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Porque as duvidas pairam no ar… fica aqui a Nota Informativa do Concurso de 06 de março- Plurianualidade.
Atenção aos pontos 18 e 19…
18. Para os docentes do quadro de agrupamento de escolas ou escolas não agrupadas e quadros de zona pedagógica colocados por mobilidade interna, ao abrigo do artigo 28.º do Decreto-Lei n.º 132/2012, de 27 de junho, na redação que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei n.º 83-A/2014, de 23 de maio, cessam a plurianualidade com a realização do concurso interno, conforme n.º 3 do artigo 6.º do mesmo diploma.
19. Os docentes do quadro de zona pedagógica que não obtenham colocação no concurso interno em agrupamento de escolas ou escolas não agrupadas são, obrigatoriamente, candidatos a mobilidade interna de acordo com alínea a) do n.º 1 do artigo 28.º do Decreto-Lei n.º 132/2012, de 27 de junho, na redação que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei n.º 83-A/2014, de 23 de maio.
De cada vez que surge um “problema” na educação, nova legislação, ou alguma outra luta que os sindicatos entendam enfrentar, a palavra União, vem como bandeira na frente. Mas a união é muito complicada…
Infelizmente, a nossa classe profissional não é unida, mas isto, todos sabemos.
Mas porquê?
Quando ouço apelos à união, geralmente, é mencionada a classe dos médicos, uma “comparação incomparável” com a nossa classe. É que, como um médico uma vez me disse, nós somos muitos, logo, nunca nos uniremos. A nossa “separação” em ciclos de ensino é, por si só, um entrave. Cada um defende o seu quintal com unhas e dentes.
O Pré-escolar reivindica o ano letivo a iniciar e a acabar nas mesmas datas com os outros ciclos. Pelo 1º ciclo fala-se das aposentações, monodocência, horários, entre outros. Os colegas do 2º e 3º ciclos, reclamam turmas com excesso de alunos, burocracia a mais, horários com furos e sem dias ou tardes livres, indisciplina… No secundário contesta-se porque, têm muitas turmas, os horários, o número de alunos por turma, a exigência que têm de ter, os exames e sua consequente correção… Todos têm as suas especificidades dentro das próprias especificidades.
Os exemplos dessa desunião são imensos e alimentados pelos responsáveis governamentais, mas nós, também responsáveis e os primeiros a alimentar essa desunião. “Cada um puxa a brasa à sua sardinha”… são os professores de Português a reclamar mais tempo letivo para a sua disciplina, porque as metas assim o exigem. São os professores de Educação Física a desaprovar que a sua avaliação não tenha o peso que as outras têm, são os professores contratados a ter que realizar a PACC… É o olhar para o lado e apenas encher a boca com a palavra união quando nos convém. Mas não fica por aí. Depois há a crítica que, na maior parte das vezes, nada tem de construtiva. Os professores do 1º ciclo dizem que no pré-escolar a motricidade não foi bem trabalhada. Os professores do 5º ano reclamam, que as matérias do 1º ciclo não foram bem consolidadas. No 7º ano, não entendem como os alunos chegaram “ali”. No 10º ano, porque deviam ter ficado no 9º ano. Entre colegas a crítica fácil, está sempre na ponta da língua. Nós, professores, somos os transmissores de cultura, mas com este tipo de atitude, que cultura se transmite? Estamos prontos a apontar o dedo ao colega do lado, para provar aos outros que somos bons, não, melhores do que eles, mas afinal não somos todos professores? Não temos todos, o mesmo objetivo? Ainda ninguém reparou que, com este tipo de atitude, estamos a dar razão àqueles que fazem do ataque à profissão, um desporto? Acima de tudo, como professores, temos de ser pedagogos, se queremos “criticar” temos de o fazer de forma construtiva, para nos destruir, já temos o MEC.
A nossa desunião resume-se à competição a que nos submetemos entre pares e à defesa do indefensável. Enquanto não respeitarmos as diferenças entre ciclos de ensino, não conseguiremos a dita união. Enquanto não olharmos para o lado para ver um colega e não um professor contratado ou um do quadro, não nos uniremos. Sejamos realistas, só nos unimos quando a causa é transversal a todos. Exemplo disso foi a manifestação dos 100 mil professores mas, até nessa altura, havia quem divergisse da causa.
