FNE defende que todos os professores são necessários para melhorar o sistema educativo
Em reunião hoje realizada no MEC, com a Secretária de Estado dos Ensinos Básico e Secundário, a FNE defendeu que não há professores a mais no sistema educativo, e que o que falta é que as escolas possam ter capacidade de gestão dos seus recursos humanos, para a promoção dos apoios educativos que contribuam para aumentar o sucesso educativo e para combater o abandono escolar precoce.
Manifestando fortes preocupações em relação à ação actualmente em curso nas escolas para a determinação dos docentes sem componente letiva no próximo ano, a FNE considerou que as escolas deveriam poder identificar desde já as atividades em que pode envolver os seus docentes, de forma que possam ser retirados de concurso o mais rapidamente possível e passar a estar afetos a programas de promoção de sucesso educativo aqueles que até à passada sexta-feira foram identificados como não tendo componente letiva.
Nesta reunião, a FNE apresentou ainda sugestões alternativas para o despacho de organização do ano letivo, reforçando a autonomia das escolas na gestão dos seus recursos humanos, com crescimentos ao nível das direções de escola, assessorias e coordenação de estruturas pedagógicas intermédias.
Nesta reunião, ficou claro que, para a FNE, o tempo de trabalho de cada docente, para além de integrar a componente letiva, e o tempo de trabalho na escola, deve respeitar uma componente essencial de trabalho individual que integre não só as preparações de aula e a avaliação de alunos, como a investigação e o estudo.
Nesta reunião, a FNE reiterou também as suas discordâncias em relação às matrizes curriculares definidas por este Governo, bem como ao calendário da sua discussão e operacionalização. As questões relativas às orientações definidas pelo Governo em termos de Educação Visual e Tecnológica, Educação Tecnológica e Educação Física e Desporto Escolar mereceram a clara discordância da FNE.
Esta reunião serviu também para que a FNE manifestasse as suas propostas em relação a ofertas educativas complementares, como sejam as relativas à validação e reconhecimento de conhecimentos e competências adquiridos em contexto de posto de trabalho, bem como dos cursos de Educação e Formação (CEF’s).
Lisboa, 17 de julho de 2012