Demonstração da Relatividade das Classificações Finais Obtidas Pela Aplicação de Qualquer Fórmula

Mais um exemplo que me chegou para publicação no blog.

A primeira coluna faz os cálculos sem a conversão da graduação profissional numa escala de 0 a 20 valores. A segunda coluna utiliza a fórmula da BCE 1 e a última a fórmula usada na BCE2.

O Francisco Marques tira a seguinte conclusão: “Qualquer fórmula que se tente aplicar vai criar sempre injustiças. O que faz sentido de vez é eliminar completamente os subcritérios”

 

 

 

Gostava que fizesse um post com este anexo que lhe estou a enviar para se perceber bem como qualquer fórmula que se encontre para resolver o problema será sempre injusta e pode valorizar imenso coisas que não deverão nunca ter esse valor.
Nos exemplos que dou vê-se que a valorização de 25 horas de formação pode ser superior a 5 anos de tempo de serviço. Fará sentido?

Vê-se que na BCE 2 a posição de qualquer candidato é sempre relativa face à GP do melhor candidato dessa escola. Será correto? Etc, etc, etc…

 

Francisco Marques

 

Erro de qualquer fórmula_Página_1 Erro de qualquer fórmula_Página_2

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31 comentários

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  1. Estas diferenças dentro do mesmo grupo de recrutamento não tem
    impacto nenhum, pois a graduação máxima escolhida para referência de
    20val é igual para todos os candidatos, ninguém ultrapassa ninguém. Só
    poderão existir diferenças quando um grande grupo de docentes concorre a
    dois grupos de recrutamento (EX: 300 e 330), em que num a graduação
    máxima de referência é muito maior que a do outro, aí os mesmos
    professores poderão ter ligeiras diferenças de um grupo para outro.

    Na minha opinião essas diferenças são mínimas.

    Outra conclusão que tiro é que, num grupo de recrutamento em que a graduação
    máxima de referência é muito elevada (30 val e mais), isso faz com que o peso da
    Graduação Profissional no conjunto da fórmula, tenha um peso menor para
    os restantes docentes com graduação inferior, comparado com o peso dos
    critérios, que, em termos relativos, é sempre fixo.

      • anonimo idem on 5 de Outubro de 2014 at 16:18
      • Responder

      Ninguém ultrapassa ninguém?
      Mas você é burro ou faz-se?

      1. Burro és tu.

          • Zé Manel on 5 de Outubro de 2014 at 19:10

          Tens razão, nem burro és…pois até um burro percebe o que aqui foi mostrado.

      2. Só podes fazer comparações dentro do mesmo grupo e aí a graduação profissional máxima é igual para todos.

      3. Além disso, BURRO, se reparaste no doc exposto, as melhores graduações profissionais de referência nos vários exemplos são sempre diferentes

      4. Sem esquecer que, de escola para escola, além da graduação prof máxima, tb variam os critérios e o peso de cada um, daí que não possas tirar conclusões e afirmar que uma diferença na lista se deve unicamente a um fator.

      5. A única “injustiça” que aqui está é a que referi no último parágrafo, no caso de pertenceres a um grupo, que numa dada escola, tem uma graduação profissional máxima muito elevada, o peso da graduação profissional para OS RESTANTES PROFESSORES (não para o primeiro que tem 20) vai ser inferior.

        Agora, dentro de um grupo de recrutamento, numa dada escola (porque na BCE o concurso é independente de escola para escola), ninguém vai ultrapassar ninguém, pois só as diferenças nos critérios é que farão alguém com graduação profissional inferior ultrapassar outro com graduação prof superior.

          • Francisco Marques on 5 de Outubro de 2014 at 18:11

          Colega,
          Não é verdade o que está a dizer.
          Todos os que não tiverem mais do que 5 valores de GP seão ultrapassados por todos os que tiverem mais 20% nos subcritérios.
          Faça as contas e diga-me se estou errado…
          Um abraço.