Não se iludam, a desunião da classe é a força que move a bola de neve que tem descido a encosta. O MEC espera-a e fomenta-a. Aos sindicatos, de certa forma, interessa…
Até hoje, tenho evitado falar da relação professor de 1º ciclo/encarregados de educação e/ou pais. Entenda-se, desde já, que também sou pai e o que aqui escrevo, com certeza, não “servirá” a todos.
Como professor “primário”, cada vez mais, me sinto professor das crianças e educador dos encarregados de educação. Já me vi em todo o tipo de situações e tive de as resolver conforme soube e pude.
Deparamo-nos com várias “espécies” de pais, na nossa profissão e nos tempos que correm… Há, os interessados, os desinteressados, os protetores e os que não querem saber, os progenitores e os “outros”, aqueles que “criam” e os que são “criadores”, e muitos mais espécimes…nós, professores, temos que lidar com todos eles.
Como já “disse”, nesta profissão, já vi um pouco de tudo. Vi a criança que almoçava uma fatia de piza, a meias com a irmã. A mãe que, no supermercado, confundia os pacotes de leite para a filha com os de vinho ou seja, lá em casa, leite não entrava. A mãe que deixava a filha ir passar o fim de semana a casa das funcionárias da escola, onde a mesma, era devidamente alimentada e higienicamente tratada. A que, no dia 26 de dezembro, deixou 3 filhos à porta dos avós, com as roupas embrulhadas nuns lençóis e foi viver a vida. A criança a quem o professor, de segunda a sexta, providenciava o jantar, uma vez que, em casa, essa refeição era coisa rara. O pai que, se esqueceu do filho na escola e só se lembrou do rebento quando as autoridades lhe bateram à porta acompanhando o mesmo (telefones não se atendem). Mas, no dia seguinte foi à escola acusar as professoras de lhe quererem estragar a vida. A mãe que telefonou ao professor a pedir opinião se levava a filha, com 38 graus de febre, à escola ou ao hospital”. A outra, que quando deparava com a informação telefónica, por parte do professor, de que o filho tinha partido um braço, enquanto brincava no recreio, informou o mesmo que não iria com ele ao hospital, “se ele tinha partido o braço na escola, a escola que fosse ao hospital com o rapaz”. Os pais que que não se apercebiam que o filho, ao almoço, “bebia bebidas alcoólicas”, mas estavam todos juntos ao almoço. Aquele pai que, às 14h30m, apareceu na escola para levar o filho com ele porque… “preciso dele para ir às vacas”. A criança que quando questionada se tinha andado a lutar com gatos respondeu… “foi a minha avó que me arranhou a cara toda…”. A mãe que me dizia que a filha não lhe tinha mostrado os recados que o Sr. Professor escrevia na caderneta, desconhecendo completamente o que se passava com a filha. A que, não lê os avisos e acusa sem ver se andavam perdidos na mochila da mesma. As muitas coisas que já me disseram… O pai que, se dirige à escola para saber o porquê do filho, que frequentava o 1º ano não ter direito ao cheque dentista, e a quem tinha sido explicado que só no ano seguinte, o aluno, teria direito a tal. Mesmo assim, deixou no ar que a professora os guardava para os seus próprios filhos. A mãe que, queria casas de banho aquecidas, para que o filho não se constipasse quando lá se deslocasse para fazer o seu “chichi”. A que, quando confrontada pela birra do seu petiz para ficar na escola, lhe promete um “tablet” para a hora do intervalo, desse mesmo dia. O pai que, não concorda com as interrupções letivas, porque não tem onde, nem a quem, deixar o seu filho. A mãe que diz à filha, depois de uma conversa com o professor, “quando o teu pai chegar a casa vai falar contigo. Já te tinha avisado que não tens de mexer no que é dos outros” (quando, infelizmente, o exemplo vinha dele por estar preso por furto). Os pais que, em setembro, aparecem na escola sem saber que os filhos tinham sido retidos no ano anterior, ficando muito revoltados, porque até já tinham comprado os livros (atender telefones, ler cartas da escola e aparecer às reuniões para “conhecimento” da performance académica dos filhos, não é muito a “onda” em que “surfam”). E os que me tiram do sério são os que me dizem, “Sr. Professor, já não sei que lhe faça”, (queres ver que eu tenho, mesmo, de lhes dizer o que fazer)… Podia escrever um livro se continuasse a enumerar os tantos exemplos que vi e vivenciei…
Durante os anos de exercício na minha profissão, cheguei à conclusão que, há pais e pais… há até aqueles que, se pudessem, iriam à escola dar um “beijinho” no rebento ao domingo, depois da missa, e, lhes telefonariam um dia, a meio da semana, se tivessem tempo!…
Pelo 1º ciclo é assim… há que ser professor, há que ser “pai”, “avô”, conselheiro… de alguns encarregados de educação!…
Os agrupamentos de escolas já começam a ter uma ideia das turmas que vão conseguir constituir, o prazo de para novas matrículas para a entrada no 1º ciclo já estão quase a terminar, dia 15 de junho.
