… mas a curiosidade é do camandro.
Foi assim: estava sossegado – como é meu costume – e apareceu-me a uma das portas um vaso com coisas que pareciam espargos.
Não liguei, nem vos passa pela caixa dos pirolitos as cenas que aparecem às minhas portas quando chego de ir às gatas assanhadas, já cheguei a pensar brevemente que seria o destino ou visões etílicas. Os arranhões, acredito que terão sido daquelas aulas dos vocacionais, ainda não percebi porque é que os heróis dos filmes têm duas plaquitas ao pescoço e dão tiros e nós não somos fotogénicos e nos dão tiros, era meter cartuchos com sal grosso e já vínhamos temperados… .
Pois aquilo dos espargos, tive que ir verificar na wikipédia – mas não na escola; eu tentei, mas aparecia como pornográfico.
Foi só, enquanto fazia os sumários em casa, antes de estacar este poste, depois de recolher os espargos para não tropeçar neles daqui a nada numa das portas, quando percebi a metáfora.
Moral da estória: se te oferecerem espargos – fá-los com ovos mexidos, não há curiosidade nenhuma nisso e é do melhor que há depois de uma açorda de alho.

7 comentários
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o registo é diferente. Gostei do recurso estilístico 🙂
https://oduilio.wordpress.com/2015/04/17/depois-da-tempestade-nem-sempre-se-segue-a-bonanca/
Bem, só esta dos espargos para rir a bom rir… Gostei da metáfora… Sabe sempre bem, depois de ler o que o Prof Santana Castilho escreveu e que traduz bem ao que chegou o ensino com um C rato que teima em não admitir que é o “louco” da educação, sendo que ele não quer estar sózinho na sua loucura. Quer levar-nos por arrastamento e por exaustão. Quando esta criatura se for, há-de culpar alguém, não viu, não leu, não sabia; enfim, nem sabia que estava vivo. Com jeito vai estar com uma amnésia que não lembrará ao diabo… Tem-se visto este filme nas comissões de inquérito que dá dó.
Não gosto de espargos. Prefiro que me ponham à porta nêsperas à moda do bolhão…
😉 ah! Fafe, que saudades 🙂
🙂 🙂
Antes dizia-se: “a cavalo dado não se olham os dentes”
Hoje será melhor dizer qualquer coisa do género: “a cavalo dado procura-se o dono… ou, a cavalo dado “picadinho” com ele…
malvado andas fugido nos jardins de pedra e não partilhas os espargos.