O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, aproximou-se esta segunda-feira das pretensões dos sindicatos e espera agora que estes se aproximem do que propõe: recuperar os seis anos, seis meses e 23 dias ao ritmo de 25% nos dois primeiros anos, 20% no terceiro e 15% nos dois últimos. A primeira tranche avança já a 1 de setembro.
Respostas Rápidas. Como estão as negociações dos professores?
O que está a ser negociado entre o Ministério da Educação e os sindicatos dos professores e educadores?
O Ministério da Educação, Ciência e Inovação e as estruturas sindicais negoceiam a recuperação do tempo de serviço que ainda se mantém congelado. Chegaram a ser 9 anos, 4 meses e 2 dias, dos quais foram recuperados dois anos, nove meses e 18 dias. Faltam seis anos, seis meses e 23 dias. A proposta inicial da equipa liderada por Fernando Alexandre, cumprindo o programa da AD (Aliança Democrática), apontava cinco anos para a reposição, ao ritmo de 20% ao ano. Nesta segunda ronda negocial, Fernando Alexandre pôs em cima da mesa uma solução que prevê os mesmos cinco anos, mas impulsiona a recuperação nos dois primeiros anos e diminui-a nos último. “O Governo propõe reconhecer aos docentes 25% em 2024 e 25% em 2025. Em 2026, será reconhecido 20% do tempo de serviço congelado e os restantes 30% serão repartidos em duas tranches de 15% em 2027 e 2028. A reposição terá sempre efeitos a 1 de setembro de cada ano”, anunciou.
Fernando Alexandre deixou ainda algumas garantias em relação a “linhas vermelhas” apontadas pelos representantes dos professores.
Como foi a proposta recebida pelos sindicatos?
O ministro da Educação, Ciência e Inovação disse aos jornalistas no final dos trabalhos: “Nesta nova proposta, o Governo aproximou-se das propostas dos sindicatos. Agora, eu diria que está do lado dos sindicatos aproximarem-se da proposta do Governo. Isto é uma negociação, tem de haver um esforço de ambas as partes”.
A Federação Nacional da Educação (FNE) anunciou já em resposta que vai apresentar ao Governo uma contraproposta para ser debatida na próxima semana, considerando positivo o avanço registado nas negociações. “De qualquer das formas, assinalamos como positivo este avanço da parte do Ministério da Educação e o compromisso que foi manifestado já hoje na reunião para podermos enviar uma nova contraproposta”, afirmou Pedro Barreiros.
Apesar de acelerar a devolução, a nova proposta do Governo não agrada ainda totalmente aos sindicatos, uma vez que mantem o prazo de cinco anos.
Quais são essas “linhas vermelhas” apontadas pelos representantes dos professores?
Para os sindicatos, uma dessas “linhas vermelhas” tem a ver com os efeitos do “acelerador” da progressão na carreira, que permite aos docentes afetados pelos dois períodos de congelamento da carreira recuperar o tempo em que ficaram a aguardar vaga para os 5.º e 7.º escalões. Outra tem a ver com uma compensação no valor da reforma para os professores que já não terão possibilidade de recuperar na integra os seis anos, seis meses e 23 dias.
Que garantias deixou o ministro?
O Ministério da Educação, Ciência e Inovação está disposto a rever a posição quanto ao decreto-lei aprovado durante o consulado do ministro João Costa, que permite aos docentes afetados pelos dois períodos de congelamento da carreira recuperar o tempo em que ficaram a aguardar vaga para os 5.º e 7.º escalões. O ministro que o propósito é “garantir que não há duplicação de benefícios” e que se pretende que a recuperação seja efetivamente “feita de forma equitativa para todos, sem gerar injustiças dentro da classe dos professores”.
À saída, Júlia Azevedo, presidente do SIPE (Sindicato Independente dos Professores e Educadores), salientou as garantias deixadas pelo ministro: “Todos aqueles colegas que foram recuperar tempo de serviço na paragem dos 4.º e 6.º escalões, esse tempo não vai ser subtraído ao descongelamento e isto é uma grande, grande vitória”.
Essas garantias vão ser suficientes para haja um acordo?
A ver vamos. Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF, maior estrutura sindical do país, considerou aos jornalistas: “É capaz de ser difícil, porque há uma coisa que, para o MECI, parece estar completamente afastada, e não podemos concordar com isso, que é os professores que também perderam tempo de serviço e não o vão poder recuperar”. Acrescentou: “O Ministério não prevê qualquer compensação na aposentação. Isto penaliza milhares de professores”, acrescentou.
A FENPROF já avisou que caso as negociações com o ministério da Educação terminem sem acordo será apresentado um pré-aviso de greve nacional para o dia 29 de maio.
André Pestana, do STOP (Sindicato de Todos os Profissionais da Educação) disse basicamente o mesmo, salientando que o Ministério mantém “estruturalmente, questões muito injustas que não permitem chegar a um acordo nesta fase”.
Quem são os protagonistas nesta negociação?
As estruturas sindicais são uma dúzia, alguma das quais federações, representando vários sindicatos: FENPROF, FNE, ASPL, FENEI, FEPECI, Pró-Ordem, SEPLEU, SIPE, SIPPEB, SNPL, SPLIU e S.T.O.P. Pelo Governo, além do ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, participam nas reuniões o secretário de Estado da Administração e Inovação Educativa, Pedro Dantas da Cunha, e a secretária de Estado da Administração Pública, Marisa Garrido.