Na minha escola o futuro não é risonho. No ano passado houve 10 novas matrículas, perdeu-se uma turma, a escola passou de 4 turmas para 3. Os miúdos do 1º ano foram divididos pelas turmas do 3º e 4º ano, 5 para cada. Este ano a “coisa” piorou, 3 matriculas já dadas como certas e uma outra que pode ser ou não. Quatro miúdos, quatro…
A minha pequena escola, é apenas um exemplo do que se passa por todo o país, serão raras as escolas que terão aumento de turmas ou, sequer, de matrículas. O futuro que se avizinha não é o mais risonho.
O nosso ministro já veio a publico anunciar que este ano não encerrará escolas do 1º ciclo, mas não falou sobre a diminuição de turmas, o que não é a mesma coisa, e para que tal declaração tenha sido proferida foi necessário ser ano de eleições. Não se iludam, é apenas um interregno, para o ano, esteja lá quem lá estiver, o encerramento irá continuar a ser feito.
Não tardará, começaremos a ouvir falar da junção de agrupamentos entre concelhos pela mesma razão.
A redução da taxa de nascimentos é deveras preocupante e reflete-se no número de crianças a ingressar na escolaridade obrigatória. Os anos que se avizinham não trarão “melhoras”, bem pelo contrário.
Este panorama não vai melhorar, mas não será apenas o 1º ciclo a ressentir-se destes números, em breve os outros ciclos estarão com o mesmo problema.
O País tem um problema de demografia que não está a ser resolvido, as consequências vão ser bem notórias a médio prazo.
“mito”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/mito [consultado em 09-06-2015].
… mas será isto um mito? Ou será uma interpretação “livre”?…
“Nos próximos anos haverá muita gente em Portugal que, das duas uma, ou consegue, nessa área, fazer formação e estar disponível para outras áreas ou, querendo manter-se, sobretudo como professores, podem olhar para todo o mercado de língua portuguesa e encontrar aí uma alternativa.” (Correio da Manhã, dezembro de 2011)
Bem… como eu costumo dizer… Cada um que interprete como quiser!!!
… para os mais distraídos, para os que defendem os exames como prova de rigor e exigência…. a prova que não são os professores que fazem “uso” do “facilitismo”…
Só 2% dos chumbos acontecem nos exames. O presidente do Conselho Nacional de Educação aponta os testes internos das escolas como causa do elevado número de reprovações. Associação Nacional de Professores discorda da existência dos exames nacionais.
“Neste momento, o que se questiona é se vale a pena realmente existir esta prova, com este rigor e stress, que é colocado tanto para os alunos como para os docentes e para a escola”, afirma Paula Carqueja.
Venham lá agora os “entendidos” falar das causas… ou seja, do fator económico, porque isso é que importa, as crianças são meros instrumentos de um qualquer laboratório experimental…
A Ação Administrativa Especial de pretensão conexa com normas administrativas, trocando por miúdos, a ação que o SPZC “meteu” para tentar travar a Norma Travão… O José Ricardo ainda ontem tomou posse e já mostra trabalho…
Será que isto não vai atrasar a saída das listas?
Não, não vai. Dizem-me que não foi interposta nenhuma providência cautelar, logo, não afetará os prazos de publicação das listas.
