“Esta é uma questão que não tem só a ver com a situação pontual das provas de aferição em Educação Física mas com o as condições de equipamento e de espaço para a leccionação de uma área disciplinar – Expressão Físico Motora, que é obrigatória em todas as escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico (públicas e particulares) do nosso país.” SPEF
De facto, esta questão dos espaços e materiais, nunca pareceu um grande problema, até agora. Mas sempre foi…
Este ano estou com sorte, a minha escolinha tem um pequeno ginásio onde se podem aplicar as Provas de Aferição de Expressões Físico-Motoras. Mas das muitas escolas pelas quais já passei, como docente, só outra tinha um espaço apropriado à lecionação de Expressões Físico-Motoras, a maior parte não tem. Onde se realizará a prova nessas escolas? No recreio? Pelo menos seria uma prova com assistência, (a família do João passou o tempo todo, de duração da prova do petiz, a gritar e a aplaudir, incentivando-o a saltar mais longe e mais alto) teria uma vertente pública. Também poderá ser realizada numa sala de aula, depois de limpa de todo o mobiliário topo de gama. Nesta versão, a assistência seria improvável de acontecer, mas talvez tivéssemos os alunos alinhados em fila indiana, no hall, à espera de poder entrar e, com o seus remates, tentar não marcar a parede de branco imaculado. O refeitório também é uma opção válida. Sempre se pode trincar qualquer coisita, nos intervalos entre um e outro aluno…
Vamos ver como irão decorrer estas Provas de Aferição, porque já sabemos, “A tropa manda desenrascar” e os professores portugueses cumpriram, todos, o serviço militar.
O material? Logo se vê. Se o banco não for sueco, é norueguês ou coisa assim.
Já escrevi sobre algo deste género… Não é nada que, quem ande pelas escolas do 1º ciclo estranhe. A falta de material é algo usual nestes estabelecimentos de ensino, todos o sabem. Estas noticias só aparecerem nestas alturas, é que é estranho. Será que nos estabelecimentos sede não existem esses materiais para “emprestar”?
Mas deixo uma pergunta. Se não há material para o dia a dia, como é que os alunos e os professores trabalham?
Venham lá agora defender as expressões, e coisa e tal…
A maioria das escolas de 1.º Ciclo não possui todo o material exigido para as provas de aferição às Expressões Físico-Motora e Artísticas no 2.º ano.
Há autarquias a comprar agora esses equipamentos e agrupamentos que terão de ir buscar material emprestado aos outros ciclos. Resultado, frisa o presidente da Confederação Nacional Independente de Pais: “Há alunos que vão ter de fazer exercícios com equipamentos que nunca experimentaram”.
Nada tenho a dizer da criança e dos seus encarregados de educação, além de que nenhum está a cumprir o seu papel, e tenho tudo dito. Agora, será que as entidades competentes estão à espera que alguém, além de quem devia, tome uma medida? A CPCJ está atenta? Que raio quer isso dizer? Andam a seguir o rapaz para ver quando é que ele faz algum disparate digno de se ver? Será que o Estatuto do Aluno não se aplica a alunos do 1º ciclo? Será que as “liberdades” deste aluno se sobrepõe às liberdades de uma comunidade escolar? Nada mais se pode fazer do que se limitar a estar atento? Não há uma avaliação? (seja lá o que isso for) Não há, aquelas coisas?… aquelas equipas… as multidisciplinares! As equipas multidisciplinares! Não há nenhuma que acompanhe a criança e a sua família?
Andamos a brincar às sociedades “tolerantes”, mas a tolerância não é para todos…
Jovem ameaçou colega de morte e agrediu professores e funcionários
Um aluno, de apenas 11 anos, que frequenta a Escola Básica de Silvade, em Espinho, anda a aterrorizar os colegas.
O menor chegou a ameaçar um aluno mais novo de morte e os pais estão indignados com a atitude do aluno e já denunciaram o caso às autoridades.
O ambiente no centro escolar está caótico e há já um grupo de pais a acusar o menor de agredir professores, funcionários e colegas, nos últimos dois anos.
Existem relatos de agressões e o jovem chegou mesmo a partir o pulso a uma professora.
A Comissão de Proteção de Crianças e jovens já sinalizou esta criança e está agora atenta.
Serve a presente publicação para informar que é dado início ao procedimento conducente à elaboração do despacho que determina o calendário dos estabelecimentos de educação e de ensino, bem como o
calendário de provas e exames dos ensinos básico e secundário.
Publicado a 28 de março de 2017. A constituição como interessado pode fazer-se nos 10 dias úteis subsequentes.
A constituição como interessado no presente procedimento depende de declaração escrita nesse sentido, dirigida ao Diretor-Geral da Educação, podendo igualmente ser e enviada para o endereço eletrónico regmedu92017@medu.gov.pt
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2017/03/inicio-do-procedimento-tendente-a-elaboracao-do-despacho-que-determina-o-calendario-dos-estabelecimentos-de-educacao-e-de-ensino-bem-como-o-calendario-de-provas-e-exames-dos-ensinos-basico-e-secundar/
Guilherme, 12 anos e aluno do 6.º ano assume: “o Mentes Sorridentes [nome do projeto] está a influenciar a minha vida”. Porquê?, indagámos. “Antes explodia com muita facilidade, hoje quando me começam a chatear respiro fundo e tento controlar-me”, responde. E resulta?, insistimos. “Bem, hoje sou mais amigo das outras pessoas e também tenho mais amigos”.
