Segundo informação de hoje, existem 133 vagaspara o acesso ao 5º escalão e 195 para o 7º escalão para os docentes que apenas têm a classificação de Bom.
Se há assunto que puxa pela minha linguagem mais vernácula e o meu ódio mais profundo este é, manifestamente, um deles. Vou-me coibir, por ora e por decência e respeito pelo autor e frequentadores deste blog, de o manifestar…
Neste país de ladrões finórios, interesses, clientelismos, tráfico de influências…
– vejam lá se fazem alguma reforma, verdadeiramente estrutural, na justiça??? Quando um questão meramente laboral, e supostamente simples, se arrasta nos tribunais administrativos (função pública) 5, 6, 7, 8 e mais anos o que é que pode funcionar??? E ainda querem “descentralizar”, “regionalizar”, “municipalizar”??? deve ser para exponenciar as janelas de oportunidades aos muitos chico-espertos que proliferam por este “rectângulozinho” que nem 90 mil Km2 de área tem…
– vejam lá se fazem alguma reforma, verdadeiramente estrutural, nos sistemas de fiscalização/ sindicância/ vigilância (não há lei que não preveja – mas uma coisa é a letra da lei, outra devem ser todos os muitos espíritos das leis e outra ainda é a implementação de fiscalizações efectivas e correctivas) … ah… pois… e as muitas estruturas, entidades, organismos que proliferam mas não servem, objectivamente, para nada… mas custam dinheiro… basta começar nas muitas altas autoridades principescamente pagas mas inúteis na correcção do que quer que seja… que vá para tribunal e a partir daqui “reza a história”…
Dizem eles que os países mais desenvolvidos são países regionalizados… pois olham para o que querem e que lhes serve … nos países mais desenvolvidos os mentirosos demitem-se, os falsários são afastados, os tribunais funcionam, a corrupção combate-se, a fiscalização é bem mais efectiva… nos países mais desenvolvidos não andam a ROUBAR TEMPO DE SERVIÇO aos trabalhadores, nem a mudar as regras a meio do jogo, nem a alterar-lhes “para ontem” as condições da reforma, nem a partidarizar e fragilizar a administração pública…
A DGAE no apuramento de vagas solicita também o NÚMERO DE DOCENTES COLOCADOS ABRANGIDOS PELO N.º 2 DO ARTIGO 42.º DO DL N.º 132/2012, DE 27 DE JUNHO, NA REDAÇÃO EM VIGOR.
Já em Outubro de 2017 elaborei uma tabela com 897 docentes que estão nestas condições. Ainda faltam alguns que não consegui identificar, mas anunciou-se na altura que a norma travão de 2018 iria abranger cerca de 1200 docentes.
Assim, no apuramento de vagas para QZP (artigo 42.º) devem constar os candidatos indicados neste artigo.
O docente pode requerer a substituição de dois terços do tempo de serviço a que se refere o artigo 1.º em tempo para a aposentação sem penalizações no valor da pensão e aposentando-se no escalão da carreira docente onde se encontra à altura, desde que reúna, cumulativamente, as seguintes condições:
.Docente posicionado no 7.º escalão ou subsequentes;
O docente tenha idade igual ou superior a 60 anos;
O docente tenha, pelo menos, 36 anos de tempo de serviço contabilizados.
O requerimento pode ser submetido ao serviço responsável pelos reposicionamentos com a antecedência de 2 anos em relação à idade de 60 anos, ficando os docentes a aguardar a cumulação das condições referidas no ponto anterior e beneficiando, caso se aplique, do restante tempo de serviço para reposicionamento de escalão.
Os docentes referidos no ponto anterior são os que perfaçam 58 anos de idade até ao final do ano de 2023.
(Se lhes trocassem os 9 anos, 4 meses e 2 dias pelo tempo remanescente, seja ele muito menos ou não, estou certo que muitos aceitariam a proposta)
Os dados são referentes aos intervalos expostos nos gráficos mas dão a conhecer o verdadeiro envelhecimento da classe docente. A imprensa nacional não pega muito nestes dados, parece que não há interesse em divulga-los. Mas eles existem e estão acessíveis a todos. A classe docente está envelhecida e nos últimos anos esse envelhecimento disparou.
