Isto é Que Nunca Foi Assim

Directores forçados a declaração de honra

 

Os directores de escolas têm até sexta-feira para indicar ao Ministério da Educação e Ciência os nomes dos professores dos quadros que no próximo ano lectivo não terão turmas atribuídas. O procedimento repete-se todos os anos, mas desta vez a tutela exige um compromisso de honra que está a indignar os directores.

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21 comentários

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    • Ana410 on 3 de Julho de 2012 at 15:02
    • Responder

    A canalhice deste MEC já está a ultrapassar o limite do tolerável, mesmo vindo de um Governo PSD. Mais valia apontar uma arma à cabeça de cada diretor e dizer-lhes para declarar todos os profeessores com horário 0. Adeus contratações!!!

  1. Creio até que têm que assinar um documento com o próprio sangue.

    • Helena Fig on 3 de Julho de 2012 at 15:25
    • Responder

    assim com os diretores também em rebuliço é que está bem! riam-se e não stressem eles não nos merecem…

      • eunice on 3 de Julho de 2012 at 18:55
      • Responder

      Concordo Helena, poderá ser que alguns deles assim, deixem de ser escravos do MEC e se revoltem também. Aliás já à muito
      tempo que penso que tudo isto poderia não estar a acontecer se, em diversas situações muito graves, os diretores tivessem tomado uma posição e terem-se demitido em bloco. Mas não, é muito mais confortável ficar do lado dos poderosos do que dos colegas.

    • fatima on 3 de Julho de 2012 at 15:37
    • Responder

    sim é verdade eles têm que jurar pela honra que já não têm, perderam-na com os professores há já muito tempo… coitados!

    • João Pedro on 3 de Julho de 2012 at 17:19
    • Responder

    Afinal falavam tão mal dos diretores e agora estão com pena deles? Ou agora interessa chamar os diretores à baila?

      • fatima on 3 de Julho de 2012 at 18:24
      • Responder

      Ninguém está a chamar os diretores à baila, eles têm-nos dado baile isso sim. por mim que jurem pelo que quiserem pela honra não juram porque não a têm… Que chamem os que andam à volta deles a assinar…

        • João Pedro on 3 de Julho de 2012 at 21:33
        • Responder

        O que querias que os diretores fizessem? explica-te melhor. Mas também é fácil, porque não te candidatas a diretora? até gostava de ver.

    • Ana Sofia on 3 de Julho de 2012 at 18:08
    • Responder

    Mas qual pena! E qual honra? A honra dos diretores há muito que não existe!

      • João Pedro on 3 de Julho de 2012 at 21:32
      • Responder

      Ana sofia seria bom que mostrasses com dados concretos porque afirmas isso! Gostaria também que identificasses esses diretores que dizes não têm honra caso contrário considero-te uma cobarde.

        • Ana Sofia on 3 de Julho de 2012 at 22:37
        • Responder

        Olhe, colega (se é que o é) viu, por exemplo, dezenas ou centenas de ofertas de escola em que se notava claramente que o horário já estava destinado? Se não viu não frequentou assiduamente este blog, entre outros. Poder-se-á chamar honra a isso??? Por acaso deu conta do processo complicadíssimo em que a ADD se transformou nalgumas escolas, roçando mesmo o surreal, com grelhas, grelhinhas, portefólios??? Alguém que lidera e que tenha honra não deveria, acima de tudo, estar ao lado dos colegas??? A isso, sim, chamaria honra! Há muito que a perderam (não todos, obviamente, e conheço casos de uma postura irrepreensível) e, com isso, “divorciaram-se” dos colegas! O poderzeco transformou muita gente, deixe que lhe diga.
        Não é por não os nomear que serei cobarde, pois não me conhece de parte alguma para me adjetivar dessa forma. Agora dados concretos… tem aí em cima apenas uns pequenos exemplos! Aquando de algumas reuniões de diretores (estou a lembrar-me duma no Porto que juntou mais de uma centena) ameaçaram, por diversas vezes demitir-se. Fizeram-no??? Eu não soube…

        Um pouquinho menos de agressividade também não lhe ficava mal.

          • eunice on 4 de Julho de 2012 at 0:11

          Subscrevo na totalidade tudo o que diz Ana Sofia. E não digo mais porque já disse tudo. Melhor uma última observação, em vários momentos difíceis da nossa Educação se esses senhores diretores tivessem tomado posições firmes, como por exemplo demitirem-se em bloco, talvez isto não chegasse ao que chegou. Mas o medo e os seus interesses falaram mais alto. Agora aguentem.

