ninguém gosta de ficar mal na fotografia, porque no final os resultados das avaliações e a comparação das competências dos professores e das escolas será inevitável. Há até colégios que alertam os pais para a importância de os filhos não descurarem as provas de aferição e incentivam ao estudo para obterem (todos) um bom resultado.
Diria que neste momento as prioridades deviam ser outras. As de, com calma e arranjando estratégias, conseguir ir colmatando de forma coerente e eficaz as lacunas que ficaram do ensino à distância, ao mesmo tempo que se vai avançando na matéria (que também devia ser revista). Não precisamos de provas de aferição para saber que muitos dos nossos alunos estão um bocadinho coxos e os professores saberão identificar no quê. E também sabemos que não serão elas que lhes vão dar ferramentas para melhorar. Mas talvez a ausência das preocupações, burocracias e tempo despendido que elas implicam para os professores, que já estão demasiado sobrecarregados, e para os alunos, que já foram muito castigados, se pudesse traduzir numa boa ajuda.

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Um Orçamento de Estado bem conseguido

Preço das refeições nas cantinas escolares aumenta. Autarquias pressionam Governo

Valor pago pelo Estado não foi revisto no Orçamento do Estado para 2022 e autarquias confrontam-se com falta de empresas candidatas nos concursos públicos para o próximo ano letivo.

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Pelo DN: Falta de professores – Comunidade escolar não acredita que propostas do governo resolvam o problema

Falta de professores. Comunidade escolar não acredita que propostas do governo resolvam o problema

O ministro da Educação, João Costa, tem reunido nas últimas semanas com os sindicatos para chegar a um entendimento sobre as medidas a implementar para fazer face à escassez de professores. João Costa já deu sinais de mudanças ao ter completado horários de docentes nas últimas reservas de recrutamento e ao deixar que os professores retirados das listas de colocação por terem denunciado contrato pudessem voltar a fazer parte das referidas listas. Contudo, manifestou a intenção de ir mais além e de rever as normas de recondução de professores contratados, bem como o modelo de recrutamento.

O Ministério da Educação (ME) também já fez saber que quer alterar as regras de colocação em mobilidade por doença, potenciar uma vinculação mais rápida, alterar os modelos de formação inicial de professores e atualizar as habilitações para a docência, entre outras medidas.

Medidas essas que, para diretores de escolas e docentes, não são suficientes para resolver o problema.

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João Costa Desmontado – Parte 6

Controlo De Danos – O Meu Quintal

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A redução dos quadros de zona

João Costa  anunciou a redução da dimensão dos Quadros de Zona Pedagógica. As negociações com os sindicatos devem decorrer neste verão.

O ministro da Educação quer reduzir a dimensão dos Quadros de Zona, regiões do país onde os professores podem ser colocados.

“Durante o tempo da troika, estes Quadros de Zona foram alargados para regiões muito, muito grandes, o que faz com que um professor vinculado num Quadro de Zona ainda assim tenha deslocações de 200 quilómetros”, afirmou nesta quarta-feira de manhã.

João Costa assume que quer reduzir a dimensão dos Quadros de Zona, assumindo que é “um primeiro passo na redução da ‘casa às costas’ dos professores”.

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Ano letivo vai acabar com sete mil alunos sem, pelo menos, um professor

Ministro da Educação admite que ano letivo vai acabar com sete mil alunos sem, pelo menos, um professor

O ministro da Educação, João Costa, admite que sete mil alunos vão chegar ao fim do ano letivo sem, pelo menos, um professor.

Numa entrevista ao longo da primeira hora do programa “As Três da Manhã”, naRenascença, João Costa assinala que se trata de “um número dinâmico que é atualizado todas as semanas”.

“Na última atualização que fizemos, tínhamos cerca de sete mil alunos que estavam sem aulas. É uma evolução face ao início do terceiro período, em que tínhamos cerca de 20 mil”, sublinhou o ministro.

 

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Nota informativa– Professores Bibliotecários – Ano Escolar 2022/2023

Professores bibliotecários 2022/23

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Nota informativa – Professores Bibliotecários – Ano Escolar 2022/2023

Nota informativa– Professores Bibliotecários – Ano Escolar 2022/2023

 

Nota informativa – Recrutamento e Designação dos Professores Bibliotecários para o ano escolar 2022/2023

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Ouçam-se os peritos na realidade escolar

Ouçam-se os peritos na realidade escolar


A ideia mais elogiada no dia da Europa (9 de Maio, em Estrasburgo) foi a que considerou os cidadãos como “os peritos na realidade”. Acima de tudo, porque das 49 propostas que apresentaram só duas se dirigiam a questões institucionais.
E como a democracia reclama que este elogio seja consequente, aplique-se a ideia nos diversos países.

No nosso caso, e tomando como exemplo a falta estrutural de professores, é imperativo ouvir os peritos na realidade escolar e reduzir a enraizada prevalência dos especialistas tradicionais ou instantâneos. Esta auscultação é crucial para o valor democrático da escola pública. Aliás, em 1986 fez-se uma audição alargada a propósito de uma Lei de Bases do Sistema Educativo (LBSE) que, apesar de tudo, ainda perdura.

