Do parecer aprovado ontem pela FNE sobre a revisão de estrutura curricular é visível que foram tidas em conta a preocupação dos professores desta disciplina para a elaboração do parecer final. Muitos deste princípios foram discutidos no encontro nacional de professores de EVT. Basicamente é sugerida a manutenção da disciplina de EVT com a separação da componente TIC e dando margem de manobra que a disciplina possa ser feita em par-pedagógico ou em desdobramento de turma.
Nas disciplinas de caráter prático deve ser mantido princípio do desdobramento da turma; consideramos que um dos aspetos negativos desta proposta curricular é o seu caráter demasiado teórico e “liceal”. Retirar o espaço de manipulação, experimentação, de aprender com o erro, de construir e desconstruir não é bom para os nossos alunos. Esta proposta aparece manifestamente pobre nestas dimensões. Consequentemente não é possível por razões de segurança, de prática letiva, por razões pedagógico-disciplinares, de rentabilidade e aquisição de competências, que as disciplinas de EVT/ET/EV sejam lecionadas por um só professor e com a turma inteira, assim como numa aula experimental de outra qualquer disciplina, por ex: Fisico-Quimica, Ciências da Natureza.:
Não visionamos as vantagens da desagregação da disciplina de Educação Visual e Tecnológica em duas disciplinas, parecendo-nos mais vantajosa a manutenção do regime anterior, pelas potencialidades que cria o trabalho de equipa na disciplina até agora existente; pensamos que não é positiva a criação de duas novas disciplinas. Estamos a tornar estanques conteúdos onde não é clara a separação das vertentes artísticas/plásticas das vertentes técnica/ tecnológica/cientifica, a avaliar por aquilo que nos sugere a designação destas duas novas disciplinas. Nestes termos, pensamos que a designação EVT é muito mais aglutinadora do conceito, permite melhor gestão e fusão natural dos conteúdos em situação de aula, é mais criativa e flexível. Por oposição, as disciplinas de EV e ET parecem-nos atomísticas, menos criativas, mais centradas na disciplina do que no aluno e por isso mais redutoras. A criação destas duas disciplinas, representa um recuo a currículos de outrora, contrariando aquilo que parecem ser as tendências dos atuais movimentos artísticos que fundem os conceitos plásticos com as técnicas e tecnologias. Pensamos, no entanto, que o programa da atual disciplina de EVT, deve ser alterado ou definido novo programa que não permita a dispersão, que seja mais rigoroso e mais objetivo, sem pôr em causa, a liberdade criativa do aluno.
não nos aparece com nitidez nem a possibilidade nem as condições de no âmbito da Educação Tecnológica prevista para o 2º ciclo do ensino básico se integrar a componente TIC;