Governo vai mudar a lei que permite regresso de funcionários públicos à Caixa Geral de Aposentações

Governo vai mudar a lei que permite regresso de funcionários públicos à Caixa Geral de Aposentações

 

 

Executivo anterior travou essa possibilidade. Atual ministra do Trabalho está a preparar uma proposta de pedido de autorização legislativa, que já foi discutida no Conselho de Ministros desta semana.

O Governo vai mudar a lei que permite a reinscrição de funcionários públicos na Caixa Geral de Aposentações (CGA), para resolver o diferendo que opôs sindicatos e o anterior Executivo, através de uma proposta de lei de autorização legislativa a submeter ao Parlamento, apurou o ECO. O diploma até já foi ao Conselho de Ministros desta quinta-feira, adiantou a Frente Comum, mas ainda não terá sido aprovado. O ECO questionou o Ministério do Trabalho, que tem esta matéria em mãos, e aguarda resposta.

Em causa está um braço de ferro criado no final do ano passado entre as estruturas sindicais representativas do Estado, nomeadamente a Frente Comum, e o Ministério do Trabalho de Ana Mendes Godinho. Em julho de 2023, a CGA anunciou a possibilidade de os trabalhadores voltarem ao sistema, na sequência de várias sentenças de tribunais que deram razão aos funcionários públicos que estiveram inscritos antes de 1 de janeiro de 2006, depois saíram, e agora regressaram ao Estado.

Mas o então Governo de maioria absoluta socialista decidiu suspender essa circular em novembro até avaliar os seus impactos. Em cima da mesa já estava a alteração da lei por forma a evitar o regresso de trabalhadores à CGA. Mas os trabalhos ficaram por concluir, porque entretanto o Governo caiu com o pedido de demissão do primeiro-ministro, António Costa, a 7 de novembro. Essa matéria ficou na pasta de transição que Ana Mendes Godinho entregou à atual ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho.

Resta saber qual o conteúdo da proposta do Governo, isto é, se vai ou não cumprir com o que estava planeado pelo anterior: travar que funcionários públicos voltem a ser subscritores da CGA, depois de terem saído deste regime, e integrar apenas aqueles com sentenças de tribunais favoráveis.

A questão foi colocada esta sexta-feira à secretária de Estado da Administração Pública, Marisa Garrido, pelo coordenador da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (Frente Comum), Sebastião Santana. O líder sindical revelou que “foi ao Conselho de Ministros desta quinta-feira uma possível solução para o problema”, contudo, a secretária de Estado disse que, “na próxima semana faria um contacto para esclarecer” o diploma, “uma vez que não tinha na suja posse a documentação necessária”.

“Espero que o Governo diga à CGA aquilo que disse que ia fazer que é garantir a reinscrição de todos os trabalhadores que têm condições. A secretária de Estado não disse isso, mas também não disse o seu contrário”, indicou. E lembrou que “há um conjunto de muitas centenas de sentenças que ditaram que os trabalhadores cumpriam os requisitos para voltarem à CGA”. Por isso, “a Frente Comum não aceita outra solução do Governo que não seja essa”, alertou.

O coordenador da Frente Comum desconhece o número de trabalhadores que poderão voltar a inscrever-se na CGA, mas estima que serão “milhares”, designadamente, “professores, pessoal não docente e trabalhadores do SNS”.

“Muitos professores com contratos precários, que estavam na CGA antes de janeiro de 2006, viram os seus vínculos terminar com as férias letivas, no verão, e depois foram novamente contratados, deixando de poder estar inscritos na CGA. São esses casos, por exemplo, que deveriam voltar à CGA”, exemplifica. Mas também há outras situações de trabalhadores que ficaram desempregados ou até que foram para o privado e depois voltaram a desempenhar funções públicas.

