O problema da Educação

‘É verdade que temos muito boa educação na Constituição, no aperto de mão, quando acorremos a um irmão ou saudamos a procissão, se contestamos a perseguição e criticamos a delação. Mas infelizmente…’

 

 O problema da Educação

Antes de aqui chegar, tinha estado a conferenciar com alguns mestres e entendidos na matéria e pareceu-me observar uma espécie de acordo tácito quanto à necessidade de chegarmos a uma conclusão. As cabeças pensavam e depois abanavam, o que permitia deduzir que todos concordavam. Finalmente era verdade. Era verdade o que eu pensava, era verdade a verdade que eu achava ser a mais verdadeira de todas as verdades. Ora, saber que uma coisa é verdade é já um bom começo para um princípio de tarde.

Presumo que neste momento alguma curiosidade possa ter-se instalado nesta sala pois, como é natural, não servem as palavras para outra coisa senão para cumprirem esse destino fatal. Aguçar a curiosidade e, no contexto em que nos sentamos, desencadear a gula que é esse desejo insano de comer dez pães com marmelada como se isso não fosse nada. No caso presente não trataremos de pães nem de feijões, mas de opiniões. Tenhamos no entanto cuidado com as palavras, porque nem tudo está ao nosso serviço e por elas recebemos às vezes o aviso de alguém que não acha bem. Quem não acha bem acha mal e isso parece ser coisa natural.

Pois, pois, mas de que aviso se trata afinal?

Exactamente, tem toda a razão. Vamos lá então saber de que trata a dita coisa e se ela constitui o sinal de alguma coisa especial. Para responder com propriedade a Vossa Mercê, eu diria apenas que falar de aviso foi um processo de linguística geral que não tem nada de especial. Pode o caro cidadão dormir descansado que por esse lado não vem qualquer mal que possa importunar o santo Natal. Aliás o último sinal já tem dois mil anos e tal e toda a gente continua a considerar que ele constituiu um aviso essencial.

Vamos lá saber então de que trata o intróito. Até aqui tudo nos pareceu uma grande confusão e nós queríamos ouvir falar sobre o problema da educação.

Tem muita razão o Senhor Marquês e eu vou procurar falar em bom Português. Sou no entanto obrigado a avisar que tudo farei para manter os mistérios no seu lugar e não é sem emoção que juro solenemente e jurarei que usarei de toda a cautela para revelar hoje, em primeira-mão, a solução.

Muito bem, muito bem dizem os amigos que se encontram nos bastidores. Uma ou outra palma se ouve que ecoa por esta sala.

Muito e muito obrigado, fico muito contente, com este ambiente que começa a ficar deveras quente. Hoje viemos aqui, a estes altos lugares a que chamamos da Falperra, olhamos para um lado e viramos para outro, vemos duas cidades ao largo, a do berço e a do terço e… Ó divina inspiração que sobre nós desce e nos vai ajudar a resolver a equação! Não, não é para falar de união entre o que está aqui e o que está ali, para isso não serve a reunião. Viemos, sim, trazer-vos a solução para a vossa aflição, a solução, enfim, para o problema da educação.

Confesso que era minha intenção demorar um pouco mais nesta espécie de introdução. Esse tempo servir-me-ia, ó maravilha, para enganar esta azia que trago comigo e que me tem dificultado a digestão. Mas vamos à questão. A minha tese é esta e pode ser dita em poucas palavras:

O povo merece, mas não tem culpa do que acontece.

Quem tece e entretece não é o povo e já nem sequer é o polvo que esse anda lá na toca e está-se nas tintas, às vezes até choraminga, pois nem sempre consegue disfarçar o seu próprio ar. O problema é outro e desta vez é novo e redondo como um ovo. Perguntam-me se é da criação que venho falar? Não, caro Senhor, não é isso minha Senhora, Excelência por quem sois ou me tomais, eu vos juro, Senhor Embaixador, que o caso é muito mais.

Minhas senhoras e meus senhores, caríssimas autoridades, pecadores e outros doutores: todo o discurso tem uma parte que pretende submeter o ouvinte à boa arte. É conveniente também lembrar que a saborosa retórica, por mais doce que pareça, não se assemelha a um refresco de groselha e muito menos se aparenta com mexidos ou com enchidos.

O problema da educação é uma falsa questão. Ora aí está. Nos dias que correm, a malta está perfeitamente informada, tudo se sabe não falta nada e quando não é em português a educação existe, dá-se, mostra-se ou faz-se em inglês. Agora, cócegas toda a gente tem, gases também. O que é que falta então à nossa educação para que se possa dizer com orgulho que a nação está em franca evolução?

