Após a saída das listas da RR2 e o anúncio da contagem do tempo de serviço a partir de 1 de Setembro, é possível fazer o exercício de tentar perceber que candidatos reuniriam condições para vincular, ao abrigo da norma-travão.
Apesar de haver uma grande quantidade de colocações que não conhecemos (as feitas através da BCE), haveria ainda 124 docentes que beneficiariam da 1.ª prioridade.
O grupo 910 é aquele onde há mais elegíveis (um dos quais colocado este ano na RR2).
Fica abaixo a tabela com os dados que é possível apurar…
Fiz o apuramento dos candidatos de cada grupo, mas não divulgarei os dados até perceber se este modelo de vinculação continuará em vigor.
Mais uma vez (agora com a atualização da RR2), disponibilizo esta ferramenta que permite perceber como está a vossa posição na lista e como estão distribuídos os horários que foram saindo (por QZP e tipo de horário).
O quadro seguinte apresenta a distribuição dos 570 docentes que constam na lista de retirados na Mobilidade por Doença.
Percebe-se que os grupos 100, 110 e 240 são aqueles onde mais docentes foram colocados nestas circunstâncias…
Houve muito mais colocações neste âmbito, mas grande parte desses docentes já tinha uma escola atribuída, por isso não constam na lista de não colocados.
Tal como prometido… já atualizada com os dados da RR1.
Se analisarem com pormenor, percebe-se que a larga maioria dos horários completos estão no QZP 7. Isso explica a migração de centenas de professores do norte rumo à capital… deixando muitas vezes a vida suspensa, na vã esperança que valha a pena!
A próxima ferramenta permite que cada um analise rapidamente a sua situação na lista graduada para determinado grupo de recrutamento.
Com o vosso número de ordem poderão saber rapidamente o número de candidatos colocados, quantos dos que estão à vossa frente faltam colocar, o QZP, o tipo de horário,..
Em cada reserva de recrutamento tentarei publicar a ferramenta atualizada.
Como adianta o JN (aqui), talvez a explicação para a quase inexistência de colocações a norte e centro resida no facto de muitos horários terem sido preenchidos pelos professores dos quadros sem componente letiva (Quadro I).
Analisando o quadro II percebemos que continua a ser a norte onde existem mais professores dos quadros por colocar. Mais de 70% dos professores da MI por colocar estão nos QZP’s 1, 2, 3 e 4.
As próximas listas de não colocados na MI não contarão com os professores da 2ª prioridade, mas ainda assim serão 1626 professores por colocar, que ocuparão horários que nunca chegarão aos contratados. Destes, mais de 80% estão a norte e centro.
(se clicarem no quadro 2 terão acesso à análise por QZP e grupo de recrutamento dos docentes sem componente letiva)
QUADRO I
QUADRO II (se clicar neste quadro tem acesso aos docentes que se manterão nas reservas de recrutamento)
Mais de 60% das renovações deste ano estão no QZP 7, seguido do QZP 10 com aproximadamente 11%.
Mantém-se aqui a tendência apresentada na Contratação Inicial, com uma escassez preocupante de horários nos QZP’s a norte na maioria dos grupos de recrutamento.
Com estas evidências provavelmente acentuar-se-à a tendência dos últimos anos de professores que trabalham na capital e mantêm o coração (e muitas vezes a cabeça) a vários quilómetros de distância…
O quadro abaixo mostra a distribuição dos colocados por QZP.
Se clicarem no quadro abaixo terão acesso a uma análise mais detalhada por intervalo de horas e facilmente se percebe que os horários completos estão mais concentrados nos QZP’s 7, 10. Esta tendência provavelmente manter-se-à nos próximos anos, por isso quem procura horários completos terá de equacionar a hipótese de concorrer para estes QZP’s.
Para além disso fiquei bastante perplexo pela ausência TOTAL de colocações em vários QZP’s para vários grupos de recrutamento.
No seguimento do post anterior, apresento agora o ranking dos agrupamentos onde mais candidatos poderão obter renovação.
Tenham em atenção que na maioria das escolas TEIP/ Autonomia os valores pecarão por defeito, uma vez que as contratações em BCE NUNCA foram tornadas públicas (desculpem-me a insistência neste ponto, mas acho grave a ocultação – deliberada ou não – destes dados, porque perdemos a oportunidade de perceber melhor o “monstro” criado pelo Crato)
A tabela seguinte apresenta o TOP 15 das escolas com mais potenciais renovações.
(Se clicarem na imagem terão acesso acesso ao ranking completo em pdf, com os candidatos distribuídos por grupo de recrutamento). NOTA: Os dados resultam da soma dos candidatos que obtiveram renovação no ano anterior + Contratação Inicial e RR1 e RR2 (em completo e anual)
(28-07-16) NOTA2: Algumas colocações não tinham sido contabilizadas, mas essa falha já foi corrigida.
Este estudo apresenta uma previsão das renovações para o próximo ano.
Mais de metade dos potenciais candidatos à renovação estarão no QZP 7, distribuídos principalmente pelos grupos 110 e 910.
Relembro que se trata de uma previsão, uma vez que tanto a escola como o candidato podem decidir não proceder à renovação e também não são consideradas as contratações em BCE, porque NUNCA foram tornadas públicas.
