Rui Cardoso

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As AEC… de inicio de ano…

As AEC estão entregues a um número infindável de entidades…

Este ano, com o atraso que houve na abertura de concursos para os docentes que as leccionam, (triste e miserável fado o deles) reina a confusão de sempre.

Em muitas escolas do 1º ciclo, vulgo, agrupamentos inteiros, as ditas atividades ainda não tiveram inicio. Nuns, não há docentes contratados para o efeito e em “alguns” esse corpo docente ainda não está completo. A situação é sempre de lamentar e demonstra, mais uma vez, o interesse dos responsáveis em dar início ao ano letivo sem constrangimentos.sala

As consequências estão à vista e tornam a vida de todos num inferno. Os professores titulares de turma cumprem horários provisórios, asseguram horas que não são deles. As assistentes operacionais transformam-se em “guardadoras” de crianças durante esses horários, os Encarregados de Educação, refazem os seus planos para assegurar a hora de ir buscar as crianças à escola mais cedo… E os professores das AEC, a quem tanta falta faz o “miserável euro” advindo dessa atividade, continuam em casa a aguardar…

Outra realidade é a dos docentes, já a exercer que são colocados num dos diversos concursos a decorrer, numa escola “perto de si”, e abandonam as AEC na expectativa de um futuro melhor. São mais uns “dias” de interrupção, mais uns dias em que a escola a tempo inteiro se transforma em escola “parcial”…

Mas isto não interessa a ninguém…

O ano letivo era para começar sem sobressaltos. Até se adiou o início numa semana para que tudo começasse “sobre rodas”… Falta ar ao pneu e o veículo move-se devagar, arrastando-se encosta acima num movimento vagaroso como em outros anos…

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Programas eleitorais… PS…

Apresenta-se o programa do PS…

 

COMBATER O INSUCESSO ESCOLAR, GARANTIR 12 ANOS DE ESCOLARIDADE

 

A educação e a formação são alicerces essenciais para o futuro das pessoas e do país. A aposta na qualificação dos portugueses constitui um meio imprescindível para a valorização dos cidadãos, para uma cidadania democrática e para o desenvolvimento sustentável do país. Numa sociedade e economia baseadas na aprendizagem, no saber e nas qualificações, a educação é simultaneamente condição de empregabilidade e de competitividade e condição funda- mental para uma sociedade coesa e progressiva.

 

O governo PSD/CDS desenvolveu uma política educativa que abandonou os combates mais difíceis e mais urgentes: desvalorizou o combate ao insucesso escolar, que, depois de vários anos de melhoria, voltou a subir no ensino básico; desvalorizou o com- bate às desigualdades, enfraquecendo a função da escola pública para todos enquanto elemento de mobilidade social, enfraqueceu a qualidade do serviço público de educação, diminuindo a aposta na escola a tempo inteiro e as condições das atividades de enriquecimento curricular e empobrecendo o currículo reduzindo-o às disciplinas nucleares e desestabilizou funcionamento das escolas, nomeadamente na colocação de professores.

 

Para o PS a educação é um meio privilegiado de promover a justiça social e a igualdade de oportunidades. A nossa política educativa garantirá a igualdade de acesso de todas as crianças à escola pública e promoverá o sucesso educativo de todos, designadamente ao longo dos 12 anos de escolaridade obrigatória.

 

O PS assumirá, por isso, como principal prioridade da política educativa a mobilização da sociedade portuguesa para um combate sem tréguas ao insucesso escolar, que constitui um entrave à qualidade do ensino, à equidade, à aprendizagem e ao cumprimento da escolaridade obrigatória por todas as crianças e jovens. Esse combate deve envolver toda a sociedade, os diferentes departa- mentos governamentais, os pais, as escolas e as autarquias, num esforço continuado de aposta na resolução de um dos mais sérios entraves ao progresso na qualificação dos portugueses e na redução das desigualdades.

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Tudo corre sobre rodas…

O ano letivo teve inicio há quase duas semanas… e os relatos vão-se amontoando sobre um inicio de ano letivo sem sobressaltos…

Tudo corre como o “esperado”…  a novidade é o empurrar de culpas entre o MEC e o Agrupamento de Escolas…

 

in correio da manha

In “Correio da Manhã” de 29/09/2015

 

 

 

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Programas eleitorais… PDR…

Do PDR só descobrimos isto… se alguém souber de mais…

 

Ensino público e professores

 

O PDR defenderá intransigentemente a escola e o ensino públicos em todos os seus graus. As escolas deverão estar ao serviço da formação dos alunos e os professores como a sua figura central, transformando a função docente no eixo em torno do qual deve girar a grande roda do ensino em Portugal. A dignificação da função docente passa também por um verdadeiro combate político contra a proletarização dos professores restituindo-lhes a autoridade moral e pedagógica que é parte integrante do seu magistério.