Eu cá para mim só deviam falar os da televisão. Eles é que sabem, os outros não. À beira deles eu sinto-me perdido, despido, esquecido. Não, não é por causa da imagem, é porque lá é que a coisa se dá. Aqui tudo é mentira, tudo parece uma avaria, um engano que o Senhor Deus se atreveu a magicar só para nos arreliar. E já é possível imaginar a primeira conclusão. Já todos adivinham, não é? É claro que é isso. Para resolver o problema da educação precisamos de muito mais televisão.

Vamos agora em directo para a segunda premissa que faz lembrar o que se ouve na missa e que é a seguinte:

Ele há muita realidade por esse mundo fora que além de não servir para nada estraga a juventude com ideais erradas acerca da verdade. Comecemos com um exemplo tirado da natureza. Vai uma vaca solta pelo monte, mú, mú, mú, aquilo são bifes ilegais que não respeitam os sinais e que fazem as suas necessidades sem observar a qualidade ambiental e a boa educação em geral. Come tudo quanto nasce da boa terra, engole todo o tipo de erva e quando chega o fiscal, o ruminante oferece-lhe uma cornada real. Se for do Barroso o animal, o dito fiscal vai mesmo parar ao hospital.

Com a passarada, a falta de respeito é exactamente igual, embora mais leve e manifestando-se através de outro canal. Como é possível andar a voar nestes tempos em que é essencial haver uma concentração total da nação em geral? Não, não é por causa do Natal, evitemos as confusões, é porque os pássaros são os grandes responsáveis do défice das exportações. O povo fica triste a vê-los voar. Então eles lá em cima voam quando querem, mudam de lugar, passam a vida a apanhar ar e nós é vê-los ir sem termos para onde fugir. Aliás, qualquer animal tem mais sorte do que nós. Um crocodilo até chora por engano sem ter de fazer o décimo segundo ano. Enfim, acredito mais depressa na cegonha do que no processo de Bolonha.

Outro aspecto muito importante desta profunda reforma que vai tornar Portugal um país sem igual é a necessidade absolutamente imperial da mudar a maneira de falar. Isto de cada um dizer o que quer e de se achar o rei do lugar vai ter de acabar. É necessário proibir as variações, as modulações e as reconstruções. A fala não é para estar à janela nem para a gente se servir dela. A fala é para a gente se calar e não há cá A nem meio A. Os bês são todos bês e os efes são todos iguais. Isto de uns falarem com b de gato outros com f de tripa ou z de espinafre não dá. Os tês são todos de panela e os vês são à moda de Vizela, de Penela, da Gandarela, de Vouzela e da Venezuela. Vamos comer todos pela mesma medida, se queremos uma Europa bem cozida.

Queremos também um país com velocidades automáticas e projectos originais para jantes especiais. Com ideias para todos, simpatia a rodos, juventudes em movimento, um Pirinéu para cada cidadão e um grande amor ao sentimento e ao parlamento.

O amor continua a ser respeitável e até obrigatório nos locais habituais, desde que haja duas partes iguais e o todo não ultrapasse a soma das partes. Nesse caso, o infractor estaria sujeito a uma coima d’amor que poderia custar muita dor. O ministério das relações bilaterais prevê um grande incremento no estudo das lágrimas, dos choques, das emoções, das vibrações e das ilusões, no sentido de encontrar o justo equilíbrio entre o deve, o haver, o receber e o perder.

O problema da educação resolve-se sem qualquer confusão. Há coisas que não custam nada e que podiam ser perfeitamente resolvidas à porrada. Não era preciso muito. Com umas galhetas por causa das tretas, já estaríamos muito mais adiantados. Ao mesmo tempo, oferecia-se um computador a quem quisesse ser doutor, uma volta na universidade e um fato no Cardoso da Saudade.

Quanto à imagem era preciso mudar a aragem. E é para já. Fica então proibido palitar os dentes de cima e os de baixo – exceptuam-se os que estão a abanar – arranhar o couro cabeludo, coçar todo o tipo de olho, franzir o sobrolho nas horas de expediente, cheirar o sovaco próprio ou do cliente em espaços com menos de 30 m2, fazer rodinhas de fumo, oferecer enchidos e outras peças fálicas sem estarem devidamente embaladas e analisadas, bem como comer à tripa forra ou a modinho tudo o que levar sangue além de vinho.

É necessário implementar novas áreas de estudo e de formação. O primeiro objectivo é controlar a comichão. De seguida, teremos de ensinar os jovens a não cuspir para o chão, para o ar ou para o lado e muito menos em andamento. Finalmente, e esta é a medida mais urgente para diminuir drasticamente os acidentes, vamos acabar com a aceleração geral que atravessa as estradas de Portugal, tornando obrigatório andar no conservatório para realizar estudos musicais e aprender a buzinar como deve ser.

Cremos ter chegado agora ao aspecto central da nossa comunicação. Quando é que os efeitos desta autêntica revolução no panorama da educação se vão começar a notar?