Uma das razões que levaram os funcionários públicos a querer voltar à CGA tem a ver com o regime das baixas por doença, que é mais benéfico do que o da Segurança Social. Assim, na Caixa Geral de Aposentações, nos três primeiros dias de incapacidade, não há direito a compensação alguma, sendo que a partir do 4.º e até ao 30.º dia de baixa o trabalhador recebe 90% do ordenado. Na Segurança Social, os primeiros três dias também não são remunerados, mas a partir daí e até ao 30.º dia, o subsídio corresponde a apenas 55% do salário.

A partir de 1 de janeiro de 2006, a CGA passou a ser um sistema fechado e deixou de receber a inscrição de novos subscritores. Assim, os trabalhadores que iniciaram ou reiniciaram funções depois de 31 de dezembro de 2005 passaram a estar inscritos no regime geral da Segurança Social.

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Sindicato diz que Governo vai prorrogar contratos dos técnicos especializados das escolas

 

Numa reunião que teve lugar nesta sexta-feira, o secretário de Estado da Administração e da Inovação Educativa terá prometido desencadear um processo de regularização de 4000 técnicos.

 

 

Sindicato diz que Governo vai prorrogar contratos dos técnicos especializados das escolas

O Governo vai prorrogar os contratos dos técnicos especializados que trabalham nas escolas, para garantir o arranque do próximo ano lectivo sem perturbações, e comprometeu-se a regularizar a situação destes trabalhadores que têm contratos precários e asseguram necessidades permanentes. As medidas foram anunciadas pelo secretário de Estado da Administração e da Inovação Educativa, Pedro Dantas da Cunha, nesta sexta-feira durante uma reunião com o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap).

Para garantir que não haverá qualquer interferência no início do próximo ano lectivo e que as escolas têm os meios humanos necessários, adiantou ao PÚBLICO José Abraão, presidente do Sintap, os contratos dos técnicos especializados serão prorrogados.

 

 

 

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Oferta de emprego para contratação a termo resolutivo

Projeto de lista ordenada de graduação

Lista ordenada de graduação NOVO

Desistências

 

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Concurso Interno de Afetação

 

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Manual de Instruções – Dispensas Sindicais 2024

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No Conselho de Ministros foi aprovado…


“Aprovou ainda, após audição das estruturas representativas dos trabalhadores, um Decreto-lei estabelecendo um regime excecional e temporário, para o ano escolar de 2024-2025, que regula o concurso externo extraordinário de seleção e de recrutamento do pessoal docente da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário da Escola Portuguesa de Luanda – Centro de Ensino e Língua Portuguesa.”

 

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Prazo para matrículas novamente prolongado até 8 de julho

Prazo para matrículas novamente prolongado até 8 de julho

 

Período para renovação das matrículas devia terminar na sexta-feira, mas Ministério da Educação decidiu estender o prazo.

 

O prazo para a renovação das matrículas online de todos os alunos do 6.º ao 9.º ano e também do 11.º ano de escolaridade, que devia terminar na sexta-feira, foi novamente prolongado até segunda-feira, 8 de julho.

A informação relativa ao Portal das Matrículas foi avançada pelo Ministério da Educação em resposta por escrito enviada à Renascença.

O gabinete do ministro Fernando Alexandre explica que em causa estão “falhas de comunicação por parte do IGeFE [Instituto de Gestão Financeira da Educação] nas instruções às escolas para o carregamento de ofertas no âmbito do Ensino Artístico Especializado”.

Até às 16h00 desta quinta-feira, foram registadas 87.073 matrículas ou renovações de matrículas, indica o Ministério da Educação.

“As últimas falhas do Portal de Matrículas são alheias às empresas OutSystems e Babel, que têm vindo a colaborar com o IGeFE”, adianta a tutela.

Na semana passada, o ministro da Educação pediu desculpa às famílias devido às falhas no Portal das Matrículas terem levado a que muitos pais ficassem sem conseguir aceder à plataforma de matrículas do 6.º. 9.º e 11.º anos.

Aos jornalistas, Fernando Alexandre reconhece que o processo “está a causar transtorno” pela forma como está a decorrer.