      • Francisco Marques on 5 de Outubro de 2014 at 18:07
      • Responder

      Colega AC (e todos os colegas para os quais isto pareça complicado e sem sentido),
      Penso que com o comentário que deixei agora no final do post ficou claro o que pretendia demonstrar, correto?
      Compreende-me?
      Penso que concorda com as minhas conclusões, ou não?
      P.S. – Já agora, aproveito para corrigir o valor de 41% e 40% que referi no antepenúltimo parágrafo para 61% e 60% do candidato B.

  2. Por acaso, a análise destas fórmulas é um exercício matemático interessante.

    • drika on 5 de Outubro de 2014 at 17:41
    • Responder

    Já agora, ainda não vi ninguém preocupado com o facto de algumas poucas escolas não publicarem as listas de ordenação da Bolsa. Então e esta falta de transparência ninguém comenta? Assaz estranho.

    • maria on 5 de Outubro de 2014 at 17:54
    • Responder

    Concordo em absoluto: terminar com os subcritérios. Penso que este assunto deveria à assembleia. Deveria ser feito uma petição… fica a proposta

    • Francisco Marques on 5 de Outubro de 2014 at 17:58
    • Responder

    Colegas,

    Gostava que vissem este documento sempre aplicado apenas a um grupo de recrutamento (exemplo 110), mas de várias formas.

    1.ª – Para comprovar que em qualquer escola os resultados obtidos pelos candidatos desse grupo de recrutamento para cada escola podem ser enviesados pelo valor da graduação profissional do melhor candidato. Neste caso, os exemplos devem ser vistos como se apenas de uma escola se tratasse.

    Note-se que a ordenação dos candidatos varia significativamente com o valor da graduação profissional do melhor candidato ao ponto de ser completamente inversa (exemplos C e E).

    Assim, nos exemplos que apresento, se o melhor candidato tiver uma GP superior a 25 val. a ordenação da BCE 2 (do melhor para o pior classificado) será A, D, C e B.

    Porém, se o melhor candidato tiver uma GP inferior a 25 val. a ordenação (do melhor para o pior classificado) já será B, C, D e A.

    2.ª – Para comprovar que em várias escolas os mesmos candidatos podem ter ordenações diferentes que dependem do valor da graduação profissional do melhor candidato que esteja a concorrer em cada uma delas. Neste caso, os exemplos devem ser vistos como de 8 escolas diferentes a que concorrem os candidatos os B, C e D e onde a graduação profissional do melhor candidato varia pois trata-se de um candidato diferente em cada uma delas, ou seja, o candidato A é diferente em cada um dos exemplos.

    Note-se então que a ordenação dos candidatos varia de uma escola para outra ao ponto de ser completamente inversa (exemplos C e E).

    Assim, nos exemplos que apresento, na escola C a ordenação da BCE 2 (do melhor para o pior classificado) será A, D, C e B.

    Porém, na escola E a ordenação (do melhor para o pior classificado) já será B, C, D e A.

    Tome-se ainda em conta que no exemplo da escola D, todos obtêm a mesma classificação final (14 val.).

    3.ª – Para comprovar que o peso dos subcritérios pode ter uma influência maior na classificação final do que a própria Graduação Profissional. Neste caso, os exemplos devem ser vistos como de 8 escolas diferentes onde a graduação profissional dos candidatos varia de uma forma inversamente proporcional à avaliação dos subcritérios.

    Tomemos como exemplo de partida a escola D e vejamos que na BCE 2 a cada diminuição de 20% nos subcritérios são necessários 5 valores de Graduação Profissional para que os candidatos fiquem com a mesma classificação.

    Note-se que existem subcritérios que têm 20%, ou seja, correspondem a 5 anos de serviço (por exemplo) e que podem ser atingidos apenas por ter frequentado uma ação de formação de 25 horas.

    Note-se ainda que nos exemplos que apresento, na escola D, se o candidato B tiver 41% em lugar de 40%, passará logo para o 1.º classificado.