É verdade que temos muito boa educação na Constituição, no aperto de mão, quando acorremos a um irmão ou saudamos a procissão, se contestamos a perseguição e criticamos a delação. Também é verdade que me seria muito grato prometer-vos a solução disto tudo para antes do Entrudo. Mas infelizmente deverei ficar por aqui, deixando a resposta para uma outra ocasião; mesmo a terminar e antes de vos saudar, lamento informar que a solução para o problema da educação nunca fez parte desta lição que não pretendeu fazer mais lei do que uma fatia de bolo-rei.

In Vila Nova

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Lista Provisória do Concurso de Afetação dos docentes dos Quadros de Zona Pedagógica – 2022/23 | RAM

 

Lista Provisória do Concurso de Afetação dos docentes dos Quadros de Zona Pedagógica para selecção e recrutamento do pessoal docente da educação, dos ensinos básico e secundário e do pessoal docente especializado em educação ensino especial da Região Autónoma da Madeira, para o ano escolar de 2022/23.

Listas do concurso:

– Lista ordenada provisória de candidatos admitidos – 2022/07/04:

https://www.madeira.gov.pt/Portals/16/Documentos/Docente/Concurso/ListaProvAdmitidosAfetacao_20220704.pdf?ver=2021-06-29-145248-487

– Formulário de reclamação;

Os candidatos dispõem do prazo de cinco dias úteis para reclamar (ficheiro em anexo), a partir do dia seguinte ao da publicitação das listas, para verificarem todos os elementos constantes das mesma, ou seja , de 5 de julho ao dia 11 de julho de 2022, enviando a respectiva reclamação através do seguinte e-mail: gpd.regular@madeira.gov.pt

Relembramos que a Lista Definitiva e de Colocação está prevista para o dia 12 de agosto de 2022.

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Faltam professores, não faltam vagas para professores

 

No dia após o anúncio de não um, mas dois aeroportos, por parte do ministro Pedro Nuno Santos, pergunto-me que prioridades têm os governantes para o país. Para a educação e saúde, nunca há dinheiro; para tudo o resto, arranja-se sempre.

 

Faltam professores, não faltam vagas para professores

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Polígrafo: Sim, Costa condicionou recuperação do tempo de serviço dos professores às obras do IP3 que ainda não foram concluídas

Palavras para quê…

Sim, Costa condicionou recuperação do tempo de serviço dos professores às obras do IP3 que ainda não foram concluídas – Polígrafo

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Mais Uma Penalização, Ou Não, Para Quem é QA e Não Pode Concorrer à MPD

Os docentes QA/QE que se candidataram à Mobilidade Por Doença em 2021/2022 e agora por força do condicionalismo de não poderem concorrer para escolas a menos de 20km da sua escola de provimento terão um problema em 2022/2023, ou não.

Estes docentes, para além de estarem impedido de concorrer para essas escolas terão de regressar às suas escolas de provimento. No entanto, um docente impedido de concorrer à MPD em 2022/2023 só ficará na sua escola se houver componente letiva para si e não pode tirar o lugar a um docente que tenha ficado em Mobilidade Interna no ano letivo passado, visto que a colocação na Mobilidade Interna vigora até ao concurso interno seguinte, enquanto existir lugar.

Assim, pode ser um problema para este docente não ter componente letiva na sua escola e estar obrigado a concorrer à Mobilidade Interna. Por outro lado esta pode ser uma vantagem, visto que este docente QA/QE concorre em 1.ª prioridade na Mobilidade Interna e terá mais possibilidade de obter colocação numa escola da sua preferência.

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Baby P – João André Costa

 