O ministro da Educação pediu desculpa às famílias, esta quinta-feira, depois de falhas terem levado a que muitos pais ficassem sem conseguir aceder à plataforma de matrículas do 6.º. 9.º e 11.º anos.

Aos jornalistas, Fernando Alexandre reconhece que o processo “está a causar transtorno” pela forma como está a decorrer.

Por outro lado, o ministro não deixa de apontar “problemas graves” no ano letivo anterior – uma altura em que o Executivo ainda era liderado pelo PS.

“O Governo anterior decidiu mudar a plataforma, os trabalhos só começaram em março, começaram tarde e o que temos são duas empresas, que são empresas bastante cotadas e, por isso, acreditamos que vão conseguir ultrapassar rapidamente estes constrangimentos”, aponta.

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Fórum TSF: Problemas dificultam preparação do ano escolar

Fórum TSF: Problemas dificultam preparação do ano escolar

 

 

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Pais querem mais tempo para matrículas e professores ficam sem acesso aos computadores

Prazo para as inscrições do 6.º ao 9.º ano e 11.º termina esta sexta-feira e muitos pais ainda não conseguiram inscrever os filhos. A plataforma tem estado a funcionar de forma intermitente. Programa E360 também é utilizado por muitas escolas para lançar notas, estando muitos docentes impedidos de o fazer.

Pais querem mais tempo para matrículas e professores ficam sem acesso aos computadores

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Calendário do Concurso 2024/2025 (Atualizado com MPD)

Tendo em conta que o pedido da MPD começa dia 15 de julho, os resultados do concurso interno/externo terão de sair até dia 12 de julho, pois não faz sentido um docente escolher escolas da MPD se não tiver o resultado da sua colocação.

Neste quadro á encontramos alguns prazos confirmados a terminar em 22 de julho, são eles a validação pela ESCOLAS/DGE/DGESTE das Mobilidades por Doença e Estatutárias.

 

 

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David Erlich – Perdi os professores

Perdi os professores

 

Agora, caro leitor, estou em condições de partilhar um número que me impressionou: há pelo menos dez estabelecimentos em que o número de docentes do Quadro de Escola que querem sair é superior a 50.

Estão prestes a sair as listas de colocação do concurso interno de professores.

Não é um processo simples, este do concurso docente, em que cada professor certamente terá momentos em que se sentirá Joseph K.

Ora, há dois tipos de vínculo do docente de carreira ao Ministério de Educação: ou Quadro de Escola ou Quadro de Zona Pedagógica. Os primeiros podem não candidatar-se ao concurso interno e ficar sossegados na escola a que já pertencem.

Agora, caro leitor, estou em condições de partilhar um número que me impressionou: há pelo menos dez estabelecimentos em que o número de docentes do Quadro de Escola que querem sair é superior a 50.

Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, em declarações ao DN, partilhou que, tão certo como a aproximação à zona de residência ser o principal motivo, o facto de os professores “poderem não estar satisfeitos com aquela comunidade educativa para a qual estão a trabalhar” contribuirá também para esta opção.

Como pode uma comunidade confiar num projeto educativo do qual os professores, seus principais executores, fogem em massa? Como se pode assim fomentar o espírito de equipa? Que significado perpassará – em termos daquilo que em cada instituição se sente mas não se diz – o ambiente de uma escola onde, de junho para setembro, dezenas de professores desaparecem?

Em 2006, a classe docente insurgiu-se contra uma ministra que afirmou: “perdi os professores mas ganhei os pais e a população”. O que parece acontecer em algumas escolas é pior, pois dificilmente as direções escolares que perdem massivamente os professores com quem trabalham terão algum tipo de ganho junto de comunidades educativas assim abandonadas.

Quero ser claro: este não é um texto de defesa do regresso ao velho conselho executivo e à gestão dita “democrática”, mais herdeira de modelos pós-revolucionários do que das melhores práticas de gestão escolar das democracias ocidentais. A figura do Diretor, coadjuvado por uma equipa e eleito por um Conselho Geral com representantes dos vários setores da comunidade escolar, veio para ficar: foi uma reforma introduzida em 2008 e que dura até hoje.