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ME nega cortes na E. Especial…

Porque hoje estamos “numa” de respostas… afinal, parece, que só cortou nos ordenados dos professores…

 

“No orçamento do Ministério da Educação de 2011, aprovado antes do actual Governo entrar em funções, estavam destinados para a educação especial 234 milhões de euros. Em 2015, no orçamento do Ministério da Educação e Ciência (MEC) esta verba desceu para 175 milhões. Apesar deste corte de quase 59 milhões de euros, o MEC negou nesta segunda-feira que tenha efectuado cortes neste sector.”

 

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Programas eleitorais… PAF…

Para hoje temos a continuidade daquilo que temos… PAF…

 

EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO

Depois de uma legislatura de marcantes reformas no sistema de ensino, impõe-se estabilizar as políticas educativas e relançar a confiança dos professores, das famílias e demais agentes educativos. Nessa medida, é fundamental construir compromissos que contribuam para a estabilidade dessas políticas educativas. O principal desafio para a próxima legislatura é o de centrar o esforço da ação pública na qualidade do ensino com vista a reforçar a preparação dos jovens e reduzir de forma sustentada o insucesso e o abandono escolares, concretizando assim os princípios da equidade e da igualdade de oportunidades para todas as crianças e jovens portugueses, preocupação que deve ir de par com a aposta na exigência e no rigor. Os princípios de autonomia das escolas e de descentralização do sistema educativo continuarão a ser instrumentos estruturantes das políticas públicas de educação, respeitando e valorizando a diferenciação dos projetos educativos, bem como a diversificação das estratégias, com vista a melhor responder às características dos alunos e dos contextos sociais locais. Respeitar, valorizar e integrar as dinâmicas das escolas, dos municípios e das comunidades, é o caminho que permite concretizar o princípio da liberdade de educação em todas as suas expressões. Caberá ao Estado, através do Ministério da Educação, em colaboração com as diversas forças sociais, construir uma visão integrada do serviço público de educação – desde a infância à idade adulta. O Ministério da Educação, enquanto principal instância reguladora do sistema de ensino, deverá centrar a sua ação na conceção do curriculum nacional, na promoção da avaliação, na introdução de inovação no sistema, no acompanhamento do desempenho escolar, na auditoria e inspeção das organizações escolares, no financiamento e monitorização dos recursos educativos.

  1. POR UMA POLÍTICA INTEGRADA PARA A INFÂNCIA

A quebra sustentada da natalidade em Portugal exige que valorizemos o apoio às famílias e às crianças de maneira a garantir a sua proteção e confiança. O primeiro passo deverá ser o de promover o acesso às ofertas de creche e jardim-de-infância a todas as crianças até aos seis anos de forma a atenuar as desigualdades nos trajetos escolares seguintes. Dar, portanto, prioridade à educação pré-escolar para mitigar os efeitos da origem social na capacidade de aprendizagem e de aspiração das crianças mais pequenas, em linha com a evidência que quanto mais cedo no ciclo de vida das crianças forem realizados os investimentos em educação, maior será o seu retorno. Neste contexto, propõe-se:

?? Atingindo-se no ano letivo 2016/2017 a universalização da oferta da educação pré- -escolar desde os 4 anos, no decorrer da próxima legislatura será possível preparar o alargamento da oferta aos 3 anos, promovendo, em colaboração com as autarquias, e privado, com e sem fins lucrativos, para a prossecução deste objetivo;

?? Promover um sistema de incentivos aos Municípios com taxas mais baixas de cobertura do pré-escolar mais, com vista a aumentar a oferta e a garantir a total cobertura de creches e jardins de infância;

?? Por forma a abranger um número progressivamente crescente de famílias carenciadas, aumentar o número de contratos de desenvolvimento, por via da revisão e simplificação dos escalões de capitação;

?? Lançar um Programa Nacional de Tempos Livres, promovendo, em articulação com as autarquias, escolas públicas e privadas, instituições de ensino superior e organismos desportivos e culturais, atividades de ocupação educativa, cultural e desportiva dos jovens, após os horários letivos, nos fins de semana e nos períodos de férias, de forma a propiciar a ocupação e integração dos jovens em atividades culturais, educativas e desportivas. Este programa permitirá ajudar as famílias e integrar jovens na vida social coletiva e prepará-los para o sucesso escolar.

