Volto a Perguntar

Porque não aplicou essa teoria enquanto ministra e deixou aberta a possibilidade da prova ser alargada a todos?

Não discordo dos princípios apresentados ultimamente por MLR, mas lembro-me bem que em 2007 não eram esses os princípios que defendia.

“Milhares estão a ser atirados para fora do sistema educativo”

 

 

No que é que esta tão contestada prova de avaliação dos conhecimentos dos professores contratados [que vai ser feita pela primeira vez dia 18] do ministro Nuno Crato é diferente da sua, que criou quando era ministra?

 

Quando colocámos essa prova no ECD [na revisão feita em 2007] a ideia era criar um patamar de igualdade de condições para todos os professores. No concurso, os professores são colocados na chamada lista graduada em função da nota com que saem do curso de licenciatura e do tempo de serviço. Esta nota de fim de curso vale para o resto da vida, nunca mais tem actualização, mesmo que o professor faça um mestrado ou um doutoramento. O que acontecia, com anos e anos desta prática, é que isto estava muito distorcido: no último concurso que tínhamos feito, os únicos professores primários que tinham conseguido vinculação vinham de um instituto que formava professores, que era uma escola totalmente desconhecida, à frente de professores que saiam das escolas superiores de Lisboa, do Porto, etc… porque a nota é que contava e aqueles tinham melhor nota.

Detectámos algumas práticas. A nota de fim de curso era instrumentalizada por algumas escolas — escolas que, para atrair alunos, davam notas mais elevadas. A ideia da prova [de avaliação de conhecimentos] era minimizar os efeitos desta nota de fim de curso criando uma prova igual para todos. Recordo-me de ter discutido com as universidades a ideia de que esta prova podia ser feita pelas próprias universidades, que se punham de acordo e, no final do curso, fazia-se a prova para acabar com as diferenças das notas de fim de curso quando elas não correspondia a diferenças reais no nível de conhecimentos e de competências dos professores que se candidatavam….

 

Não era mais fácil assegurar que a formação no ensino superior tem qualidade? O Governo não tem instrumentos para garantir a qualidade da formação que financia?

 

O Ministério da Educação não tinha, naquela altura, a tutela do ensino superior…

 

Sim, mas havia o Ministério do Ensino Superior…

 

As universidades têm um regime de autonomia no nosso sistema que não permite…

 

Há uma agência de avaliação que avalia os cursos…

 

A agência foi criada entretanto, nesse Governo, justamente com a percepção de que a forma de intervir e de regular era avaliando, mas tudo isso foi posterior. E a prova que instituímos no ECD deixou de ser urgente. Porque se accionaram outros mecanismos, foram colocadas exigências às universidades, aos cursos de formação de professores (por exemplo, no 1.º ciclo passaram a ter componentes de Matemática e de Português que antes não tinham). Portanto, não se agiu só com a introdução da prova. Agiu-se num conjunto…

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5 comentários

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    • Carmo Roby on 15 de Dezembro de 2013 at 20:05
    • Responder

    Subscrevo a sua opinião! Quando lá esteve, fez-nos ir visitar “a capital do império” várias vezes!

    • Professor on 16 de Dezembro de 2013 at 10:14
    • Responder

    O outro blogue (que esteve no jantar oferecido pelo então candidato Passos Coelho) censura e distorce sistematicamente as entrevistas da MLR .Este critica-a, mas, ao menos, cita-a textualmente.

    • Professor on 16 de Dezembro de 2013 at 10:30
    • Responder

    O outro blogue (que esteve no jantar do, então, candidato Passos Coelho) em vez de publicar textualmente as declarações da MLR, começa por as tirar do contexto para depois as distorcer.Ao menos este critica-as, mas não as tira do contexto.

    • blagh... on 16 de Dezembro de 2013 at 12:45
    • Responder

    Mais uma que dá o dito pelo não dito… Parece que já se esqueceu do que fez… Mas a verdade é que o principio que agora defende ainda é muito atual, já que se sabe que em muitos locais as notas são inflacionadas, quando não se pode até escolher apenas algumas notas para a média final… Onde está a justiça de quem teve de utilizar as notas de 5 anos?? Mas claro nisso não interessa fazer nada…

  1. AH AH AH esqueceu-se do que fez? Colocou educadores de infância com bacharelato em Educação de Infância em escolas secundárias não agrupadas e a avaliar docentes de áreas curriculares do ensino secundário no 8.º escalão da carreira (índice 299) e com Doutoramento (antes Bolonha) pela Universidade de Lisboa. AH AH AH agora vem falar … dá o dito pelo não dito? Então, reconheceu todos os cursos e cursilhos dos institutos particulares e desautorizou as maiores universidades portuguesas, tais como a Universidade do Porto e Universidade de Lisboa? Ah Ah Ah E qual é o seu currículo?

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