Fenprof apresenta hoje contraproposta para recuperação do tempo de serviço e ameaça com mais greves

Fenprof apresenta hoje contraproposta para recuperação do tempo de serviço e ameaça com mais greves

 

A Federação Nacional de Professores (Fenprof)vai anunciar hoje em conferência de imprensa a contraproposta negocial sobre recuperação do tempo de serviço, após o Ministério da Educação ter apresentado a sua sugestão às estruturas sindicais de professores, na semana passada.

Segundo a Fenprof, a contraproposta será aprovada hoje pelo Secretariado Nacional e em seguida enviada para o ministro da Educação Fernando Alexandre.

A estrutura sindical ameaça que, caso o Governo continue a “dar com uma mão e a tirar com outra”, vai avançar com novas formas de luta, como greves e manifestações, a serem também hoje anunciadas.

“Esta reunião também aprovará as formas de luta a desenvolver se o Ministério mantiver a intenção de diluir a recuperação dos 6 anos, 6 meses e 23 dias em lista de espera para obtenção de vaga e de revogar o Decreto-Lei n.º 74/2023, de 25 agosto, eliminando os seus efeitos, o que seria ilegal, pois iria contrariar a disposição que permitiu que fosse promulgado pelo senhor Presidente da República: ‘A solução constante deste decreto-lei (…) não prejudica que, em diferentes conjunturas, designadamente em próximas legislaturas, possam ser adotadas outras soluções, sem prejuízo, naturalmente dos direitos ora adquiridos pelos educadores de infância e professores.”, termina comunicado da Fenprof.

O Ministério da Educação quer iniciar a recuperação do tempo de serviço congelado aos docentes em 1 de setembro, mas na proposta da tutela “há direitos que as pessoas tinham e voltam a perder”, alertou na passada sexta-feira a Fenprof.

“Caíram as duas linhas vermelhas que tínhamos”, disse o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, no final de uma reunião com responsáveis do Ministério da Educação em que foi abordada a questão da recuperação dos seis anos, seis meses e 23 dias de serviço congelado durante a troika.

As duas exigências da Fenprof eram começar o processo de recuperação ainda este ano e garantir que o processo ficasse concluído durante a atual legislatura. Do lado da tutela foi dada a promessa de os primeiros 20% serem repostos em 1 de setembro e de o processo estar terminado no prazo da legislatura, disse Mário Nogueira.

No entanto, criticou o sindicalista, na proposta da tutela “há direitos que as pessoas tinham e voltam a perder”.

Segundo Mário Nogueira, “o ministério quer revogar os efeitos do acelerador”, uma medida criada pela anterior equipa ministerial que veio permitir a milhares de docentes recuperar parte do tempo de serviço que lhes tinha sido congelado.

Além disso, acrescentou, a tutela quer também manter as vagas de acesso ao 5.º e 7.º escalões, o que faz com que “muitos professores fiquem parados”, porque havia “professores que estavam dispensados e tinham vagas adicionais no 5.º e 7.º escalões e vão deixar de as ter”.

Para a Fenprof, esta ideia “é inaceitável”, mas Mário Nogueira espera que na próxima reunião a tutela recue nas ideias apresentadas.

Os detalhes da proposta voltam a ser alvo de negociação nas próximas reuniões, que ficaram agendadas para os dias 13 e 21 de maio, sendo que a federação avisa que não irá aceitar uma proposta através da qual o ministério queira “rapar o fundo ao tacho a todos os dias que os professores já recuperaram”.

Mário Nogueira lembrou ainda os professores com tempo congelado que se reformem antes de concluído o processo: A proposta da Fenprof é no sentido de “em vez de ser considerada toda a vida contributiva, poderem ser selecionados alguns dos melhores anos para efeitos de cálculo da pensão”.

Também não podem ser esquecidos os docentes que ao longo dos últimos anos deram aulas em escolas do continente, mas também nas regiões autónomas, onde já foi contabilizado todo o tempo de serviço congelado e por isso já não está a decorrer qualquer processo.

Segundo Mário Nogueira, a tutela pareceu sensível ao alerta da necessidade de recuperar também todo o tempo de serviço a estes docentes. “O ministério admitiu considerar e fazer esse levantamento”, disse.

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25 comentários

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  1. A classe política pensa que este conjunto de professores tem a obrigação de ficar eternamente a pagar a dívida criada pelo Sócrates.
    É Simplesmente tenebroso.

  2. A lei 74 (vagas adicionais) não deve ser metida ao barulho nesta negociação.
    Isso nem é assunto. É sair logo da reunião se continuarem a misturar assuntos…

    1. Este “atento” só pode ser um atrasado mental…
      Com este tipo de pais, não admira que haja muitos alunos mal comportados nas escolas…

    • obnóxio on 9 de Maio de 2024 at 12:46
    • Responder

    O atento deve ser um dos da casa pia que andou por lá a dar aulas nos traseiros e vem agora falar do que faz.

