ATé às 19:30 eram nestes Concelho e Grupos de Recrutamento que já sabemos não existirem candidatos não colocados nas listas das reservas de recrutamento.
Mais para o final da semana já se consegue ter uma ideia mais precisa da totalidade dos Concelhos e Grupos sem qualquer candidato a manifestar preferências por essas opções.
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Não deixa de ser estranho que ao final do dia de hoje apenas existam horários completos (para grupos de recrutamento) na plataforma da Contratação de Escola.
No total encontram-se 264 horários em concurso, apenas 2 para técnicos especializados e 140 para os Grupos de Recrutamento convencionais.
Estes horários completos indicam que já não há candidatos nas listas de não colocados que concorreram para estas escolas.
Encontra-se disponível a aplicação eletrónica que permite efetuar a renovação de Técnicos Especializados de Formação e Técnicos Especializados para o exercício de funções não docentes.
Foram conhecidos há poucos dias os resultados da 1ª Fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior 2025, podendo, desde logo, constatar-se o seguinte:
– Em 2025, na 1ª Fase de Candidatura ao Ensino Superior foram colocados quase 44.000 Alunos, o que corresponderá ao número mais baixo em quase uma década. Sobraram mais de 11.000vagas para a 2ª Fase, ou seja, mais do dobro do ano passado. (Jornal Expresso, em 24 de Agosto de 2025);
– Por outras palavras, o número de candidatos ao Ensino Superior 2025 diminuiu cerca de 12.1% face ao ano transacto…
Como explicação habitual para este tipo de ocorrência aparecem quase sempre os motivos de natureza económica, como o custo das propinas e as despesas com habitação, apontados, muitas vezes, como impeditivos da frequência do Ensino Superior…
De facto, para muitas famílias, os constrangimentos anteriores poderão interditar a frequência do Ensino Superior, mas não creio que essa possa ser a principal explicação para, no presente ano, se verificar uma descida tão acentuada do número decandidatos…
A corroborar essa minha convicção, veja-se este dado:
– Em 2025 voltou a descer o número de colocados com carências económicas. (Jornal Expresso, em 24 de Agosto de 2025)…
Então, se não foram factores relacionados com uma eventualcarência económica, o que mais poderá ter contribuído para esse decréscimo tão significativo?
Quem viu muitas pautasde resultados dos Exames Nacionais do Ensino Secundário relativas aos anos de2023/2024 e 2024/2025 (1ª e 2ª Fases),não terá ficado alheio a isto:
– Muitas, e muitas, pautas com resultados catastróficos em Exames Nacionais, que só não resultaram em reprovações em catadupa porque a ponderação entre a CIF e os níveis obtidosnosExamesacabou por anular esse cenário…
À luz do que tem vindo a observar-se nos resultados das Provas Finais do Ensino Básico, também nos Exames Nacionais do Ensino Secundário continuamos na senda dos “milagres” que,afinal, não o são. São apenas aritmética…
Só queos efeitos da discrepância entre a CIF e os resultados obtidos nos Exames Nacionais do Ensino Secundário podem apresentar-se como muito mais perniciosos:
– Para concorrer ao Ensino Superior Público existe uma limitação, muitas vezes inultrapassável para muitos Alunos, vulgarmente designada por Nota Mínima nas Provas de Ingresso, que corresponde a 9.5 valores ou 95 Pontos…
– Consequentemente, os Alunos até podem progredir de ano e/ou concluir o Ensino Secundário, mas ficam impedidos de se candidatarem ao Ensino Superior Público através das Disciplinas do 11º e do 12º Anos, cujas classificações em Exametenham sido inferiores a 9.5 valores… Nesse cenário, se alguma dessas Disciplinas se constituir como possível Prova de Ingresso para o Ensino Superior não poderá ser utilizada para esse fim…
– Dada a catástrofeverificada nos Exames Nacionais,nos dois últimos anos e na maior parte das Disciplinas, torna-se, assim, muitíssimo provável que uma parte significativa dos Alunos do 12º Ano de Escolaridadedeste ano não conseguisse, para efeitos de Concurso Nacional 2025, reunir todas as condições exigidas para a candidatura ao Ensino Superior, em particular ter obtido na(s) Prova(s) de Ingresso uma classificação igual ou superior a 9.5 valores…
– Creio, assim, que o decréscimo significativo do número de candidatos ao Ensino Superior 2025 se deverá, em primeiro lugar, ao exposto anteriormente e não tanto a factores de natureza económica…
Em resumo, ao longo do Ensino Básico e do Ensino Secundário muitas coisas parecem fáceis, mas só até se chegar aos Exames Nacionais… Sobretudo depois de ter sido reintroduzida a sua obrigatoriedade para efeitos de conclusão do Ensino Secundário, e não apenas para ingresso no Ensino Superior,tudo se tornou mais difícil…
Aí a coisa “pia mais fino” e o que parecia fácil até à realização dos Exames Nacionais, torna-se, muitas vezes,intransponível, para muitos de Alunos…
E no fim disto tudo, voltamos novamente a esta inevitabilidade:
– A Escola Pública continua a enganar os Alunos e isso não é um pormenor que possa ser ignorado…
A pressão exercida sobre muitos Professores no sentido do seu contributo para estatísticas intencionalmente “suavizadas”, tendo como objectivo primordial mascarar os índices reais de insucesso escolar, será um dos principais factores que levará à ilusão dos Alunos…
Não há outra forma de o dizer: A artificialidade e a manipulação dos índices de sucesso escolar, que acabam quase sempre no sentido da inflação das classificações internas e da inexistência de retenções, conduzem, inevitavelmente, à existência de estatísticas irreais e enganadoras…
Afinal, o que se pretende? Uma Escola Pública credível e confiável ou uma Escola Pública duvidosa e enviesada?