Quanto custa recuperar o tempo de serviço congelado?
Em rigor, não se sabe, pelo menos, publicamente. Quando apresentou a proposta durante a campanha eleitoral, o representante da AD, Alexandre Homem Cristo, atual secretário de Estado da Educação, que também se senta na mesa negocial, avançou uma estimativa entre 240 e 300 milhões de euros. Ainda em outubro de 2023, a Comissão parlamentar de Orçamento e Finanças aprovou um requerimento, a pedido do PSD, para que a UTAO avaliasse o “impacto orçamental plurianual (bruto e líquido do efeito fiscal em IRS e contribuições para a Segurança Social)”. Dias depois, o coordenador da UTAO, Rui Baleiras, disse que o pedido seria difícil de concretizar devido à falta de recursos da UTAO, que opera com uma estrutura mínima.
15 comentários
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Se há quem mereça condecorações neste país são os professores e não os políticos!
Regressou a perseguição à peste grisalha. É cruel e desumano espezinhar aqueles que estão hoje com 60 anos ou mais. Foram eles que aguentaram tudo. Mesmo em condições adversas criadas pela própria tutela conseguiram manter a máquina a funcionar. Agora dão-lhes um grande pontapé! Aplausos para estes oportunistas todos! Em breve também dirão aos mais jovens para emigrar! É o regresso da vingança sobre os idosos e o incitamento ao ódio intergeracional. É isto que a Europa quer?
Quem não respeita os mais velhos merece um grande pontapé no sítio onde deveria ter as hortaliças!
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Este sitôr da Tanga merece uma condecoração…..coitadinho estava doentinho!!!!!!…..
Correio da Manhã, quarta-feira, 15 de maio de 2024
“Professor de baixa dedica-se ao tráfico de estupefacientes em Lisboa”
A PSP deteve, esta quinta-feira, em Arroios, Lisboa, um professor de 44 anos suspeito de tráfico de estupefacientes. Segundo as autoridades, o decente encontrava-se de baixa médica e usava um método diferente do que os suspeitos que se dedicam ao tráfico de estupefacientes normalmente usam.
https://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/professor-de-baixa-dedica-se-ao-trafico-de-estupefacientes-em-lisboa?ref=HP_PrimeirosDestaques
Reafirmo: – É muito importante o Ministério da Educação colocar em vigor uma Legislação que Avalie o Desempenho Docente de forma séria; – É muito importante o Ministério da Educação colocar em vigor uma Legislação que permita colocar no Olho da Rua as Sitôras e Sitôres MEDIOCRES da escolinha publica (tambem conhecida por escolinha dos pobrezinhos);
– É importante dar Liberdade de Escolha aos Encarregados de Educação para que estes livremente possam optar por escolas publicas, privadas ou cooperativas;
Venha o Cheque-Ensino rapidamente
Acabem com os cerca de 30% de Mediocres da escolinha publica que andam lá a coçar-esquinas e a ajabardar. NOJO!….
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Olá, precisas de ajuda? Vá não estejas triste. Podes sempre dar voltas na esquina.
Tens um problema sério, o teu atraso mental, mas não é nenhum mistério, que um dia te dês muito mal. Gostas delas muito grossas, tens essas voltas trocadas, que camelo tem as bossas, como as tuas, falseadas? E agora põe-te nas pitas, vai para o covil que te acolha, estamos cheios dessas fitas, de travestida zarolha.
Não será o professor de química de “Breaking Bad”?
Essa treta da “Liberdade de escolha”…Se os pais não tiverem dinheiro para pagar as mensalidades “chorudas”numa escola privada, apesar de esta receber subsídios do Estado, ou seja dinheiro dos impostos, estes não aceitam estes alunos de famílias mais desfavorecidas com ou sem cheque ensino. Isso passa-se o mesmo com os centros de saúde ou hospitais privados se não tiverem seguro de saúde ou dinheiro para pagar as consultas ficam à porta de entrada e bem podem morrer… Desde que paguem, podem ir para onde quiserem. Eu, é que não tenho de financiar.
E os docentes que perderam tempo da primeira recuperação 2A9M18D, 1 ou 2 faseamentos antes de entrar nas listas ou já nas listas. Quando é que estes docentes recuperam este tempo? Se o ministro quer que haja equidade este tempo tem obrigatoriamente de ser recuperado.
Para haver justiça esse tempo tem de ser recuperado.
E em relação à disponibilidade de vagas para o 5º e 7º escalões previstas no acelerador?
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queres ir já para o 10º escalão??????????????????????????
eu dizia-te para onde ias!……………
Bando de Mediocres!
Olá Tadinho?! Queres festinhas na barriguinha e virar as patinhas para cima?
Em todas as profissões existem profissionais medíocres: advogados, médicos, enfermeiros, eletricistas, canalizadores, etc.
No ensino privado também existem professores medíocres, caro senhor.
Pergunto, se o Camões não é uma pessoa medíocre?
Também pergunto! E em relação à disponibilidade de vagas para o 5º e 7º escalões previstas no acelerador e de que já beneficiaram e bem alguns colegas?
Bom dia,
Uma questão: um professor que atinga o TS para subir ao 5º escalão em maio de 2024, irá para a lista de vagas em janeiro de 2025, caso tenha vaga sobe ao 5º escalão em janeiro de 2025?! O TS decorrido entre maio e dezembro de 2024 é “perdido”?! A contagem para o 6º escalão começa do zéro?
Obrigado,
Paulo
Já está agendada uma greve ou não?