A Eurostat elaborou um relatório onde demonstra que em Portugal o abandono escolar, na faixa etária 18/24 anos, se mantém bastante elevado, 13%. Embora os outros indicadores, nível de escolarização terciário, sejam positivos, ainda estão longe do objetivo final.
Portugal está entre os sete países da União Europeia com menor número de adultos (30-34 anos) que obtiveram habilitação de ensino superior, e o quinto com maior taxa de abandono dos estudos entre a população com idades compreendidas entre os 18 e os 24 anos, indicam dados do Eurostat relativos a 2015.
No caso português, a taxa de abandono entre os jovens dos 18 aos 24 anos rondou os 13% em 2015.
Aquando do fim da BCE, já tinha deixado a pista, aqui no blog, que viria a caminho um novo modelo de concurso. Da parte do ME, também, surgiram rumores, nessa mesma altura. Agora temos a confirmação. No próximo ano vai começar a ser desenhado um novo modelo de concursos docentes. O que virá aí desta vez?
Vamos ter, também, reuniões trimestrais entre os sindicatos e ME. Resta saber se, realmente servirão para, finalmente, termos negociações sérias ou se serão para, o que hoje chega de Inglaterra ver…
A revisão terá início em setembro, anunciou a Federação Nacional de Professores após um encontro com o ministro da Educação. Na reunião ficou ainda definido que serão marcados encontros trimestrais “para avaliação das políticas em curso e debate sobre medidas a tomar”
in Expresso
Comunicado Fenprof
A FENPROF reuniu (26/04/2016) com o Ministério da Educação, reunião que, para além da abordagem de diversos assuntos que são do interesse dos professores e das escolas, se destinava também a estabelecer as normas de relacionamento institucional entre as duas partes. Do conjunto de questões discutidas, a FENPROF destaca:
– Sem prejuízo da realização dos processos negociais a que se sujeitarão todas as matérias que a lei obriga, bem como da participação da FENPROF nos processos de consulta pública que forem desencadeados, trimestralmente haverá uma reunião entre o Ministério da Educação e a FENPROF para avaliação das políticas em curso e debate sobre medidas a tomar;
– Sempre que se realizarem reuniões de carácter negocial, os documentos em negociação serão enviados com antecedência à FENPROF, sendo isso válido para a reunião do próximo dia 3 de Maio que tem na agenda de trabalho dois aspetos: organização do ano letivo 2016/17 e regras de mobilidade por doença;
– No âmbito das normas de organização do próximo ano lectivo e na sequência do projecto a apresentar pelo ME, serão também analisadas propostas da FENPROF, designadamente destinadas a clarificar conteúdos da componente lectiva e da componente não lectiva de estabelecimento, bem como relativas à indispensável diversificação de tarefas nos últimos anos de carreira que tenham em conta o elevado desgaste causado pelo exercício continuado da profissão. Esta proposta complementa a que a FENPROF continua a defender de aprovação de um regime excecional de aposentação para os professores;
– A revisão global do actual modelo de concursos para colocação de professores iniciar-se-á em setembro próximo, logo que esteja estabilizado o processo de arranque do ano lectivo;
– Sobre a atribuição de competências aos municípios, o ME garantiu que não haverá qualquer transferência de responsabilidades em aspectos relacionados com pessoal docente, questões pedagógicas e rede escolar, entre outros;
– Face às dúvidas colocadas pela FENPROF sobre Educação Especial, o ME garantiu que investirá na criação de condições nas escolas para que a generalidade dos alunos com NEE que frequentam unidades especializadas ou têm CEI, permaneçam nas suas turmas, pelo menos 60%. Aos que, excecionalmente, não permanecerem esse tempo nas turmas serão proporcionados apoios reforçados nos períodos em que nelas se encontrem. Sobre esta matéria, a FENPROF será extremamente exigente, não admitindo que medidas anunciadas como promotoras de inclusão, venham a tornar-se fator de ainda maior segregação;
– O compromisso de serem respeitados os contratos de associação celebrados entre o Estado e os estabelecimentos privados com contrato de associação, sendo desenvolvida a indispensável fiscalização com vista ao respeito pleno pelos termos desses mesmos contratos. Em relação ao futuro, serão tomadas medidas com vista à não duplicação da resposta, no respeito pelos preceitos constitucionais em vigor.