Os dados consideram os candidatos que reúnem condições para a renovação:
foram alvo de renovação do ano letivo anterior – Quadro I;
ficaram colocados na Contratação Inicial e nas RR1 e RR2 em horário completo anual (as únicas que saíram antes de 21 de setembro) – Quadro II;
No quadro III é apresentada a soma dos dois quadros anteriores, dando uma visão mais clara da “coisa”.
A seguinte tabela apresenta a distribuição das candidaturas por idades e por grupo de recrutamento.
Os grupos 430 e 560 apresentam uma média de idades maior ( a rondar os 48 anos) enquanto os grupos mais “rejuvenescidos” são os de Educação Física a rondar os 35 anos de idade.
Convém não esquecer que estes dados dizem respeito a professores que ainda não integraram a carreira…
Já tinha disponibilizado estes dados aquando da saída das listas provisórias. Agora os dados definitivos.
A pós graduação na Educação Especial continua a recolher as melhores médias, com 12 dos 13 “vintes”. Alguns dos “vintes” não passaram do 13 na licenciatura, portanto é admirável a evolução.
Outra comparação que gostaria de fazer diz respeito à proveniência dos candidatos… mas a esses dados não temos acesso!
Como se pode ver na tabela seguinte, quase metade dos candidatos concorre a mais de um grupo de recrutamento. Há que consiga concorrer a 5, 6 e até 7 grupos…
Segue a lista das melhores classificações profissionais…
O grupo 910 lidera com grande vantagem: 11 “vintes” e 152 “dezanoves”. Só faltava que na lista surgisse também a escola superior / universidade que formou os candidatos, para poder elaborar um ranking.
Se clicarem na imagem terão acesso à diferença de tempo de serviço (deste ano em relação ao ano passado) dos colegas que estão na primeira prioridade. A laranja aparecem aqueles cuja diferença é maior ou menor do que 365 dias (5 candidatos).
Foram 16257 candidatos… quase metade! A grande maioria concorreu para dois grupos de recrutamento, mas há quem tenha concorrido para 5, 6 e até 7 grupos, como se pode ver na seguinte tabela:
Na tabela seguinte as diferentes candidaturas estão distribuídas pelos diferentes grupos de recrutamento. 65% do total de candidaturas não são exclusivas.
O quadro abaixo reflete o “fosso” que existe entre os candidatos da 1ª e 2ª prioridades. É feita a comparação entre o último colocado da 1ª primeira prioridade e o candidato que está posicionado imediatamente atrás, na 2ª prioridade.
Nalguns grupos o tempo de serviço dos candidatos da 2ª prioridade é duas, três, quatro e até dez vezes maior do que os candidatos da 1ª prioridade.
Esta norma travão que permite que candidatos com 30 anos de idade vinculem é a mesma que impede outros com quase o dobro da idade e do tempo de serviço de vincular… fica a tabela!
A tabela seguinte apresenta a distribuição dos candidatos pelos diferentes grupos de recrutamento e pelas diferentes prioridades. Como era de esperar o nº de candidatos na 1ª prioridade diminuiu muito.
Os próximos posts estarão mais relacionados com este grupo de 93 candidatos.
Será amanhã?
Divulgo informação enviada para todos os candidatos. Para quem está indeciso quanto à aceitação em BCE, talvez tenha anda hipótese de esperar pela saída da RR1, para tomar uma decisão.
Nos seguintes quadros compara-se a idade e o tempo de serviço entre os professores colocados na CI e aqueles que viram o seu contrato renovado.
Os valores que aparecem no quadro apresentam já a diferença entre Renovações e Contratação Inicial (quando é possível estabelecer essa comparação) e estão num gradiente de cores, para facilitar a perceção:
A vermelhoquando os professores que renovaram apresentam menos idade ou anos de serviço do que os que foram contratados na CI;
A verde quando os professores que renovaram apresentam mais idade ou tempo de serviço do que os que foram contratados na CI.
Claro que a mancha predominante é a vermelha…
Se clicarem nas imagens abaixo terão acesso aos documentos completos em formato pdf:
A tutela deve repensar seriamente e alterar muitas das artimanhas que foram implementadas nos concursos, nomeadamente:
a forma como os docentes dos quadros são ordenados nas diferentes prioridades, criando injustiças incompreensíveis;
A BCE, um concurso burocrático e anedótico, com falhas sistémicas que nunca serão ultrapassadas;
A questão da norma-travão, que deixa a entrada para os quadros dependente da lotaria das colocações;
E, relacionada com a anterior, a questão das renovações: 4 anos é muito tempo e perpetua injustiças que nunca mais poderão ser corrigidas!
E a solução para isto tudo já existe: GRADUAÇÃO PROFISSIONAL!
Dando continuidade à análise iniciada neste post , apresento agora o tempo de serviço médio (em anos) dos docentes colocados em horário completo.
A média ronda os 13 anos de serviço no entanto em vários grupos de recrutamento esse valor ultrapassa os 18 anos.
Claro que há ainda professores com muito mais tempo de serviço que se encontram por colocar…
A análise completa no quadro abaixo.
Mais uma vez, os professores que viram o seu contrato renovado, não entram nesta estatística.
A idade média global (na Contratação Inicial) dos candidatos que ficaram em horários completos, ronda os 40 anos, no entanto há grupos onde a média é de 50 anos.
Houve demasiadas “piruetas” e “normas-travão” a trocarem as voltas a estes professores, senão de certeza que já teriam há muito um lugar no quadro.
Segue o quadro completo por QZP e Grupo de recrutamento.
No apuramento destes dados não foram tidas em conta as renovações.