Este é só meio problema. Os professores que entram na carreira, também, já têm uma “certa idade” e em termos etários não renovam a classe. Está-se a saltar um importante factor em todas as classes profissionais, a passagem de testemunho. Os mais velhos não têm a quem passar o conhecimento adquirido e quando os “novos” chegarem terão de aprender sozinhos, pois os mais velhos ou já não estão, ou não terão “capacidade” de realizar tal passagem.
No futuro, Portugal, vai sofrer de falta de professores e os responsáveis não estão a planejar, a longo prazo, como gerir a oferta e a demanda destes profissionais. Preferem contar trocos…
O Ministério da Educação vai anular o polémico concurso para selecionar os delegados regionais para o Algarve, para o Alentejo e para o Centro. Quem o diz é o Ministério da Educação que, em resposta ao i, revela que “perante a impossibilidade de reunir o júri do concurso”, a tutela “entendeu que o procedimento se deveria extinguir”. A tutela não avança qualquer data específica para a abertura de um novo procedimento, dizendo apenas que será “a muito curto prazo”.
O concurso em causa tinha arrancado há mais de um ano, a 2 de fevereiro de 2017, e os cerca de dez candidatos a cada uma das delegações regionais tinham realizado uma entrevista pessoal em abril, que desta forma fica sem efeito.
O i contactou alguns dos candidatos ao concurso que disseram ainda não ter recebido qualquer informação sobre a decisão de extinção do concurso. Aliás, desde abril que os candidatos estavam sem saber o desfecho e o futuro do concurso, que desde então tem tido vários avanços e recuos, sendo que os três delegados que em 2015 foram selecionados de forma irregular se mantêm no cargo.
O concurso anterior foi anulado no final de 2015, quando a ex-ministra Margarida Mano estava aos comandos da 5 de Outubro, depois de os candidatos terem pedido a anulação dos resultados por alegado favorecimento. Na altura, o presidente do júri, que era também o diretor-geral da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares, partilhava casa com o ex-chefe de gabinete do secretário de Estado que tutelava essa área. O diretor-geral acabou por se demitir.
O processo de seleção só foi retomado em fevereiro de 2016 e já provocou outra baixa: Teodoro Roque, ex-presidente do juri e subdiretor-geral da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares. A saída resultou de um confronto entre Roque e a secretária de Estado Adjunta, Alexandra Leitão, sobre a escolha dos candidatos. O i sabe que a governante queria colocar no cargo candidatos da máquina partidária do PS, decisão à qual o presidente do júri se opunha.
Novos delegados para o Norte e para Lisboa e Vale do Tejo
O Ministério da Educação revela ainda que ao mesmo tempo que vai abrir concurso para os delegados do Centro, Algarve e Alentejo, vai arrancar também, “na mesma data”, o procedimento “autónomo” para selecionar novos dirigentes para o Norte e para Lisboa e Vale do Tejo.
Isto porque a tutela não renovou os mandatos – que terminaram a 14 de fevereiro – aos atuais delegados de Lisboa e Vale do Tejo e ao do Norte, alegando falta de cumprimento da lei. Fonte oficial do ministério diz que “os interessados [os delegados em funções] não deram cumprimento ao disposto do artigo 23.º do estatuto do pessoal dirigente”. Ou seja, a tutela alega que os delegados em funções não avisaram o ministério do fim do seu mandato com uma antecedência mínima de 90 dias e não terão enviado um relatório onde constam as atividades e os resultados conseguidos durante o período em que ocuparam o cargo, de forma a serem avaliados pela tutela e pelo diretor-geral dos estabelecimentos escolares. Mas o i sabe que, na última semana, o delegado do Norte, José Mesquita, pediu a todos os serviços que reunissem com urgência a documentação das medidas que adotou enquanto delegado, para que fosse alvo de avaliação.
Afastamento delegado do Alentejo
Já no final do mês passado o Ministério exonerou o delegado regional do Alentejo, Manuel Barroso, cuja nomeação foi anulada há um ano e nove meses, tendo-se mantido no cargo de forma ilegal.
Mas não foi esta a razão para o afastamento do ex-delegado regional. De acordo com a tutela o afastamento de Manuel Barroso – que aconteceu enquanto estava em Londres de férias autorizadas pela secretária de estado Adjunta Alexandra Leitão – resultou de “motivos de natureza gestionária”.