A realização de provas externas poderá contribuir para a credibilização da Escola Pública, mas alguma coisa terá que mudar para que a Classificação Interna Final, nas várias Disciplinas, não apresente uma discrepância tão acentuada com as classificações obtidas em Exames…
Parece óbvio que se nada se alterar, o mais provável é que se continue a criarexpectativas infundadas e irrealistas nos Alunos, levando-os a acreditar que obterão nos Examesclassificações semelhantesàquelas que conseguem alcançar ao longo do Ano Lectivo…
E se existirem Alunos que durante o Ano Lectivo não se esforçam, não trabalham, apresentam absentismo injustificado e/ou indisciplina recorrente, isso também não poderá deixar desereflectir na CIF atribuída…
É preciso lutar contra aideia falaciosa,propalada nos últimos anos pela própria Tutela, e até na Formação de Professores, de que reprovar Alunos é sinónimo de incompetência do Professor…
A (in)competência de um Professor não se mede por aí…
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A DGAE parece estar com problemas no seu site, pelo que ainda não fez qualquer referência ao consentimento das permutas que terminou o pedido no dia 22 de agosto.
Mas já se encontra na plataforma SIGHRE o consentimento dos pedidos de permuta.
e pede a suspensão administrativa das colocações até que se apurrem as ilegalidades apuradas.
Deixo o e-mail que me chegou e seguiu também para outras entidades.
Escrevo enquanto cidadãos/professor profundamente preocupado com as graves irregularidades identificadas no concurso para as Escolas Portuguesas no Estrangeiro (EPE) promovido pela Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE).
Este concurso apresenta violações claras dos princípios da legalidade, imparcialidade e igualdade de acesso à função pública. A documentação e denúncias foram já remetidas à DGAE, IGEC, Ministério da Educação, Assembleia da República, sindicatos, Presidente da República e comunicação social — sem resposta concreta ou ação visível.
O mais alarmante é que, em setembro, os docentes colocados ao abrigo deste concurso serão integrados nas escolas, tornando o ato consumado, mesmo que ilegal.
Está em causa a justiça do concurso, o respeito pelos professores portugueses e a confiança na Administração Pública.
➤ Apelamos a uma intervenção urgente para suspender administrativamente as colocações previstas, até que os factos sejam esclarecidos e as ilegalidades apuradas.
Peço que esta situação seja trazida com urgência ao conhecimento público e discutida em sede parlamentar ou nos órgãos de comunicação.
Em anexo, envio uma lista de irregularidades identificadas.
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Este ano ingressaram 1.199 novos estudantes nos cursos de Educação Básica, ocupando 100% das vagas disponíveis. O número representa um aumento de 20,3% em relação ao ano passado.
Em 2024, o total de ingressos foi de aproximadamente 997 estudantes. Já em 2023, o número esteve em torno de 930. A evolução confirma uma trajetória de crescimento consistente ao longo dos últimos três anos.
O interesse cada vez maior pela Educação Básica demonstra não apenas a atratividade do curso, mas também a sua relevância para a formação de profissionais essenciais ao futuro da sociedade.
Quem sabe, daqui a 20 anos, se teremos professores em número suficiente para as necessidades…
Portugal é especialista em reformas que começam como marcos históricos e acabam como trapalhadas. Na Educação, entre 2005 e 2008, os professores foram esmagados por decretos, grelhas e fichas que minaram a confiança e criaram um medo real da mudança: não do futuro, mas da repetição.
É neste contexto que o ministro Fernando Alexandre apresenta a sua reforma orgânica do MECI: de 18 entidades passamos para 7, de 45 dirigentes para 27. Surgem o Instituto de Educação, Qualidade e Avaliação (EduQA), a Agência para a Gestão do Sistema Educativo (AGSE) e uma reforçada Direção-Geral de Estudos, Planeamento e Avaliação (DGEPA). No papel, menos fragmentação e mais eficácia; na prática, o risco de mastodontes ainda mais distantes das escolas.