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É sempre no corte…

Estes alunos, por serem especiais, não necessitam de subsídios ou de mais professores…

A igualdade de oportunidades ou a tal “equidade” de que tanto se fala não passa disso mesmo, retórica… nem em ano de eleições, há respeito por crianças que, já por si se encontram em situações de desvantagem perante a vida…

25 alunos com NEE para um docente, mais valia constituírem uma turma… sempre lhes conseguiria dar mais “apoio”!!!

 

PP

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Programas eleitorais… PAN…

Vejamos o que nos dizem os partidários do PAN…

 

Valorizar a profissão e a carreira de professor/a

Porquê?

As escolas e a sociedade precisam de quadros motivados e bem formados. É

fundamental actualizar o modelo de recrutamento de professores/as para as escolas públicas e rever os critérios de avaliação. Por outro lado, a formação inicial das/os professoras/es não é em geral de boa qualidade. Enfeudada nas linhas ideológicas de cada Universidade ou Politécnico, reflecte mal a realidade educativa. Formam-se professoras/es para contextos educativos imaginários (ou demasiado desestruturados ou demasiado estruturados). Por isso, a formação pedagógica devia ter uma componente mais prática em contexto de sala de aula. Quanto à formação contínua, é essencial que ela sirva para as/os professoras/es adquirirem novos conhecimentos e competências e não apenas como mero processo de certificação necessário à progressão na carreira.

Para quê?

Para proporcionar uma boa formação às/aos educandas/os e melhorar a qualidade das escolas.

Como?

  1. a) Criando uma carreira atractiva financeiramente e proporcionando melhores

condições de trabalho às/aos professoras/es;

  1. b) Apostando na formação contínua das/os professoras/es, especialmente através do ensino superior;
  2. c) A formação pedagógica devia ter mais componente prática em contexto de sala de aula.
  3. Combater os factores do insucesso escolar

Porquê?

Ao longo dos tempos foram experimentados vários modelos educacionais, uns mais centrados na/no professor/a outros mais centrados no/na aluno/a mas a verdade é que todos falharam no combate ao insucesso escolar, pelo que urge encontrar um novo modelo educacional.

Para quê?

Reduzir drasticamente os vários tipos de insucesso escolar. Continue a ler

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Programas eleitorais… BE…

Temos, hoje, o programa eleitoral do Bloco de Esquerda…

 

EDUCAÇÃO PARA COMBATER O DÉFICE DO ATRASO

Nuno Crato não implodiu o ministério da Educação, como dizia ser sua vontade, mas per­seguiu qualquer vestígio de inclusão, igualdade ou qualidade nas escolas do país. Nenhum ministro desenvolveu uma política tão facilitista como a aplicada por Nuno Crato.

Assistimos a quatro anos de verdadeira regressão educativa e social, a caminho de uma es­cola “do antigamente”. A proliferação de exames, o ensino dual para quem reprova, uma ar­caica contrarevolução curricular (não testada e sem formação de professores) deixam uma escola mais pequena e desistente. E sempre o mesmo fio condutor: a seleção social.

No universo de Crato e da direita, o aumento da retenção de alunos é um sinal de exigên­cia. Não é. É de desistência. Cada criança que fica para trás é uma criança deixada à sua sorte e que conta com a desistência da escola. Portugal é o terceiro país europeu onde as crianças mais “chumbam”: até aos 15 anos, um terço dos alunos já perdeu um ano. A média da OCDE é de apenas 15%. Pior: em cada dez alunos, um fica retido logo no segundo ano. Tanto a OCDE como o Conselho Nacional de Educação alertam para a ineficácia da retenção de alunos e para o seu absurdo custo financeiro. Salvaguardando-se excepções individuais, mais relacionadas com a turbulência emocional conjuntural do que com reais dificuldades de aprendizagem, a retenção é um erro e um sintoma da incapacidade da escola para que os estudantes nela se possam realizar sem perda de exigência.

Não há nada menos exigente do que chumbar toda a gente. A começar pelos mais peque­nos. Os exames do quarto ano são o ponto alto do experimentalismo social que tomou conta das escolas. Em toda a Europa, só na Áustria existem provas deste género para avaliar crian­ças de 9 ou 10 anos.

