Mulher teve de ser transportada para o hospital.
Educadora de infância esmurrada à porta da escola por pais em Vila Real de Santo António
Uma educadora de infância com cerca de 60 anos da Escola de 1º ciclo de Santo António, do Agrupamento D. José I, em Vila Real de Santo António, no Algarve, foi agredida de forma muito violenta, na sexta-feira de manhã, à entrada da escola. Os agressores serão o pai e a mãe de uma criança, que a professora tinha chamado à escola devido aos conflitos que a criança causava.
Segundo apurou o CM junto de uma fonte anónima, o casal terá feito um ‘mata-leão’ à professora, que terá ainda sido esmurrada na cara e levado chapadas, assim como puxões de cabelo. As crianças assistiram a tudo.
Um pai tentou ajudar, mas acabou também por ser agredido, tendo sido um senhor que passava de trotinete que salvou a docente.
O INEM e a GNR foram chamados ao local e a mulher foi transportada para o hospital.
Depois de ser feita queixa na GNR, os agressores foram ouvidos.
O CM sabe que foram identificadas sete pessoas envolvidas nas agressões, bem como apreendidos um ferro e uma chave de rodas que terão sido usados para agredir a professora.
14 comentários
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Notícia surreal num país com décadas de liberdade (com pessoas agredidas) e nenhuma informação sobre os agressores exceto a etiqueta de “pessoas”.
Pois. Não se pode dizer que são ciganos. É proibido.
Masmorras com essas criaturas.
Estão a ver porque é necessário que este tipo de agressões seja, pelo menos, considerado Crime Público…?
Quem quer ser professor neste país?
Pois, nem de propósito! E ainda ontem alguém dizia sobre a agressão de professores passar a ser crime público, que não era por isto que os jovens deixavam de ser professores. É claro que isto é um caso extremo mas quase todos os dias os professores são desrespeitados de alguma forma por alunos e E E. e as consequências são diminutas ou inexistentes. É óbvio que estas situações afastam os jovens desta profissão, isto mesmo dito por eles.
Segundo oq ue eu disse ontem, e reitero, não é por casos isolados que algum jovem não quer ser professor.
É, sobretudo, por não ter uma remuneração justa, por ver roubos de tempo de serviço, aldrabices dos governantes para com os professores, e por não ter condições para lecionar.
Claro que ninguém no seu juízo perfeito vê agressões e quer ir a correr para uma profissão onde há gente a ser agredida.
Mas confundir casos isolados, que existem, claro, com casos de roubos e injustiças aplicados a dezenas de milhar, é manifestamente exagerado.
Qualquer dia, ainda dizem que este governo ou outro é que é bom, porque fez esta lei, embora engane os professores querendo roubar-lhes o tempod e serviço e congelá-los nos escalões intermédios.
Levar pancada, ser desrespeitado, ameaçado e ridicularizado como forma de vida, é excelente! Desde que venha algum dinheirito, a gente habitua-se e parece que faz bem à circulação!
Pelo que percebi, não eram ciganos….
Hoje em dia, nas notícias, já não referem a etnia, para não acusarem os jornalistas de xenofobia. O comportamento descrito faz supor que são; não seja ingénuo…
Não são (e se fossem não teria qualquer problema em dizer que eram).
Tenho quase a certeza que são.
Conheço quem lecione no Agrupamento e sei que, neste caso concreto, não foram ciganos. O problema é existir um certo clima de impunidade por parte da comunidade educativa, não é tanto a questão de ser cigano ou não.
CIGANOS OU NÃO, TODA A GENTE TEM CARTA VERDE PARA ESPANCAR, AMEAÇAR, RIDICULARIZAR E PERSEGUIR PROFESSORES. E não é apenas em Portugal. O professor é a quintessência do desprezado, do ridicularizado, do demonizado e culpado por todos os males do mundo.