29 de Setembro de 2025 archive

FENPROF, no MECI, exige que revisão do ECD avance já!

Todos agradecem que se melhore a qualidade do som nestas conferências, porque quase nada se percebe.

 

FENPROF, no MECI, exige que revisão do ECD avance já!

 

A FENPROF participou, esta segunda-feira, numa reunião preparatória para as negociações da revisão do Estatuto da Carreira Docente (ECD), convocada pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI).

Nesta reunião, os responsáveis do governo não apresentaram qualquer documento à discussão, mas foi possível perceber que a intenção do MECI é prolongar a negociação da revisão do ECD até ao final do ano de 2027, o que implicaria a publicação e consequente entrada em vigor do diploma apenas no ano de 2028, condições que a FENPROF rejeita. A posição da FENPROF é clara: as negociações deverão decorrer durante este ano letivo (2025/2026), de modo a permitir que o novo Estatuto da Carreira Docente entre em vigor já no ano letivo 2026/2027.

Recorde-se que, há um ano, a FENPROF não assinou o protocolo negocial de revisão do ECD por este não “prever a duração do processo negocial e a data de entrada em vigor do novo diploma, mas também por não clarificar e priorizar, na agenda negocial, matérias como a estrutura da carreira docente, os índices remuneratórios e a avaliação do desempenho docente”.

Importa dizer que a FENPROF não aceitará um processo negocial que não só não recupere o atraso, como prolongue a revisão do ECD e a sua entrada em vigor até ao final da legislatura. A FENPROF não dará acordo a um protocolo que não coloque à cabeça as matérias em que mais urge intervir para valorizar a carreira e a profissão docente, o eixo verdadeiramente decisivo para combater o problema estrutural da falta de professores, que, como se constata, cresce em número e alastra geograficamente.

Da proposta de revisão do ECD que a FENPROF já entregou a este ministério, construída com o envolvimento de milhares de professores em centenas de reuniões, merecem destaque:

– Valorização dos índices salariais dos 10 escalões da carreira, particularmente os iniciais, com o topo equiparado ao da carreira técnica superior da Administração Pública;

– Encurtamento da duração da carreira, fim de vagas e quotas e contagem integral do tempo de serviço efetivamente prestado – eliminando todas as ultrapassagens e compensando os docentes que, tendo sido penalizados, não recuperaram ou recuperaram apenas em parte, o tempo de serviço congelado;

– Horários de trabalho dignos, com uma componente letiva de 20 horas semanais para todos os setores e ciclos de ensino, considerando todo o trabalho direto com alunos como componente letiva e revertendo as reduções por idade e tempo de serviço para a componente individual de trabalho;

– Apoios à deslocação nos termos da restante Administração Pública;

– Incentivos à fixação em zonas carenciadas idênticos aos da carreira médica;

– Um regime de aposentação que tenha em conta a especificidade da carreira docente.

A FENPROF irá para estas reuniões com propostas concretas, exigindo que o governo assuma as suas responsabilidades. O tempo de adiar acabou: é urgente devolver dignidade, atratividade e futuro à profissão docente.

 

O Secretariado Nacional da FENPROF

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Vai ser mais fácil aceder à profissionalização de professores

Os milhares de professores que entraram nas escolas apenas com habilitação própria vão ter mais instituições para fazer a profissionalização e o acesso à formação será desbloqueado para os recém-chegados, revelou hoje a Federação Nacional da Educação (FNE).

Vai ser mais fácil aceder à profissionalização de professores

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Carreira docente. Governo quer acabar com quotas e valorizar escalões

O ministro da Educação promete simplificar o estatuto da carreira docente assim que regressar o processo negocial. Fernando Alexandre quer acabar com as quotas e valorizar os escalões iniciais.