O défice de qualificações continua a ser uma das causas do atraso português. Entre os 25 e os 34 anos, 58% dos adultos portugueses tinham pelo menos o 12º ano, a média da OCDE é de 82%. Há um outro atraso mais profundo: do ensino básico ao superior, Portugal é dos países europeus que mais reproduz no acesso e no sucesso escolar as desigualdades sociais e culturais de partida.

Pela primeira vez em muitas décadas, Portugal está a gastar com a educação menos do que a média dos países europeus. A diminuição abrupta do número de professores, muito superior à diminuição de alunos, ou a redução das ofertas educativas pelas escolas são alguns dos sinais desse desinvestimento.

Importa reverter o experimentalismo social levado a cabo por Nuno Crato. Acabar com os exames do quarto e sexto anos; colocar ponto final na “cultura do chumbo”; terminar a se­leção social através do ensino dual. Em contraponto, é preciso refundar a escola pública, rediscutir a sua vocação e função social. É essa a proposta do Bloco, defendendo uma escola de qualidade para a inclusão e como centro educativo aberto à comunidade. Continue a ler

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Programas eleitorais… Livre…

Hoje apresentamos o que diz o Partido Livre sobre educação…

O Estado deve ser o motor do processo de promoção da literacia científica e da formação artística, cultural e ambiental. Para tal, deve ser assegurada e reforçada a integração destas aprendizagens no sistema educativo desde o início da educação pré-escolar, nomeadamente através do reforço do ensino experimental, bem como estimulada a comunicação e a divulgação alargadas da ciência e das artes pela população. A este nível, impõe-se a reversão da degradação do conceito de serviço público prestado pela RTP, reforçando o peso de conteúdos cultural e cientificamente relevantes na programação. O Estado deverá também apoiar a constituição de redes colaborativas que favoreçam a divulgação das produções culturais e científicas das estruturas de menor dimensão por todo o território nacional.

EducaÇÃo

11.1. A educação constitui uma dimensão central de qualquer política comprometida com o desenvolvimento sustentável e a justiça social, revelando Portugal atrasos históricos muito significativos neste domínio. Nos últimos 40 anos, houve um notável investimento do estado português em educação e ciência que trouxe um enorme crescimento nas qualificações dos portugueses. No entanto, esta melhoria ainda resulta em indicadores que estão abaixo da média da OCDE. O sistema educativo português deixa para trás uma grande parte das crianças, jovens e pessoas adultas. Cerca de 60% da população ativa portuguesa não possui o ensino secundário completo, quando esta situação abrange apenas um quarto da população ativa europeia e, apesar de alguma recuperação, o abandono escolar precoce entre a população jovem continua a rondar os 18%, sendo dos mais elevados da Europa. Estas taxas de abandono escolar comprometem seriamente a liberdade dos indivíduos, aumentam as desigualdades e constituem um enorme entrave ao desenvolvimento económico, social e cultural do país. Continue a ler

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“Menos Estado Social, uma Escola mais Desigual” (leitura de fim de semana…)

Deixo aqui o Relatório anual do Observatório da Politicas de Educação e Desenvolvimento de 2015 elaborado por Ana Benavente, Paulo Peixoto (coord.), Carla Galego, Carla Silva, Clara Lino, Graça Aníbal, Jorge Martins, Manuela Jacinto, Nuno Silva Fraga, Rogério Manita, Sandra Queiroz, Teresa Macara

 

 