Mas, é sim, este um texto de reflexão sobre a importância de promover Direções escolares que consigam fazer o essencial: proporcionar aos seus professores um ambiente de trabalho seguro, acolhedor, com regras claras, ações ágeis e lideranças próximas.

Tem-se abordado muito – e ainda bem – a necessidade de libertar os professores da burocracia. Mas há que sublinhar: isso deve incluir as Direções Escolares, tantas vezes forçadas a investir mais tempo na inutilidade de relatórios inócuos do que na proficuidade de, no quotidiano, liderar uma escola na prática: dialogando com professores, atendendo famílias, conversando com estudantes, monitorizando os corredores. Nas melhores escolas, nenhum professor se sente ilha isolada – sente-se parte de um arquipélago do qual não quer sair.

 

 

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Vaga para professor de português / francês nos EUA

A escola Milford High School, em Milford, Massachusetts, EUA, está a contratar um professor de português / francês (ou apenas de português ou de francês) para o próximo ano letivo (com a possibilidade de ficar cinco anos). O tempo de serviço conta em Portugal, através do Instituto Camões.
Podem enviar os CV para kperry@milfordma.com
Podem verificar o aviso de abertura do concurso em:

[https://docs.google.com/document/d/1-aZM_ynNAfL7roj7kL7QC2pHXa75xDEU/edit?usp=sharing&ouid=103901943131321498982&rtpof=true&sd=true](https://docs.google.com/document/d/1-aZM_ynNAfL7roj7kL7QC2pHXa75xDEU/edit?usp=sharing&ouid=103901943131321498982&rtpof=true&sd=true)

[https://docs.google.com/document/d/1jFA8F3EOJGxmLrCU0yYSW3YV4YJh2caX/edit?usp=sharing&ouid=103901943131321498982&rtpof=true&sd=true](https://docs.google.com/document/d/1jFA8F3EOJGxmLrCU0yYSW3YV4YJh2caX/edit?usp=sharing&ouid=103901943131321498982&rtpof=true&sd=true)

[https://docs.google.com/document/d/1WHoVGuExbBziz-3Ka6tPoMvXongkDnGu/edit?usp=sharing&ouid=103901943131321498982&rtpof=true&sd=true](https://docs.google.com/document/d/1WHoVGuExbBziz-3Ka6tPoMvXongkDnGu/edit?usp=sharing&ouid=103901943131321498982&rtpof=true&sd=true)

 

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Calendário da MPD

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Sem professores e entregues à selva digital – Paulo Prudêncio

Quem diria que as crianças e jovens das democracias ocidentais entrariam na terceira década do Século XXI entregues à selva digital e com falta de professores. E se qualquer das crises compromete o crescimento como pessoas livres respeitadas nos direitos fundamentais, a simultaneidade acentua preocupações. Discuta-se quatro causas comuns bem identificadas: internet, recursos digitais para o ensino, “Reconhecimento de Padrões” – mais divulgado como Inteligência Artificial (IA) – e desinvestimento na Educação.

Antes do mais, recorde-se que mudámos de milénio ancorados na sociedade em rede e com esperança numa economia como a “maré enchente que faria subir todos os barcos”. A internet generalizava-se. Usava-se software com vasto alcance administrativo. As atmosferas organizacionais melhoravam. Crescia a produtividade. Desejava-se mais tempo livre. Não se rivalizava a tecnologia com a natureza. O humano era o centro do meio ambiente político e económico.

Contudo, Manuel Castells, o sociólogo optimista da viragem do milénio (“A galáxia da internet” e “A sociedade em rede”), alertava, em 2023, para uma mudança veloz: “muita gente aceitou o advento da internet como uma tecnologia de liberdade e libertadora. Só que “livre” nem sempre significa “boa”.”