Em causa está o atraso de dois meses na contratação de auxiliares para a Escola Secundária André de Gouveia, em Évora, que acabou por ser encerrada em protesto na semana passada por falta de condições. De acordo com os relatos dos pais e de professores, esta escola, frequentada por 600 alunos do 10.º ao 12.º ano, conta apenas com dois funcionários, havendo casas de banho fechadas. A cantina não funciona e chove dentro do pavilhão gimnodesportivo.
O Ministério da Educação acabou por confirmar, já no final da semana passada, a reunião de negociação pré-agendada para o dia 28 de fevereiro, conforme tinha sido estabelecido na reunião ocorrida no dia 24 de janeiro. Mas, quanto a conteúdo, o que o Governo anuncia querer fazer é apenas apresentar para discussão um conjunto de dados que suportam os diferentes cenários a propor. Ou seja, uma vez mais, o Governo quer deixar passar esta ronda sem apresentar em cima da mesa nenhuma proposta concreta de calendário para cumprir a obrigação de recuperar todo o tempo de serviço congelado, como estava previsto na Declaração de Compromisso de 18 de novembro, e como o determina a Resolução n-1/2018, da Assembleia da República.
Para a FNE, é imprescindível que, estando resolvido pela Assembleia da República que a recuperação tem de ser de todo o tempo de serviço congelado, e estabelecendo a Declaração de Compromisso que esta terá de se iniciar em 2019, podendo prolongar-se até ao final da próxima Legislatura, o que falta fazer é determinar a forma de concretização do que já está estabelecido. E é nestes termos que a FNE entende que um dos princípios a observar é o de que o total a recuperar deverá ser igualmente distribuído pelos anos económicos de 2019 até 2023, ou seja por cinco anos, e que, no próximo ano todo e qualquer docente registe pelo menos uma mudança de escalão, quer por via da recuperação do tempo de serviço, quer por via do desenvolvimento normal da sua carreira. Seria inadmissível que, depois de todo o tempo em que viram a sua carreira congelada, tendo de aguardar por 2019 para iniciar esse processo de recuperação, este não fosse um ano em que cada um, na prática, sentisse o efeito deste procedimento.
Assim, a discussão tem de passar a centrar-se sobre os procedimentos concretos que têm de levar faseadamente à recuperação integral do tempo de serviço congelado.
Ora, com o anúncio deste conteúdo para a reunião do próximo dia 28 de fevereiro, com a ausência total de continuidade, quer da negociação da organização do tempo de trabalho para efeitos da distribuição do conteúdo das componentes letiva e não letiva, quer da definição de condições especiais de aposentação e de rejuvenescimento do corpo docente, aliado às propostas que se mantêm inaceitáveis para o reposicionamento dos docentes indevidamente retidos no índice 167, o que se concretiza é uma situação de indefinição e de adiamento de soluções para a concretização do compromisso de 18 de novembro de 2017.
Esta ausência de evolução faz crescer a desconfiança e o descontentamento entre os professores e só pode ter por consequência a confirmação de que é inultrapassável avançar com a greve no período de 13 a 16 de março, em articulação de todas as organizações sindicais de docentes.
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2018/02/comunicado-governo-continua-a-atrasar-negociacao-da-recuperacao-do-tempo-de-servico-congelado/
… vai levar sempre a um apuramento de mais vagas negativas que positivas.
Porque a aplicação considera o número de alunos, a carga letiva da disciplina e faz uma divisão pelo número máximo de alunos por turma para o apuramento final.
Mas no fim existe sempre a possibilidade de fazer esse cálculo manual e alterar a proposta que surge automaticamente.
Eu como gosto mais das minhas contas, evitarei, sempre que possível, este cálculo automático.
Com vista à realização dos concursos previstos no n.º 1 do artigo 6.º do Decreto–Lei n.º 132/2012,
de 27 de junho, na redação em vigor, encontra-se disponível no SIGRHE, no separador “Situação
Profissional”, o módulo Concurso Nacional 2018/2019>Vagas 2018/2019, com vista à recolha de
dados para apuramento de necessidades permanentes dos Agrupamentos de Escolas e Escolas não
Agrupadas (AE/ENA).
Para aceder à aplicação Apuramento de Vagas, a submissão do processo Recenseamento,
associado ao AE/ENA, deve estar concluído.
A plataforma para o apuramento de vagas 2018/2019 será disponibilizada a partir do dia 26 de fevereiro de 2018, pelo prazo de 5 dias úteis.
