As escolas preparavam-se para regressar com um modelo de ensino presencial e de aprendizagem em casa.
Mas o secretário de educação disse que tinham sido feitos progressos significativos no controlo da propagação do vírus.
O sr. Swinney disse que os ministros estavam agora a preparar-se para que todas as escolas abrissem a tempo inteiro em agosto.
Ele já tinha visado anteriormente ter os alunos a passar pelo menos metade do seu tempo fisicamente na sala de aula, o que levou a preocupações dos pais.
Os partidos da oposição disseram que a mudança foi uma “volta”u-turn” e uma “descida”, que tinha sido forçada pela pressão pública.
E os patrões do sindicato disseram que seriam necessárias outras medidas para manter o pessoal e os alunos seguros, como o uso de coberturas faciais e testes de rotina dos professores.
As escolas têm enfrentado dificuldades em descobrir como trazer os alunos de volta em agosto, mantendo a atual regra de distanciamento físico de 2m (6ft 6in), levando aos planos de aprendizagem misturados.
A Primeira-Ministra Nicola Sturgeon ordenou aos funcionários que revissem se a regra do afastamento poderia ser descontraída em algumas circunstâncias. A Irlanda do Norte deverá usar uma regra de 1 m para os alunos da escola, enquanto a Inglaterra passará para uma regra de “um metro mais”,” a partir de 4 de julho.
O sr. Swinney disse que o plano de aprendizagem misturado era um plano de contingência “necessário”, elaborado numa altura em que a perspetiva era “sombria”, mas que “a imagem parece mais positiva”.
Ele disse: “Quando preparámos os nossos planos em maio, sinceramente, não teria imaginado que teríamos feito tantos progressos na supressão de vírus como nós fizemos.
“É esta perspetiva mais positiva que permite ao governo escocês fazer esta mudança no planeamento das escolas.””
Será que o Me não tem os dados dos recursos tecnológicos das famílias e não sabe que os únicos dispositivos que a grande parte das famílias têm são os dispositivos móveis? Para não falar das famílias que simplesmente não têm nenhum recurso tecnológico, nem sabem usar a tecnologia.
Começo a perder a esperança! Sim, ainda tinha esperança que o Governo estivesse a tratar do regresso às aulas em setembro. Mas depois do projeto de lei da redução do número de alunos por turma, proposto pelo BE, ter sido chumbado no Parlamento, a esperança desvaneceu-se!
Tive a oportunidade de assistir em direto à maior parte das intervenções no debate do dito projeto e o que vos tenho a dizer é que não, afinal, não há plano A, B ou C, apenas o “logo se vê”!
Com o argumento de que ninguém no mundo sabe o que acontecerá em setembro, o Governo e o grupo parlamentar do PS fogem das perguntas a esse respeito como diabo fugia da cruz. O que sabemos, até agora, é que o Programa de Estabilização Económica e Social destinou 400 milhões de euros para comprar computadores, um por aluno, dizem, visa garantir a modernização da conexão das escolas à Internet, pretende substituir os manuais escolares por licenças digitais e quer dar formação a docentes.
Não está aqui em causa a necessidade de dar este passo rumo à Escola Digital. O que está em causa é que isso só por si não resolve nada. Absolutamente nada!
Pergunta: Não considera muito penalizador para os jovens realizar exames nestas condições?
Resposta: “As nossas comunidades educativas responderão a esse problema de forma adequada.”
Pergunta: Ainda a pensar no ânimo dos jovens, o que acha do momento escolhido, tão em cima dos exames, para a publicação de rankings de escolas?
Resposta: “As nossas comunidades educativas responderão a esse problema de forma adequada.”
Pergunta: No dia em que se publicam rankings, um dos SE da educação pública um texto contra os rankings. O que acha disso?
Resposta: “As nossas comunidades educativas responderão a esse problema de forma adequada.”
Pergunta: Houve quem defendesse o final do ano lectivo no 2º período para evitar tanto descontrole emocional. Por que é que o Governo decidiu doutro modo?
Resposta: “As nossas comunidades educativas responderão a esse problema de forma adequada.”
Pergunta: Sabe-se há muito que o índice sócio-económico das famílias é determinante nos resultados escolares. O que acha disso?
Resposta: “As nossas comunidades educativas responderão a esse problema de forma adequada.”