E a Educação espelhou um lado negativo dessa mudança. Acima de tudo, pelos excessos no uso da internet e na exposição ao “enxame digital” das “gigantes da web que nos querem controlar” (cf. Naomi Klein). Quando, em 2019, se conheceu a sua hierarquia de investimentos – ensino à distância, 5G, telemedicina, drones e comércio online -, temeu-se a abertura de mais espaço ao isolamento físico e à adicção tecnológica de crianças e jovens, e que, noutra perspectiva da mesma família, a engenharia financeira e sociológica reduzisse o número de professores através da tele-escola 2.0. A aceleração digital na pandemia confirmou o temor: identificou-se de imediato os efeitos dos assistentes educativos digitais desde os primeiros anos de vida e do ensino à distância.

Mas já era tarde para a maioria das democracias ocidentais. Em Portugal, só em 2022 se assumiu a falta estrutural de professores e os excessos no uso de telemóveis e afins. O estado de negação foi longo e o pêndulo da condição humana começou a oscilar entre a euforia e o pânico. Agora, é crucial perceber as ligações, e as tensões, entre as duas crises, analisar cada uma e acelerar o tempo de recuperação.

No flagelo da falta de professores, negligenciou-se o clima escolar como o cerne da fuga. Os partidos do “pacto de regime para a Educação” – que vigora desde os primórdios deste século e que colocou em regressão os notáveis progressos preparados nos 30 primeiros anos da democracia -, nada aprenderam. Veja-se, como síntese da fatal desconfiança nos professores, o debate na Assembleia da República, no dia 21 de Junho de 2024, sobre a burocracia insensata a propósito do projecto MAIA.

Agravou-se, porque esse pacto fez dos professores guardadores das crianças e jovens. A trágica “escola a tempo inteiro” retirou a sociedade das responsabilidades educativas. Eliminou as crianças, e as suas livres brincadeiras, do espaço público. Impôs-lhes horários fabris de 40 a 50 horas semanais na escola, com curtos intervalos brutalmente silenciados pela adicção tecnológica, e empurrou para o esquecimento educativo as 128 ou 118 horas semanais fora da escola.

Portanto, quando li na capa do Expresso, de 24 de Maio de 2024, que “há crianças de 11 anos dependentes de pornografia online; em Portugal, 40% dos rapazes e 26% das raparigas entre os 9 e os 16 anos já viram conteúdos pornográficos através de pesquisas online”, esperei, em vão, pelo imediato alarme mediático. Em vão porque estes dados do “EU Kids Online”, financiado pela Comissão Europeia, são de 2019 – imagine-se agora – e inaudíveis nas sociedades da “escola a tempo inteiro”. As bolhas política e mediática só se alarmam se puderem culpar as escolas e os seus professores. 

No mesmo âmbito, o Conselho da União Europeia agendou o desespero com os influenciadores das redes sociais (estude-se Andrew Tate). São, de longe, os mais “googlados”. Radicalizam os adolescentes em valores misóginos e de obediência violenta das raparigas. Os jovens seguem-nos, como o farão na altura de votar numa cultura política sociopata, insensível ao sofrimento, alimentada pelo ódio e sem qualquer sinal de empatia.

Seria imperdoável não combater estruturalmente estas crises. Na falta de professores, comece-se pela confiança. Esse regresso exige um corte epistemológico com a vigente incomunicabilidade entre as ciências da educação e as da gestão e administração. Altere-se radicalmente teorias, conceitos e métodos. O professor e a pedagogia têm que liderar uma gestão escolar propriamente dita, que desespera por “Reconhecimento de Padrões” no tratamento de dados e não tanto no ensino; e elimine-se os modelos autocratas de gestão e avaliação de escolas e de professores.

Aliás, só escolas plenamente democráticas elevarão o respeito pelos direitos fundamentais; embora exijam professores doentes de esperança e alunos livres de adicções. Para isso, actue-se na entrega, na sociedade e na escola, das crianças e jovens à selva digital, e não se use a IA como a inevitabilidade da sociedade do futuro. Já nem é tão consensual que projecte a economia para outro patamar de produtividade, ganhos e distribuição. Pelo contrário, como defende Daron Acemoglu, co-autor do célebre “Porque Falham as Nações” (e, já agora, falham quando desinvestem na Educação).