Deixar enfermagem e regressar ao ensino não foi apenas uma fuga para a frente mas também o fugir da morte e sofrimento inerentes à saúde.
Convenhamos, uma escola não é um hospital e, por conseguinte, na escola não se morre.
Aliás, na escola em Portugal pode acontecer de tudo e mais alguma coisa, e acontece, mas não se morre.
Ou assim pensava na minha inocência.
Chegar a Inglaterra em 2007 foi chegar a uma nação a lidar com a recente morte de “baby P”, de seu nome Peter Connelly.
Peter morrera em Haringey, Londres, aos 17 meses de idade vítima de 8 meses de agressões contínuas às mãos da sua mãe, do seu parceiro e do irmão deste.
Apesar de repetidas hospitalizações e da intervenção dos serviços sociais, a não partilha de informações entre as várias entidades levou sempre ao retorno de Peter para a mãe que em última instância lhe causaria a morte.
A perda inadmissível de Peter Connelly levou à criação de várias comissões de inquérito com a demissão final da chefia dos serviços sociais de Haringey.
E se a condenação e encarceramento dos agressores foi igualmente célere, nada do que façamos trará Peter de volta.
Diante do luto irreparável, restou-nos a aprendizagem e como professores temos uma posição privilegiada através do contacto diário com as crianças que são os nossos alunos.
Conclusão: na escola também se morre e a realidade em Portugal está infelizmente bem presente depois da morte da pequena Jéssica, vítima inocente num mundo onde a miséria e a ignorância estão cada vez mais presentes.
E sim, é preciso sublinhar: numa sociedade construída em função de relações de poder, as crianças estão ainda mais vulneráveis, nunca sendo demais apelar aos professores para a importância do seu papel como cuidadores e protectores, tantas vezes a última linha antes que seja tarde.
Sim, dependemos todos uns dos outros e nunca como agora foi tão importante a partilha de informações em tudo o que à criança diz respeito.
Se o aluno chega à escola com uma nódoa negra é preciso perceber porquê. Se o aluno está retraído, triste e reticente, é preciso perceber porquê. Se o aluno não vem à escola é preciso perceber porquê. O aluno tem fome? E os cuidados de higiene? O aluno tem roupa adequada para se vestir? Os pais têm emprego? Qual o agregado familiar e qual a história da família? Quais as companhias do aluno dentro e fora da escola? Há bullying online? Quão activo está o aluno nas redes e qual a sua pegada digital?
É preciso perguntar, telefonar, falar com o aluno individualmente, falar com os amigos, ligar para casa se não há um perigo imediato para a criança e fazer a ponte com a polícia e os serviços sociais sempre que preciso.
Porque somos todos responsáveis pelo bem-estar dos nossos alunos. Porque antes do “baby P” já Victoria Climbié havia perdido a vida aos 8 anos às mãos da sua tia diante da inoperância das autoridades e depois de “baby P” ainda assistimos à perda de Tia Sharp aos 12 anos de idade, vítima de repetidos abusos sexuais e físicos da parte do parceiro da avó.
E reclamar por mais apoios sociais agora que tempos (ainda mais) difíceis se adivinham e quem fica a perder é sempre quem menos tem e menos pode.
E reclamar, ainda mais, por mais apoio para a escola pública quando a prevenção é sempre preferível agora que os resultados estão à vista de todos.

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41 mil horas extras de estudo

Professores asseguraram um total de 36.397 tempos suplementares, e os técnicos 5.388.

O agradecimento por esta dedicação  foi o mesmo de sempre…

Plano pós-pandemia das escolas envolveu 41 mil horas extras de estudo


O Plano 21/23 Escola+, para recuperação das aprendizagens perdidas durante a pandemia de Covid-19, significou 41 785 horas suplementares de estudo nas diversas ações implementadas pelas escolas desde 2021. De acordo com o segundo relatório de monitorização do plano, 36 397 tempos suplementares foram garantidos por professores e 5388 por técnicos.

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5 ideias singelas para a avaliação e mudança das CPCJ – Luís S. Braga

5 ideias singelas para a avaliação e mudança das CPCJ.:

1. Mudar a lei no capítulo que obriga ao consentimento dos pais para intervenção das CPCJ. Faz sentido pedir consentimento a quem suscita dúvidas sobre o cumprimento dos seus deveres? Porventura, o fisco pede consentimento ao contribuinte para auditar contas?

2. Criar critérios mais objetivos para escolha dos membros das Comissões (na educação, por exemplo, talvez as CPCJ não devam ser alternativa à mobilidade por doença, como ainda há dias aconteceu numa próxima de mim e sei que acontece em muitas).

3. Mudar o lugar das CPCJ no contexto da administração pública. Em vez de um organismo com lugar confuso e estatuto difuso (baseado no lirismo da “parceria” e outras ideias poéticas e pouco operativas) criar um instituto público nacional autónomo com recursos e meios (o serviço de proteção de crianças e jovens). A regionalizar quando essa reforma chegar. A base municipal, de parceria e comunidade são ideias giras mas não estão a funcionar.

4. Desmunicipalizar as comissões e integrar processos, com informática a sério e numa gestão baseada no acompanhamento em qualquer ponto do território, evitando as falhas de quando há mudanças entre concelhos.

5. Dar poder mais coativo às comissões, recuperando para o seu presidente o conceito de magistrado administrativo. Ou criando mecanismos mais eficazes de coordenação de ação com os tribunais (as comissões têm de ser contactáveis 24 horas e não só no horário de uma secretaria e a chegada das quaetoes ao tribunal tem ser à velocidade dos casos juidicias em que há arguido preso).

Escusado será dizer que estas opiniões dum parolo de Viana, mesmo com 25 anos de experiência, nunca passarão de um lamento numa rede social.

Os “parceiros” instalados das comissões, em que “bom clima de parceria” é mais importante que a dialética, que faz mudar, ainda dirão que isto tudo é reaccionário.