Trump diz que a única solução é armar os professores para que estes possam evitar massacres como o que ocorreu na Flórida. Aqui fica a página do diário de um professor quando essas medidas entrarem em vigor.
Já a semana passada aqui escrevi sobre o massacre na escola dos Estados Unidos da América. Fi-lo antes de Trump reagir e, por isso, achei por bem voltar a pegar no assunto agora que Trump diz que uma das medidas para impedir este tipo de situações é munir os professores de armas de fogo. Obviamente que sim. Faz todo o sentido. Tendo isso em consideração, decidi mostrar-vos um dia na vida de um desses professores:
8:30h – A caminho da escola, dei conta que não tinha trazido o material todo para dar as aulas. Esta minha cabeça está cada vez pior. Ando mesmo cansado. Lá tive de voltar para trás para ir buscar os acetatos, o esquadro e a metralhadora.
9:30h – Há um aluno novo na turma que é um refugiado sírio. Chama-se Usama e não tem lá muito bom aspecto o rapaz… Vou estar de olho bem atento que me parece daqueles que vêm para causar problemas.
10:30h – Ia marcar falta de material ao Usama, mas ele começou a ficar indignado a dizer que os pais não têm dinheiro para comprar o livro da disciplina. Nisto, mete a mão dentro da mochila e diz «Allahu Akbar» e eu saco da metralhadora e dou-lhe cinquenta tiros. Acertei quase todos e ele morreu. Fico contente com a minha pontaria, mas afinal ele tinha dito «Vou comprar quando a aula acabar.». É o que dá não aprenderem a falar a língua do nosso país como deve ser, depois geram-se mal-entendidos.
11:30h – Fiz um teste surpresa e a turma inteira ficou revoltada. Disse que se não fizessem o teste levariam falta colectiva e um tiro nas rótulas. Acalmaram logo e fizeram o teste.
13:00h – Na sala dos professores estivemos a discutir sobre quais as melhores formas para ensinar as crianças. Eu sou a favor da AK-47, mas tenho alguns colegas que preferem a M-16. Enfim, pessoas ainda presas ao antigamente que não evoluem as suas técnicas de ensino e depois se queixam que a culpa é dos alunos quando eles é que não os conseguem cativar.
14:30h – Toca o telemóvel na aula e é de uma aluna. Peço-lhe para desligar. Ela diz que não e começa a gritar comigo. Tiro-lhe o telemóvel à força e ela atira-se a mim. Felizmente, tinha a faca do Rambo comigo e consegui apaziguar logo o conflito ao espetar-lhe uma facada no baixo ventre. Meti o telemóvel no silêncio e continuámos a aula sem sobressalto.
15:30h – Os pais de um aluno vieram tirar satisfações comigo sobre o porquê do seu filho ter tido negativa no teste. Disse-lhes que tinha sido porque ele tem dificuldades de aprendizagem porque ficava-me mal dizer que é burro. Os pais gritaram, dizendo que a culpa era minha que não estimulava os alunos. Que lata! Saquei do revólver e acabei logo com a discussão com dois tiros na cabeça dos pais. Infelizmente, foi antes de eles assinarem a justificação das faltas do aluno e vou ter de o chumbar por faltas.
16:30h – Hoje foi dia de ser avaliado e tive nota máxima, especialmente devido à minha pontaria. Subi de escalão e fui aumentado em 2%, mas, mais importante, é que agora já posso fazer o upgrade de metralhadora para lança mísseis e assim, certamente, de que a qualidade do meu ensino irá melhorar.
18:30h – Com a excitação de ser a última hora, os alunos não paravam quietos e só faziam barulho, ignorando todos os meus avisos. Tive um esgotamento nervoso, saquei da metralhadora e foi tudo corrido a chumbo. A turma acabou por ficar sem nenhum aluno vivo. Por um lado, ainda bem, é da maneira que posso descansar a cabeça até Setembro.
Depois deste massacre, os governantes dirão que a única solução para evitar este tipo de situações, será armar todos os alunos com lança-chamas e granadas. Faz sentido.
Universo – Professores dos Agrupamento de Escolas e Escolas não Agrupadas Públicas e Privadas de Portugal.
Amostra – Aleatória e estratificada. A amostra contém um total 2348 inquéritos preenchidos.