Em suma, não se deixe este legado. Que, daqui a uma ou duas gerações, nenhuma adolescente portuguesa de 14 anos diga, como em 2023, a um canal televisivo sobre a proibição de telemóveis: “ai agora? Mas agora já está tudo agarrado”.

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CGA – Desta Vez pelo SIPE

Porque as decisões de reintegração na CGA já foram notícia o ano passado através do SPZN aqui.

 

REINCRIÇÃO NA CGA – TAF DO FUNCHAL DÁ RAZÃO AO SIPE!

 

No início do corrente ano de 2024, o Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE) comprometeu-se a desbravar um novo caminho em busca da reposição das ilegalidades cometidas com milhares de Docentes que viram eliminado o seu vínculo de subscritor com o subsistema da Caixa Geral de Aposentações, interpondo um conjunto de ações judiciais junto dos Tribunais Administrativos e Fiscais (TAF) espalhados ao longo de todo o território nacional.

Nestas contendas estão em causa a interpretação e aplicação erradas da legislação de 2006 por parte da Caixa Geral de Aposentações que, à revelia daquela legislação, impossibilitava o direito de os Professores continuarem com o vínculo ativo da CGA, por alegadamente terem extinguido as funções públicas, no seguimento da cessação dos vários contratos de trabalho em funções públicas a termo resolutivo.

Volvido este período, eis que chega a primeira Sentença Judicial proferida pelo Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal que atribui total procedência a uma das ações judiciais aí iniciadas. O SIPE GANHOU A AÇÃO!   Recordamos que o SIPE interpôs ações em  14 Tribunais Administrativos e Fiscais espalhados por todo o território nacional. Esta foi a primeira decisão e foi favorável.

Embora circunscrita a um número limitado de Docentes, associados do SIPE (apenas os que são Autores nesse processo), tal sentença é um bom prenúncio para as subsequentes ações judiciais que se encontram ativas nos vários Tribunais Administrativos e Fiscais.

 

Vale sempre a pena lutar!

 

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Mobilidade de docentes por motivo de doença – 2024/2025

Aplicação eletrónica disponível entre o dia 2 de julho e as 18:00 horas de 18 de julho de 2024 (hora de Portugal continental) para efetuar o preenchimento e a extração do Relatório Médico.

Decreto-Lei n.º 41/2022

Aviso de Abertura MPD 2024/2025

Despacho n.º 7716-A/2022

Manual de Instruções – Regime de Mobilidade de Docentes por Motivo de Doença – Relatório Médico

SIGRHE

 

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Quando a morte por homicídio começa a tornar-se banal entre jovens…

 

Sem pretender que este texto seja uma “crónica criminal ou policial”, não pode, contudo, deixar de se notar a sucessão de notícias, dando conta de vários homicídios entre jovens, perpetrados com recurso a armas brancas, muitas vezes através de facadas, e quase sempre por motivos absolutamente fúteis…

Verdadeiramente assustador, e muito preocupante, pensar que um jovem seja capaz de recorrer à violência extrema, acabando por matar outro jovem, sem quaisquer motivos atendíveis, se é que neste caso isso possa existir, ou sequer enquadráveis no direito de legítima defesa, que assiste a todos os cidadãos…

Que valor terá a Vida para esses jovens homicidas?

Estarão convencidos de que a vida real funciona como um qualquer videojogo, onde cada jogador pode ter várias vidas?

Estarão convencidos de que a vida real funciona como um qualquer videojogo, onde a ideia de imortalidade é, recorrentemente, veiculada de forma perversa e capciosa?