 

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Taxas de retenção e de abandono no ensino básico voltam a níveis anteriores à pandemia

Depois da queda a pique em 2019/20, indicadores sobem pela primeira vez em oito anos. O 12.º ano é o único em que há uma diminuição dos “chumbos”, resultado das regras dos exames.

Taxas de retenção e de abandono no ensino básico voltam a níveis anteriores à pandemia

As taxas de retenção e abandono subiram em todos os níveis de ensino, à excepção do 12.º ano, em 2020/21. É a primeira vez em oito anos que estes valores sobem, mas a percentagem de alunos que não concluíram o ano está em linha com o que verificava antes da pandemia de covid-19 e consegue manter a tendência positiva que vinha de trás.

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Educação: Processo Errático em Curso…

 (Por favor, não perturbar, que planear erros dá muito trabalho e exige concentração)

 Como se de um filme surrealista se tratasse, repleto de cenas nonsense, os “bem iluminados”, patrocinados pelo Ministério da Educação, continuarão a atulhar as escolas com projectos e programas irrealistas e artificiais, concebidos à luz de enquadramentos teóricos impossíveis de concretizar nas condições existentes e com efeitos práticos muito questionáveis e duvidosos…

A auto-flagelação, os episódios folclóricos e a demagogia na Educação parecem agigantar-se…

A camarilha de bajuladores do regime, incapaz de contrariar qualquer ordem ou decisão emanada pelos doutos superiores, por mais absurda ou insensata que a mesma seja, parece acreditar piamente nas políticas educativas dos seus idolatrados…

Ou, então, genuinamente não acredita e o seu seguidismo limita-se a adular qualquer um que lhe possa ser útil, com o objectivo de poder obter vantagens, benefícios ou reconhecimentos…

 Pelos efeitos que já se fazem sentir, prevê-se um Ano Lectivo de 2022/2023 verdadeiramente esquizofrénico, insano e delirante…

Os prodigiosos exercícios de imaginação e de criatividade, de quem não conhece a realidade, nem faz a menor ideia do que é o dia-a-dia numa escola, já estão bem presentes e parece que vieram para perdurar…

Teremos, certamente, as escolas a funcionar à imagem do País:

País, onde o 1º Ministro, aparentemente desconhecedor das intenções e dos propósitos dos seus protegidos, demite um Ministro e, passadas poucas horas, revoga essa decisão, com uma enorme desfaçatez, apresentando argumentos pueris e esfarrapados para justificar a readmissão do Titular da Pasta das Infraestruturas e Habitação.

E tudo isso com uma maioria absoluta na Assembleia da República e sem os entraves inultrapassáveis de eventuais pressões políticas por parte da Oposição;

– País, onde o Ministro readmitido convoca uma Conferência de Imprensa, prestando-se ao papel de “l´enfant terrible”, muito arrependido dos actos que praticou, penitenciando-se publicamente pelos mesmos, de uma forma patética e risível;

– País, onde um ex-Primeiro Ministro, acusado de graves crimes económico-financeiros, sempre muito petulante e ufano, continua a passear-se impunemente por aí, aparecendo frequentemente na Comunicação Social a vitimizar-se, a destilar veneno contra todos aqueles que “não vão na sua cantiga” e a proferir ameaças contra tudo e contra todos, com o maior dos desplantes.

Ex-Primeiro Ministro, esse, que se afirma como inocente e vítima de uma conspiração, como se fosse um “mártir” do Ministério Público, mas que faz uso de todos os expedientes legais, na tentativa desesperada de adiar o mais possível a sua ida a Julgamento.

Os contribuintes, esses, continuarão, ainda, por muitos anos, a pagar todos os seus desvarios governativos e que conduziram à bancarrota do País, enquanto ele parece continuar a viver faustosamente, sem qualquer limitação económica;

– País, onde grande parte das directrizes emanadas pelo Ministério da Educação parecem pautar-se pelo desnorte e/ou pela incompetência, lamentavelmente, com consequências tangíveis e prejudiciais para muitos, desde os profissionais de Educação até aos Alunos;

– País, onde a Saúde, a Educação e a Justiça parecem estar prestes a ser implodidas pela própria Tutela;

– País, dominado pelos apparatchiks, disseminados por todo o lado, sempre muito submissos, acríticos e prontos para qualquer frete político…

Em resumo, País onde os “maus comportamentos” costumam ser premiados e recompensados e onde alguns agem com o sentimento de total impunidade, parecendo que tudo podem, como se fossem intocáveis ou estivessem acima de qualquer crítica, suspeita ou sanção…

Perante cidadãos submissos, silenciosos e muito tolerantes face ao Poder Político, o conceito de Ética tende a tornar-se muito flexível, difuso e relativo, dependente daquilo que possa dar mais jeito num determinado momento… 

A Ética, enquanto código de conduta, não pode ser isso, por não poder sujeitar-se à manipulação, nem às interpretações subjectivas…