Antes do mais, constate-se a erupção mediática de especialistas instantâneos em Professores. Uma procura pelo género leva-nos aos especialistas instantâneos do Público e da Gradiva (1996). Mas como os seis livrinhos versam Arte Moderna, Ciência, Economia, Música, Filosofia e Sexo, resta-nos o capítulo, “Porque faltam professores?”, da revista Visão (5 de Maio). Segundo o comentador Marques Mendes, é até um “documento oficial que permite finalmente falar da falta de professores” (SIC, 8 de Maio). Digamos que é uma espécie de 7ª dimensão para os especialistas instantâneos. Facilita-lhes a omissão do que se disse durante duas décadas e dispensa-os do jargão da tudologia: “não percebo nada disso, mas”.

O interessante artigo da Visão recorre a especialistas tradicionais e evidencia o seu descolamento da realidade: a presidente do CNE, Maria Brederode Santos, propõe o aumento do número de alunos por turma e o ex-ministro Marçal Grilo sugere o regresso da trágica bolsa de contratação de professores pelas escolas experimentada durante a “troika”.

Já um director escolar, Filinto Lima, com mais de 14 anos consecutivos nessa função (um privilégio que não é sequer concedido à presidência da nação), apela, e bem, à bondade das finanças. Também esteve no programa “É ou não é” da RTP1 (19 de Abril) com outra especialista tradicional, a ex-ministra Maria de Lurdes Rodrigues. Para além da célebre “não sei como chegámos aqui assim, não sei e não quero saber”, a ex-ministra dirigiu-se a esse dirigente – uma “classe” que criou – e sentenciou inspirando-se na secessão como arma da democracia e numa simbiose bélica, messiânica e surreal: “são os braços direitos do poder que resolverão a falta de professores”.

Mas o que o coro mediático especializado repetiu de mais nefasto nas últimas décadas, resume-se em 5 tópicos:

– As divagações à volta dos bons e dos maus professores, criaram um clima generalizado de exclusão. Desprezaram o exemplo das organizações bem sucedidas, que instituem políticas inclusivas duradouras ao nivelarem por cima os procedimentos, ao avaliarem o desempenho “olhos nos olhos” e ao reconverterem profissionais através de mecanismos civilizados;

– A proclamação de que os professores não podem chegar todos ao topo, instituiu um clima de fuga à profissão. Se o topo (10º escalão) já é o 57º dos 115 índices remuneratórios da administração pública, o topo realista (8º escalão), e uma vez que falta recuperar tempo de serviço, é o 45º e as quotas e vagas da avaliação travam milhares nos trigésimos lugares;

– A ideia menor de que os professores são parciais na definição dos destinos das escolas, empurrou o ambiente escolar para uma prevalência do senso comum e sufragou o inferno burocrático que testemunhou o clima de desconfiança e de desautorização dos professores;

– A supressão mediática da perda da capacidade de elevador social da escola pública –só 10% dos filhos de famílias pobres e com poucas qualificações chegam ao ensino superior” (9 de Maio, Banco de Portugal) -, demitiu a sociedade dessa responsabilidade democrática;

– A negação da história da escola pública na democracia, criou um clima de revolta contida. Insistir no absurdo de que os professores foram formados para leccionar apenas a bons alunos, nega a OCDE – “os professores portugueses são os melhores a adaptar as aulas às necessidades dos alunos” -, as lições de quem ensina a turmas numerosas e o facto dessa formação ter uma história de diversidade.

E regressando à ideia da audição dos peritos na realidade escolar para atenuar a falta de professores e as brutais desigualdades educativas, inscrevam-se mais duas questões:

1. Se a ideia de escola se deveu à necessidade de diferenciação em relação à família nos espaços para aprender e para socializar, e se após um século as sociedades não descobriram organizações substitutas, é insensato exigir da escola a totalidade educativa e desprezar que o saber escolar nuclear só progride num permanente ir e voltar entre a sala aula e a sua envolvência;

2. Se o completamente digital exige prudência porque tem sérias implicações na centralidade da sala de aula – os “gigantes da web que querem controlar, investem mais no ensino à distância do que na 5G, na telemedicina, nos drones e no comércio online generalizado” (Naomi Klein) -, cresce o receio com os efeitos da sobreposição do isolamento físico em relação ao gregário associados a uma via métrica e “pavloviana” formadora de capital humano em detrimento da humanização.

Convoque-se, portanto, um reinício consolidado nas ideias de simplificação e de inclusão. Ouçam-se os peritos, num modelo semelhante ao da LBSE, e busque-se o sucesso escolar de qualidade como reforço da classe média, e da consolidação democrática, assente na seguinte aspiração patrimonial e intemporal para os peritos na realidade: desconstrua-se definitivamente o raciocínio de que aprender é uma competição e eleve-se a ideia de que se quer aprender porque se é curioso e se quer saber mais.

 

Paulo Prudêncio

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