Em Setembro de 2015, com o título “Menos Estado Social, uma Escola mais Desigual”, confirmam-se as tendências antes analisadas.
É extraordinário que todos os parceiros educativos e os media estejam espantados com o facto de que o ano lectivo possa começar sem grandes problemas (visíveis, em todo o caso).
É já só o que parece esperar-se: que o ano lectivo comece, que haja escolas abertas e professores colocados.
Para além das dimensões que abordaremos neste Relatório, importa assinalar algumas outras tendências, difíceis de quantificar: 1. Para além dos números que traduzem percentagens do PIB, o problema está na distribuição da riqueza e a realidade mostra-nos, em Portugal, que aumentou a pobreza, assim como aumentou o número de muito ricos. É um grave ataque à democracia. 2. A manta de retalhos quanto ao estatuto das escolas: há escolas com autonomia, há outras “municipalizadas”, outras ainda com a centralização já conhecida. Continua o apoio ao ensino particular e cooperativo, em detrimento das Escolas Públicas. 3. Os mega-agrupamentos e as escolas que ocupam o dia inteiro de muitas crianças, tiradas do seu meio, das suas terras e dos colos, desde muito cedo, transportadas para lugares institucionais. Há muito que afirmamos que pagaremos caro este modo de conceber a educação dos mais novos. É o dia de trabalho dos pais (quando têm trabalho) que vê as horas aumentadas, é a pobreza que cresce, base das desigualdades. São as múltiplas atividades que ocupam os dias dos que ainda precisam (e muito) de brincar.
4. Se é verdade que a “escola não pode tudo” quanto às desigualdades sociais, também é verdade que pode, sabemo-lo há muito, atenuá-las, o que implica políticas materiais e pedagógicas que cheguem às escolas e às salas de aula. Ora o que vemos, em Portugal de 2015, é a Escola dos “eleitos” e dos “excluídos” que se consagra nas políticas e nas práticas, sob a capa da “dualização”, inspirada, diz-se, no modelo alemão transportado para uma sociedade com características muito diferentes (nomeadamente económicas) da sociedade alemã.  5. A “medicalização” das crianças/dos alunos. Seguindo tempos vividos noutros continentes, parece afirmar-se (embora as palavras nunca sejam tão cruas) que a sociedade portuguesa vai bem, a Escola vai ainda melhor, os meninos e as meninas é que têm problemas: das hiperatividades aos mais diversos síndromes (défice de atenção, disto e daquilo), apontam-se os “defeitos” dos mais novos, ignorando os contextos de vidas institucionalizadas e de escolas que lhes exigem passividade e aprendizagens em nada adequadas às suas necessidades e às suas idades. Tempos perigosos. 6. Os curricula começam, cada vez mais cedo, com conteúdos longos e muitas vezes abstratos e em nada adequados aos alunos e suas idades, e estabelecem metas que “varrem” qualquer preocupação pedagógica e cívica de luta contra a exclusão, de procura de pedagogias flexíveis e de tornar as aulas em momentos de reais aprendizagens. 7. Tudo se passa, em 2015, como se não pudesse haver escolas diferentes. Mas pode. E, tal como acontece com a austeridade, a história e os saberes constituídos, bem como boas práticas minoritárias, mostramnos que outros modos de conceber a Escola são possíveis. Mas estão silenciados e silenciosos. Discutemse detalhes (importantes, sem dúvida, como a questão das turmas de bons/excelentes alunos e turmas de repetentes, retomando debates antigos, como se não houvesse história) mas não se discute a importância da Escola na Democracia. Uma Escola democrática é um pilar fundamental para a renovação/aprofundamento de uma sociedade democrática, de práticas individuais e coletivas democráticas, de solidariedades e de políticas públicas capazes de assegurar o Desenvolvimento e a Inovação sem sacrificar as pessoas. Os responsáveis políticos parecem, com raras exceções, ter desistido destas questões, ocupando-se de Economia (com E grande, dos “plafonamentos” ao défice externo) ao serviço da qual estão as pessoas (com p pequeno, vistas como meros recursos substituíveis). É uma questão portuguesa mas também europeia que nos mostra, todos os dias, um mundo em que os autores deste Relatório não se reconhecem. 8. A ausência de memória e o desprezo pelos saberes construídos quanto às políticas de construção da EPT (lentas e contraditórias, obviamente) são um dos graves problemas da sociedade e dos parceiros educativos. Escolarizam o pré-escolar, acabam, pouco a pouco e sem alarde, com a Escola democrática para Todos, como se se tratasse de uma questão técnica. É uma grave ameaça à democracia. Cabe aqui questionar o papel dos investigadores do ensino superior e a própria formação de professores, cada vez mais teórica e divorciada da realidade social.  9.  Tal como se previa em 2014, concretizou-se o fim da Educação de Jovens e Adultos com a expressão que tinha atingido através dos Centros de Novas Oportunidades. Foram substituídos por outros Centros, em muito menor número e mais virados para o “mercado de trabalho” cujas necessidades ninguém prevê nem ousa adivinhar. Num país de baixos níveis de literacia, foi este, entre outros, um dos males maiores que o governo ao serviço da troika nos deixa em 2015. 10. Nos diversos pontos deste Relatório mostramos, pois, uma Escola Mais Desigual num país com Menos Estado Social. Optámos por manter a redação e o estilo dos diversos autores deste Relatório, bem como a diversidade de fontes utilizadas, sem a preocupação de uniformizar artificialmente um texto que não é administrativo mas sim académico e de intervenção

