Do Desperdício de Energias

Governo faz uma prova diferente por cada 40 professores

Serão necessários 30 enunciados diferentes para avaliar os vários níveis de ensino e disciplinas na componente específica da prova. E potenciais candidatos são apenas 1218.

O Instituto de Avaliação Educacional (IAVE) do Ministério da Educação vai produzir, em média, uma prova diferente por cada 40,6 professores a avaliar na componente específica da Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades (PACC), que se realizará em data ainda incerta.

Para apurar esta média, basta dividir o total de professores apurados na componente específica da prova, realizada em dezembro – 1218, de acordo com dados do IAVE – pelo número de enunciados necessários para avaliar competências para diferentes níveis de ensino e áreas disciplinares – um total de 30, segundo a lista constante do decreto regulamentar 7/2013, que criou estas provas.

Muitos professores, nomeadamente os que integram o grupo de Educação Especial, farão mais do que uma prova. Mas também serão muitas as provas, de disciplinas como o Latim, em que o número de avaliados será residual. No final, os avaliados nunca serão mais do que os 1218. Um número limitado, sobretudo tendo em conta que as provas têm sido apontadas pelo ministro Nuno Crato como uma das ferramentas assegurar a seleção dos “melhores” professores.

Vários sindicatos de professores já renovaram, para março, o pré-aviso de greve à vigilância e restante serviço das provas. E avisam que agora será mais difícil ao Ministério anular os efeitos da paralisação.

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3 comentários

    • frog on 23 de Fevereiro de 2015 at 20:15
    • Responder

    Eu diria mais – do desperdício de energia ao desperdício de dinheiro!
    – Oh mas que importância tem isso se vivemos num cantinho banhado a ouro, não é?

    • anticrato on 23 de Fevereiro de 2015 at 22:20
    • Responder

    E são estes 1218 que vão
    fazer toda a diferença na “melhoria no ensino”, hahahha. Mais cego é
    aquele que não quer ver. Porque será que a pacc componente especifica não foi
    implementada no ano passado????? Em termos de logística e dado o elevado número
    de candidatos, tornar-se-ia muito complicado…agora a 1218, é facílimo.

    Eu não concordo com esta
    treta de prova, mas ainda concordo menos com o facto de uns terem feito apenas
    a componente comum e outros terem que fazer a especifica. Vivemos
    numa selva onde reina a desigualdade, a discriminação. Quando os próprios políticos
    desrespeitam a Constituição da República…só nos resta mesmo seguir o conselho
    do sr. Primeiro-ministro…EMIGRAR!!

    • Profhist on 24 de Fevereiro de 2015 at 17:27
    • Responder

    Eu aplicaria as provas aos deputados da AR, só para aproveitar e ver o seu nível de conhecimentos…

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