Carreiras
Na reunião, a FENPROF reiterou propostas já apresentadas, propôs novos processos de discussão com vista a alterações legais de fundo e colocou, de novo, a necessidade de serem resolvidas questões que se arrastam há diversos anos, algumas de ordem legal e relacionadas com as carreiras docentes. Desse conjunto de propostas e questões, destacam-se:
– A não renovação de contratos a termo para o próximo ano lectivo, sendo, assim, reposta a moralidade na colocação dos docentes, tendo o ME alegado aspectos de ordem legal para contrariar essa proposta, comprometendo-se, contudo, a rever essa matéria, a par de outras, como a chamada “norma-travão” no âmbito da revisão global do regime de concursos;
– A aplicação à Educação Pré-Escolar do mesmo calendário escolar que se aplica à restante educação básica, ficando a aguardar-se o despacho que sairá sobre a matéria. Foi também entregue ao ME um documento sobre os procedimentos avaliativos a desenvolver pelos educadores de infância junto das crianças com quem exercem actividade;
– A necessidade de serem clarificados procedimentos a desenvolver pelas escolas, no âmbito da designada supervisão pedagógica, designadamente a chamada observação de aulas que, em algumas escolas, se tem transformado em foco de conflitos;
– A urgência na resolução de problemas de carreira, já antes colocados ao ME, dado que se prevê que, em 2017, tenha lugar o descongelamento das progressões. As questões que atingem mais professores são: não progressão por não terem sido fixadas vagas; colocação no primeiro escalão da carreira de todos os docentes que ingressaram nos quadros a partir de 2013; benefício apenas parcial das bonificações previstas pela aquisição de novos graus académicos;
– A importância de ser revisto o actual regime de direcção e gestão nas escolas, na certeza de que sem gestão democrática não haverá exercício efectivo de autonomia, havendo abertura para, pelo menos, ser analisada a questão.
A FENPROF voltará a reunir no ME no próximo dia 3 de Maio, pelas 15.30 horas, no âmbito do processo negocial já antes referido.
Na sequência da divulgação do Aviso n.º 2/2016 de Abertura do Concurso de Contratação de Escola de docente para horário do grupo de recrutamento 240 (Educação Visual e Tecnológica), a EPM-CELP publicita as listas das candidaturas
O caso da região centro: só aí, os contribuintes arcarão com uma despesa acrescida de 5 milhões de euros
Divulga o aviso de abertura do concurso para financiamento lançado a poucos meses do fim da anterior legislatura que, na região centro, 228 turmas serão para o ensino básico (106 do 5.º ano e 118 do 7.º) e 45 para o ensino secundário. Tendo como referência, por um lado, o valor do financiamento a atribuir por cada turma que será contratualizada (80 500 euros) e, por outro, o custo médio por turma no ensino público (a valores de 2009/2010, que baixaram significativamente nos últimos 3 anos com a redução de milhares de professores), conclui-se que os contribuintes, só nesta região, pagarão mais 1,8 milhões de euros com a entrega destas 274 turmas de 5.º, 7.º e 10.º anos ao sector privado. Se tivermos em conta as turmas de todos os anos de escolaridade dos ensinos básico e secundário – e não, apenas as dos anos iniciais de ciclo –, o acréscimo da despesa do Estado, só em 2016, quase atingirá os 5 milhões de euros.
Estes estudos parece que são feitos por encomenda… num momento em que se discute a redução de alunos por turma, surge alguém a dizer que tal facto nada tem a ver com o insucesso…
O estudo que será apresentado nesta terça-feira constata que “não se verifica qualquer relação entre o número médio de alunos por turma e os resultados obtidos no PISA”.
LIVRO LIVRE: este é, talvez um dos livros mais bonitos que já vi.
E é bonito porque é um livro cheio de livros lá dentro.
Cada leitor transforma-se no próprio autor, investigando, descobrindo e registando percursos que podem ir desde a própria casa até ao vizinho do lado, ou a alguém desconhecido, mas suficientemente generoso para partilhar memórias.
Uma oportunidade inigualável de homenagear quem lutou pela liberdade, quem, 42 anos depois, ainda vive dentro do sonho.
Era imprescindível que chegasse às nossas escolas para que a História saísse dos manuais escolares e fosse partilhada por cada aluno, sobretudo, uma vez que os autores se disponibilizam, gratuitamente, para apoiar o projeto do Livro Livre na sala de aula…
Os meus sinceros parabéns aos autores do projeto, Danuta Wojciechowska, et alii, que gentilmente partilharam com o nosso blogue alguns dos livros de autores jovens que reconstruíram o passado dentro do LIVRO LIVRE.