    • Sofia Peralta on 9 de Maio de 2024 at 13:58
    • Responder

    No ECD há efetivamente constrangimentos de acesso ao 5º e 7º escalão. Mas é o ECD. Correto? O “acelerador” foi desenhado na perspetiva do tempo em falta (6 anos, 6 meses, 23 dias) não ser contabilizado. Ao ser, e bem, o “acelerador” cai por terra. Se assim não fosse, a recuperação seria de 6 anos, 6 meses, 23 dias + o tempo de espera para aguardar vaga. É difícil entender?
    Como EE, vou colocar a minha filha no privado. Não hã paciência para esta balbúrdia. Num certo momento, os professores do público tinham razão. Agora, vejo que vale tudo para contestar. Que grande tristeza.

      • Bitaites on 9 de Maio de 2024 at 15:33
      • Responder

      Coloque a sua filha onde muito bem entender, mas desconfio que anda aqui o mesmo indivíduo, com personalidades variadas, a mandar bitaites…

      1. Mãe, pense nos seus filhos e não se meta naquilo que não lhe diz respeito. Ao colocar seus filhos no particular é porque a Senhora tem abundância. O ensino privado, não é melhor do que o público, é uma vaidade e mania que as pessoas têm. Há alunos com muito mais capacidades no público e com resultados muito mais vantajosos. Falo por experiência própria acredite se quiser, mas esta é uma realidade

    1. Conheço privados onde há muita “balburdia”…
      Exemplo: Colégio de Gaia.
      Mais uma informação: a senhora está a confundir o tempo em que milhares de professores estiveram (e estão) na lista para passar para o 5º e 7º escalão com o dos 6A6M23D em falta. É dificil entender?

    • CARLOS VASCONCELLOS on 9 de Maio de 2024 at 16:24
    • Responder

    A Conferência de Imprensa será amanhã, dia 10, às 11H30.

    • Bitaites dupla personalidade on 9 de Maio de 2024 at 16:57
    • Responder

    Bitaites o que raio que o parta! Tempo congelado, a recuperar, tudo bem. Mais do que isso, não consinto!!!!!!!! Se há listas, tem a haver com o ECD. Poraaaa. Não entendem?

      • Bitaites 2.0 on 9 de Maio de 2024 at 17:10
      • Responder

      O ECD é um filho dileto do governo anarquista Sócrates. Quase ninguém o aplaudiu, bem pelo contrário. Ninguém o merece, a não ser, talvez, você. Não consente? Mas quem é você para consentir ou deixar de consentir? Alguma espécie de divindade caída? Acho que é você que não entende que estamos em 2024, não em 2000 e poucos – deve ter estado este tempo todo a dormir…

      • Anónimo on 9 de Maio de 2024 at 21:52
      • Responder

      O D.L. 15/2007, aprovado por Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues, é o principal problema, e todos os que vieram daí ainda o pioraram mais.

    1. A “Dupla Personalidade” está a confundir o tempo de espera em que milhares de professores estiveram (e estão) na lista para passar para o 5º e 7º escalão com o dos 6A6M23D em falta. É dificil entender?

    • Bitaites 3.0 on 9 de Maio de 2024 at 18:58
    • Responder

    Não consinto. Ponto. Pago impostos para o estado. Se estás na lista, é tempo de serviço. Se assim não fosse, quem não andou nas listas, teria então de recuperar o que os das listas passam a ter contabilizado. Mais uma vez, como contribuinte não permitirei a devolução de 6 anos, 6 meses, 23 dias + os das vossas listas. Mais uma vez, há aqui inteligência para perceber isto?

      • + Bitaites on 9 de Maio de 2024 at 19:20
      • Responder

      Aliás, isto é uma balda, Sofia Peralta. Cada um vai mandando umas bocas só para desenfastiar. Pelo teu avatar, vejo quem és. E és fraca peça. Todos pagamos impostos. Vai dormir.

      • Anónimo on 9 de Maio de 2024 at 21:53
      • Responder

      O D.L. 15/2007, aprovado por Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues, é o principal problema, e todos os que vieram daí ainda o pioraram mais.

    • Bitaites 4.0 on 9 de Maio de 2024 at 19:16
    • Responder

    Quero-te ver a não consentires alguma coisa. Que megalomania e que piada!

    • Bitaites 5.0 on 9 de Maio de 2024 at 21:35
    • Responder

    “Se estás na lista, é tempo de serviço”…..para a reforma, mas permaneces no mesmo escalão.

    • Ricardo on 11 de Maio de 2024 at 10:12
    • Responder

    E os vencimentos ninguém fala! Uma vergonha…

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