Ministro da Educação otimista sobre negociação com professores: “Fomos ao encontro das expectativas”
Fernando Alexandre já tinha dito estar disponível para fazer “alguns ajustamentos” à proposta que apresentou aos sindicatos para a recuperação do tempo de serviço. Próxima reunião a 13 de maio.
O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, assumiu esta quarta-feira, em Maputo, estar otimista sobre o processo negocial para recuperação do tempo de serviço congelado aos professores, antecipando as reuniões de segunda-feira com os sindicatos.
“Penso que há razões para estarmos otimistas. Os sindicatos reconheceram que em muitas dimensões fomos ao encontro das expectativas”, disse o governante, questionado pela Lusa à margem do III Encontro das Escolas Portuguesas no Estrangeiro, que decorreu em Maputo.
O ministro já tinha dito em 3 de maio estar disponível para fazer “alguns ajustamentos” à proposta que apresentou aos sindicatos para a recuperação do tempo de serviço congelado aos professores.
“Nós temos abertura para melhorar a nossa resposta, para que responda melhor às reivindicações dos professores e do sistema educativo”, disse Fernando Alexandre, nesse dia, no final da primeira ronda negocial com as 12 estruturas sindicais representativas dos professores.
Antes, os sindicatos ficaram a conhecer a proposta do executivo que quer devolver faseadamente os seis anos, seis meses e 23 dias de tempo congelado a uma média anual de 20%, começando em setembro deste ano.
Todos os sindicatos pediram uma recuperação mais rápida, que não sejam esquecidos os docentes que estão à beira da reforma e que o executivo deixe cair a ideia de revogar o diploma (decreto-lei 74) que implementou mecanismos para acelerar a progressão na carreira.
“Estamos abertos a fazer alguns ajustamentos à proposta que fizemos agora”, anunciou Fernando Alexandre, no final da reunião de 03 de maio.
A próxima reunião negocial do ministério com os sindicatos de professores está agendada para segunda-feira, 13 de maio.
2 comentários
A questão é, vai o governo continuar com a proposta absurda de revogar o decreto do chamado “acelerador” (que mais não é que uma pequena compensação aos que os governos PS puseram na miséria eterna, permitindo-lhes acederem ao 5.º e 7.º escalões, sem necessitar das famigeradas vagas)?
Se continuar com esta proposta, vai atirar estes profissionais, que estão agora na casa dos 40 e tal anos, e estão nos escalões mais baixos (3.º ou 4.º), para a eterna miséria. Não passarão muito para além do 4.º escalão em toda a sua carreira, acabando-a, daqui a 20 anos, num misero 5.º ou 6.º escalão.
Ficarão 20 anos com um ordenado de treta, para um licenciado ou mestrado, responsável anualmente por centenas de alunos. Terá uma vida de caca e dará condições efémeras e pobres à sua família.
Ficará, daqui a 20 anos, com uma reforma de miséria, que o atirará para a miséria na velhice.
É para isto que este governo foi eleito?! Para cumprir promessas à custa de malfeitorias que nunca foram publicitadas durante a campanha?!
Se acabarem com o acelerador (o que nunca foi dito antes de ganharem as eleições e tomarem posse), estarão a trair dezenas de milhar de professores, e das suas famílias, muitos dos quais confiaram na AD para mudar para melhor o panorama decrépito das carreiras e condições de vida dos professores.
Se acabarem com este diploma e os seus efeitos para com quem está nos escalões que referi, nunca a AD verá o meu voto para nada. E o mesmo digo de quaisquer partidos que façam parte ou suportem a AD.
A “borla” no valor de 350 milhões de euros que o atual governo dá à EDP, a nível fiscal, dava para pagar a devolução dos 6A6M23D aos docentes.
Portanto, este governo não cumpre o que prometeu (nem a restante direita).