FNE alerta para precariedade na profissão

A propósito desta notícia no Correio da Manha e que já tinha sido feito destaque aqui.

13 mil docentes reformados

Entre 2009 e 2011, o ensino público perdeu quase 13 mil professores, por terem passado à condição de reforma, o que representa cerca de 9 por cento dos 144 mil docentes existentes no ano lectivo 2008/2009. Só no ano passado, a Caixa Geral de Aposentações registou quase 4 mil docentes reformados, que se juntam aos 3944 de 2010 e aos 4985 de 2009. Com a reforma média de cada professor a rondar os dois mil euros, os quase 13 mil docentes aposentados representam um total de 26 milhões de euros.

Segundo João Dias da Silva, presidente da Federação Nacional de Educação (FNE), os números confirmam o aumento da precariedade na profissão. “É um número significativo de aposentados que não tem a mínima correspondência na abertura de lugares de quadro na Educação“, afirmou o dirigente sindical ao Correio da Manhã, argumentando que “o rácio é claramente desfavorável aos professores e faz aumentar a precariedade, porque os docentes que entraram no sistema educativo fazem-no por via de contrato a prazo“.

A situação agrava-se ainda mais porque a última entrada de professores nos quadros do Ministério da Educação e Ciência aconteceu em 2009. “Nessa altura entraram cerca de 400 professores. Desde então não houve mais ninguém a conseguir um lugar no quadro“, referiu o responsável da FNE.

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5 comentários

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    • virginia on 13 de Janeiro de 2012 at 19:57
    • Responder

    Uma situação que deve ser denunciada:

    A lei diz que aos 65 anos chega-se à aposentação, mas a realidade é outra: é preciso ficar mais um ano a trabalhar enquanto o professor espeeeeera o despacho da CGA! Só aos 66 anos deixa as turmas… Desumano e injusto!

    1. Duas soluções. Esperar até aos 66 e bonificar na pensão de aposentação ou entrar em “depressão” por ter de esperar mais um ano. 😀

        • virginia on 13 de Janeiro de 2012 at 21:07
        • Responder

        Sim, mas será fácil obter baixa durante 1 ano, por depressão, das juntas médicas?

      1. É uma “depressão” com uma justificação tão grande que nenhuma junta médica se oporá. 😀

          • virgínia on 13 de Janeiro de 2012 at 21:59

          Vou seguir o seu conselho, esta semana peço atestado por 30 dias. E a seguir, mais 30. Penso que daí em diante convocam-me para uma junta, é assim?
          Espero que tenham pena de mim… já não aguento mais.

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