    Veja-se também o seguinte: se qualquer candidato tiver uma diferença do candidato com a melhor Graduação Profissional inferior a 5 val., basta-lhe ter mais 20% nos subcritérios para ficar mais bem colocado (exemplos E, F, G e H).

    Penso que me fiz entender e que todos concordamos que tudo isto é possível e que as conclusões estão corretas.
    Então juntemo-nos de vez contra a aplicação dos injustos subcritérios e que as colocações sejam feitas com base na Graduação Profissional apenas.

    • ARF on 5 de Outubro de 2014 at 18:27
    • Responder

    Como era óbvio

    • This Mortal Coil on 5 de Outubro de 2014 at 18:53
    • Responder

    Lista graduada única…..Morte ás BCE….Do Crato já nem falo…..nem do Coelho….Hoje é um dia de luto….o funeral está próximo….disse.

      • mónica on 5 de Outubro de 2014 at 19:24
      • Responder

      Morte às BCE e todos os susbcritérios manhosos e contornáveis! VEnha a lista única, pois essa será sempre a mais transparente (e mais rápida)!

  3. O que não estão a perceber é que os concursos BCE são concursos individuais de escola para escola, têm o mesmo espírito das OE. De escola para escola variam o número de candidatos, a graduação profissional máxima e os critérios. Não se podem comparar listas dos mesmos grupos, em escolas diferentes. A uniformidade só é conseguida no Concurso Nacional. Quem concorre em BCE tem que ter a noção que é um concurso individual de cada escola.

    Quem tem o azar de estar numa escola em que, no seu grupo de recrutamento, a graduação máxima é muiito elevada (EX:35), vê o peso da sua GP reduzido. Se estiver noutra escola em que o mais graduado não é muito elevado (EX:25) está beneficiado.

    MAS ESTAS COMPARAÇÕES SÓ SÃO POSSÍVEIS ENTRE ESCOLAS DIFERENTES.

      • Lucas on 5 de Outubro de 2014 at 20:55
      • Responder

      Azar temos nós em termos colegas assim!!! Irra que não quer compreender o que tão bem foi explicado!

      • Francisco Marques on 5 de Outubro de 2014 at 21:45
      • Responder

      Caro colega AC (e outros colegas),
      Na minha modesta opinião, os concursos BCE (como lhe chama) nunca deveriam ter existido, tal como os concursos de Ofertas de Escola com critérios que criaram algumas injustiças até com as renovações que depois alguns vieram a dar origem.
      A solução não era passar para um concurso BCE, mas sim passar tudo para um único concurso que envolvesse todas as escolas e todos os professores sem vínculo em pé de igualdade.
      Somos todos professores e não há uns de 1.ª e outros de 2.ª.
      Já agora, quem lhe escreve estas palavras é professor do quadro de Agrupamento que, felizmente, não está a passar diretamente por esta situação, mas que compreende todos os colegas contratados que se sentem injustiçados com estas ultrapassagens injustas e estas mentiras e trapalhadas da tutela.
      Também me parece errado o que o Sr. Ministro fez agora com os colegas que foram colocados injustamente na BCE 1, pois prometeu-lhes uma coisa que não veio a cumprir.
      Isto é erro atrás de erro. Não pode ser nem continuar assim. Acabe-se com esta farsa de vez. Colocações pela Graduação Profissional.

        • Lurdes on 5 de Outubro de 2014 at 23:12
        • Responder

        Muito bem, Francisco! Certíssimo! Parabéns! Disse tudo! Realmente escolas especiais…? concursos especiais…? …e favores especiais…? Somos realmente TODOS profissionalizados… Não temos de concorrer à parte… LISTA ÚNICA para TODAS as escolas (incluindo, obviamnete, as TEIP e de autonomia [que disso já pouco ou nada têm])…

      1. Nunca me ouviste/viste dizer que a BCE é positiva, que deve continuar, que é fantástica… Por mim eram só colocações pela Lista Nacional e ponto final.