Os professores, marcados por más experiências, olham com desconfiança. Em Portugal, mudar tem sido sinónimo de complicar o que funciona. Se a reforma simplificar e devolver tempo às escolas, será um avanço. Se for maquilhagem burocrática, será apenas mais um capítulo da nossa tradição de fracassos.
Fernando Alexandre tem a oportunidade de escrever história, mas só se ouvir professores e comunidade educativa.
Destrói-se um professor quando se finge que ensinar é só dar aulas.
Quando se apaga o brilho de quem acende luzes nas vidas dos outros.
Quando se espera que seja psicólogo, assistente social, enfermeiro, mediador, burocrata e ainda consiga ensinar.
Quando se exige excelência num sistema que o esmaga com a indiferença.
Destrói-se um professor quando se colocam vidas inteiras a quilómetros de casa, longe dos filhos, dos pais, da própria saúde mental.
Quando se pede que dê o melhor num lugar onde não tem teto digno para dormir.
Quando o salário que recebe mal cobre a renda do quarto onde repousa o cansaço.
Destrói-se um professor quando se normaliza o desrespeito.
Quando se toleram gritos, ameaças, agressões de alunos e pais.
Quando se humilha com palavras ou com silêncios cúmplices.
Quando a autoridade pedagógica é desvalorizada, e a empatia confundida com fraqueza.
Destrói-se um professor quando se esquece que a sala de aula é um campo de batalha emocional.
Onde se acolhem turmas com culturas diferentes, medos diferentes, ritmos diferentes.
E, ainda assim, se espera milagres.
Destrói-se um professor quando se finge que ele é eterno.
Como se não adoecesse, não chorasse, não quebrasse.
Como se o burnout fosse um capricho, e não um grito de socorro.
Destrói-se um professor…
E com ele, destrói-se uma geração.
Porque cada professor que se cala por exaustão é uma criança que perde a oportunidade de ser ouvida.
Cada educador que desiste é uma semente que fica por lançar à terra.
É urgente reerguer os professores.
Com respeito. Com dignidade. Com políticas justas.
Porque quem cuida do futuro não pode ser tratado como descartável.
Destrói-se um professor quando se esquece que ele é a raiz.
E sem raiz… nenhuma árvore dá frutos.
Encontra-se disponível a aplicação eletrónica que permite o recrutamento de docentes para lecionação do Ensino Artístico Especializado da Música e da Dança.
Ainda não existe qualquer palavra do MECI quanto à sua renovação para 2025/2026?
É que dentro de 10 dias arranca o novo ano escolar e até agora ainda nada se sabe sobre este técnicos.
Embora também tenha sido anunciado a renovação dos técnicos especializados, pelo menos uma vez, também ainda não existe qualquer informação oficial quanto à sua renovação.
E já é tempo de ambos os técnicos serem respeitados na sua precária carreira.
Altera o Despacho n.º 8368/2024, de 25 de julho, que estabelece o calendário escolar relativo aos anos letivos de 2024-2025 a 2027-2028 destinado aos estabelecimentos públicos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, bem como aos estabelecimentos particulares de ensino especial.
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Tem-me chegado informação e pedido de divulgação deste assunto porque alguns docentes foram colocados a centenas de Km não tendo manifestado intenção por essas escolas.
O que acontece é que ao que parece 27 docentes colocaram como a sua escola/qzp de provimento em 1/9/2025 a escola/qzp de provimento do ano anterior e não obtendo lugar nas suas escolas de preferência a plataforma fez a leitura do qzp colocado na escola/qzp de provimento em 1/9/2025 colocando alguns dos 27 docentes em qzp que já não eram os seus.
Neste caso os docentes erraram na candidatura, mas erraram também as escolas que validaram esses campos.
Se é possível arranjar solução para este erro duplo? Eu acho que sim, e a solução mais justa seria integrar estes docentes na RR1 com a escola/QZP de provimento corrigido e evitar que situações destas ocorram no futuro, fazendo com que a plataforma do concurso assumisse a escola/qzp do concurso interno desse ano.
Os Sindicatos de Professores receberam, hoje, uma convocatória para reunirem com o MECI na próxima semana.
O assunto a tratar será um concurso extraordinário de docentes, a poder acontecer ainda durante o primeiro período.
Encontra-se disponível até ao dia 25 de agosto (18:00h de Portugal continental), a aplicação informática que permite aos estabelecimentos de ensino efetuarem a classificação das candidaturas aos Concursos Interno e Externo do Ensino Artístico Especializado da Música e da Dança.
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