Foi entregue na AR o Programa Nacional de Reformas 2016/2020.
Fica aqui transcrito o que diz respeito à Redução do insucesso e abandono escolar e Inovação do sistema educativo. No link abaixo poderão consultar o documento.
Redução do insucesso e abandono escolares
No que se refere aos jovens importa promover o sucesso escolar em todos os níveis de ensino e combater
o abandono escolar, ao mesmo tempo que se generaliza o secundário como patamar mínimo, assumindo
as qualificações como cruciais para o aumento da empregabilidade e da competitividade de Portugal,
assentes na ciência, na cultura e no conhecimento.
Neste sentido, a universalização do secundário vai ser prosseguida através da diversificação da oferta
formativa, com o desenvolvimento do ensino profissional o qual terá um peso maior no total do ensino
secundário. Contudo, deve rejeitar-se a dualização em fases precoces da aprendizagem e garantir a
permeabilidade entre vias de ensino. Esta aposta nas vias profissionais será concretizada no sentido de:
(i) promover a dualização em regra a partir do secundário; (ii) ajustar a oferta de ensino às necessidades
do mercado de trabalho, quer regional, quer sectorialmente; (iii) diversificar os percursos formativos de
dupla certificação, envolvendo as escolas secundárias, as escolas profissionais e os centros de formação
profissional, bem como empresas e associações; e (iv) assegurar a gestão flexível do currículo, adaptado
à escolaridade obrigatória de 12 anos.
No que se refere ao combate ao abandono escolar, para cumprir a meta de 10% de abandono escolar em
2020, e apesar de uma evolução extremamente positiva, é necessário combater o nível elevado de
retenções que ainda se verifica (34,5 % dos jovens com 15 anos foram retidos pelo menos uma vez) e que
coloca Portugal muito afastado da média da OCDE (13%). Em termos absolutos, 150 mil alunos ficam
retidos anualmente no mesmo ano de escolaridade, tendo o nível de retenção na transição entre ciclos
duplicado nos últimos dois anos.
A resposta ao desafio do insucesso escolar, enquanto fator relevante para o abandono escolar precoce,
será desenvolvida através da promoção da equidade no sistema de ensino básico, secundário e superior,
visto que as condições socioeconómicas desfavoráveis constituem um preditor do insucesso e do
abandono escolares. A promoção da equidade será realizada através da universalização do pré-escolar a
partir dos três anos9 em 2019; da progressiva gratuitidade dos manuais escolares, a partir do ano letivo
2016/17; da limitação gradual do número de alunos por turma e a sua adaptação a práticas pedagógicas
indutoras de sucesso; da generalização da Escola a tempo inteiro; da promoção de programas de literacia
familiar que promovam e valorizem os conhecimentos dos encarregados de educação; do reforço dos
mecanismos de ação social escolar em todos os níveis de ensino (e.g. 70 mil bolsas por ano para alunos
carenciados do ensino superior).
Paralelamente, importa organizar as escolas e comunidades educativas para responder de forma
atempada e eficaz às dificuldades dos alunos. Nesse sentido será implementado um Programa Nacional
para a Promoção do Sucesso Escolar que desenvolverá estratégias centradas no conhecimento mais
detalhado de cada aluno, em termos de capacidades e de dificuldades; na gestão flexível do currículo de
modo a combater problemas específicos; na adequação do modelo organizacional e pedagógico e na
melhoria do trabalho em sala de aula; e na especificidade de cada projeto de iniciativa local. De modo a
operacionalizar estas estratégias serão promovidas ações específicas de capacitação das escolas e das
comunidades educativas10.
Também no âmbito do ensino superior serão promovidas ações de acompanhamento e modernização
pedagógica orientadas para a redução do abandono e insucesso escolar. Nesse sentido, será estimulada
a contratação de jovens doutorados pelas instituições de ensino superior para garantir a adoção de novas
práticas de ensino/aprendizagem com ênfase em metodologias orientadas para a solução de problemas
e baseadas na prática sistemática de projeto e experimentação. Está previsto o apoio á contratação de
cerca de 100 novos jovens docentes doutorados por ano, no período de 5 anos.