Pergunta: Foram os interesses privados, que querem rankings para publicidade e este acesso ao superior para controlarem os numerus clausus, quem exigiu o que se vai assistindo. O que acha disso?
Resposta: “As nossas comunidades educativas responderão a esse problema de forma adequada.”
Pergunta: Um SE da Educação declarou em Espanha que a flexibilidade curricular preparou melhor as nossas escolas para o êxito do ensino a distância. Concorda e acha mesmo que houve êxito?
Resposta: “As nossas comunidades educativas responderão a esse problema de forma adequada.”
Pergunta: Como é que sabe o que pensam as mais de 800 comunidades educativas e o que é exactamente uma comunidade educativa?
Resposta: “As nossas comunidades educativas responderão a esse problema de forma adequada.”
Nota: esta entrevista é uma ficção do autor do blogue.
O próximo ano escolar será muito duro. Para todos. Quando retomarem as aulas, os alunos da mesma turma estarão em níveis muito diferentes. Porque o ensino a distância desequilibrou aprendizagens.
Esse desnivelamento não constitui o problema mais difícil de resolver. O maior tormento será criar condições que protejam a comunidade escolar da permanente ameaça de sucessivos focos de covid-19.
O sistema de ensino, do pré-escolar ao universitário, não está preparado para enfrentar uma pandemia, como esta que poderá continuar a ameaçar-nos. Fazer regressar os estudantes às aulas impõe-se no contexto de uma nova normalidade, mas isso pressupõe outra organização das turmas, ajustamentos horários e planos de contingência suficientemente flexíveis para se adaptarem a situações inimagináveis no presente. É obra.
Com o distanciamento físico que a covid-19 impõe, é preciso desdobrar turmas. Não é simples. A multiplicação de grupos exige mais salas e mais professores. Há escolas sem esse espaço extra. Por outro lado, não será fácil acomodar em orçamentos contidos mais despesa com recursos humanos. Poder-se-á dividir uma turma em dois grupos e fazê-los circular pelo mesmo professor, reduzindo assim a carga horária presencial, preenchendo o restante tempo letivo com o ensino a distância. Talvez essa alternativa não suscite entusiasmo dos professores e dos pais, mas convém ter presente dois dados: há uma aprendizagem tecnológica que deve ser continuada e é preciso acautelar novos surtos que poderão atirar para casa vários estudantes por tempo indeterminado. E, nesses casos, a escola não poderá ser suspensa.
Há também o problema dos horários. Começar e terminar as aulas à mesma hora implica juntar no mesmo espaço muita gente. O arranque das manhãs e das tardes terá de ser faseado. Também os intervalos não podem ser coincidentes. Se assim fosse, quando a meteorologia se tornar mais agreste, teríamos numerosos grupos em espaços cobertos e pouco ventilados. O funcionamento das cantinas também tem de ser desencontrado e os bares devem ser organizados de outra forma.
Será com muita precaução que regressaremos à escola em setembro. Nos primeiros anos de ensino, todos devem ter presente que os avós são o apoio de muitos netos que, por sua vez, poderão ser veículos de transmissão do vírus para os mais velhos. Esses mesmo que tanto quisemos proteger em estado de emergência. É preciso, pois, planear, planear, planear. E acreditar sempre que conseguimos.
A Associação de Professores de Teatro-Educação tem vindo a debater, com alguns sindicatos, a situação dos professores professores (“técnicos especializados para formação”) que se candidataram ao PREVPAP.
Este questionário é anónimo, tem o intuito de recolher dados estatísticos (que não serão utilizados para outros fins) e destina-se apenas a professores (“técnicos especializados para formação”) que se candidataram ao PREVPAP.
Solicitamos que responda até 28/06/2020.
“Ele anda numa boa escola”. Qual o significado desta frase? Não tenho a menor hesitação em responder. A escola boa é a que tem poder transformador, por receber todos e levar todos por um caminho de desenvolvimento pessoal e humano, em que o conhecimento, a arte, a cultura, a cidadania e o bem-estar são o instrumento para um sucesso pleno.
