Para não perder a 1ª prioridade e visto que não conseguia ser colocada aceitei 9 horas nas AEC’s, em Santa Maria de Feira, a receber pelo escalão 126, enquanto no ensino 1º Ciclo recebo pelo 151, pois já perfiz 365 dias de serviço. Novamente sujeitei-me para ganhar tempo de serviço e não perder prioridade. Agora vem uma lei e perco tudo…
Os directores exigem ser indemnizados no caso de os seus mandatos serem interrompidos devido ao processo de agregação de escolas.
A proposta do Governo de novo modelo de gestão escolar prevê que, em caso de fusão, seja nomeada uma comissão administrativa provisória e o director afastado.
Para Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), trata-se de “uma falta de respeito lamentável pelos directores“. “Se um mandato de quatro anos é interrompido por questões administrativas, o director deve ser respeitado e até indemnizado pela quebra de expectativas“, afirma.
Tutela e sindicatos de professores vão hoje reunir-se para negociar o diploma de gestão escolar. As associações de directores e o Conselho de Escolas não participam.
À pergunta feita no dia 22 de Fevereiro neste post responderam 508 professores que demonstram bem a realidade que se passa com as contratações de escola.
O computador passou a fazer parte do dia a dia para a procura de emprego e é assustador quem em menos de meio ano há quem tenha se submetido a mais de 1000 ofertas de emprego na aplicação da DGRHE (actual DGAE).
Alguma coisa tem de ser feita a nível das contratações de escola para evitar este pesadelo a que se sujeitam milhares de professores.
A melhor solução para ultrapassar isto será colocar critérios que priorizem a graduação profissional dos candidatos sem critérios subjetivos ao nível de cada uma das escolas de forma a que cada candidato possa prever antecipadamente se compensa concorrer a uma determinada oferta de escola ou não.
Para isso o MEC deve estipular que o peso de 50% que atribui na proposta de concursos à graduação profissional deve ser condição essencial para que obrigatoriamente os mais bem posicionados sejam aqueles que podem passar à fase da entrevista (que deve ser voluntária por parte do candidato) ou pela apreciação curricular (documento que pode ser feito pelo candidato e enviado para uma aplicação na DGRHE).
A única responsabilidade do candidato na candidatura deve ser colocar a sua graduação profissional no critério do horário em concurso (validado pela lista final de ordenação) e manifestar a sua vontade de comparecer ou não à entrevista.
Não existindo validação da graduação na lista final de ordenação os candidatos devem obrigatoriamente pedir essa validação à DGRHE de forma a concorrerem às ofertas de escola.
Desta forma não colidindo com alguma autonomia na contratação por parte das escolas haveria sempre a garantia que os melhor graduados seriam sempre colocados.
A semana passada o Professor Marcelo começou a receber a pergunta que lhe foi feita por mais de 200 pessoas (segundo ele todo o universo de professores afetados) a partir de 5ª feira à tarde e não conseguiu ter informações do MEC à pergunta que lhe foi feita e por isso espalhou-se com a resposta.
Nesse post também dei conta que na semana seguinte se podia voltar a questionar sobre o intervalo de horários apresentado pelo MEC.
Numa volta pelo Facebook encontrei uma pergunta que se enquadra perfeitamente neste objetivo e foi elaborada pela Nuria Inácio.
ASSUNTO: Intervalos de horários da proposta de regulamentação do concurso de professores
Sobre a nova proposta de regulamentação do concurso de professores coloco a seguinte questão:
Concorda com a alteração dos intervalos de horários para a manifestação de preferências (atualmente são: 22h; 18-21h; 12-17h; 8-11h) para dois únicos intervalos: 22h e entre as 6h e as 21h, conjugado com a obrigação de todos os opositores ao concurso concorrerem a 3 QZP (Quadros de Zona Pedagógica) ?
Ou seja, um professor ou se limita a concorrer a horários completos e assim habilita-se a ficar no desemprego todo o ano, ou corre o risco de ser colocado num horário em que o intervalo de horário pode ir das 21h (cerca de 1000 euros/mês) às 6h (cerca de 300 euros/mês) a 100, 200 ou 300 km de casa!
Para quem pretende enviar esta questão e não reúne as condições para se encontrar na 1ª prioridade da proposta do MEC deve no corpo da mensagem escrever também o seguinte recado:
Quando o professor Marcelo referiu no programa de dia 26 de Fevereiro que o universo de professores contratados afetados com a perda da 1ª prioridade para os docentes do ensino particular com contrato de associação seriam todos os que lhe enviaram a pergunta, ou seja 200, venho informar que serei apenas mais um(a) dos 30.000 professores que com esta alteração da prioridade no concurso de professores serei preterido(a) por professores que tenham tido 4 contratos anuais nos últimos 6 nas escolas particulares com contrato de associação.