Inovação do sistema educativo
No que se refere à inovação no sistema educativo e nas qualificações, entre os maiores desafios coloca-se
a necessidade e urgência de garantir o reforço das competências digitais dos portugueses, que
promovam o fomento da economia digital, a inclusão digital e a utilização da internet. Assim, será desenvolvida a Iniciativa Competências Digitais que permitirá capacitar, até 2020, mais 20 mil pessoas em
TIC face aos atuais níveis de formação e que, em colaboração com o setor privado, permitirá fazer face à
carência de técnicos especializados nesta matéria. Esta iniciativa possibilitará também apoiar a
reconversão profissional, criando novas oportunidades de inserção profissional através da obtenção de
novas competências.
Por outro lado, a necessidade identificada pelo Conselho Europeu nas suas recomendações específicas
para Portugal em 2015 relativa “ao nível de digitalização dos serviços responsáveis pela adaptação das
competências ao mercado de trabalho” implica, ao nível dos sistemas de educação e formação e no ensino
superior, a integração de instrumentos digitais e das tecnologias de informação quer para melhorar e
adaptar os métodos e os recursos pedagógicos, seja na vertente de ensino presencial, seja na vertente de
ensino a distância, quer para incrementar os sistemas de gestão e partilha de informação, indispensáveis
à melhoria da definição, condução e execução destas políticas públicas.
Neste âmbito, é crucial adotar uma estratégia de modernização pedagógica assente na produção e
disseminação de recursos educativos digitais, bem como um programa nacional para a inovação nas
aprendizagens, através de iniciativas que mobilizem as escolas, os centros de formação e as instituições
de ensino superior. Transversalmente, importa desenvolver um conjunto complementar e integrado de
sistemas e plataformas informáticas de gestão da informação, monitorização e avaliação das políticas de
educação, formação profissional e ensino superior (e.g. portal do aluno, sistemas de informação dos
estabelecimentos escolares ou sistemas integrados de gestão do docente).
Viva! Mais uma sexta, mais uma rubrica de animação! Desta feita com um sabor especial por antecipar um fim de semana com feriado à segunda-feira.
Sem mais delongas, o convite de hoje vai para verem o filme Adagio, realizado em 2001 pelo russo Garri Bardin. Nesta animação, um grupo de personagens feitas em origami, papel cor cinza, seguem o seu líder, também um personagem em origami, mas de cor branca. Mas… seguem-no apenas para se tornar parte de um ciclo de hipocrisia e violência.
Não percam! Com os votos de bom fim de semana prolongado 😉
Através desta página tem acesso à sua Ficha Pessoal de Docente e ao formulário de candidatura ao CONCURSO INTERNO E EXTERNO EXTRAORDINÁRIO DE PROVIMENTO DE PESSOAL DOCENTE 2016/2017, entre 22 de abril a 06 de maio, podendo ainda, dentro do mesmo prazo, acrescido de dilação de 2 dias úteis, proceder à submissão de documentos no âmbito deste concurso.
O prazo de candidatura ao Concurso Interno/Externo Extraordinário de Provimento é de dez (10) dias úteis contados do primeiro dia útil seguinte ao da publicação do presente Aviso na Bolsa de Emprego Público – Açores, fixado de 22 de abril a 6 de maio de 2016.
clicar na imagem para ver o aviso de abertura do concurso.
Publicitação das listas definitivas de Colocação, Não Colocação e Retirados e Lista de Colocação Administrativa de Docentes de Carreira – 28ª Reserva de Recrutamento 2015/2016
O governo compromete-se a celebrar contrato com jovens doutorados. Há 3 mil novas vagas para investigadores e docentes.
Outras medidas na educação:
– Limitar o número de alunos por turma (em particular nas escolas com dificuldades);
– Atribuir uma média de 70 mil bolsas anuais a estudantes carenciados;
– Desenvolver o Ensino Profissional;
– Progressiva gratuitidade dos manuais escolares no Básico e no Secundário;
Ficamos à espera de muitas outras que necessitam de ser implantadas… aguardemos pelo documento.
(clicar na imagem) in TSF by Vitor Rodrigues Oliveira
Está aberto procedimento concursal destinado a seleção de um docente com qualificação para a lecionação das disciplinas de Educação Visual e Tecnológica (2.º e 3.º ciclos) no grupo de recrutamento 240, num horário semanal de 22 horas, na Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa.