Para além das aplicações de Comunicação, a “Linha Somos Tod@s Digitais” disponibiliza agora apoio nas aplicações de ensino a distância, através da linha de telefone gratuita 800 100 555, que está disponível diariamente entre as 12h00 e as 20h00.
Uma escola onde seja identificado um caso positivo de covid-19 deve encerrar? “Não”, é a resposta da Direção-Geral de Saúde (DGS), que só recomenda que fiquem em quarentena “os alunos da turma/auxiliares/professores identificados como contactos próximos com alto risco de exposição ao vírus”
“Só os alunos que foram considerados contactos próximos de alto risco de exposição ao vírus é que devem ficar em isolamento”, sublinha fonte oficial da DGS em resposta escrita à SÁBADO na qual se admite que “tratando-se de um menor, um dos encarregados de educação/progenitor poderá ficar no domicílio por assistência à família”. Ou seja, não há indicações para que os outros membros do agregado familiar do contacto de risco cumpram o isolamento profilático de 14 dias.
De acordo com a DGS, sempre que exista um caso suspeito em meio escolar, o estabelecimento de ensino deve “deve ativar o seu plano de contingência e encaminhar o aluno para a sala de isolamento até ser encaminhado para avaliação clínica”.
Depois disso e caso se confirme um caso positivo, entra em campo o delegado de saúde local, que se deve articular com a direção da escola.
Como explica a DGS, “o delegado de saúde realiza a investigação epidemiológica e aplica inquérito epidemiológico ao caso confirmado e aos seus contactos (ou encarregado de educação)” para encontrar os tais “contactos próximos de alto risco” que deverão ficar em casa durante 14 dias.
Estão a terminar as aulas a que pomposamente, e para dar um ar de que a malta facilmente domina estas coisas da tecnologia, chamamos de “Ensino @ Distância” (acho o pormenor da arroba delicioso). Podemos afirmar que a maioria de nós saiu viva deste período de tempo interminável em que se arrastou o fim do segundo período e este terceiro período. Sim, porque o ensino à distância (ou deverei dizer “a distância”?) teve o seu início nos últimos quinze dias do segundo período. Contudo, “ficou-me cá a parecer” que o senhor Ministro da Educação não acreditou muito nas suas próprias palavras (relembro a afirmação perentória do senhor ministro: “ninguém está de férias”) e vai daí decidimos alargar o terceiro período e o ano letivo, fazendo-o terminar precisamente quinze dias depois do que era previsto. Este aumento de quinze dias teve algum resultado positivo? Sou de opinião que não.
Efetivamente, terá sido neste 15 dias a mais que os alunos terão realizado todas as aprendizagens que ainda estavam pendentes? Obviamente que não. Penso que ninguém se terá lembrado, naquelas altas instâncias, que é precisamente no terceiro período que se costuma desenvolver uma maior quantidade de atividades lúdicas devido ao clima de cansaço e saturação que já se vive no meio escolar por essa altura. Mas, claro, este ano é um ano atípico (a frase que mais ouvimos ultimamente) e, por isso, vá de prolongar aquilo que para todos já é um suplício.
Contudo, o que importa no meio disto tudo, é que o ano letivo está a terminar e há que olhar para trás e pensar um pouco sobre como correu todo este “Ensino @ Distância”. Aquilo que vou ouvindo, por aqui e por ali, é que foi um sucesso. E não, não poderei dizer o contrário. Foi um sucesso porque, os alunos não ficaram um dia que fosse desocupados e sem aulas. Um sucesso porque rapidamente os professores se muniram da sua força de vontade e da sua capacidade de trabalho para colocar em andamento uma escola a que poucos estavam habituados. Um sucesso, e aqui só posso falar no meu caso, porque se conseguiu suprir, em tempo record, a falta de equipamento que alguns alunos tinham. (sei que não aconteceu assim em todos os Agrupamentos). Um sucesso porque se conseguiu que os alunos mantivessem uma rotina de trabalho em casa, que se mantivessem ativos, o que lhes manteve, tanto quanto possível, um clima de relativa normalidade (que era importante manter).
Mas o sucesso, relativo, ficar-se-á por aqui. Desculpem a sinceridade da questão mas tenho de a fazer: alguém acredita mesmo que se realizaram aprendizagens nestes meses?
Se a pergunta me for colocada a mim posso dizer que sim, que aprendi muito (e não, não falo das aprendizagens que realizei ao nível informático – que também foram muitas!)
Digo-vos que aprendi imenso sobre as vidas pessoais dos meus alunos – entrei pelas casas dentro de alguns que não tiveram qualquer pejo em mostrá-las: alguns trabalhavam nos seus quartos, sim, alguns poucos num escritório, e outros tantos em salas de estar e cozinhas. Aprendi a trabalhar com os meus alunos enquanto ouvia a Cristina Ferreira em som de fundo (que tenho neste momento certeza que deve ser dos programas mais vistos pela manhã). Aprendi também que muitos pais não perceberam que, de facto, os seus filhos estavam numa sala de aula, ainda que virtual. Como tal, assisti a discussões entre adultos que preferia não ter visto nem ouvido, sentindo-me a assistir a um verdadeiro Big brother.
Percebi que o uso de “linguagem colorida” é apanágio não só de alguns dos meus alunos e que a mesma é usada por alguns adultos que com eles convivem, usando-a sem qualquer preocupação com aqueles que possam estar a ouvir (por exemplo, o professor).
Estamos em tempos de exceção, da anormalidade vivida surgem dúvidas, expectativas, justiças e injustiças. Os pensadores/executores de serviço não são suprassumos, não conseguem projetar todos os cenários possíveis para todas as situações e daí têm surgido.