Carreira docente. Governo quer acabar com quotas e valorizar escalões

 

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Declaração de Pedro Barreiros, SG da FNE, à saída da reunião de hoje com o MECI

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Uma nota simples sobre negociações do ECD à atenção dos sindicatos. – Luís Sottomaior Braga

Há muita coisa para negociar.
ADD, Estatuto no sentido de medidas de reforço de dignidade profissional, tempo de trabalho, assistência na doença, CGA, Segurança social, participação democrática na gestão das escolas, etc
Vamos começar por falar de salário?
Entre 2007 e 2026, contabilizando os anos todos e as retenções de progressão e ainda os descontos mensais de 5% de salário e perdas de subsídios de Natal e Férias perdi, aproximadamente, em acumulado do salário a que tinha por lei direito (a lei do tempo em que “assinei contrato” na profissão) cerca de 45 mil euros.
Nesses anos, passei 12 anos no 2º escalão e, depois de descongelado, cerca de 1 e meio em cada um dos outros, até ao ponto em que, ainda agora, estou atrasado, face ao previsto no início, mas, em 2026 (Dezembro) estarei no 8º escalão.
Com a recuperação operada até 2027 ainda chego ao 10º antes de me reformar e fico nele cerca de 7 anos (tenho hoje 53 anos).
No tempo em que estive no 2º devia ter chegado ao 6º e não passei de 4 escalões abaixo (ainda apanhei o recuo de voltar a subir degraus, negociado no tempo de Maria de Lurdes, mas vamos ignorar essas contas, por agora).
Numa comparação linear a carreira que tive até 2026 fez-me receber aproximadamente menos um total de 45 mil euros do que o que estava previsto.
Recebi em média a menos, cerca de 3400 euros ano e aproximadamente menos uns 240 euros mês.
Fazendo as contas, para mim e para muitos outros, que tem agora à roda de 50/60 anos, isso significa que, mesmo com a recuperação, para compensar as perdas acumuladas (que se repercutiram em salário, mas, também, e é pior, em descontos para a reforma) o Estado terá de aumentar o salário base dos meus escalões de carreira futuros uns 10 a 15 %.
15% de aumento do valor base (levando em conta a correção da inflação) era o valor calculado que daria como base de partida para uma negociação de atualização dos escalões.
E não é um valor mandado ao ar.
Além da quebra vinda de inflação ser alguma tem de se juntar isto que é só o montante que deixamos de ganhar….
Nem é realmente acréscimo: é compensação de perda acumulada.
E, de facto, aos que já estão na carreira desde os anos 90 ou inícios de 2000 isso nem era aumentar nada.
Era só devolver o que se retirou e, tão pacificamente o aceitamos, na hora de aperto das finanças públicas.
Esses 45 mil euros por cabeça geram números grandes.
Ora vejam: se houver uns 80 mil professores com uma situação parecida comigo, com essa média de perda acumulada, isso dá uma perda somada, nos anos passados, para o conjunto, de 3.600.000.000 euros (nós, função pública, fomos o superativ, que pagamos com o que perdemos, mesmo continuando a trabalhar tanto ou mais).
Se a perda for compensada nos próximos 15 anos (a parte restante da carreira), a 14 meses de vencimento, implica pagar a cada um deles pelo menos uns 215 euros mais, em média, cada mês.
Só para compensar a perda e ajudar a melhorar reformas (além de salários).
 É tomar como ponto de partida esses 45/50 mil euros de perda total (nunca devolvida: “devolver o tempo” é acrescentar ao salário presente, mas não é devolver a perda passada) e dividir pelo tempo até à reforma e acrescentar ao salário.
Esse é um caminho de cálculo da reforma salarial da carreira.
As contas podem fazer-se de várias maneiras mas dão atualização de escalões entre 10 a 15%.
No meu caso, nos 13 anos que me faltam até aos 67, significaria receber uns 240 euros mais por mês para compensar a perda média mensal (esbulho nunca devolvido, insisto) de cerca de 155/mês dos anos que ficaram para trás desde o primeiro congelamento.
E não baralhemos, por agora, com acertos de inflação, acertos na duração dos escalões, etc.
Na minha avaliação, a negociação salarial vai ser bem sucedida se, no fim das contas nos próximos 15 anos, pelo menos, receber os 45 mil acumulados e nunca devolvidos que me tiraram desde o 1º congelamento.
Uns 10 a 15% mais no valor dos escalões atuais….
Faltam professores. Paguem e melhorem a nossa vida que talvez comecem a ter vias de resolver o problema.
Luís Sottomaior Braga