Técnica – Os inquéritos foram enviados por correio eletrónico para todos os Agrupamentos de Escolas e Escolas não Agrupadas de Portugal e partilhado por várias salas de educação nas redes sociais e pelo blogue DeAr Lindo. O trabalho de recolha ocorreu entre o dia 5 de outubro de 2017 e 18 de novembro de 2017.
Responsabilidade do inquérito: Professor Alexandre Henriques, com o apoio da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP)
Conclusões:
Os professores optam preferencialmente por aulas práticas em detrimento das aulas cooperativas e expositivas.
Os professores consideram que na sua escola e na sua sala de aula há pouca indisciplina.
A frequência e a gravidade das ocorrências disciplinares, são proporcionalmente opostas: mais frequentes – menor gravidade; menos frequentes – maior gravidade.
Metade dos professores refere que gasta menos de 20% do tempo de aula com situações de indisciplina.
A grande maioria dos professores aponta os problemas familiares (económicos, afetivos, falta de acompanhamento parental, etc), a falta de valores morais e o desinteresse pela escola, como as principais causas para a indisciplina existente na sua escola.
As situações de indisciplina mais comuns na sala de aula são: a distração dos alunos; a interrupção com comentários desproporcionados; as brincadeiras/palhaçadas.
Os professores reagem preferencialmente a situações de indisciplina através da advertência calma, dialogando com os alunos de forma coletiva e/ou individual.
Os professores apontam como principais fatores para a redução da indisciplina escolar: uma maior responsabilização dos pais/encarregados de educação; redução do número de alunos por turma; aposta na formação parental.
Os professores são defensores da criação de gabinetes disciplinares e em cerca de metade das escolas dos inquiridos estes gabinetes já existem.
Os professores consideram que a direção da sua escola resolve as situações de indisciplina de forma proporcional à gravidade do ato.
As escolas básicas da Portela de Sintra e de Ouressa (Mem Martins) estão esta sexta-feira encerradas devido à greve do pessoal auxiliar, destinada a reclamar mais funcionários e manutenção na D. Pedro IV (Monte Abraão), informou fonte sindical.
O objetivo desta greve é o reforço de pessoal, a alteração da portaria de rácio, que não resolveu nada, e os graves problemas de manutenção e equipamento nestas escolas, que já foram comunicados à câmara e que não são resolvidos”, explicou à agência Lusa o sindicalista João Santos.
O Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas convocou para esta sexta-feira uma greve de trabalhadores não docentes das escolas básicas (EB) da Portela de Sintra, Ouressa e D. Pedro IV para protestar contra a falta de pessoal e degradação das escolas.
A escola está a funcionar com mais três elementos que puseram aqui para poder funcionar”, explicou João Santos, em relação à EB 2/3 D. Pedro IV, em Monte Abraão, estabelecimento de ensino que possui dois turnos com 600 alunos.
Segundo o sindicalista, as instalações possuem “casas de banho entupidas, vidros partidos forrados a papel, redes de proteção degradadas” e, do quadro de 24 funcionários, dois encontram-se de baixa prolongada e “cinco ou seis com limitações” de vária ordem.
O funcionamento durante a manhã foi assegurado através de “seis funcionários, com três externos à escola, que foram colocados para assegurar serviço”, mas João Santos admitiu que o estabelecimento poderá não ter condições para abrir durante a tarde.
Na EB1/JI [Jardim de Infância] da Portela de Sintra, na União de Freguesias de Sintra, o pessoal docente encontrava-se hoje de manhã no estabelecimento, mas as instalações estavam fechadas devido à greve do pessoal auxiliar, segundo fonte da escola.
De acordo com João Santos, “falta um porteiro, porque qualquer pessoa entra pela escola, uma vez que a auxiliar se está dentro das instalações não pode estar na portaria”, bem como é preciso fazer a manutenção no arvoredo e “uma intervenção no parque infantil”.
Um dia entrou um pai alcoolizado, que é violento, e estavam apenas duas auxiliares, podia ter havido um problema”, contou o sindicalista, reclamando mais pessoal para o estabelecimento do agrupamento de escolas Monte da Lua.
A EB1/JI de Ouressa, na freguesia de Algueirão-Mem Martins, também se encontra hoje fechada, devido à greve, confirmou uma fonte do agrupamento de escolas Ferreira de Castro.