Clicar na imagem para ler o relatório na integra

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Programas eleitorais… PCP…

Damos hoje inicio a uma rubrica sobre os programas eleitorais. Transcreveremos aquilo com que os Partidos nos acenam ao nível da educação. (este blog é apartidário)

 

Damos inicio com o programa do PCP:

 

  1. Por uma Escola Pública, Gratuita, de Qualidade e inclusiva

1.1. O avanço da política de direita e as consequências na área da educação

A actual Legislatura fica marcada, na Educação, pelo agravamento da política que tinha sido iniciada pelos governos anteriores, designadamente pelos do PS.

O desinvestimento na Educação, nestes quatro anos, foi superior a 2 mil milhões de euros (sem ter em conta o Ensino Superior Público), com cortes orçamentais que colocam Portugal na cauda dos países da OCDE em financiamento da educação pública. Simultaneamente, prossegue o favorecimento do ensino privado, pela criação das “escolas independentes”, a abertura de um novo tipo de contratos de associação (que não se limita a garantir resposta educativa onde a pública não chega, mas a fazer-lhe concorrência directa), e o cheque-ensino.

A Escola Pública que serve à política de direita assenta na opção por vias vocacionais e profissionais duais (respostas educativas diferenciadas sob a pretensa dicotomia ensino técnico profissional/acesso ao ensino superior) promovidas, pelo governo por diversas formas, incluindo a «municipalização», contribuindo para a substituição de financiamento do Orçamento do Estado por fundos comunitários.

O que a política de direita visa, é criar uma Educação Pré-Escolar destinada à guarda de crianças durante os períodos de trabalho dos pais, vítimas de uma cada vez maior desregulação laboral, incluindo dos horários; um 1.º Ciclo que, tal como o antigo ensino primário, constituirá um primeiro momento de selecção confirmado com o exame do 4.º ano; a introdução paulatina no sistema das vias diferenciadas que desaguarão nos cursos ditos vocacionais e no profissional dual.

 

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O que se anda a ver pelos horários do 1º ciclo…

Os horários no 1º ciclo há muito que não são o que eram…

Com a introdução das AEC, os horários dos docentes do 1º ciclo transformaram-se. Deixaram de ser contínuos para se verem polulados por “furos e furinhos”.

O MEC, por motivos meramente financeiros, retirou tempo às AEC e estendeu o horário letivo até às 16 horas, pelo menos, não contando com os “furos” já existentes. Este ano, com a introdução do Inglês no 3º ano, as coisas complicaram-se.relogio

As atividades letivas iniciam-se às 9 horas ou até às 10 horas. O Inglês pode aparecer a qualquer hora, ficando o titular de turma a “aboborar” pela escola durante esse tempo. A hora de términos letivo também varia. Um docente pode muito bem acabar a sua atividade letiva a qualquer hora. Às 16 horas seria o normal. Com todas estas alterações tal não acontece. Vêem-se horários a terminar às 12H30m, às 15H, às 16H e “até” às 17H30m… Como será no próximo ano letivo em que o 4º ano também já terá Inglês?

Não se sabe se isto tem de ser assim, ou se o esforço para conciliar horários é deixado de lado! (coisas da autonomia)

Um caso “estranho” é aquele em que, as AEC são ministradas durante a interrupção de 2 horas para almoço e as aulas acabam às 16H30m. Que farão as crianças na escola até às 17H30m?

Não se compreende o porquê de se continuar a optar pelas 25 horas letivas (mais 2 de Inglês no 3º ano). É contraproducente, tanto para docentes como para os alunos, mas isso só é visto por quem anda no terreno…

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Regras do Inglês no 1º ciclo…

Aquilo que até agora não se sabia, está agora “legislado”…

“…o aluno não progride e obtém a menção de Não Aprovado. ..no caso do 1.º ciclo, tiver obtido classificação inferior a 3 simultaneamente nas disciplinas de (i) Inglês, de (ii)Português ou Matemática e, cumulativamente, (iii) menção insuficiente em pelo menos uma das outras disciplinas.”

Ou seja o carácter lúdico do Inglês foi mesmo abolido. Passa a ser uma disciplina como qualquer outra do 1º ciclo.