Dulce Gonçalves, professora de Educação Especial, percebeu há dois anos, após usar os exercícios de respiração nos seus alunos, que tinha de alargar o mindfulness na escola. Juntou um grupo de oito professores e a psicóloga do agrupamento (Daniela Feio) e apresentou o projeto ao diretor.
No ano passado, após concluírem formação, essa equipa de docentes começou a fazer sessões de 20 minutos por semana a alunos, sinalizados por indisciplina, défice de atenção ou ansiedade, a professores e funcionários, durante oito semanas cada grupo. No final, o inquérito feito a professores e pais pelo Centro de Neurodesenvolvimento do Hospital Beatriz Ângelo, que monitoriza o projeto, confirmou que mais de 40% dos alunos melhoraram os níveis de atenção e reduziram a impulsividade.
Primeira ideia: o balanço geral é positivo. Ainda é cedo para balanços definitivos
Segunda ideia: sem uma reforma curricular, esta reforma é só meia-reforma.
Terceira ideia: está tudo nos ombros dos professores.
Quarta ideia: um consenso político seria uma mais-valia, para evitar futuras reversões.
QUINTA IDEIA: QUANDO NOS QUISERMOS APROXIMAR DA FINLÂNDIA VAMOS A ESPANHA AOS CARAMELOS… (ainda não descobriram que temos de trilhar o nosso caminho, não o dos outros)
O próximo ano lectivo vai trazer muitas novidades, com um projecto-piloto que pretende aproximar a Educação em Portugal da Finlândia. É uma boa ideia, defende Alexandre Homem Cristo. Mas há perigos.
Já se adivinhava e, agora, confirmou-se: o próximo ano lectivo trará novidades significativas para as escolas, as principais sob forma de um projecto-piloto. Quais? Três em particular. A multi e interdisciplinaridade (com aulas temáticas) – permitindo aos professores trabalhar em conjunto à volta de temas ou, por exemplo, fundir disciplinas. A flexibilização de 25% na gestão da horária – permitindo, por exemplo, que algumas disciplinas se tornem semestrais. E a definição das “matérias essenciais” nos programas das disciplinas – permitindo aos professores fixarem-se nessas e deixar de lado parte do programa.
Esta semana temos o livro, Um Gato à janela, de Francisco Pereira.
Sinopse
Um homem desencantado, uma ideia mirabolante, um gato que adora estar à janela! Um homem à volta de mulheres, com sexo e amor a sobreporem-se à vez, uma ideia violenta, um atentado em Lisboa, será isso possível, de que modo, talvez seja improvável mas é perfeitamente possível!
Se tiverem interesse em dar a conhecer obras da vossa autoria enviem sinopse e capa do livro para o seguinte e-mail.
Aplicação disponível das 0:00 horas de segunda-feira, dia 27 de março, até às 23:59 horas de terça-feira, dia 28 de março de 2017 (hora de Portugal Continental).
O Ministério da Educação também quer incluir os Colégios na flexibilização. Para isso vai convidá-los a integrar este projeto piloto. As escolas da rede pública voluntariam-se.
As 25 horas voltam no 3.º e 4.º anos. O inglês passa a ser lecionado dentro do horário das 25 horas, sem que os alunos tenham as atuais +2 horas letivas.
Os Intervalos voltam a ser considerados horário letivo.
1. As alterações que o sistema de ensino sofreu nos últimos anos oscilaram entre concepções anglo-saxónicas, de raiz empirista, e ideias construtivistas, de inspiração piagetiana. Estas, hipervalorizando as chamadas ciências da educação. Aquelas, hipervalorizando o conhecimento. O equilíbrio entre estes dois extremos não foi a escolha do secretário de Estado João Costa.
Ao Expresso, João Costa foi claro quando afirmou que nalgumas áreas era impossível trabalhar, por falta de horas disponíveis. E disse que a Educação Física, a História e a Geografia eram disciplinas “descalças” de tempo. Quando lhe perguntaram se Português e Matemática perderiam horas, João Costa respondeu que “algumas terão de perder, claro”. Em declarações ao Correio da Manhã, reafirmou a necessidade de tirar de um lado para pôr no outro. Nem de outro modo poderia ser para permitir, como anunciou, que as escolas decidissem 25% do currículo e nele se incluísse a Área de Projecto e a Educação para a Cidadania, sem aumentar a carga semanal global. Do mesmo passo, repetiu várias vezes que as alterações curriculares se aplicariam já no próximo ano e em todas as escolas.