Ao que tudo indica, poderemos estar perante jovens incapazes de prever e de antecipar as consequências de determinados actos, iminentes praticantes de acções absolutamente irreflectidas…

Ao que tudo indica, poderemos estar perante jovens que manifestam uma notável imaturidade emocional e um incontornável descontrole emocional, mostrando-se incapazes de gerir determinadas frustrações…

A procura de confrontos individuais e/ou de grupo funcionará muitas vezes como uma fonte de adrenalina, quase como se se tratasse de uma dependência química, onde não existe qualquer obstaculização moral e ética à prática de determinados crimes ou de comportamentos violentos…

A prática de acções violentas decorrerá, assim, com toda a “normalidade” e desfaçatez…

Em resumo, esses jovens serão comandados pela irresponsabilidade e pela impulsividade, que os levará à prática de agressões contra terceiros, potencialmente fatais…

A crueldade com que muitos desses actos são praticados denuncia a ausência de empatia e de sentimento de culpa, assim como o desrespeito total pelos direitos do outro…

Sem generalizações abusivas e sem visões catastrofistas, não há, contudo, como ignorar ou escamotear esta realidade:

– Parece que estamos a criar seres humanos monstruosos, capazes das maiores atrocidades e isso não pode deixar de nos preocupar a todos, enquanto cidadãos, profissionais de Educação ou mães e pais…

Entre jovens, parece que matar alguém ameaça tornar-se num acto banal…

Jovens sem qualquer noção da tragédia, da infelicidade e do sofrimento causados pelo acto de matar alguém, em particular nas famílias das vítimas, mas também nos seus próprios familiares…

É verdadeiramente aterrador imaginar que algum desses jovens homicidas possa ter tirado a vida a alguém por mero divertimento…

 

Paula Dias

 

 

 

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Plataformas do Século XX

Esta plataforma é mais um exemplo daquilo que não deve ser feito em pleno século XXI.

É esta plataforma e outra sobre os Classificadores das provas, o PAEB, o ENEB e o ENES.

 

 

Esta plataforma é tão ridícula para o fim a que se destina que nem é necessário criar “Ações de Formação” para o pré-escolar e o 1.º Ciclo, só mesmo a partir do 5.º ano.

 

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Próximo ano letivo tem “tudo para começar mal”

 

O tempo de serviço congelado dos professores dificilmente começará ser devolvido em setembro, tal como foi acordado com os sindicatos, porque o processo está atrasado, denuncia Cristina Mota.

Próximo ano letivo tem “tudo para começar mal”

O ano letivo 2024/25 tem tudo “para começar mal”. O aviso é do movimento Missão Escola Pública. À Renascença, a porta-voz Cristina Mota diz que, em setembro, vai haver ainda mais alunos sem professores.

Apesar de todos os anúncios feitos pelo Ministério das Educação, “na prática nada foi implementado”, alerta.

“Nós consideramos que o início do próximo ano letivo vai ser caótico e consideramos que iremos ter um maior número de alunos sem professor no início do ano. Lembramos que temos menos professores, porque um grande número se aposentou, e além disso temos cerca de mais 19 mil alunos na nossa escola pública”, afirma Cristina Mota.

A complicar ainda mais as contas, estão os atrasos na divulgação dos resultados dos concursos de professores, sublinha a Missão Escola Pública.

“Temos cerca de 100 mil professores a aguardar o concurso interno e o concurso externo e só após a divulgação das listas de colocação, é que terá lugar o concurso de mobilidade interna e também de contratação. Estes professores que agora estão a aguardar a divulgação das listas, também eles têm filhos, precisam de organizar a sua vida, mas não estão a conseguir, porque não sabem onde vão lecionar em setembro”, diz Cristina Mota.

Segundo a porta-voz do movimento Missão Escola Pública, o tempo de serviço congelado dos professores dificilmente começará ser devolvido em setembro, tal como foi acordado com os sindicatos, porque o processo está atrasado.

“Verificamos também que não foi conhecido o diploma que se refere à recuperação do tempo de serviço, ao contrário do que tem sido anunciado pelo gabinete do senhor ministro, o problema não está resolvido, o diploma não está conhecido e tendo em conta o período de férias dos serviços administrativos das escolas, em setembro vai ser praticamente impossível algum professor ver o tempo de serviço contabilizado, conforme está no acordo”, diz.