E tudo o anterior acabará também por ter reflexo em muitas escolas…

O próximo Ano Lectivo promete muitas operações de cosmética, muita ficção científica e adereços cinematográficos, com destaque previsível para abundantes e variados efeitos especiais…

Obviamente, acompanhados pelo dispêndio de muitas horas de trabalho insano e infrutífero…

Nas escolas não é possível esquecer os erros do passado, pois que se tropeça nas suas consequências todos os dias, mas, e por absurdo que possa parecer, já se começaram a planear os erros do futuro…

O presente ano lectivo ainda não está concluído, mas nas escolas já há um novo Processo Errático em Curso… E a naupatia agrava-se com a preparação do próximo ano…

(Matilde)

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A radiografia do setor da Educação

O setor da Educação é um dos que foram mais afetados pelos impactos das medidas tomadas na pandemia. Entre confinamentos e isolamentos, fechos de escolas e ensino a distância, há uma geração de crianças e jovens fortemente penalizada no seu percurso educativo. Mas, importa começar por perguntar, qual é que é a medida deste prejuízo?

A radiografia

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Ensino obrigatório dos 0 aos 3 anos chumbado

Os projetos de lei e de resolução de alteração da lei de bases do sistema educativo, pela inclusão no ensino obrigatório das crianças entre os zero e os 3 anos, debatidos na Assembleia da República, foram todos chumbados.

Crianças dos 0 aos 3 anos no ensino obrigatório. Projetos chumbados na AR

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Educação inclusiva é uma reforma estrutural da educação

Educação inclusiva é uma reforma estrutural da educação

Para João Costa, esta mudança faz com que todos os alunos tenham «um lugar na sala de aula», sendo o currículo o principal instrumento para a inclusão:
«Cada um de nós tem capacidade para aprender. Nenhum de nós tem o direito de dizer que alguns de nós não aprendem», afirmou.
O Ministro disse que esta mudança trouxe também vantagens para os alunos que não estão identificados como tendo necessidades especificas e que passaram a crescer e ter contacto com os outros. Disse ainda que, dentro de alguns anos, será preciso fazer uma avaliação do que está a acontecer no terreno.

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Projeto de Calendário Escolar 2022/2023 e 2023/2024

Porque à data de hoje ainda não foi publicado o Despacho do Calendário Escolar para 2022/2023 e 2023/2024 e porque começa a ser urgente planear o próximo ano letivo deixo aqui a versão que estava em auscultação e que é apenas um projeto.

 

Download do documento (PDF, Unknown)

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6.ª Feira

6ª Feira – O Meu Quintal

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Plataforma Relevo

 

 

A Associação Nacional dos Professores Contratados (ANVPC) disponibiliza em www.relevo.org a RELEVO® – Comunidade Nacional de Boas Práticas Educativas, uma plataforma para disseminação de boas práticas educativas desenvolvidas desde a educação pré-escolar ao ensino secundário, por alunos, professores, diretores, pais e encarregados de educação e demais profissionais de educação e parceiros educativos.

Tendo entre os seus objetivos a criação de comunidades de partilha e de aprendizagem ou o estímulo do intercâmbio de ideias e de experiências inovadoras, a plataforma RELEVO® propõe-se divulgar projetos e atividades nas categorias da solidariedade, inclusão, sustentabilidade, cidadania, empreendedorismo, humanismo, entre outras, consentâneos com os princípios e valores definidos no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

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Alunos do Primeiro Ciclo não devolvem livros escolares

Foi aprovado o decreto-lei que altera medidas aplicáveis no âmbito da pandemia da doença Covid-19, sendo de destacar:
– criação de um regime excecional que permite que, no ano letivo 2021-2022, os alunos do 1.º ciclo do ensino básico não tenham de devolver os manuais escolares no final do ano letivo, devendo a sua devolução ocorrer no ano letivo seguinte.

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Impossibilidades

Pede a DGAE que se determine a capacidade de acolhimento de docentes em mobilidade por doença, por grupo de recrutamento, até ao dia 8 de julho.

As matrículas dos alunos do 2.º ao 7.º ano decorrem entre os dias 9 e 19 julho.

Pelo que, é impossível determinar com rigor o número de turmas que as escolas poderão ter para 2022/2023 e por conseguinte determinar qualquer necessidade de acolhimento ou até mesmo necessidades permanentes para o próximo ano letivo, até ao fim do prazo das matrículas.

A não ser que seja por aproximação.

 

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Mobilidade de docentes por motivo de doença Determinação da capacidade de acolhimento

Saiu a Nota Informativa sobre a  determinação da capacidade de acolhimento para os docentes em Mobilidade Por Doença (MPD).

