As cargas curriculares que são apresentadas nos quadros por áreas disciplinares representam o tempo mínimo de tempo útil de aula de cada área. Havendo um minúsculo espaço de manobra entre os tempos mínimos por áreas disciplinares e os tempos máximos a cumprir por semana em cada um dos anos, 95(???) minutos em cada um dos anos do 2º ciclo e 90 minutos em cada um dos anos do 3º ciclo, 110 minutos no 10º e 11º anos e 115 minutos no 12º ano, assim, será possível atribuir os tempos sobrantes para o reforço das atividades letivas que promovam o desenvolvimento do aluno.
Numa altura que todos os grupos vão acabar por perder horários fruto do aumento do número de alunos por turma, redução dos CEF, CNO, EFA e ainda das agregações, este final de ano letivo vai tornar-se num campo de batalha entre professores para angariar um pequeno reforço da componente letiva da sua disciplina.
Comparativamente com o documento de 26 de Março existiu um acréscimo de 45 minutos na carga curricular semanal para os alunos do 9º ano.
Mas o mais certo é que as horas sobrantes possam calhar aos grupos com mais docentes em ausência de componente letiva, tudo em nome da boa gestão dos recursos humanos e sem qualquer fundamentação pedagógica para essa atribuição.
Por isso, cuidem-se todos neste final de ano.
9 comentários
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Aqui ficam possíveis afectados:
2º ciclo: Línguas e Estudos Sociais (Português, Inglês e História e Geografia de Portugal) de 12 tempos, em cada ano, dados como definitivos por este MEC em Março podem passar para 10. Na Matemática e Ciências de 9 podem passar para 7, em cada ano.
3º ciclo: Português de 5 tempos, em cada ano, dados como definitivos por este MEC em Março podem passar para 4. As Ciências Humanas e Sociais (História e Geografia) podem perder um tempo por ano, assim como a Matemática e as Expressões e Tecnologias (Educação Visual, TIC, Oferta de Escola e Educação Física).
Ensino Secundário: Língua Estrangeira, Filosofia, Educação Física, a disciplina trienal nos 10º e 11º anos e as duas opções de 12º ano podem sair prejudicadas em 1 tempo por ano.
http://educaraeducacao.blogspot.pt/2012/05/autonomia-das-matrizes-curriculares.html
Os grupos mais afectados serão os que não tiverem docentes do quadro em ausência da componente lectiva. E tudo o resto é treta de autonomia.
Tudo isto em nome da boa gestão dos recursos humanos.
Não entendi… pode explicar sff?
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És capaz de imaginar a escola entregar mais 90 minutos a matemática e tiver de contratar alguém, enquanto tem alguém do quadro sem componente letiva noutro grupo disciplinar?
Tenho um pressentimento que esta gestão dos tempos sobrantes serão para tapar os furos dos docentes dos quadros sem componente letiva.
pois, vai ser complicado. Mas falando do meu grupo (Geografia). Mesmo do quadro, só podem dar essas horas a pessoas com habilitação para tal? ou não?
E a DT ? Continua na redução de «dois tempos«? Tempos de quanto?
Passará para a componente não letiva?
Os trabalhadores da CP, da TAP, etc., quando querem defender os seus direitos fazem greve, as respetivas empresas tremem e o país pára. Os professores colocam-se em posição canina e baixam as calcinhas.
Não, não…
Se for a ADD é diferente!
GREVE aos EXAMES. JÁ!
Já foram passados todos os limites….