As contas do Público

O jornal Público afirma após a análise do documento da Troika que a Educação irá perder em 2012, 195 milhões de euros e em 2013 mais 175 milhões de euros, somando até final de 2013 uma redução de 1270 milhões de euros à custa da “racionalização da rede escolar com a criação de agrupamentos de escolas, abaixamento das necessidades de pessoal, centralização das compras; e redução e racionalização das transferências para as escolas privadas com acordos de associação”

Até aqui nada de mais tendo em conta o esforço que está pedido pelo o empréstimo dos 78 mil milhões de euros. O problema reside nos números apresentados para o ano de 2011 com uma perda de 800 milhões de euros.

Se o maior volume na redução dos orçamento do Ministério da Educação passou pela redução de vencimentos também não me esqueço que fazia parte desse pacote de redução a eliminação da área de projecto, do estudo acompanhado e do par-pedagógico na disciplina de EVT.

Se a Troika de 3 em 3 meses irá controlar a despesa pública tenho algum receio que voltem à carga, logo após a tomada de posse do novo governo, as medidas que possam colocar em rota as contas previstas pelo OE2011.

A única dúvida passa por saber se qualquer alteração ao currículo pode ainda entrar em vigor no dia 1 de Setembro de 2011, ou se será adiada por mais um ano. Pior seria, mas já não me espantava, que a meio de um ano lectivo fosse feita uma alteração curricular.

Sobre a notícia em destaque no Jornal acho que o Joaquim Azevedo, o David Justino e o Roberto Carneiro devem ter escrito alguma carta aberta à Troika tal a semelhança com posições que ouvi recentemente da boca deles.

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