É de lamentar que as regras só se saibam com o “jogo” já a decorrer… vêm de mansinho, com passos de lã, sem que se dê conta… os caçadores em busca de presa…

(para quem quiser ler de uma outra fonte)

cRato

 

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“Há cada vez mais turmas com alunos de anos diferentes”

Já não estamos nos tempos em que os alunos se aglomeravam dentro da sala de aula, enquanto o espaço permitisse, e um professor apenas, ministrava os quatro anos de ensino… dizemos nós!!!

As turmas com vários níveis de ensino sempre existiram, só em alguns centros urbanos se conseguia eliminá-las. Nos agrupamentos rurais nunca se conseguiu tal feito, elas foram-se mantendo.

Hoje em dia, devido a muitos fatores, entre os quais a baixa taxa de natalidade, elas proliferam por todo o lado. A sua extinção está definitivamente adiada… tem de se deixar de pensar em extinção e pensar em apoiar essas turmas com mais docentes. Outra solução seria a diminuição do número de alunos por turma, politica em “contralinha” , já que este governo aprovou o seu aumento. Havendo, neste momento, escolas onde se confundem salas de aula com latas de sardinha. Isto é que é almejar o sucesso nas escolas publicas.

Deixem de constatar evidências e façam parte da solução…

 

(clicar na imagem para ler a denuncia)

sala

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É um escândalo…

“A Inspecção-Geral de Educação não tem meios para auditar as transferências de 160 milhões de euros do Estado para as escolas privadas, denuncia Mário Pereira, ex-director da DGAE.”

“Há uma desvalorização do ensino público, ao criar turmas de grande dimensão que têm dificuldade em responder aos problemas de formação dos alunos, e ao transferir muitos cursos profissionais para o sector privado.”

Entrevista ao antigo Diretor do DGAE, Mário Pereira.

 

(clicar na imagem para ler a noticia na integra)

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Mas sobre isto não se fala. Anda tudo às escondidas…

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Os filhos dos professores…

Os filhos dos professores são as vitimas inocentes do sistema de concursos de docentes. São os danos colaterais…

Como se explica a um filho que só vai poder ver o pai ou a mãe ao fim de semana? É quase como se os pais se divorciassem (e este sistema já levou a muitos divórcios). Pode-se tentar de várias maneiras, mas as crianças, as nossas crianças, vão acabar sempre por sofrer, no silêncio, a falta de um dos progenitores no seu dia-a-dia.Criança

O que responder a um filho quando este nos pergunta: “Porque é que tens de ir?”; “Porque não arranjas outro trabalho?”; “A minha escola ainda não começou. Porque é que a tua começa mais cedo?” Tenta-se explicar, com lágrimas nos olhos, que a vida de um professor não é justa, para eles, é muito mais injusta.

Quando as crianças são pequenas, é difícil entender porque é que os “bruxos maus” fazem com que os pais vão para longe durante a semana e só voltam à sexta-feira, cansados, exaustos. Quando crescem, a revolta é bem maior

Mas os nossos filhos não são contabilizáveis. Não são peças no tabuleiro. São um problema que não é do sistema. Porquê? Porque um professor não é um pai como qualquer outro, tem “outros filhos” que o sistema põe à frente do seu “legado genético”. Como se os nossos filhos, não fossem eles próprios, filhos de “outros pais” tão iguais a nós próprios…

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Mais uma Lista de Mobilidade Estatutária

Ainda estão a sair… listas de mobilidade estatutária…

 

 

Mobilidade de Docentes 2015/2016 Artigo 68º alínea b) do ECD Portaria n.º 1102/97 – DSRNorte

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59 anos na BCE (Parte II)

Não nos conta toda a história, mas conta mais do que isso… Conta-nos o que podemos esperar deste país daqui a uns anos… conta-nos o futuro de muitos…

Adriano

(Clicar na Imagem)

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59 anos e na BCE…

Ver um professor com 59 anos concorrer à BCE pela primeira vez, caracteriza bem o país em que vivemos.

Uma pessoa que com 59 anos ainda não conseguiu, por muitas razões, estabilizar a sua vida profissional. É olhar para o retrato perfeito do professor em Portugal. Com esta idade ainda não se pode ter sonhos ou já não se tem sonhos? Já se anda só por andar, para ter um prato de comida em cima da mesa ao fim do dia? Este pai, este avô, não é daqueles que pode “ajudar” os filhos financeiramente quando eles necessitam. É daqueles, como muitos, mais jovens e mais velhos, que apenas tentam sobreviver e viver o dia seguinte. Quais são a perspectivas de futuro de um professor hoje em dia? O que é que um professor pode esperar do dia de amanhã?  Que sonhos pode ter um professor neste país? O vínculo? Isso não deveria ser um sonho. Os sonhos são feitos de outras massas, são feitos de nuvens…

Será que por ser professor não se tem direito a sonhar? Parece que neste país a resposta é , NÃO…

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Não Colocados na MI, no QZP 02, no grupo 110…

Há coisas que eu não percebo!