“A porta de entrada tem um papel para não fechar. Se ela fechar depois não conseguem abrir, tem de ser alguém por fora”, relatou João Santos, acrescentando que também faltam auxiliares, porque “uma rescindiu e duas estão de atestado” e a contratação de uma funcionária não resolve a carência.
O sindicato remeteu à Câmara de Sintra um ofício dando conta dos problemas das três escolas, mas até agora não viu solução adequada às necessidades de cada estabelecimento.
Os trabalhadores não docentes das escolas básicas da Portela de Sintra, Ouressa e D. Pedro IV estão hoje em greve, contra a falta de funcionários e de manutenção, mas a Câmara de Sintra informou ter reforçado o pessoal auxiliar.
“A escola está a funcionar com metade do pessoal e, entretanto, meteram três pessoas do gabinete de segurança do Ministério da Educação, para garantir a vigilância nos pátios”, explicou à agência Lusa o delegado sindical da Escola Básica (EB) 2/3 D. Pedro IV, em Monte Abraão.
Segundo Carlos Santos, funcionário há 24 anos na escola da União de Freguesias de Massamá-Monte Abraão, cerca de metade dos 24 trabalhadores não docentes aderiu à greve convocada para hoje, pelo Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas.
A paralisação, nas EB1/JI [Jardim de Infância] da Portela de Sintra e de Ouressa (freguesia de Algueirão-Mem Martins) e na EB 2/3 D. Pedro IV, visa protestar contra a falta de pessoal e a degradação das instalações.
“Existe também falta de condições do edificado geral. Não temos manutenção, o Ministério da Educação faz pingue-pongue com a Câmara e a Câmara com o Ministério, e ninguém faz nada”, queixou-se Carlos Santos.
Se a manutenção é competência do Ministério, o recrutamento de pessoal cabe à Câmara, mas o funcionário considerou que “a portaria dos rácios é uma falácia, porque em cinco funcionários, dois estão de baixa prolongada, duas têm capacidade reduzida e pouco conseguem fazer”, assim como a contratada no centro de emprego.
“O objetivo desta greve é o reforço de pessoal, a alteração da portaria de rácio, que não resolveu nada, e os graves problemas de manutenção e equipamento nestas escolas”, salientou João Santos, do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas.
O sindicalista criticou que, numa escola com dois turnos de cerca de 600 alunos, existam “casas de banho entupidas, vidros partidos forrados a papel, redes de proteção degradadas”.
A greve não encerrou o estabelecimento do agrupamento de escolas Miguel Torga, mas fechou as portas das EB1/JI da Portela de Sintra, do agrupamento Monte da Lua, e de Ouressa, do agrupamento Ferreira de Castro.
Além da falta de pessoal, João Santos apontou a necessidade de manutenção dos recintos escolares, nestas duas escolas da responsabilidade da Câmara, incluindo do arvoredo do estabelecimento de ensino na União de Freguesias de Sintra.
Numa carta enviada na quinta-feira ao sindicato, a que a Lusa teve hoje acesso, a vereadora dos Recursos Humanos na Câmara de Sintra, Ana Duarte (PS), esclareceu que a contratação “obedece, a nível nacional, aos rácios de pessoal não docente que decorrem de portaria” com os cálculos para o efeito.
A autarca acrescentou que o município assegura “o integral cumprimento dos rácios em cada um dos agrupamentos de escolas de Sintra” e garante “a quase imediata substituição de trabalhadores que, por motivos diversos, cessam o contrato” com a autarquia.
“Existem, no corrente ano letivo, mais 47 assistentes operacionais em exercício de funções nas escolas do que na comparação com os números do ano letivo anterior”, notou.
Perante este quadro, Ana Duarte considerou “destituída de fundamento a convocação de uma greve que, ainda que legítima e no exercício de um direito inalienável dos trabalhadores, visa objetivos que o município antecipou, reforçando, em devido tempo, o número de assistentes operacionais”.
No Fórum TSF, Alexandra Leitão assegurou que há centenas de escolas a ser intervencionadas ou com obras previstas para este ano, mas sublinhou que “são obras de manutenção e de reparação que, não sendo obras de encher o olho, têm um impacto importante no aumento do conforto nas escolas.”
“Num universo de três mil estabelecimentos escolares, naturalmente haverá sempre problemas e estamos sempre a trabalhar para os melhorar. Estão 200 obras em curso com o Portugal 2020, houve 60 obras no ano passado e há previstas 130 para este ano. Além do mais, retomámos mais de uma dezena de obras da Parque Escolar que tinham ficado paradas em 2014”, acrescentou a governante.