Uma delas é a dos alunos que, por estarem sujeitos ao regime de quarentena não poderão realizar os exames de acesso ao Ensino Superior ou de equivalência à frequência. Será que haverá uma segunda fase para esses caso ou serão tratados como nos anos anteriores?
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Encontra-se disponível a aplicação que permite aos docentes efetuarem a reclamação da candidatura ao concurso externo do ensino artístico especializado da música e da dança.
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O que pode vir a acontecer no próximo ano letivo… Fecho de escolas temporário.
Uma situação a ter em conte e para a qual todos temos que estar preparados. O E@D pode ser implementado temporariamnete assemelhando-se a uma cerca sanitária às escolas. Convém estar preparado.
As aulas presenciais da Escola Secundária Pinheiro e Rosa, em Faro, terminaram, depois de mais duas funcionárias terem testado positivo à Covid-19.
Francisco Soares, diretor do Agrupamento de Escolas Pinheiro e Rosa, disse ao Sul Informação que «esta é uma medida preventiva» para «evitar contágios».
Assim, a próxima semana (a última de aulas) será apenas «de aulas à distância» para os cerca de 150 alunos do 11º e 12º anos.
Depois de ter havido um caso positivo na passada quinta-feira, dia 18, ainda foi tomada a decisão de continuar as aulas presenciais, mas na Escola EB 2,3 Neves Júnior que pertence ao mesmo agrupamento. Quanto à Pinheiro e Rosa, foi desinfetada na passada sexta-feira.
Agora, com mais estes dois casos confirmados, «vamos fechar tudo», explicou Francisco Soares.
As duas funcionárias, que testaram positivo e cujos resultados foram conhecidos hoje, «estão assintomáticas».
No total, segundo o diretor do Agrupamento de Escolas Pinheiro e Rosa, já foram feitos «cerca de 40, 50» testes a funcionários e professores, 19 dos quais este domingo.
O presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, José Calixto, anunciou, este domingo, que as creches, os jardins de infância e a escola secundária vão encerrar “por precaução” a partir desta segunda-feira. Em causa está o surto de Covid-19 num lar de idosos do município, que já pode estar na comunidade.
A partir de amanhã irá fechar a escola secundária, os jardins de infância, as creches, as atividades de apoio à família. Isso está decidido que irá fechar a partir de segunda-feira”, informou José Calixto.
A pandemia ditará como se iniciará o próximo ano letivo. O despacho onde estarão as diretrizes de Organização do Ano Letivo (OAL), ditará os princípios que irão nortear as especificidades dos diferentes territórios escolares e dos diversos ciclos de ensino (com soluções variáveis do pré ao ensino superior) para que os agrupamentos, usando da sua autonomia, organizem o ano escolar com base nos seus contextos.
Para tal, podemos imaginar o PROGRAMA DOS 6RS que estabelece os princípios da organização do próximo ano letivo em normalidade presencial:
1.Reduzir o número de alunos por turma
(entre 12 e 20 alunos por turma dependendo das condições físicas das escolas …)
2.Reduzir o número de tempos curriculares dos vários ciclos de estudo
(redução equitativa de tempos de áreas/disciplinas, justaposição/integração de disciplinas, tempos projetos/tutoriais, tempos aulas ar livre, tempos para trabalhos práticos e laboratoriais e de grupo e tempos online (blended learning ou aprendizagem mista …)
3.Rentabilizar o espaço escolar
(sempre que se afigure necessário organizar dois turnos escolares, manhã 4T/tarde 4T…)
4.Requisitar novos professores para possibilitar uma nova organização escolar.
5.Revogar as metas curriculares afirmando as Aprendizagens Essenciais e O Perfil do Aluno referenciais curriculares facilitadores do trabalho nas escolas e impulsionadores de novas metodologias ativas de aprendizagem.
6.Recuperar alunos que saíram do radar da escola
(equipas multidisciplinares, foco nas áreas de competências do Perfil dos Alunos …)
Ainda não entendi qual o problema que muitos estão a ver na entrega dos manuais. A preocupação com uso dos manuais para a tão aclamada necessidade de recuperação ou compensação é infundada.
Esta pandemia tem ocupado tanto as mentes que até se esqueceram do “fim” dos 400 milhões. Se bem se lembram, mas parece que se esqueceram, os 400 milhões de “paus” não são só para computadores, também vão ser gastos a incrementar a desmaterialização de manuais escolares. Ou seja, para que serão necessários os manuais em papel quando vão andar distribuir licenças digitais dos ditos nos computadores emprestados?
Se necessitarem dos manuais poderão encontra-los numa plataforma de uma qualquer editora.
Não sei qual o busílis com a entrega dos manuais! Além disso, as árvores agradecem e ambiente fica agradecido…
Segundo as ultimas informações do ministério da educação, no próximo ano letivo haverá desdobramento de turmas. Hoje foi avançado um número, 15 alunos por turma. As normas que vigoram neste momento falam de uma distância mínima de 1,5 m de raio, logo algumas salas nem esse número serão capazes de comportar.
Há muito que defendo a redução do número de alunos por turma, por isso só posso aplaudir a medida (caso se venha a concretizar) mesmo que seja em relação direta com a situação de pandemia.
Esta redução obrigará a uma logística enorme. As escolas não têm capacidade, para sozinhas poderem responder a esta medida. As escolas, as autarquias e vários ministérios terão de trabalhar em conjunto para dar resposta aos novos desafios que se avizinham.
Quer-me parecer que a escola a tempo inteiro vai ter um interregno enquanto esta situação perdurar (talvez atá ao final de dezembro). Em sua substituição os OTL e ATL terão uma nova vida e crescimento.
Nota: os OTL e ATL também terão de desdobrar a sua lotação.