Espero que não haja um possível retorno a um concurso sem que as regras de acesso sejam claras e com critérios de acesso duvidosos que permitam este tipo de situações.
Agora que deve estar para breve a entrega da proposta do ME para a revisão do diploma de concursos aguardo com grandes expectativas a proposta inicial.
Professor falsificou documentos para conseguir dar aulas
A Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal anunciou nesta sexta-feira que constituiu arguido um homem de 35 anos, suspeito de falsificação de documentos para melhorar as notas da licenciatura e conseguir os lugares de docência que pretendia.
Segundo um comunicado da PJ, as competências académicas e a experiência profissional que constava dos documentos falsificados pelo arguido permitiram-lhe obter um lugar como professor “numa escola da zona de Setúbal, ultrapassando milhares de candidatos”.
A polícia adiantou que aquele professor, licenciado em Informática, sabia que a classificação final que tinha obtido, de 11 valores, era insuficiente para obtenção dos lugares que pretendia, pelo que “falsificou declarações comprovativas de melhoria de nota, no âmbito da sua licenciatura e um certificado de habilitações do grau de mestre em Engenharia Informática, em qualquer dos casos com elevada classificação final”.
Para dar credibilidade aos documentos forjados, o arguido terá recorrido a “assinaturas digitalizadas retiradas de documentos verdadeiros e a cunhos de selos brancos, igualmente falsos, encomendados numa tipografia da margem sul do Tejo, desconhecedora da realidade”.
De acordo com a PJ, o arguido terá ainda falsificado as datas e os códigos de um comprovativo de acções de formação que leccionou, durante três anos, num Centro de Emprego, que comprovavam uma experiência profissional mais alargada, mas que também não correspondia à realidade.
Na sequência da investigação iniciada pela PJ em Novembro de 2015, o presumível falsário deverá responder pelos crimes de burla e falsificação de documentos.
9 comentários
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Pormenores que o Arlindo não reparou:
– tratou-se de uma CE para Técnicos Especializados e não uma BCE;
-falsificações de documentos podem ocorrer em qualquer concurso. Não é um problema do tipo de concurso, mas sim do candidato.
Pois, nas CE aparecem no topo das listas candidatos “caídos de para-quedas”. Como nunca ninguém os viu nas listas, não há como verificar a sua elevada graduação. O que é certo, é que muitos ficam com os lugares e os outros ficam “a ver navios”.
Lindo!
https://oduilio.wordpress.com/2016/10/01/falsificou-documentos-para-lecionar/#respond
um professor? no singular porquê?
também a diferença entre falsificar um diploma ou comprá-lo numa dessas casas de má fama, digo, instituições de ensino superior que por aí há atualmente, ou melhor, de há umas décadas a esta parte… não é muita…
Deves ser muita bom. Tiraste o curso a quem? perdão, aonde?
(Arlindo, não me interprete mal. Prezo e valorizo muito o trabalho que aqui vem fazendo. Mais gente, em muitas áreas, fizesse o mesmo e estaríamos todos muito melhor. Num tom aligeirado, procuro empolar algumas questões que me parecem pouco debatidas. Nada do que escrevo é ofensivo ou desconsiderante.)
Parabéns à PJ . Não considero esta noticias importante. Penso que o blog não a deveria ter publicado. Os professores já estão demasiados “mal vistos” pela população, desrespeitados e ignorados.
As escolas TEIP (digo escolas da TRAMPA) dado o o grau de autonomia aliado às BCEs prestam-se a estes esquemas
Parabéns à PJ – deveria também investigar muita licenciatura oriunda da Privada. investigar as notas de alguns colégios privados : 20 valores … isso são esquemas de corrupção. Muito injusto para quem trabalha