1. Determinação da capacidade de acolhimento

1.1 O número de docentes a acolher deve ser calculado com base no total de docentes providos no AE/ENA (QA/QE), valor determinado a partir dos dados apurados no procedimento “Recenseamento 2022”.
1.2. O número total a indicar deve corresponder, no mínimo, a 10% do contingente referido no ponto anterior.
1.3. O número total de docentes a acolher deve ser distribuído e indicado à DGAE por grupo de recrutamento.
1.4. Para a distribuiçãodo número total anteriormente referido, deve ser dada prioridade aos grupos de recrutamento em que exista horário sem titular, completo ou incompleto com pelo menos seis horas de componente letiva, com turma ou grupo de alunos durante o período de lecionação de disciplina ou área curricular não disciplinar.
1.5. Sempre que a capacidade de acolhimento apurada nos termos do número anterior resultar num valor inferior a 10 % da dotação global do quadro de pessoal docente do AE/ENA, o diretor fixa o número de docentes a acolher por grupo de recrutamento, ouvido o conselho pedagógico, até perfazer a referida percentagem, considerando outras necessidades e prioridades no âmbito do Projeto Educativo do AE/ENA.
1.6. Nas situações em que existam horáriossem titular, completos ou incompletos com pelo menos seis horas de componente letiva, em número total superior a 10 % da dotação global do quadro de pessoal docente do AE/ENA, o diretor, ouvido o conselho pedagógico, pode indicar à DGAE, uma capacidade de acolhimento superior a 10 %.

 

2. Limites na determinação da capacidade de acolhimento

2.1. A mobilidade por motivo de doença não pode originar insuficiência ou inexistência de componente letiva dos docentes do quadro do agrupamento de escola ou da escola não agrupada de destino.
2.2. A mobilidade por motivo de doença não pode originar insuficiência ou inexistência de componente letiva dos docentes de Quadro de Zona Pedagógica colocados no âmbito do concurso de Mobilidade Interna 2021/2022 nos termos previstos no artigo 28.o do Decreto-Lei 132/2012, de 27 de junho, na redação em vigor, uma vez que se impõe o respeito pelo disposto no n.o 4 do referido artigo, considerando a regra da continuidade pedagógica.

 

3. Distribuição de serviço

Os docentes colocados ao abrigo do presente Decreto-Lei n.o 41/2022, devem ser considerados na
distribuição de serviço, aquando da determinação das necessidades a declarar no âmbito do
procedimento de preenchimento de necessidades temporárias.

4. Calendarização

Prevê-se a disponibilização da funcionalidade no SIGRHE, pelo período de 4 dias úteis, do dia 05 ao dia
08 de julho de 2022.

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Lista de docentes com concessão autorizada de Equiparação a Bolseiro – Ano Escolar 2022/2023

 

Listagem dos docentes a quem foi autorizada Equiparação a Bolseiro para o ano escolar de 2022/2023.

Lista Nominal de Equiparação a Bolseiro para o ano escolar de 2022/2023

 

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Lista de docentes com concessão autorizada de Equiparação a Bolseiro

Lista de docentes com concessão autorizada de Equiparação a Bolseiro – Ano Escolar 2022/2023

 

 

Listagem dos docentes a quem foi autorizada Equiparação a Bolseiro para o ano escolar de 2022/2023.

Lista Nominal de Equiparação a Bolseiro para o ano escolar de 2022/2023

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O SNS já rebentou, segue-se a Educação

 

O SNS já rebentou, segue-se a Educação

Dois terços das crianças do 2.º ano erraram ou nem sequer conseguiram responder ao que lhes perguntavam. Até podem saber juntar as letras e ver ali palavras, mas pouco entendem do que estão a ler e as dificuldades que têm para se exprimir por escrito são dramáticas. É apenas a ponta de um imensamente destrutivo icebergue, que representa (também) os estragos de dois anos de covid numa área fundamental para o futuro do país. E que nem toda a boa vontade dos professores pôde impedir, entre escolhos antigos e a flagrante falta de meios para tentar evitar novo naufrágio: os computadores que ainda vão chegar, a internet que não é certa, o desprezo a que quem ensina foi votado por um governo que ainda finge acreditar que atribuir mais uns milhões no orçamento (que nunca chegam) resolve problemas. Mas poucochinhos, que as contas têm de se manter certas e os tempos não estão para brincar, como ainda ontem avisou Christine Lagarde.

Nas escolas, tenta-se remediar o que se vai mantendo miraculosamente de pé, mas a Educação continuará para lá de remédio possível enquanto a solução passar por meros remendos de ocasião, sem visão, sem plano de fundo, sem estratégia para recuperar um ensino público esgotado e anacrónico.