A escola boa não seleciona alunos à entrada. Acolhe todos e gosta de todos. A escola boa é um lugar vivo, em que as paredes com as produções dos alunos refletem o envolvimento de todos. A escola boa é a que estimula pensamento e curiosidade, a que ajuda a saber fazer perguntas antes de procurar se as respostas estão certas. É a que estabelece relações positivas com os que chegam sem acreditar em si próprios, vestindo demasiado cedo a camisola da incapacidade. É também uma escola em que há entreajuda à frente da competição desmesurada. Em que a presença do aluno com dificuldades ou problemas sociais é vista como uma responsabilidade de todos os alunos e de todas as famílias e não como uma questão só dele.
E eis que, no ano em que se tornam mais absurdos, nos aparecem os rankings. Se acha que refletem uma avaliação clara da qualidade da escola, desengane-se.
Os rankings são o resultado de uma lista ordenada a partir dos resultados dos exames nacionais. Ponto. É mesmo só isto.
Se procura qual a escola que mais consegue prevenir o abandono de crianças ciganas, não a vai encontrar no topo da lista. É, contudo, geralmente das que mais trabalha.
Se procura qual a escola que investe na saúde mental e harmonia como instrumento para a aprendizagem, não sabemos onde está na lista.
Se procura qual a escola em que se consegue cativar pais para a valorização do saber, inclusive trazendo-os para a formação nos Centro Qualifica, também não sabemos onde está.
Se procura a escola em que os alunos mais se desenvolvem na criatividade, pela arte, pelo desenvolvimento da sensibilidade estética, continuamos sem saber onde está.
Se procura a escola que desenvolve projetos de intervenção comunitária, formando verdadeiros cidadãos participativos e esclarecidos, aquele número que aparece em frente ao nome da escola não está a dizer nada sobre isso.
Se procura uma lista que não espelhe assimetrias territoriais e socioeconómicas, também não é esta a lista certa.
Se procura saber a qualidade do trabalho desenvolvido nos Cursos Profissionais, estas listas tendem a ser omissas.
Avaliar uma escola e o seu desempenho é muito mais do que ordenar um ficheiro Excel por ordem descendente de resultados.
O Ministério da Educação tem vindo a disponibilizar um manancial de informação, presente no Infoescolas, que permite olhares muito mais abrangentes e esclarecidos. Refiro o indicador Percursos Diretos de Sucesso, que compara realidades comparáveis e mede o progresso efetivo dos alunos, não construindo avaliações que anulam o ponto de partida. Os vários estudos produzidos pela Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência, muitos deles sob a responsabilidade do Doutor João Baptista, permitem estabelecer correlações entre sucesso e qualificações, mostrar que a pobreza não é uma fatalidade, detetar assimetrias regionais, medir o desempenho dos cursos profissionais, perceber assimetrias entre escolas dentro do mesmo agrupamento, conhecer o perfil de resultados de todas as disciplinas.
Os relatórios individuais e de escola das provas de aferição dão informação detalhada, descritiva e qualitativa, sobre desempenhos e têm servido de base ao desenho de respostas em função das dificuldades específicas.
O Programa Nacional para a Promoção do Sucesso Escolar tem divulgado estudos de eficácia de estratégias pedagógicas que permitem a melhoria sustentada de resultados.
A Rede de Bibliotecas Escolares avalia e disponibiliza os dados das suas intervenções, centrando-se no impacto dos seus programas.
Todos estes instrumentos permitiram construir, ao longo dos dois últimos anos, um novo referencial para a Avaliação Externa das Escolas, que tem sido reconhecida nacional e internacionalmente como um dos fatores que tem possibilitado a melhoria do nosso sistema educativo.
O novo referencial não descarta resultados, mas inclui vários outros domínios que se traduzem em respostas a perguntas como: Quão inclusiva é a escola? Que resultados consegue a escola na mobilidade social dos alunos? Como se estabelece a relação construtiva com as famílias? Que projetos e instrumentos se promovem para que as aprendizagens sejam perenes?
Estas são as perguntas que ajudam o sistema educativo a crescer. Muito mais do que a glória fútil de ser a número um da lista ou o olhar paternalista e desmobilizador sobre a escola do fundo da lista.
Quer saber o faz uma boa escola? Visite-a. Fale com os alunos, veja-a como um todo. Se não quer que o seu filho se transforme numa média, aposte numa educação centrada no humanismo e na valorização de todos. Porque é isso e não uma centésima o que lhe dará asas para chegar mais longe.