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Assina – Reposicionamento Justo na Carreira Docente e Garantia de Princípios Constitucionais e Europeus de Igualdade Profissional

 

ASSINA

Reposicionamento Justo na Carreira Docente e Garantia de Princípios Constitucionais e Europeus de Igualdade Profissional

A presente iniciativa legislativa surge da necessidade urgente de corrigir uma grave e prolongada situação de injustiça e desigualdade que afetava à data de 2018, aproximadamente, 56.000 docentes do ensino público em Portugal, sendo certo que tal número deverá estar próximo dos 30.000, atualmente. Trata-se de professores que, tendo ingressado na carreira antes de 2011, foram ultrapassados em termos de progressão e remuneração por colegas com menos tempo de serviço, em virtude de regimes legais e regulamentares desarticulados e casuísticos.
O problema tem origem, entre outros, no impacto assimétrico provocado por diplomas como o Decreto-Lei n.º 15/2007, o Decreto-Lei n.º 270/2009 e, mais recentemente, pela Portaria n.º 119/2018, de 4 de maio, que definiu regras de reposicionamento apenas para os docentes que ingressaram na carreira entre 2011 e 2017, ignorando os que já pertenciam aos quadros. Esta discriminação, materialmente injustificada, criou situações de ultrapassagem salarial entre professores com igual ou superior tempo de serviço e igual mérito profissional.
Esta situação fere diretamente preceitos da Constituição da República Portuguesa (CRP), nomeadamente:
O artigo 13.º, que consagra o princípio da igualdade e proíbe discriminações arbitrárias;
O artigo 59.º, n.º 1, alínea a), que impõe a retribuição igual por trabalho igual;
O artigo 47.º, que garante o acesso à função pública em condições de igualdade;
O artigo 18.º, n.º 3, que determina que os direitos fundamentais não podem ser diminuídos por leis ordinárias.
Adicionalmente, esta desigualdade contraria o direito da União Europeia, em particular:
O artigo 20.º da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, que consagra a igualdade perante a lei;
O artigo 21.º, que proíbe todas as formas de discriminação;
A jurisprudência consolidada do Tribunal de Justiça da União Europeia, que considera ilegítimas as desigualdades salariais não justificadas objetivamente dentro da mesma categoria profissional.
O Estatuto da Carreira Docente (ECD), designadamente no seu artigo 54.º, também prevê a valorização do tempo de serviço como critério de progressão, o que reforça a ilegitimidade de práticas que ignorem esse fator para fins de reposicionamento.
A injustiça sentida diariamente nas escolas públicas tem gerado desmotivação, instabilidade e abandono da profissão por parte de docentes experientes e altamente qualificados. Este fenómeno contribui para a crescente escassez de professores, o que compromete a qualidade da educação pública e o direito ao ensino consagrado no artigo 74.º da CRP.
Neste contexto, o presente projeto de lei pretende:
. Reconhecer todo o tempo de serviço dos docentes anteriormente ignorado;
. Corrigir as ultrapassagens criadas por regimes legais parciais;
. Assegurar a equidade na progressão e reposicionamento;
. Restaurar o prestígio e a atratividade da carreira docente, pilar essencial de uma escola pública de qualidade.
Apela- se ao Parlamento faça cumprir o compromisso assumido com a aprovação das várias Propostas de Resolução sobre a matéria, no dia 6 de março de 2025.
O Parlamento é chamado a intervir com firmeza para repor a justiça e garantir que nenhuma carreira pública possa ser estruturada sobre bases que contradigam os mais elementares princípios do Estado de Direito Democrático.

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