Agora, António Costa, com receio das repercussões que a leviandade provocasse nas eleições autárquicas, e Marcelo, com o paternalismo que o Governo aceita, meteram o secretário de Estado na ordem e desenharam a retirada: não há cortes e a coisa circunscreve-se a 50 escolas voluntárias. A falta de confiança no Ministério da Educação ficou patente. Repetiu-se o calduço do pai Marcelo que, no ano-lectivo passado, levou os garotos da 5 de Outubro a recuarem em matéria de avaliação no ensino básico. Numa palavra, escreveu-se direito por linhas tortas.
A reforma em causa era apressada e demasiado marcada por uma determinada ideologia. Orquestrou o apoio dos amigos (vide a cena amadora do apoio a João Costa, via uma sua adjunta, exposta no Correio da Manhã), mas não cuidou do apoio dos professores e da sociedade, muito menos de prever o impacto que teria na complexidade de todo o sistema de ensino.
A responsabilidade da ética política em que uma reforma educacional deve assentar exige que se procure um consenso partidário. As mudanças desta envergadura devem ter uma duração garantida para produzirem efeitos, devem acomodar processos de transição ponderada e prever uma campanha de comunicação pública, que explique razões (fundamentadas em diagnósticos sólidos, que não em palpites de ministros que foram aos jogos olímpicos), necessidades (assentes em evidências) e objectivos (expressos em linguagem perceptível, que não em “eduquês” de má memória).
2. O novo normativo sobre concursos retoma, com um pouco de cosmética, a visão do anterior governo do PSD/CDS-PP. A entrada nos quadros continua condicionada pela “norma-travão” e pela chamada vinculação “extraordinária”, que não pelo direito conferido por sucessivas contratações.
Recorde-se, a propósito, que o PS votou recentemente, ao lado do PSD e CDS-PP, a inviabilização de um projecto de lei do PCP, que previa a obrigatoriedade de incluir em concurso nacional, por lista graduada universal, todos os lugares, com horário completo, que resultassem de necessidades manifestadas pelas escolas durante três anos consecutivos.
No próximo concurso de mobilidade interna teremos professores do quadro de primeira e professores do quadro de segunda. Mais uma vez, a lista universal de graduação é desprezada, agora por um processo de intenções que interpreta, e penaliza, de forma totalitária, decisões anteriores de permanência em quadros de zona pedagógica. Por tudo isto, resulta de um cinismo atroz o “parlapiê” do preâmbulo do Decreto-Lei nº 28/2017, que, significativamente, não colhe a aprovação de nenhum sindicato de professores. Como o anterior, nesta matéria, o Governo encarou a negociação sindical como mero formalismo legal e ficou claro que, quando as incidências orçamentais relevam, as suas prioridades não se afastam do que Crato serviu.
Eu já nem contabilizo, vou-me adaptando. Já não tenho paciência para tanta instabilidade. Mas há quem o faça…
Ainda não entenderam que, de uma vez por todas, é necessário parar com tanta mudança?
Não estou a falar destas ou daquelas mudanças. Estou a falar de um acordo alargado, que nunca foi tentado por ninguém, mas que enche a boca de muitos. Tem de se olhar para a escola como aquilo que ela deve ser. Não como reflexo de uma politica, mas como reflexo de uma sociedade.
Face às notícias que têm sido publicadas, o Conselho Nacional de Educação desmente formalmente que tenha sido emitido ou aprovado qualquer Parecer sobre o Perfil do Aluno na sessão plenária realizada hoje, dia 20 de março 2017.
“Os conteúdos lecionados no 1.º Ciclo são, essencialmente relacionados com narrativas da mitologia clássica e costumes dos romanos e gregos”, disse Isaltina Martins.
Vai daí, “introduz-se na Oferta Complementar a possibilidade de os alunos usufruírem de aulas de Ioga, Robótica, Empreendedorismo, Mandarim e Filosofia. Não que eu seja contra, até sou a favor, mas julgo que ainda estamos um pouco atrasados para que seja já no próximo ano letivo. Faltam professores. Ou serão os titulares de turma a tornar-se “bilingues” e mestres filosóficos? Já nem falo em especialistas em robótica… O empreendedorismo, é o nosso dia a dia se queremos que as escolas funcionem.
A sugestão desta semana é, O cavalinho de Madeira, de Célia Nunes e com ilustrações de Luísa Costa.
Sinopse
Esta é a história de um menino pobre que não tinha brinquedos. O seu pai, que era carpinteiro, construiu-lhe um em madeira: um lindo cavalinho de balouço. Mas, para enorme surpresa do garoto, o cavalito de madeira ganhou vida e nasceram-lhe umas asas, tornando-se um cavalo alado. Os dois vão viver uma aventura fantástica.
Serve a presente publicação para informar que é dado início ao procedimento conducente à elaboração do projeto de portaria que procede à regulamentação do regime de integração extraordinária de docentes, previsto no artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 28/2017, de 15 de março.
Atenta a urgência, o procedimento dispensa a realização de audiência de interessados nos termos do disposto na alínea a) do n.º 3 do artigo 100.º do CPA.
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Aplicação disponível das 0:00 horas de segunda-feira, dia 20 de março, até às 23:59 horas de terça-feira, dia 21 de março de 2017 (hora de Portugal Continental).