          • João Pedro on 4 de Julho de 2012 at 0:48

          Peço desculpas se fui agressivo mas não era essa a minha intenção. Sou colega e não comungo da mesma opinião da colega mas respeito-a. Penso que metem no mesmo saco todos os diretores e é isso que me revolta. Há por este país fora muito diretores que não são nada disso que a colega refere mas se a colega os conhece e sabe que são assim ..Felizmente a minha não é. Foi escolhida por nós e faz o melhor que pode por nós, é evidente que sabemos que em certos aspetos ela tem que cumprir com a lei.
          Mas uma vez peço desculpa por ter sido indelicado.

          • Ana Sofia on 4 de Julho de 2012 at 10:11

          João,
          É certo que nem todos são assim. Como referi também, embora entre parênteses, há também gente honesta a exercer o cargo. Mas falo da maioria e de casos que conheço que se deixaram corromper, o poderzito fez-lhes mal. O poder que lhes foi dado no tempo da MLR partiu a coluna vertebral muita gente e isso é muito trsite!

    • ribeirinha on 3 de Julho de 2012 at 20:23
    • Responder

    E uma greve?
    Não alinham?

    • Helena Fig on 3 de Julho de 2012 at 20:43
    • Responder

    eu alinho com qualquer coisa que possa mudar isto tudo! temos de aprender a fazer manguito outra vez….

    • Maria on 3 de Julho de 2012 at 22:00
    • Responder

    Lou!LOu! Lou! Esta só pode ser para rir.
    Primeiro, qual é o mal, ou a admiração, de assinar com compromisso de honra? Pela parte que me toca, até acho bem. Talvez assim percebam que estão a fazer qulaquer coisa que é séria.

    Mas por outro lado é tudo a brincar, como sempre, porque honra, dignidade e outros adjetivos é coisa que nunca vi por onde andei. Ou seja, já não a têm!!

    Também não percebo a atitude dos colegas: há uns tempos atrás surgiam frequentemente comentários sobre as atitudes aberrantes que os diretores tinham para com os professores. Agora mudaram de opinião: os diretores coitadinhos, não têm autonomia, têm que fazer isto, mais aquilo….Não se iludam, colegas, eles sabem defender-se e nunca lhes acontece nada de mal. O mal, é aquilo que eles nos fazem sempre que podem, com a autonomia que lhes é dada pelo MEC.

    • Helena Fig on 3 de Julho de 2012 at 22:53
    • Responder

    vi agora que a última avaliação dos profs do QE e de zona, também conta para a classificação final no concurso? mas como?…

  2. “…com publicitação das listas de colocação, observando o respeito pelo princípio da transparência, o qual constitui uma garantia preventiva de imparcialidade, de modo a projetar no sistema um sentimento de confiança…”
    “…na contratação realizada pelas escolas impõem -se novos critérios de seleção que visam a igualdade de tratamento do universo de candidatos, uma maior razoabilidade na sua seleção e a eliminação de situações de ilegalidade detetadas na aplicação do regime antecedente…” Retirado de um DECRETO LEI recente.

  3. Em relação à transparência e à imparcialidade o melhor é esperar para ver. Não convém falar antes de tempo pois como já se viu nas ofertas de escolas, muitos diretores encontram sempre uma forma de contornar a lei a favor dos seus interesses. Quem nos garante que os senhores diretores não façam análise do currículo até encontrar o candidato com a formação X ou Y. Nao há nada que nos garanta que não possam fazer isso, aliás a legislação refere que a seleção deverá ser realizada em tranches de 5, logo não obriga a colocar um dos primeiros cinco.

    • Baltazar on 6 de Julho de 2012 at 10:10
    • Responder

    Quando as direções das escolas passaram de órgão colegial para órgão unipessoal sentiu-se uma mudança generalizada para pior em todos os aspetos da vida escolar. Rapidamente muitos diretores assumiram o trono, sob a capa da responsabilidade acrescida. Acolitados pelos do costume, passaram ao posso e mando, pois querer, já o queriam há muito tempo. Concretizando: distribuem horários, cargos e mordomias a seu bel prazer. Elaboram turmas a régua e esquadro para os fihos e amigos próximos. Escolhem a dedo os professores para essas turmas. No que toca à ADD as menções estão definidas em gabinete. O Conselho Geral é apenas decorativo. Mas não era de prever que em Portugal centralizar poder dá mau resultado? Imaginam uma Câmara Municipal sem vereadores, sem oposição, apenas com o Presidente a mandar?
    Os diretores (nem todos, diga-se) fazem o frete ao ministério. Uma reforma a sério começa por devolver a gestão aos professores, em órgão colegial, restruturar os departamentos, acabando com os mega departamentos e devolvendo a representatividade dos grupos disciplinares no conselho pedagógico, tornando este em algo mais que um vaso decorativo.
    Fizeram das escolas sociedades por cotas. É tempo de devolver as escolas aos professores.

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