Repito, a responsabilidade não é dos professores, a quem tantas vezes é apontado o dedo pelas falhas que tentam constantemente contornar e ultrapassar. Mas a degradação que já vinha acontecendo, fruto do desinvestimento de quem julga que ter uma escola pública é um bem imutável, acelerou a fundo. E cavou muito mais fundo o fosso entre os que têm – dinheiro, acesso, suporte, apoio, cultura, estrutura – e os que não têm.

O ensino das cada vez mais raras crianças em Portugal foi perdendo exigência e meios a cada mudança bianual, sem que alguma vez se medisse os resultados do que se foi (des)fazendo. Os professores foram abandonados à sua sorte com incompreensíveis programas curriculares ao colo e uma quantidade de tarefas burocráticas a cargo, que nada têm que ver com educação. A avaliação tornou-se opressiva – para alunos e para professores – e proscrita. Uma negativa deixou de ser sinal de que era preciso investir no aluno para se tornar estigma de professor incompetente; e chumbar é tarefa impossível exceto quando se entra em braço-de-ferro por causa da Educação Cívica.

No atual sistema, é mais importante passar aos alunos a ideia de que a Biologia não é uma ciência do que perceber (e resolver) porque há ainda tantas crianças e adolescentes que não entendem o que leem, que não sabem filtrar, relacionar ou interpretar a informação que lhes despejam em cima sem preocupação de quanto é verdadeiramente aprendido, não decorado.

O pré-escolar tornou-se obrigatório, como a educação física e a artística e os psicólogos escolares, mas raras vezes qualquer deles é mais do que uma anedota contada a quem pergunta o que se faz nessas horas letivas, que somam mais umas notas à pauta (que já não se pode afixar para proteger os dados e os sentimentos dos meninos e das respetivas famílias).

Perante o desastre iminente, qual é a maior preocupação do governo? Acabar com a balda dos professores que fingem estar doentes só para não serem colocados a 200 km de casa – mas para esses aldrabões os dias estão contados, graças às novas regras de mobilidade. Isso sim, uma medida urgente, por oposição à ordem, à lógica e à justiça que nunca chegaram às colocações. Isso sim, muito mais relevante do que garantir que, mais do que livros de graça só para quem está no público, há ensino de qualidade e adaptado à era digital. Isso sim, verdadeiramente relevante, quando comparado com garantir condições para as nossas crianças terem de facto acesso a atividades desportivas, culturais, artísticas de qualidade. E apoio na medida em que dele necessitem.

Só falta mesmo ouvirmos ao ministro algo semelhante ao que escutámos, em plena pandemia, à colega que tutela a Saúde: nisto da Educação, é preciso é resiliência. Depois de o colapso do SNS ter sido desvalorizado como “um problema específico das urgências obstétricas”, ainda vão tentar convencer-nos que a destruição na educação foi só um professor com uma crise de soluços.

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Por um calendário letivo igual para todos os ciclos de ensino

 

Exmo. Sr. Ministro da Educação,

Os alunos da Educação Pré-escolar e do 1° Ciclo do Ensino Básico, são os mais jovens do sistema de ensino. Apesar da sua pouca idade, crianças entre os três e os nove anos, são precisamente estes alunos que maior número de horas permanecem nas Escolas e Jardins de Infância durante todo o ano letivo, em atividades que os escolarizam, com reduzido tempo para viverem e crescerem de forma lúdica, adquirindo competências motoras, sociais, mentais e culturais.
A Escola oferece formação académica, mas não pode nem deve ser a única realidade a quem crianças destas idades estejam entregues.
Pedagogos, psiquiatras, especialistas de várias áreas, há anos vêm alertando para os perigos da falta de tempo livre em idades tão jovens.
Também os professores e educadores destes níveis de ensino se encontram numa situação de extrema sobrecarga de horas de trabalho ao longo de todo o ano escolar. Em virtude da sua qualidade de monodocentes, únicos docentes de uma turma, e vêm impossibilitada a hipótese de terem tempos não letivos para o desempenho de outras importantes tarefas da sua vida profissional, acabando por muitas vezes ter de trabalhar no limite das suas forças.
Perante isto, não é compreensível que sejam precisamente estes alunos e docentes a ver prolongado em duas semanas, o seu calendário letivo. É discriminatório, não se compreende o objetivo desta diferença e é ainda perturbador da vida das famílias e das escolas.
Pretendem os signatários desta petição a revogação desta medida, passando todos os alunos (obviamente não incluindo aqueles que se encontram em anos de exames nacionais) a ter a mesma data de fim de ano letivo.

 

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Prazo para extração de relatórios médicos prolongado por mais um dia

 

Mobilidade por doença – Prazo para extração de relatórios médicos prolongado por mais um dia

 

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O que será dos professores em mobilidade?

Governo prepara alterações legislativas já para o próximo ano letivo. Há professores que deixam de poder usufruir do regime de mobilidade e a quem não restará outra alternativa a não ser “meter baixa”.

O que será dos professores em mobilidade?

 

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