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Há coisas em relação aos exames que me custa a entender! Já me custava a entender certos procedimentos no tempo das Provas de Aferição, mas agora isto ficou incompreensível…
Vejamos…, no tempo das idas Provas de Aferição, que serviam não sei bem para quê, os professores do 1º ciclo acompanhavam e eram responsáveis por todo o processo, desde a sua aplicação à sua correção. Eram os professores do 1º ciclo que aplicavam as provas que as corrigiam, que constituíam o gabinete de exames, que as transportavam, nos seus veículos, de e para o agrupamento, que se responsabilizavam por todo o trabalho referente às provas do 4º ano. Eram considerados, pessoas idóneas…
As provas de Aferição foram substituídas pelos atuais Exames, ou Provas, como agora lhes chamam. Os professores do 1º ciclo deixaram de ser totalmente idóneos, já não podem aplicar os exames. Fica a dúvida no ar, se o MEC deixou de confiar na sua idoneidade. Perante este MEC, só são “meio” idóneos, continuam a corrigir, para isso a idoneidade serve. Já que não servem para uma coisa não serviriam para outra, mas não, o MEC tem de se sujeitar a estes profissionais, até um dia… pode ser que os exames passem a externos e sejam os funcionários de uma qualquer empresa a corrigi-los.
Outra situação incompreensível é o porquê de, agora, serem necessários 4 dias para exames do 4º e 6º anos, no tempo das Provas de Aferição só eram necessários 2 dias, o 4º e 6º anos realizavam as provas no mesmo dia. A interrupção letiva nas Escolas sede era menor, o prejuízo dos alunos que não estavam incluídos nesses exames era menor, mas esses, nesses dias, são alunos de “segunda”…
Este modelo de organização para a aplicação de exames não pauta pela justiça e por ser um modelo sem falhas. É necessário repensar todo o processo, mas isso, nós meros peões num tabuleiro onde só jogam burocratas, não temos nada a dizer…
Dizem-me que o teste intermédio foi bastante acessível, até mesmo, fácil…
O texto áudio, pelo que, também, me dizem, foi o que está no texto abaixo. O engraçado é que, até é um texto trabalhado pelas escolas que adotaram “A Pasta Mágica” para o 2º ano, e consta num livro de treino de provas da Soregra Editores.
O Peixinho que Descobriu o Mar
Cristóbal nasceu num aquário. O mundo dele resumia-se a um pouco de água entre quatro paredes de vidro. Isso, alguma areia, algas, pedras de diversos tamanhos, a miniatura em madeira de uma caravela naufragada. Ah! E trinta e sete outros peixinhos, quase todos irmãos de Cristóbal, ou primos, tios, parentes próximos. Havia ainda uma velha tartaruga, chamada Alice, que já vivia no aquário quando os avós dos avós de Cristóbal nasceram. Os peixes acreditavam que Alice vivia no aquário desde a criação do Universo e ela deixava que eles acreditassem naquilo.
Às vezes os peixes mais velhos contavam histórias que tinham escutado aos seus avós. Diziam que, para além das paredes do aquário, longe dali, havia água, tanta água que um peixe podia passar a vida inteira a nadar, sempre em linha reta, sem nunca bater de encontro a um vidro. A essa água imensa, onde tinham nascido os primeiros peixes, chamava-se Mar.
Os peixes falavam do Mar como quem fala de um sonho. Cristóbal, tantas vezes escutou aquela história que um dia decidiu perguntar a Alice. A tartaruga era velhíssima, devia saber, tinha de saber. Encontrou-a a tomar sol em cima de uma pedra. Cristóbal prendeu a respiração, ergueu a cabeça acima da água, e fez-lhe a pergunta. Alice torceu a boca numa careta de troça:
– Disparate: o Mar não existe! Não existe nada para além daquelas quatro paredes de vidro. O universo inteiro somos nós.
