8 de Junho de 2024 archive

Pais e alunos não valorizam as provas de aferição

Pais e alunos não valorizam as provas de aferição

 

Mais de 10% dos alunos faltaram às provas de aferição de Português e Inglês do 8.º ano e de Matemática e Ciências Naturais, do 5.º ano.

Dos 95 408 alunos inscritos, 11 897 faltaram à prova de Português do 8.º ano, no dia 3 de junho, tendo a taxa de presenças sido de 87,5%, segundo dados oficiais do Júri Nacional de Exames (JNE). O cenário voltou a repetir-se no dia seguinte, na prova de Matemática e Ciências Naturais (5.º ano). Dos 89 029 alunos inscritos, 11 107 não compareceram. Em ambas as provas, do 8.º e 5.º ano, faltaram 12,5% dos estudantes. Na prova de Inglês, de 8.º ano, no dia 6, 12 748 alunos não a realizaram, o que corresponde a 12,8% do total de inscritos.

 

Arlindo Ferreira, diretor do agrupamento de Escolas Cego do Maio e autor do blogue ArLindo (um dos mais lidos no setor da Educação), antevê uma abstenção maior na próxima semana, com o 2.º ano (provas de Português, Matemática e Estudo do Meio), pois “os pais têm mais peso na decisão de levar ou não os filhos à escola”. “Deveriam ter um peso na avaliação do estudante para que os alunos, os professores e os pais possam dar-lhes mais importância. Neste momento, os professores sentem que estão a trabalhar para nada e a sobrecarregar-se para nada”, sublinha.

 

Resultados devem ser conhecidos mais cedo

 

O resultado das provas de aferição de 2023 foram conhecidos apenas em janeiro de 2024. Um atraso que não permitiu às escolas fazer ajustes no programa e na recuperação das aprendizagens. Professores e diretores escolares pedem para que o erro não se repita, de forma a poder auxiliar os alunos nas dificuldades manifestadas. Recorde-se que os resultados das provas de 2023 foram considerados desastrosos. “Os resultados do ano passado foram desastrosos e chegaram tarde, não tendo sido possível auxiliar os alunos. Devem ser conhecidos em setembro, para que os professores possam fazer os ajustes ao nível das turmas. Se fosse em julho, ainda melhor”, pede Filinto Lima.

 

Arlindo Ferreira também quer os resultados antes do arranque do ano letivo para poder prepará-lo da melhor forma possível para ajudar a recuperar aprendizagens.

Paulo Guinote faz o mesmo pedido e acrescenta que, este ano, deveria haver uma nota quantitativa e não qualitativa”. “Era importante para os alunos e para as famílias para terem a perceção do desempenho”, defende.

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