Vou aqui relatar um exemplo que me saltou à vista.

No Concurso Interno, entraram no 02, 58 docentes, QZP, para juntar aos já existentes no 1º ciclo. Até aí tudo bem. A “surpresa” veio agora com as listas da Mobilidade Interna, 48 docentes QZP não colocados no 02. Eu não sei quem faz as contas às vagas, mas de certeza que usa uma formula “estranha”. Esta situação também pode advir de fatores não contabilizáveis à altura, a MPD é uma delas. Será que isso não foi tido em conta? E o que acontecerá, agora, a estes QZP’S? Serão colocados nas “cíclicas”? Vão andar a tapar buracos? Alguns, com mais de 20 anos de serviço, veem-se agora numa situação de precaridade laboral, como tantos outros por esse país fora… QZP’S do 02, do 03, do 04, do 05 e muitos QA deste grupo de ensino. Nos outros grupos, a situação é semelhante e igualmente lamentável…

Quando é que o MEC vai deixar de brincar aos “concursinhos” e deixar de complicar uma coisa tão simples?

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“Correção” às contas dos Colégios…

Pelos vistos são mais 651 turmas. Já havia mais de 1000 a ser financiadas, que vão ter continuidade de financiamento.

Cada turma com contrato vai receber 80.500€ por ano. Ou seja, 52.405.500€ por ano. Durante os três anos 157.216.500€ para as 651 novas turmas. Os números apontam para 1700 turmas nos colégios. Os números são um pouco mais elevados do que tinha sido anunciado, são 136.850.00€ por ano, pelo menos este ano que aí vem.

136 milhões 850 mil euros… números redondos… por ano…

Continuem a usar os vossos computadores, as vossas canetas, as vossas resmas de papel… o MEC não tem dinheiro para financiar o ensino público!!!

 

 

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Contas feitas aos contratos com os Colégios…

O MEC vai financiar 651 turmas de colégios privados, durante os próximos três anos letivos.

Este ano a seleção foi feita através de um concurso que teve como critérios os resultados nas provas e exames nacionais. (Estamos a ver…) Neste processo foi excluído apenas um colégio por não se encontrar na freguesia pela qual se candidatou. (Enganaram-se!!! Mas vão reclamar…)
Cada turma com contrato vai receber 80.500€ por ano. Ou seja, 52.405.500€ por ano. Durante os três anos 157.216.500€.

PS: Se a reclamação for aceite os números sofrerão um “pequeno” aumento. Trocos!!!

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A Frase do Dia… sobre as carreiras…

Por Viseu muito se fala… muito se diz… tal como já se disse ou evidenciou em anos passados…

 

«É preciso perceber que nem os funcionários públicos, nem os trabalhadores das empresas públicas, têm nenhum tipo de defeito ou foram alvo de qualquer tipo de castigo. Aquilo que se passou foi uma necessidade de fazer um ajustamento forte, rápido e doloroso da despesa do estado»

 

(clicar na imagem para ler declarações na integra)

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Militares… para “inglês” ver…

Um destes dias vamos começar o dia a cantar o hino. Não que eu julgue ser algo de todo despropositado, mas de certeza que logo atrás virá o rezar do terço…

Isto é só mais um exemplo do “olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço”…

Sou dos que diz que há falta de pessoal nas escolas, a todos os níveis, mas daí a deitar a mão a qualquer um que esteja ou se mostre disponível… Será que estes militares vão ter formação antes de exercer a função que lhes querem impor? Podem até ter qualidades para o cargo, mas saberão lidar com o mesmo, ou estarão disponíveis para o ocupar? Alguém lhes perguntou, ou vão ser voluntários à força? Há muitas questões por responder, o que me parece é que é mais uma medida para “inglês” ver…

 

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… todos “têm direito à Educação”…

Como disse noutro artigo (ontem), …  todos “têm direito à Educação”. Mas, no nosso país parece que a Constituição é um monte de papeis sem qualquer significado e efeitos práticos.

 

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