Agora, tão perto do final do ano letivo, o trabalho burocrático adensa-se… Ainda não acabaram as aulas e já se começa a pensar em papéis, relatórios, grelhas… mas ainda falta corrigir os últimos testes, os últimos trabalhos, a correção dos exames, para alguns, realizar aquela visita de estudo e organizar o encerramento das atividades letivas a que usualmente os miúdos chamam de “festa”, há até escolas que realizam jantares de confraternização para as crianças e churrascos para os encarregados de educação… está aberta a época das festas “populares”…
Por esse país fora os professores acotovelam-se para agradar à comunidade escolar com grandes organizações, quando não são os professores, são outras entidades que de alguma forma estão, mais ou menos ligadas à escola. Festas, teatros, almoços, jantares, atuações de dança “moderna”, cantigas e cantares, atuações gímnicas… visitas para aqui, visitas para ali, e imagine-se, até acampamentos de 3 dias… Tudo isto, em prol da “comemoração” do final do ano letivo, para alunos, para encarregados de educação e para “inglês” ver! O trabalho de um professor não devia incluir a organização de festas, qualquer dia ainda alguma “Lili Caneças” se vai enfunar com eles por lhe estarem a roubar mercado, as funções de um professor são de transmitir aos alunos determinados conhecimentos consoante o ano em que se encontram. No 1º ciclo, ensinamos as primeiras noções de aritmética, cálculo, leitura, escrita, gramática, história… Não nos compete andarmos metidos nestas andanças, nestes festivais, nesta corrida para mostrar “bonito”.
Na organização destas atividades devemos ser consultados, concordo, mas não devemos ser intervenientes ativos. Das funções principais dos professores não consta a de animador de festas. Quem, ainda, assim pensa, atualize-se, faça as contas, verá que o “bonito” não compensa… façam parcerias com as Associações de Pais ou realizem uma atividade única e exclusiva para os alunos, e sempre, no horário letivo…
Estes testes são daquelas “coisas” que eu tenho como totalmente inúteis. Diz-se por aí que os testes intermédios do segundo ano servem como diagnóstico precoce e de intervenção pedagógica informada. Deve ter sido por isso que o programa do 2º ano está como está, um espetáculo. Os relatórios elaborados devem ter apontado para uma aumento da exigência e o rigor, que eram “poucos” e “carregaram” em cima das crianças…
Há outro tema que me intriga. Porque é que os professores “corretores” dos testes intermédios não têm os mesmos direitos dos “outros”. Porque é que a Norma 2 não os contempla? A responsabilidade é menor? O trabalho é similar, alem de que, são eles que os aplicam. Porque é que são tratados de maneira diferente?
Em relação, à dispensa da componente letiva pelos professores supervisores e classificadores, começam a chegar relatos da imposição, por parte de alguns Srs. Diretores, dos dias em que os professores poderão ou não usufruir destes dois dias. Se há diretores que determinam quando é que os professores podem ou não corrigir as Provas, não haverá por aí algum que julgue que os professores não necessitam ou não têm direito a esses dois dias?
Como o burburinho tem sido imenso, fica aqui o esclarecimento quanto ao número de Prova a atribuir por professor classificador, constante na Norma deste ano…
O número de provas a distribuir aos professores classificador pertencentes aos vários agrupamentos de exames deverá ser o mais equitativo possível, mas não poderá deixar de ter em consideração o número de professores classificadores designados e o número de provas realizadas em cada agrupamento de exames.
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Os classificadores que exerçam os cargos de diretor, subdiretor e adjunto do diretor estão dispensados da classificação de provas. Aos classificadores do 3.º ciclo e ensino secundário que se encontrem ainda com componente letiva durante o período de classificação, aos classificadores que exerçam a função de coordenador do secretariado de exames ou a função de técnico de PFEB/ENEB/ENES, podem ser distribuídas até 25 provas. Aos professores que exerçam a função de professor supervisor do ensino básico podem ser distribuídas até 20 provas para classificação.
Porque sei que há algum interesse na não divulgação de certos pormenores legislativos…
Artigo 32º Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 5 de março de 2014 (para consulta aqui na pag. 71 da Norma 2)
4 — Constituem direitos dos professores classificadores:
a) Serem consideradas prioritárias as funções de classificação das provas e exames relativamente a quaisquer outras atividades na escola, com exceção das atividades letivas e das reuniões de avaliação dos alunos;
b) Ser autorizada a marcação de férias até ao 5.º dia útil do mês de setembro;
c) Serem abonados das ajudas de custo e das despesas de transporte correspondentes às deslocações necessárias ao levantamento e entrega das provas no agrupamento de exames, por parte da escola em que prestam serviço, de acordo com a legislação em vigor;
d) Serem dispensados das atividades não letivas durante os períodos fixados anualmente para a classificação das provas e exames;