Para que o termo QZP seja percebido, o melhor é enviarem em anexo a constituição dos mesmos e os concelhos que compõe cada um dos QZP. Não vá o professor Marcelo pensar que um QZP seja um conjunto de dois ou três concelhos. 😀
Ainda que os “Adalmiros” que nos dirigem considerem a continuidade pedagógica e a prestação de serviço em determinada zona como fator preferencial para recrutar docentes, é sempre bom verificar que tal discriminação pode ter relevância disciplinar.
Que sirva de aviso daqui para a frente, porque em muitos casos é mesmo por desconhecimento.
Começo por referir que acompanho os seus comentários com interesse pois considero que, regra geral, elabora uma análise objetiva da realidade.
Entristeceu-me pois, a forma como abordou a temática da alteração nova proposta de regulamentação do concurso de professores.
Primeiro, quando o professor Marcelo referiu no programa de dia 26 de Fevereiro que o universo de professores contratados afetados com a perda da 1ª prioridade para os docentes do ensino particular com contrato de associação seriam todos os que lhe enviaram a pergunta, ou seja 200, venho informar que serei apenas mais uma dos 30.000 professores que com esta alteração da prioridade no concurso de professores serei preterida por professores que tenham tido 4 contratos anuais nos últimos 6 nas escolas particulares com contrato de associação.
Desde criança que preferia brincar com o giz e quadro do que com as bonecas que possuía. Assim, contra todas as estatísticas do desemprego, ingressei na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. No quarto ano somos informados que o estágio, que iríamos realizar após as férias, deixou de ser remunerado e, por este facto, os 365 dias de serviço não seriam contabilizados.
Realizei o estágio e terminei sem qualquer tempo de serviço. Nos anos seguintes continuei a lutar para voltar a ensinar e desde 2006 já foi mediadora cultural numa biblioteca escolar, formadora de Expressão Plástica, formadora de Cidadania e Profissionalidade, Formadora de Cultura Língua e Comunicação e Formadora de História da Cultura e das Artes. Em 2009 deixei as funções de formadora de Cidadania e Profissionalidade para ingressar no ensino público. Nesse CNO ficaram em funções colegas de profissão que se mantiveram a ganhar melhor e a habitar perto de casa. Mas eu pretendia concretizar o meu sonho e optei pela incerteza do futuro e sentimento de realização do presente. Nesse ano dei aulas em três escolas, sempre a receber como não profissionalizada pois não tinha 365 dias de leccionação em escolas públicas.
Este ano por alterações curriculares a minha área disciplinar vê a carga horária, já insuficiente para leccionar os conteúdos programáticos, diminuída. O governo apressa-se a colocar uma adenda à legislação que prevê o não pagamento por extinção do contrato.
Em Setembro, não entro no ensino público, e consigo ingressar numa escola privada no Alentejo. Apesar de serem apenas 16 horas semanais, aceito a oportunidade. Recebo no final do mês mais uma infeliz notícia: as categorias tinham sido alteradas e já não iria passar para o escalão seguinte. Apesar de mal ganhar para pagar as despesas, ai estive dois meses.
Em Novembro recebo um email: entrara na terceira cíclica (10 horas em Santarém). Ponderei e, considerando que a não aceitação provavelmente significaria perder a primeira prioridade com tanta dificuldade adquirida, reingresso no ensino público. Atualmente percorro 200 Km três vezes por semana para lecionar 10 horas e assim manter a prioridade.
No mês passado solicito esclarecimentos à Secretaria pelo facto de me manter a receber como não profissionalizada, apesar de ter já leccionado 365 dias no ensino público, e prontamente me colocam uma informação do governo anterior que congela as progressões. Receber como professora profissionalizada, que sempre fui, era considerado uma progressão.
Este mês recebo um email sobre a temática que me levou a contata-lo. Sou pontual, assídua, dedicada e empenhada nas aulas e na vida escolar; abdiquei de muito na minha vida pessoal em prol do ensino; e a recompensa será o DESEMPREGO. Enquanto isso, os meus colegas ingressaram no ensino privado com critérios subjetivos e tranquilamente ai permaneceram até receber uma choruda indemnização pelo despedimento, irão encabeçar a lista de colocações. Termino pedindo desculpa pelo desabafo, mas não sei mais como reagir perante documentos que com parcas linhas me destruíram a vida.
Este quadro apresenta o número de horários em concurso em Fevereiro de 2012 nos grupos de docência e distribuídos por QZP.
Os QZP com mais pedidos de horário são Cidade de Lisboa e Zona Norte de Lisboa com 183 horários, Porto com 173, Lisboa Ocidental com 165 e Península de Setúbal com 138 horários.
Bragança, Castelo Branco, Douro Sul, Guarda e Vila Real pediram 10 ou menos horários durante todo o mês de Fevereiro.