Os “milagres” do Oeste

Algumas instituições conseguem produzir autênticos milagres!

Nas páginas de alguns estabelecimentos de ensino ao abrigo do contrato de associação da região Oeste lemos que integram a rede pública de estabelecimentos de ensino. Como provam as seguintes imagens.

Perante tal afirmação, quando questionada a DGAE refere que estes não fazem parte da rede pública.

Só que a questão não fica por aqui. Os docentes destas instituições encontram-se a concorrer na 2.ª prioridade sem cumprir a regra dos 365 dias de serviço nos últimos seis anos em estabelecimentos da rede pública.

Como é que os docentes destes estabelecimentos de ensino estão a concorrer na 2.ª prioridade? Que dados apresentaram aos agrupamentos de validação? Essa documentação foi analisada com rigor?

É que a DGAE afirma o seguinte:

Quem tem conhecimento desta situação e não atua?

DGAE – diz para denunciar os candidatos. Como pode alguém denunciar centenas de docentes dos mais variados grupos de recrutamento? Tendo conhecimento da situação não devia atuar junto das instituições?

Agrupamentos de escolas – como validam estas candidaturas em 2.ª prioridade? É ignorância do decreto-lei que regula os concursos? Falta de rigor? Desleixo?

Sindicatos – dizem que não se pode fazer nada a não ser denunciar os candidatos.

Pergunta que se impõe: quantos colegas usufruirão da 2.ª prioridade indevidamente neste concurso? Sabendo que há algo que subverte as regras do concurso, a DGAE não tinha obrigação de atuar?

Prejudicados serão apenas os contratados que serão ultrapassados de forma questionável e não sabemos se alguns não se depararão com o desemprego à conta desta situação.

Resta-nos sermos “polícias” uns dos outros e acartar com os respetivos aborrecimentos.

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11 comentários

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  1. Colega Arlindo,

    E que dizer dos professores colocados no EPE pelo MEC, sendo funcionários do Estado Português há mais de 10 anos, que foram impedidos de concorrer na 2!! prioridade? Apenas o poderam fazer na terceira, é uma vergonha! O MEC argumentou com a falta de tempo para fazer alterações na Lei, como só nessa altura soubessem dessa injustiça! Enfim, prendam-nos!

  2. As escolas com contrato de associação passam um declaração aos docentes. Conteúdo desconheço. Suponho que diga que são parte integrante da rede pública. Os agrupamentos que recebem a declaração interpretam que os devem colocar na 2.ª prioridade e que não têm de questionar uma declaração que é passada por outra instituição, assim como, não questionam os certificados de habilitações. O problema é que a declaração que os candidatos entregam contraria o Decreto-Lei que regula o concurso. Se existissem penalizações sérias para quem valida este tipo de situação…

    • Brinques on 13 de Junho de 2021 at 17:46
    • Responder

    És uma alma penada que anda por aí a penar por atenção. Um solipede sem ofensa para os verdadeiros.

    • zaratrusta on 14 de Junho de 2021 at 9:51
    • Responder

    Que grande m**** de país. Todos os dias nos dão provas da sua mediocridade.

    • Luís on 14 de Junho de 2021 at 11:19
    • Responder

    País da treta! Estes cérebros pequeninos continuam a alimentar a guerra artificial entre público e privado fomentada pelas ideologias retrógradas de alguns líderes do nosso país. E o rebanho acena continua a corresponder com uma fidelidade ímpar. Professores contra professores! Que bonito…

    • farto on 14 de Junho de 2021 at 13:56
    • Responder

    Falta de respeito por quem está na segunda prioridade, legalmente. Estes colegas, deviam ser excluídos do concurso e responder criminalmente, por estarem a tentar contornar a lei.

    1. Eles, quem lhes passou a declaração devia perder o financiamento e quem validou devia ter uma forte sanção.

        • farto on 14 de Junho de 2021 at 17:45
        • Responder

        Sim, quem passou a declaração deveria perder o financiamento, para servir de exemplo.

          • Pelintra on 15 de Junho de 2021 at 1:05

          Então… em que ficamos?

          Nao disseram que há falta de professores!… e agora até se esgadanham para entrarem no quadro?

    • Ana Pereira on 14 de Junho de 2021 at 21:54
    • Responder

    não é apenas a redução de natalidade, é principalmente o “passar todos, quer saibam quer não saibam as matérias” e foi a criação dos cursos para quem não conseguia seguir a via normal de ensino, os profissionais, os vocavcionais, os EFA, etc, ond, nos vocacionais, simplesmente desaparece um ano lectivo! por isso o que escreveu não está completo.mais ainda, e eu não peretenço a esse grupo, mas conheço o trabalho que fazem, os colegas de Educação especial, não são Professores, e estão a desenvolver trabalho necessário nas escolas.

    • Isabel on 11 de Julho de 2021 at 10:36
    • Responder

    Sou professora do quadro com horário zero há cerca de onze anos. Tenho andado a concorrer em DACL. O agrupamento de escolas a cujo quadro pertenço tinha declarado uma vaga negativa este ano. Este ano, saíram duas pessoas do agrupamento, uma delas também sem horário, ou seja , a vaga negativa mantém-se. No entanto, colocaram uma pessoa no meu grupo. O que vai ser de mim?

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