        O que quero dizer aqui, e que ninguém está a compreender, é que quem quiser reclamar, pegando nesse argumento não vai ser feliz porque vai ter que invocar sempre uma comparação entre escolas e isso não vai ser aceite.

          • AC on 5 de Outubro de 2014 at 23:37

          Todos os que estão na lista da escola com GP máxima maior viram o peso relativo da GP diminuir, sentindo-se mais o efeito dos critérios, e todos os que estão na lista da GP máxima menor viram o peso relativo da GP aumentar, sentindo-se menos o efeito dos critérios.

          Os únicos q não são afetados são os donos das GP máximas.

        • This Mortaal Coil on 6 de Outubro de 2014 at 7:38
        • Responder

        Demonstra uma falta de racionalidade e de realismo….Lamento a sua ignorância patente….LISTA ÚNICA E GRADUADA…….É URGENTE TERMINAR COM ESTA PROMISCUIDADE INSANE.

    • Tomilho on 5 de Outubro de 2014 at 20:37
    • Responder

    uma situação que põe todos desesperados

  4. Pergunta de 2 Milhões de Dólares

    Os professores do quadro, quando concorrem para as escolas/agrupamentos com Autonomia/TEIP, também vão ser colocados com base na graduação + CRITÉRIOS?…

    1. Os primeiros concursos em que as TEIP usaram apenas critérios para selecionar professores foram os concursos INTERNOS de 2009!
      As vezes dá jeito conhecer a historia dos concursos. Nem que seja a historia relativamente recente. Evitavam-se certos tipos de comentários.

      1. Resposta errada. Não recebe nada! 🙂

        Estamos a falar do PRESENTE (e futuro). Os docentes do quadro sem componente letiva podem concorrer às escolas/agrupamentos com Autonomia/TEIP? Se “Sim”, qual o critério de seleção? Graduação profissional ou graduação profissional + CRITÉRIOS?

        Existe em Portugal o princípio da igualdade de tratamento entre cidadãos! Todos são professores!…

        COLOCAÇÃO DE TODOS OS PROFESSORES, EM CONCURSOS PÚBLICOS, PELA GRADUAÇÃO PROFISSIONAL!

    • intrusa on 6 de Outubro de 2014 at 9:15
    • Responder

    Também penso que isto tudo é uma trapalhada! E se há concurso autónomo para BCE que sejam as escolas/diretores a pagar o salário!!!!! O concurso devia ser único para todas as escolas públicas, já que todas são do MEC. No entanto, nunca considerei justo que a antiguidade seja o principal factor para a graduação. Só a média de curso mais os anos de serviço é uma injustiça… não venham dizer que tb conta a avaliação… essa é uma falsa questão pois Bom e Muito Bom dá a mesma pontuação, e não conheço ninguém que tenha tirado menos. Penso que há outros factores que deviam entrar na graduação… há pessoas que continuam a investir na sua vida académica e nada conta… eu, por exemplo, fiz mestrado antes de Bolonha na FLUP, e nunca me contou para nada… enfim também o facto de um tirar uma licenciatura com 18 valores não quer dizer que venha a ser um ótimo profissional… e, aí, entrávamos no campo da ADD… uma avaliação que devia existir, mas rigorosa, objetiva… um exemplo apenas: as aulas assistidas deviam ser de surpresa! Mas como nós contratados nem aulas assistidas podemos ter, não podemos ser excelentes, continuamos à margem.
    Enquanto isso o sistema continua… daqui a meia dúzia de anos ninguém quer ser professor. Tanta humilhação não vale o sacrifício.. Há 18 anos nisto e nunca assisti a tanta trapalhada!!!!!!

      • intrusa on 6 de Outubro de 2014 at 9:21
      • Responder

      “que a antiguidade fosse” desculpem as outras gralhas é a pressa!

    • maria on 6 de Outubro de 2014 at 23:48
    • Responder

    O que faz sentido de vez é eliminar completamente os subcritérios. Concordo em absoluto. Sem esta trapalhada tudo estaria a correr muito bem.

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