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Vale a pena, em plena pandemia, dizer que estas listas não honram o trabalho feito nas escolas. As melhores escolas do país — não hesito em afirmá-lo — foram aquelas que, em bairros problemáticos, mantiveram todos os alunos ligados, foram aquelas em que a proteção contra a violência e negligência nunca falhou, foram aquelas em que a proximidade potenciou aprendizagem.
Os últimos meses, em que o vocabulário da educação se alterou, passando a incluir palavras como distanciamento, síncrono, Zoom ou a fazer renascer outras como telescola, foram pontuados — e ainda bem — por preocupações em notícia ou comentário com aquele que é o principal papel da escola: promover a mobilidade social através do conhecimento e da cultura. Esta terrível crise acelerou desigualdades, apesar do esforço de todos. Os vulneráveis ficaram ainda mais vulneráveis.
Foram meses de trabalho intenso. Os professores reinventaram-se para tentar não perder os alunos. As escolas reconfiguraram-se para garantir refeições, terapias, acolhimento aos mais desprotegidos. Os municípios foram parceiros da inclusão. O Ministério da Educação trabalhou em conjunto com as escolas, disponibilizando orientações, recursos, estabelecendo parcerias nesta corrida injusta em que a aprendizagem se viu mais comprometida.
Todos comentámos as principais dificuldades e conquistas e abrimos os olhos para aspetos fundamentais do sistema educativo: a proximidade, a proteção, o apoio, a relação estabelecida.
O PÚBLICO em parceria com a Católica Porto Business School disponibiliza um conjunto de dados sobre as escolas do ensino básico e secundário. Saiba aqui que lugar ocupam no ranking dos exames, como estão no ranking do sucesso, a que contexto socioeconómico pertencem e em que disciplinas têm melhores desempenhos.
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Hoje fazem-se as despedidas. Os alunos e professores vão dar por findo o ano letivo mais atipico de que há memória.
Quando no dia 12 de março foi anunciado o encerramento das escolas, cresceu um nervoso miudinho em toda a comunidade escolar. No dia 13 de março, as salas de aula encheram-se pela ultima vez e a incerteza do que poderia acontecer de seguida cresceu. Ninguém estava preparado para o que viria a seguir. foram duas semanas de desenrancanço, todos puxaram pela imaginação e tentaram fazer o seu melhor, o que importava era não deixar os alunos à deriva.
Durante a interrupção da Páscoa, começou-se a trabalhar a organização do 3.º período. As soluções encontradas variaram em forma, mas todas tinham o mesmo objetivo, fazer a escola chegar a casa dos alunos. No dia 14 de abril inicia-se o 3.º periodo, devagar para uns em força para outros. As soluções foram as mais variadas e a que as escolas encontraram como possíveis. As plataformas de ensino, de repente, viram-se repletas de professores e alunos a frequentá-las e deram a resposta desejada.
A incerteza deu lugar ao desespero, a falta de formação para trabalhar desta forma foi um dos maiores entraves para que o período começasse sereno. Professores, alunos e encarregados de educação transformaram-se em autodidatas e exploraram as potencialidades destas ferramentas que embora existissem há muito não eram uma prioridade. A mudança deu-se devagar e cheia de imperfeições. Num instante todos se deram conta que o ensino a distância não era uma solução que pudesse substituir a escola tradicional, mas mesmo assim, transformou-se um complemento numa forma de ensino.
Nem tudo correu bem. Cada um fez o que pode e o que não pode. Todos se transformaram em peritos de plataformas de ensino. Todos sofreram um desgaste imenso durante este período. A ninguém vai ser atribuido um Louvor pelo esforço, porue na cabeça de muitos só fizemos o que nos foi requerido. Levamos umas palmadinhas nas costas e já é muito.
Todos merecemos descansar.
No próxima semana embrenhar-nos-emos nas grelhas e papeis para dar um feedback de tudo isto aos alunos e encarregados de educação. A maior parte dos alunos descansará, mas os professores começam a ficar preocupados com o próximo ano letivo. Como funcionará, como será? Esperam-nos mais umas semanas de trabalho intenso onde a incerteza de como vamos voltar às salas de aula e a incerteza de como poderá funcionar o próximo ano letivo. Mais uma vez teremos que encontrar uma serie de soluções para que tudo funcione de forma celere e organizada e acima de tudo uma nova forma de ver a vida na escola.
Aos alunos, boas férias, porque as dos professores ainda vêm longe.