A porta-voz do movimento “Missão Escola Pública” lembra que ainda não há nada definido relativamente às ajudas de custo para professores deslocados, nem medidas para combater a falta de docentes.

 

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Falhas no Portal das Matrículas geram centenas de reclamações

Os vários problemas verificados na utilização do Portal das Matrículas geraram indignação entre inúmeros encarregados de educação que, desde sábado, começaram a registar centenas de reclamações no Portal da Queixa dirigidas ao Ministério da Educação.

Falhas no Portal das Matrículas geram centenas de reclamações

 

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Desinstalar o Umbrella Para Acederem à NET

É seguirem estes 3 passos e depois reiniciarem o PC e ficam com o Portátil do MECI novamente ativo para acederem à Internet.

 

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Entrei no Modo Férias

Garanto que nem farei qualquer esforço para recuperar o meu portátil, nem toda a informação que ele tem para o final deste ano letivo e para o arranque do próximo.

 

Atualizado: Saí agora do modo férias para ir direito ao oftalmologista.

Quem diria que o 6 minúsculo no número de série era afinal um 8.

Números de séries minúsculos para quem tem mais de 55 é um martírio.

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Nova Reunião Sobre a Medicina no Trabalho (04/07/2024)

Tendo em conta o interesse manifestado por cada vez mais docentes, vamos fazer nova sessão/reunião de divulgação, esclarecimento e orientações sobre a Medicina do Trabalho no próximo dia 4 de julho (21h30).

Carta Enviada aos Diretores

 

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Informação Útil para Alterar DNS

Deixado num comentário no Facebook do Blog para os problemas de acesso dos Portáteis do MECI na ligação à INTERNET.

De seguida vamos fazer a alteração do DNS

7 – De novo ao menu Definições/Configurações e em Rede e Internet;
8 – Desça a página até encontrar Definições avançadas de rede
9 – Clique em Alterar opções de adaptador;
10 – Na placa de rede “WI-FI” clique com o botão direito;
11 – Clique em Propriedades;
12 – Na janela que abrir, procure por Protocolo IP Versão 4 (TCP/IPv4) e clique em Propriedades;
13 – Habilite a opção obter o endereço dos servidores DNS automaticamente, em vez de Utilizar os seguintes endereços de servidor DNS (…)
14 – Ok
15 – Fechar
16 – Feche todas as janelas

 

 

ATUALIZAÇÃO:

 

Esqueçam isso… não funciona o DNS muda após alguns segundos para 127.0.0.1 ou seja localhost.
solução : remover umbrella…

 

O DNS se colocarem o da google: 8.8.8.8 deve resolver o problema. Também podem ir em “Procurar” a “Serviços” e desligar o serviço “Umbrella Roaming Client” que está a comunicar com uma firewall do ministério e que causa os problemas de internet

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Todos os Serviços do MECI Em Reparação

Todos os serviços do MECI que usam a base do E360 estão em manutenção baixo.

O maior problema encontra-se ma plataforma do Portal de Matrículas, com prazos a decorrer e já alargados para os alunos do 6.º ao 9.º ano e 11.º ano. E por este andar será mais uma vez prolongado o prazo, quiça até agosto (cof, cof).

Mas outras plataformas também estão em baixo, nomeadamente alguns espaços para monitorização de medidas (ufff, maravilha) da DGE.

Dizem que os portáteis do MECI entregues aos professores estão com problemas de DNS e é preciso desligar o “Guarda-Chuva” (imagem, em pleno verão, como não havia de ser essa solução).

Estamos entregues aos Técnicos Informáticos dos Contratos do MECI para terminar um ano e começar outro.

O que vale é o Futebol que por estes dias marcam os noticiários e a esperança dos Portugueses em acharem-se os melhores da Europa e do resto do mundo.

 

 

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