O tema do Fórum TSF desta manhã partiu de uma denúncia da Associação Nacional de Dirigentes Escolares que alerta que há dezenas de escolas básicas do 2.º e 3.º ciclos, mas também algumas secundárias, a precisarem urgentemente de obras.
Uma denúncia que motivou uma reportagem da TSF em dois estabelecimentos de ensino do Agrupamento de Escolas da Portela e Moscavide. Sobre este agrupamento em particular, a secretária de Estado adjunta e da Educação garantiu que as obras vão arrancar ainda este ano e adiantou que “a secundária da Portela terá obras no valor de praticamente 100 mil euros em 2018. Está mapeada fora dos fundos comunitários.”
Questionada sobre o problema do amianto, Alexandra Leitão afirmou que “em todas as obras do Portugal 2020 que sejam em escolas onde ainda há amianto essa é a prioridade quando aprovamos o projeto. Destas cerca de 130 intervenções que temos previstas fora do Portugal 2020, onde ainda há amianto também é essa a prioridade”.
Mesmo que a maioria dos países europeus sofram de falta de professores ou esperem vir a sofrer no futuro, muitos não estão a planejar, a longo prazo, como gerir a oferta e a demanda de professores. Esta é uma das conclusões do relatório sobre as carreiras de ensino na Europa publicados pela Comissão Europeia, apresentando dados da rede Eurydice. Tibor Navracsics, Comissário para a Educação, Cultura, Juventude e Desporto, disse: “Os professores são cruciais para o futuro dos nossos filhos a Europa tem professores de classe mundial, mas o interesse na profissão está diminuindo, e a falta de pessoal está a atrasar a qualidade da educação. Por conseguinte, exorto os Estados-Membros a investir na carreira docente para a qual sejam atraídos os melhores candidatos, oferecendo prestígio e oportunidades, permitindo o crescimento profissional e desenvolvimento de recrutamento até à reforma. Este novo relatório diz-nos o que os países já estão a fazer, e o que mais eles poderiam fazer, para chegar a esse objetivo. A Comissão está pronta para apoiá-los “em maio de 2017, a Comissão adotou uma comunicação sobre ‘desenvolvimento escolar e ensino excelente para um grande começo na vida”, que propôs ações a nível da UE para apoio dos Estados-Membros em suas reformas educacionais Um dos objetivos traçados. é alcançar ensino e aprendizagem de excelência, garantindo que os professores e dirigentes escolares estão bem e a receber o apoio e reconhecimento que merecem. Ministros e intervenientes europeus, reunidos há apenas um mês, por ocasião da primeira Cimeira Europeia Educação, confirmaram que é essencial desenvolver uma agenda compartilhada para modernizar e melhorar o apoio da profissão docente.
E em muitos casos a previsão das progressões passa pela previsão de legislação que ainda não existe.
Tanto mais que algumas informações se contrariam umas às outras e é preciso declarar pela honra aquilo que nos dizem numa nota informativa que supostamente é diferente do que diz a legislação.
Foram colocados 317 docentes contratados na Reserva de Recrutamento 22 de acordo com a seguinte distribuição por grupo de recrutamento, duração do contrato e número de horas.
“A Guerra 14-18 também afetou as colónias em África. Um casal africano é separado pela Primeira Guerra Mundial.”
A última curta-metragem do tema Emoções, chama-se “Lien” e foi realizado pelos estudantes da Escola de Artes Supinfocom: Yancouba Dieme, Thomas Adam, Carole Cyrille e Julien Chanson. A história tem a capacidade de expor a crueldade e as perturbações provocadas por um cenário de guerra. Uma fantástica forma de refletir sobre todas as emoções vividas por quem está exposto a uma situação semelhante. Bom filme!
Publicitação das listas definitivas de Colocação, Não Colocação, Retirados e Lista de Colocação Administrativa dos Docentes de Carreira – 22ª Reserva de Recrutamento 2017/2018.
Aplicação da aceitação disponível das 0:00 horas de segunda-feira, dia 26 de fevereiro, até às 23:59 horas de terça-feira, dia 27 de fevereiro de 2018 (hora de Portugal continental).
Porque o verdadeiro défice é outro.